O dia 7 de junho é marcado pela comemoração do dia Nacional da Liberdade de Imprensa. Nesta data, em 1977, foi assinado um manifesto exigindo o fim da censura e a liberdade de imprensa, contendo cerca de três mil assinaturas de jornalistas de todo o país. O Dia Internacional da Liberdade de Imprensa, por sua vez, é comemorado no dia 3 de maio.
Segundo a Jornalista e Social mídia, Manuela Macagnan o papel da liberdade de imprensa é “Garantir que a população tenha acesso a notícias verdadeiras, com dados reais e apurados com responsabilidade por profissionais. Liberdade de imprensa é o básico para que a sociedade saiba, de fato, o que está acontecendo em todas as esferas”. Para ela, uma imprensa censurada perde a confiabilidade. Pois, como a população irá saber se o que está lendo é verdade, se o texto passou por um crivo de censores, assim não havendo uma notícia real onde tudo é tendencioso. “Hoje em dia não temos mais censores nas redações, como antes, mas a imprensa não é totalmente livre. Basta ver as notícias sobre jornalistas perseguidos, processados e ameaçados”, acrescenta ela. “A liberdade de imprensa é uma das bases da democracia e, se fosse apenas isso, já seria de uma importância gigantesca. É, também, a chance de o país evoluir, de a sociedade ter real noção do que acontece para além da bolha onde vivemos.A imprensa precisa, mais do que ser livre, ser diversa, estar a serviço da sociedade. Ser jornalista é uma responsabilidade imensa. Apurar notícias, fatos e dados com precisão nunca foi fácil, mas é indispensável”, conclui a jornalista.
Para a coordenadora do curso de Jornalismo da Universidade Franciscana , Sione Gomes, a liberdade de imprensa é fundamental para uma sociedade livre, pois “A imprensa precisa ter total possibilidade de desempenhar as suas funções com seriedade e amplitude, que é justamente para mostrar para a sociedade as situações que estão impactando nela própria, estando totalmente vinculada a liberdade da sociedade”. Para ela ainda há âmbitos em que a imprensa brasileira pode evoluir em sua liberdade, trabalhando com os mais variados assuntos, sem que isso seja limitado. “O Brasil não é um dos piores países om relação à liberdade de imprensa, mas há espaços em que se pode ampliar essa liberdade”, completa a professora.
Bárbara Henriques, também jornalista, acredita que o papel da liberdade de imprensa é “exercer a principal função da imprensa: informar, dando ao cidadão a possibilidade de buscar diferentes fontes e olhares acerca de um tema.” Ela afirma que vivemos atualmente um dos piores tempos em relação à liberdade de imprensa. Principalmente por conta das “Fake news”, a polarização fomentada pela mídia e também por políticos, gerando uma arena de incertezas em relação às notícias produzidas. “Temos aqui no Brasil o que é chamado de “mídia de opinião”, uma imprensa que toma partido e isso só traz danos à democracia”, nos fala ela.“É importante que voltemos a um dos preceitos mais básicos da imprensa: a imparcialidade. Confunde-se liberdade de imprensa com “dizer o que quer”. A verdadeira liberdade de imprensa é, nós, enquanto produtores de notícias, darmos ferramentas para que o cidadão busque a melhor forma de se informar. Informação de qualidade representa uma sociedade aberta ao debate, que dá condições para a formação de sujeitos críticos em relação às suas escolhas”, conclui ela.
O jornalismo precisa ser livre para informar, investigar e mostrar à população tudo que acontece no mundo, para que você forme a sua opinião. Pois sem a liberdade de imprensa não existe a democracia. Sendo assim ela não pode ser limitada sem ser perdida.