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A responsabilidade do jornalista na produção de conteúdo para a internet

Natural de Sant’Ana do Livramento, Alam Carrion ingressou no curso de Jornalismo na Universidade Franciscana em 2017. Desde sempre fascinado pela comunicação, Carrion conta que seus planos iniciais não eram esses, mas o encantamento pelo curso fez com que o concluísse e seguisse na profissão. “Inicialmente eu queria Publicidade e Propaganda. Acreditava me identificar mais. Porém as opções eram diurnas e eu precisava trabalhar. Como eu sempre gostei de comunicação, em especial o jornalismo esportivo, escolhi o Jornalismo e não me arrependo da escolha”, explica o jornalista. Hoje ele afirma que gosta de sua profissão, “principalmente ajudar o pessoal aqui na rádio, na produção dos programas, como o Titular da Rede”, completa ele, que é técnico do laboratório dos cursos de comunicação na UFN.

O jornalista participa das transmissões ao vivo da Rádio Web UFN. Foto: Arquivo pessoal.

Dentro do curso de Jornalismo, o primeiro laboratório que Carrion teve contato foi o LaProa, laboratório de produção audiovisual, atualmente chamado LabSeis. Após o contato com o audiovisual, ele se questiona: “Acho que eu sou muito mais do áudio do que do visual, não?”, e, assim, iniciou seu trabalho na Rádio Web UFN, durante um ano como estudante e depois como contratado. Desde então, todas as experiências com laboratórios do curso foram na rádio. 

Para ele, a  instantaneidade do rádio é um traço marcante. O egresso também conta que o interesse pelo jornalismo radiofônico veio de sua criação. Desde criança, ele sempre ouvia transmissões de futebol e coberturas pela rádio.  “Conheço todos os jornalistas da Rádio Gaúcha, que é a que eu sempre acompanhei. Sei as narrações de gols que ficaram na minha memória. Lembro das vozes de basicamente todos os jornalistas”, conta Carrion.

Carrion participou da Semana de Live: 3 passos para ser um católico melhor em 2023, produzindo conteúdos gratuitos para o Instagram junto com quatro catequistas. Foto: Arquivo pessoal.

Em 2020, o egresso apresentou o tema Segredos revelados: como a mídia tratou a Imagem do Papa Pio XII após o anúncio da abertura dos arquivos do Vaticano como Trabalho Final de Graduação (TFG). Encantado por história desde sempre, ele relata que a temática foi escolhida por meio do anúncio do Papa Francisco para a abertura do arquivo do Vaticano a respeito do tempo de exercício do Papa Pio XII. “Conheço muito a biografia de Pio XII e me interessei em como a mídia ia cobrir, como a mídia ia tratar a imagem dele”, explica Carrion. Em seu TFG, ele buscou contrapor as narrativas jornalísticas, tentando mostrar que a apuração da notícia deve trabalhar os dois lados da história. “Peguei uma matéria e a detalhei, parte por parte, mostrando que o jornalista estava muito mais tendencioso do que propriamente praticando o jornalismo de maneira não imparcial, mas para que a reportagem não pendesse para o lado mais neutro e isento o possível. Quis trabalhar muito a questão da diferença daquilo que é imparcialidade, o que é quase impossível”, completa ele. 

Atualmente, além de trabalhar na Rádio Web UFN, ele ainda trabalha como produtor de conteúdo no Instagram. Carrion conta que começou no Facebook. “Quando eu era mais jovem, em 2012, criei um fã clube para uma banda católica que gostava muito. Em 2013, transformei o fã clube em uma página chamada Um Jovem Católico e foi assim comecei a trabalhar com a plataforma. Eu publicava frases de músicas e frases católicas, porém eu ainda não entendia nada sobre igreja católica”, relata ele. Após receber críticas de pessoas que não compartilhavam de seus mesmos ideais, o jornalista conta que começou a estudar mais o assunto e acabou se apaixonando pela igreja. Quando começou a estudar mais o funcionamento das mídias sociais, Carrion percebeu que se trocasse de plataforma seu trabalho alcançaria mais o público jovem. “Em 2018, abri uma página no Instagram e comecei a publicar caixinhas de perguntas, que me fizeram estudar mais, porque recebia perguntas sobre assuntos que ainda não sabia”, explica ele. Em 2019, Carrion decidiu deixar de lado o nome Um Jovem Católico e começou a se identificar com seu próprio nome nas redes sociais.

Em 2023, Alam Carrion palestrou o tema: Os desafios da evangelização na internet na ExpoCatólica, em São Paulo. Foto: Arquivo pessoal.

Nos dias atuais, o perfil oficial no instagram de Alam Carrion possui cerca de 319 mil seguidores. ”Hoje, minha conta é a que mais cresce no nicho católico e, com isso, aumenta a responsabilidade de saber que eu estou lidando com a fé de milhares de pessoas. Sempre coloco a  responsabilidade do jornalismo naquilo que eu faço. Ou seja, nenhum conteúdo meu, antes de ser postado, deixa de passar por algum critério de checagem. Então eu verifico se está conforme aquilo que a igreja ensina, se está conforme o catecismo da igreja. Dificilmente emito opiniões e, quando emito opiniões, eu procuro embasá-las naquilo que a igreja ensina”, explica o egresso.

Sua esposa, Ticyane Carrion, relata que ele sempre quis fazer a diferença na vida das pessoas e que seu trabalho no Instagram foi uma forma de ensinar e ajudar as pessoas. “A gente encontra poucas pessoas assim. Sempre que o Alam  estuda e aprende algo, ele já está transformando a informação para que possa ensinar de forma descomplicada”, conta Ticyane.

  • Perfil produzido no 1º semestre de 2023, na disciplina de Narrativa Jornalística, sob orientação da professora Sione Gomes.

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Natural de Sant’Ana do Livramento, Alam Carrion ingressou no curso de Jornalismo na Universidade Franciscana em 2017. Desde sempre fascinado pela comunicação, Carrion conta que seus planos iniciais não eram esses, mas o encantamento pelo curso fez com que o concluísse e seguisse na profissão. “Inicialmente eu queria Publicidade e Propaganda. Acreditava me identificar mais. Porém as opções eram diurnas e eu precisava trabalhar. Como eu sempre gostei de comunicação, em especial o jornalismo esportivo, escolhi o Jornalismo e não me arrependo da escolha”, explica o jornalista. Hoje ele afirma que gosta de sua profissão, “principalmente ajudar o pessoal aqui na rádio, na produção dos programas, como o Titular da Rede”, completa ele, que é técnico do laboratório dos cursos de comunicação na UFN.

O jornalista participa das transmissões ao vivo da Rádio Web UFN. Foto: Arquivo pessoal.

Dentro do curso de Jornalismo, o primeiro laboratório que Carrion teve contato foi o LaProa, laboratório de produção audiovisual, atualmente chamado LabSeis. Após o contato com o audiovisual, ele se questiona: “Acho que eu sou muito mais do áudio do que do visual, não?”, e, assim, iniciou seu trabalho na Rádio Web UFN, durante um ano como estudante e depois como contratado. Desde então, todas as experiências com laboratórios do curso foram na rádio. 

Para ele, a  instantaneidade do rádio é um traço marcante. O egresso também conta que o interesse pelo jornalismo radiofônico veio de sua criação. Desde criança, ele sempre ouvia transmissões de futebol e coberturas pela rádio.  “Conheço todos os jornalistas da Rádio Gaúcha, que é a que eu sempre acompanhei. Sei as narrações de gols que ficaram na minha memória. Lembro das vozes de basicamente todos os jornalistas”, conta Carrion.

Carrion participou da Semana de Live: 3 passos para ser um católico melhor em 2023, produzindo conteúdos gratuitos para o Instagram junto com quatro catequistas. Foto: Arquivo pessoal.

Em 2020, o egresso apresentou o tema Segredos revelados: como a mídia tratou a Imagem do Papa Pio XII após o anúncio da abertura dos arquivos do Vaticano como Trabalho Final de Graduação (TFG). Encantado por história desde sempre, ele relata que a temática foi escolhida por meio do anúncio do Papa Francisco para a abertura do arquivo do Vaticano a respeito do tempo de exercício do Papa Pio XII. “Conheço muito a biografia de Pio XII e me interessei em como a mídia ia cobrir, como a mídia ia tratar a imagem dele”, explica Carrion. Em seu TFG, ele buscou contrapor as narrativas jornalísticas, tentando mostrar que a apuração da notícia deve trabalhar os dois lados da história. “Peguei uma matéria e a detalhei, parte por parte, mostrando que o jornalista estava muito mais tendencioso do que propriamente praticando o jornalismo de maneira não imparcial, mas para que a reportagem não pendesse para o lado mais neutro e isento o possível. Quis trabalhar muito a questão da diferença daquilo que é imparcialidade, o que é quase impossível”, completa ele. 

Atualmente, além de trabalhar na Rádio Web UFN, ele ainda trabalha como produtor de conteúdo no Instagram. Carrion conta que começou no Facebook. “Quando eu era mais jovem, em 2012, criei um fã clube para uma banda católica que gostava muito. Em 2013, transformei o fã clube em uma página chamada Um Jovem Católico e foi assim comecei a trabalhar com a plataforma. Eu publicava frases de músicas e frases católicas, porém eu ainda não entendia nada sobre igreja católica”, relata ele. Após receber críticas de pessoas que não compartilhavam de seus mesmos ideais, o jornalista conta que começou a estudar mais o assunto e acabou se apaixonando pela igreja. Quando começou a estudar mais o funcionamento das mídias sociais, Carrion percebeu que se trocasse de plataforma seu trabalho alcançaria mais o público jovem. “Em 2018, abri uma página no Instagram e comecei a publicar caixinhas de perguntas, que me fizeram estudar mais, porque recebia perguntas sobre assuntos que ainda não sabia”, explica ele. Em 2019, Carrion decidiu deixar de lado o nome Um Jovem Católico e começou a se identificar com seu próprio nome nas redes sociais.

Em 2023, Alam Carrion palestrou o tema: Os desafios da evangelização na internet na ExpoCatólica, em São Paulo. Foto: Arquivo pessoal.

Nos dias atuais, o perfil oficial no instagram de Alam Carrion possui cerca de 319 mil seguidores. ”Hoje, minha conta é a que mais cresce no nicho católico e, com isso, aumenta a responsabilidade de saber que eu estou lidando com a fé de milhares de pessoas. Sempre coloco a  responsabilidade do jornalismo naquilo que eu faço. Ou seja, nenhum conteúdo meu, antes de ser postado, deixa de passar por algum critério de checagem. Então eu verifico se está conforme aquilo que a igreja ensina, se está conforme o catecismo da igreja. Dificilmente emito opiniões e, quando emito opiniões, eu procuro embasá-las naquilo que a igreja ensina”, explica o egresso.

Sua esposa, Ticyane Carrion, relata que ele sempre quis fazer a diferença na vida das pessoas e que seu trabalho no Instagram foi uma forma de ensinar e ajudar as pessoas. “A gente encontra poucas pessoas assim. Sempre que o Alam  estuda e aprende algo, ele já está transformando a informação para que possa ensinar de forma descomplicada”, conta Ticyane.

  • Perfil produzido no 1º semestre de 2023, na disciplina de Narrativa Jornalística, sob orientação da professora Sione Gomes.