Dando continuidade à programação especial de aniversário do curso, a Agência Central Sul retoma a série Celeiro de Talentos e apresenta o perfil da jornalista Natália Müller Poll.
Ainda que fosse comunicativa desde a infância, Jornalismo não foi sua primeira escolha de graduação. “À época, eu queria ser veterinária porque amo bichos. Quando chegou o momento de escolher, eu descartei esta ideia porque não tenho o dom de lidar com a parte cirúrgica da profissão. Jornalismo me parecia a opção mais certeira. Queria muito escrever em revistas”, alega.
Já dentro do curso, Natália passou a atuar dentro do campo escrevendo para a agência de notícias e se envolvendo com as produções da TV Unifra, hoje UFN TV. Dentro emissora, a então estudante foi chamada para produzir e apresentar o Studio Rock, um programa musical que levava bandas para tocar ao vivo e fazia coberturas de eventos à noite. Segundo a jornalista “Era muito legal ver a receptividade das pessoas na rua, que assistiam e sugeriam bandas. Foi muito bom ter tido essas experiências e parece que foi em outra vida, de tão diferente que tudo é hoje”.
Foi no seu último ano de faculdade que surgiu a oportunidade de trabalhar com revista, como ela sonhou na época do ensino médio: “Fui convidada para estagiar na primeira revista online de moda do país, a Santa Fashion Magazine”. Foi a partir deste envolvimento com a revista de moda que houve convites para ministrar palestras e dar aulas na área.
Após três anos dando aulas, Natália decidiu ir atrás de novas experiências. Cursou mestrado em comunicação pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e atuou no setor comercial da RBS TV-SM. Foi durante este período em que houve o primeiro contato profissional com assessoria de imprensa. Ela passou então a se qualificar nesta área e no uso de redes sociais. Quando o Instagram começou a fazer sucesso, ela montou uma empresa de produção de conteúdo, “isso me levou ao Diário, onde fiquei por 3 anos”.
“Talvez tenha sido a melhor experiência que tive. Já com a cabeça mais madura a gente absorve melhor as coisas. A gente muda muito com o passar dos anos e ver isso refletir na nossa profissão é mágico”, afirma. A jornalista entrou no Diário como social media do setor comercial. Após começar a trabalhar na redação, ela ficou dois anos na editoria de geral. Durante o período da pandemia ela foi uma das poucas jornalistas que seguiram trabalhando de forma presencial: “Era eu quem estava na redação, sozinha, na noite que o prefeito confirmou o primeiro caso de Covid-19 na cidade”.
Natália também passou pela TV Diário, onde produziu e apresentou telejornais com linguagem adaptada para a internet. “No meu último ano, tive uma passagem pela editoria de política, onde tive a oportunidade de ser colunista interina nas férias do editor. Foi assim que cheguei onde estou hoje, fazendo assessoria de imprensa parlamentar”, alega a jornalista. Ela defende que “é essencial que o profissional da comunicação faça coisas novas e diferentes, veja a profissão por outros ângulos”.