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O fenômeno Masterchef Brasil e a geração Z

O Masterchef foi criado por Franc Roddam em 1990 em uma temporada piloto. O programa foi lançado somente em 2005 pela BBC, e hoje em dia o formato está adaptado em mais de 40 países. Em setembro de 2014 a versão brasileira do talent show, o Masterchef Brasil, entrou no ar nas emissoras brasilerias pela Band TV. Atualmente o programa está em sua 10º edição comemorativa com o slogan Uma década de paixão. No programa participam desde cozinheiros amadores a profissionais, idosos e crianças.

Desde 2021, a Chef Helenna Rizzo (na ponta, à direita) compõem o time de jurados do programa de forma fixa. Foto: divulgação

No ano de 2021, a 8ª temporada amadora contou com uma proposta diferente devido a pandemia da COVID – 19. Os participantes ficaram isolados em um hotel e só poderiam sair para as gravações. O programa contou com apenas três provas em grupo e uma final gravada, todas sem a presença do público. Segundo divulgação da época, o objetivo era atrair uma nova audiência, por meio do uso da plataforma de rede social Tik Tok.

Segundo um estudo chamado “A cozinha pós – moderna do Masterchef Brasil: Social TV e mídia que se propaga no Twitter” de Mateus Vilela e Thauana Martins, publicado em 2016, o principal modus operandi na época era a rede social Twitter, usada de forma abrangente para criar um novo tipo de vínculo entre o emissor (Masterchef) e o receptor (telespectador). Por meio da plataforma a ideia era gerar memes com os chefs e os participantes, possibilitar a opinião do público e até mesmo liberar conteúdos exclusivos, o que tornou o programa cada vez mais atraente para o público brasileiro. Além disso, o estudo também destaca que, devido ao barateamento dos aparelhos de TV, assistir televisão foi se tornando solitário e aos poucos foi sendo repaginado e potencializado pelas redes sociais. Isso de fato conecta o programa à Teoria da Recepção que apresenta por meios dos estudos de Stuart Hall que programas de televisão eram entregues de maneiras diferentes a cada telespectador seja o que fosse que estivesse na sua tela, mas isso dependia muito da esfera da sociedade em que este cidadão estava inserido.

A reinvenção dentro do TIK TOK

Em 2021, o Masterchef Brasil buscou alcançar uma nova geração de adolescentes e jovens, a chamada geração Z (crianças nascidas entre 1995 e 2010) que nasceram em meio a popularização da internet e são 100 % conectadas às redes sociais. Ao olhar a partir da perspectiva do marketing, o programa foi inteligente ao trazer a atriz Isabella Scherer, filha do Xuxa Scherer, e dois ex-participantes do Masterchef Júnior, Eduardo e Daphne, que ao longo do programa se conectaram de maneira genuína com os jovens que acompanhavam enquanto crianças, e agora como adultos, a sua trajetória na culinária. Uma das provas mais emblemáticas da temporada teve como principal objetivo recriar o clássico de nove famílias brasileiras de diferentes estilos e culturas presentes no Brasil, o que firmou de vez a identidade brasileira do Masterchef que, devido a pandemia, precisou se reinventar para não perder o público que não só estava agora em frente à TV, mas que também estava ativo nas redes sociais do programa.

Produzido na disciplina de Teorias da Comunicação no 1º semestre de 2024, sob supervisão da professora Camilla Klein.

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O Masterchef foi criado por Franc Roddam em 1990 em uma temporada piloto. O programa foi lançado somente em 2005 pela BBC, e hoje em dia o formato está adaptado em mais de 40 países. Em setembro de 2014 a versão brasileira do talent show, o Masterchef Brasil, entrou no ar nas emissoras brasilerias pela Band TV. Atualmente o programa está em sua 10º edição comemorativa com o slogan Uma década de paixão. No programa participam desde cozinheiros amadores a profissionais, idosos e crianças.

Desde 2021, a Chef Helenna Rizzo (na ponta, à direita) compõem o time de jurados do programa de forma fixa. Foto: divulgação

No ano de 2021, a 8ª temporada amadora contou com uma proposta diferente devido a pandemia da COVID – 19. Os participantes ficaram isolados em um hotel e só poderiam sair para as gravações. O programa contou com apenas três provas em grupo e uma final gravada, todas sem a presença do público. Segundo divulgação da época, o objetivo era atrair uma nova audiência, por meio do uso da plataforma de rede social Tik Tok.

Segundo um estudo chamado “A cozinha pós – moderna do Masterchef Brasil: Social TV e mídia que se propaga no Twitter” de Mateus Vilela e Thauana Martins, publicado em 2016, o principal modus operandi na época era a rede social Twitter, usada de forma abrangente para criar um novo tipo de vínculo entre o emissor (Masterchef) e o receptor (telespectador). Por meio da plataforma a ideia era gerar memes com os chefs e os participantes, possibilitar a opinião do público e até mesmo liberar conteúdos exclusivos, o que tornou o programa cada vez mais atraente para o público brasileiro. Além disso, o estudo também destaca que, devido ao barateamento dos aparelhos de TV, assistir televisão foi se tornando solitário e aos poucos foi sendo repaginado e potencializado pelas redes sociais. Isso de fato conecta o programa à Teoria da Recepção que apresenta por meios dos estudos de Stuart Hall que programas de televisão eram entregues de maneiras diferentes a cada telespectador seja o que fosse que estivesse na sua tela, mas isso dependia muito da esfera da sociedade em que este cidadão estava inserido.

A reinvenção dentro do TIK TOK

Em 2021, o Masterchef Brasil buscou alcançar uma nova geração de adolescentes e jovens, a chamada geração Z (crianças nascidas entre 1995 e 2010) que nasceram em meio a popularização da internet e são 100 % conectadas às redes sociais. Ao olhar a partir da perspectiva do marketing, o programa foi inteligente ao trazer a atriz Isabella Scherer, filha do Xuxa Scherer, e dois ex-participantes do Masterchef Júnior, Eduardo e Daphne, que ao longo do programa se conectaram de maneira genuína com os jovens que acompanhavam enquanto crianças, e agora como adultos, a sua trajetória na culinária. Uma das provas mais emblemáticas da temporada teve como principal objetivo recriar o clássico de nove famílias brasileiras de diferentes estilos e culturas presentes no Brasil, o que firmou de vez a identidade brasileira do Masterchef que, devido a pandemia, precisou se reinventar para não perder o público que não só estava agora em frente à TV, mas que também estava ativo nas redes sociais do programa.

Produzido na disciplina de Teorias da Comunicação no 1º semestre de 2024, sob supervisão da professora Camilla Klein.