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Santa Maria, RS, Brazil

Parabéns, Juventude!

Pensei em iniciar esse artigo comentando sobre a fase do Internacional, do azar de não ir à uma final do Estadual. Haveria diversas maneiras de começar, porém, dentre os diferentes modos, o que menos vi alguém comentar foi sobre o JUVENTUDE! Sim, com todas as letras maiúsculas mesmo. Que garra e força a equipe de Roger Machado possui! É incrível! O que muito se falou de “não conseguir fazer o resultado em Caxias”, e que ia ser “amassado pelo Inter em Porto Alegre”, não foi visto. A estratégia de Roger Machado de anular Alan Patrick e interromper as ligações do meio-campista para o setor ofensivo do Inter, mais do que funcionou. Foi impecável, não a toa que o gol colorado sai atrás de um cruzamento despretensioso para Renê e conta com ajuda do goleiro jaconero para empatar no Beira-Rio.

Roger Machado a beira do campo analisando sua equipe.

Em saídas de velocidades em contra-ataques com Edson Carioca, foi o jeito que o Juventude viu de intimidar o Internacional em casa. A chance mais clara foi aos 16 minutos da primeira etapa, onde o ponta juventudista tirou de Rochet e quase abre o placar, senão fosse Vitão tirar a bola de cima da linha. Ali, já se mostravam indícios que o time de Roger iria pra cima do Inter sem medo algum. Até que aos 30 minutos, em cobrança de escanteio feita por Alan Ruschel, o zagueiro Zé Marcos se sobressai sobre Vitão, e testa paras as redes, sem chance para o goleiro colorado. Aberto o placar no Beira-Rio. E o Internacional de Coudet com sua pressão alta? Bom, se tinha pressão alta no primeiro tempo, era de quem vestia o listrado verde e branco.

Zé Marcos em comemoração de gol contra o Inter

Com a partida no intervalo, o Internacional se viu obrigado a utilizar Enner Valencia, mesmo sem estar 100%. Segundo tempo em jogo, e é óbvio que um time com um orçamento mais baixo, sem grandíssimas estrelas, e fora de casa, o Ju iria baixar suas linhas pra defender a meta. Depois de sumir por inacreditáveis 135 minutos de confronto contra o Juventude, o “Inter de Coudet” apareceu. Tarde, mas apareceu. Apesar de uma finalização sem sustos de Jean Carlos, quem atacou com perigo a parti daí foi o Internacional. Aos nove minutos, em jogada bem organizada, Aránguiz levanta a bola para a área, e Renê, com um pitaco de sorte, empata o jogo. A rotina de ver um Inter propositivo em busca da vitória se ocorreu. Apesar dessa proposta de jogo, o que também deve se levar em conta, é o jeito de como algum jogador deve finalizar um ataque. Não questione a Maurício como ele fez o que fez. Aos onze, foi o momento em que se viu a chance mais clara de virada para o Inter e a possível confirmação de finalista. Bola para os ares e ali se criava um clima terrível. Poucos mais de dez minutos depois, após Nenê, com muita sabedoria, prender o 27 colorado, o jovem Maurício cai na pilha do 10 jaconero, e é expulso após revisão do VAR e deixar o Inter com um a menos.

Maurício sendo expulso Inter x Juventude

Próximo do fim do jogo, Vitão sente câimbras, é forçado a ser substituído e entra um personagem muito importante na classificação juventudista: Robert Renan. Jogo para os pênaltis e cada uma das equipes erra uma cobrança: Alan Ruschel para em Rochet, e Mercado explode a bola no travessão. Nas alternadas, Bruno Gomes e Kleiton acertam, até que Robert Renan puxa a responsabilidade para si. Parte para a cobrança fazendo uma cavadinha. O goleiro Gabriel caía para o lado contrário, mas a bola nem entra, e o arqueiro se recupera a tempo e agarra firme. Assim, o que era óbvio inexistia, e Kelvi pôs fim ao favoritismo vermelho. Fim de jogo, e Juventude na final após oito anos.

Goleiro do Juventude defendendo cobrança de Robert Renan

Contra todos os prognósticos, o time da serra se mostrou resiliente e teve cabeça fria para levar a vaga na final do Gauchão. Do seu jeito, mas eficiente. Mais do que merecido, foi preciso essa classificação do Ju. Quanto ao Inter, que se vire para juntar os cacos e dar a volta por cima nessa temporada. E com mais reforços agora. Ao Juventude, que venha quem vier. Se já ganhou um estadual sobre o Inter no Beira-Rio no longínquo ano de 1998, porque não numa eventual decisão na Arena contra o Grêmio? Mas o mais legal que poderia se ocorrer, é de uma decisão ser do interior: Caxias x Juventude. A festa que podemos ver nos próximos finais de semanas na cidade de Caxias do Sul será algo inigualável. Só falta agora o Grená fazer sua parte.

Imagens: Divulgação Juventude e X

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Roger Machado a beira do campo analisando sua equipe.

Em saídas de velocidades em contra-ataques com Edson Carioca, foi o jeito que o Juventude viu de intimidar o Internacional em casa. A chance mais clara foi aos 16 minutos da primeira etapa, onde o ponta juventudista tirou de Rochet e quase abre o placar, senão fosse Vitão tirar a bola de cima da linha. Ali, já se mostravam indícios que o time de Roger iria pra cima do Inter sem medo algum. Até que aos 30 minutos, em cobrança de escanteio feita por Alan Ruschel, o zagueiro Zé Marcos se sobressai sobre Vitão, e testa paras as redes, sem chance para o goleiro colorado. Aberto o placar no Beira-Rio. E o Internacional de Coudet com sua pressão alta? Bom, se tinha pressão alta no primeiro tempo, era de quem vestia o listrado verde e branco.

Zé Marcos em comemoração de gol contra o Inter

Com a partida no intervalo, o Internacional se viu obrigado a utilizar Enner Valencia, mesmo sem estar 100%. Segundo tempo em jogo, e é óbvio que um time com um orçamento mais baixo, sem grandíssimas estrelas, e fora de casa, o Ju iria baixar suas linhas pra defender a meta. Depois de sumir por inacreditáveis 135 minutos de confronto contra o Juventude, o “Inter de Coudet” apareceu. Tarde, mas apareceu. Apesar de uma finalização sem sustos de Jean Carlos, quem atacou com perigo a parti daí foi o Internacional. Aos nove minutos, em jogada bem organizada, Aránguiz levanta a bola para a área, e Renê, com um pitaco de sorte, empata o jogo. A rotina de ver um Inter propositivo em busca da vitória se ocorreu. Apesar dessa proposta de jogo, o que também deve se levar em conta, é o jeito de como algum jogador deve finalizar um ataque. Não questione a Maurício como ele fez o que fez. Aos onze, foi o momento em que se viu a chance mais clara de virada para o Inter e a possível confirmação de finalista. Bola para os ares e ali se criava um clima terrível. Poucos mais de dez minutos depois, após Nenê, com muita sabedoria, prender o 27 colorado, o jovem Maurício cai na pilha do 10 jaconero, e é expulso após revisão do VAR e deixar o Inter com um a menos.

Maurício sendo expulso Inter x Juventude

Próximo do fim do jogo, Vitão sente câimbras, é forçado a ser substituído e entra um personagem muito importante na classificação juventudista: Robert Renan. Jogo para os pênaltis e cada uma das equipes erra uma cobrança: Alan Ruschel para em Rochet, e Mercado explode a bola no travessão. Nas alternadas, Bruno Gomes e Kleiton acertam, até que Robert Renan puxa a responsabilidade para si. Parte para a cobrança fazendo uma cavadinha. O goleiro Gabriel caía para o lado contrário, mas a bola nem entra, e o arqueiro se recupera a tempo e agarra firme. Assim, o que era óbvio inexistia, e Kelvi pôs fim ao favoritismo vermelho. Fim de jogo, e Juventude na final após oito anos.

Goleiro do Juventude defendendo cobrança de Robert Renan

Contra todos os prognósticos, o time da serra se mostrou resiliente e teve cabeça fria para levar a vaga na final do Gauchão. Do seu jeito, mas eficiente. Mais do que merecido, foi preciso essa classificação do Ju. Quanto ao Inter, que se vire para juntar os cacos e dar a volta por cima nessa temporada. E com mais reforços agora. Ao Juventude, que venha quem vier. Se já ganhou um estadual sobre o Inter no Beira-Rio no longínquo ano de 1998, porque não numa eventual decisão na Arena contra o Grêmio? Mas o mais legal que poderia se ocorrer, é de uma decisão ser do interior: Caxias x Juventude. A festa que podemos ver nos próximos finais de semanas na cidade de Caxias do Sul será algo inigualável. Só falta agora o Grená fazer sua parte.

Imagens: Divulgação Juventude e X