Em 1962 nascia uma personagem diferente. Uma menina, de cabelos pretos, vestido vermelho e sandálias, busca questionar o mundo, fazer as pessoas pensarem e toca em pontos que a sociedade costuma esconder.
Inquieta, destemida e com uma crítica consciência política, econômica e social, foi assim que o colunista argentino Joaquín Salvador Lavado Tejón, mais conhecido como Quino, pensou a Mafalda e seus pais.
Embora a personagem tenha sido criada em 1962, ela foi para os jornais dois anos depois, em 1964. Na época, o Jornal Clarín rompeu o contrato de Quino e a personagem, que faria propaganda para o jornal, voltou para o bloquinho do cartunista.
Nascida em um tempo de duelos ideológicos, Mafalda conseguiu romper paradigmas. Com frases emblemáticas, politizadas e cheias de crítica social, a menina que odeia sopa, ama a banda Beatles, caiu na graça dos argentinos e conquistou fãs ao redor do mundo. Conforme a personagem foi crescendo e ganhando visibilidade, a personagem ganhou amigos, que junto com ela sonham com um mundo mais humanista.
A personagem já foi publicada em, pelo menos, 30 países e suas frases emblemáticas já foram traduzidas para 15 idiomas diferentes.
Em tempos difíceis na liberdade de imprensa, Mafalda foi a voz de oposição à ditadura na Argentina e no Brasil. 56 anos depois, às críticas da personagem ainda são pertinentes e ajudam a fazer a população refletir e problematizar questões importantes. Em mais de meio século de existência, Mafalda, seus pais e amigos, ainda estão tão presentes como estavam nos anos 1960!
“Boa noite mundo! Boa noite e até amanhã, mas fique de olho! Tem muita gente irresponsável acordada, viu? ” (Mafalda)