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Jornalistas: mulheres são a maioria e ganham menos do que os homens

A pesquisa da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), sobre o perfil do jornalista brasileiro, mostra que ainda há uma situação desconfortante para as profissionais da categoria do sexo feminino. A pesquisa aponta que 64% dos profissionais são mulheres e que apesar de ser maioria, ainda sim, ganham menos que os homens no mesmo cargo e que, os cargos de chefias são ocupados por homens.

A questão é analisada por Guilherme Howes, sociólogo, que afirma: “Esses aspectos, políticos, culturais e religiosos, construíram nossa sociedade com uma imagem masculina. Tanto nas revoluções, nos pensadores do renascimento e até mesmo na religião, temos um Deus pai.”

Para ele, as conquistas legislativas marcaram o século XX no que diz respeito aos direitos, igualitarismo e proteção às mulheres. Direitos como o do voto, igualdade de remuneração no trabalho e proteção contra a violência.  A partir da década de 40, às mulheres conquistaram pequenos, mas significativos avanços para uma igualdade ao lado dos homens, em comparação há vários séculos de estagnação. Mas, apesar deste avanço considerável em pouco tempo e serem assegurados por leis, às mulheres ainda esbarram numa sociedade construída por homens, tanto no aspecto cultural, político e até mesmo religioso.

O sociólogo avalia também haver uma relação unilateral dentro de nossa sociedade determina posições na estrutura social que fundamentam o homem com o ser principal e a mulher com ser secundário. Onde, ainda a mulher com os seus direitos estabelecidos e com uma reestruturação e ampliação do seu papel dentro da sociedade, continua sendo quem cuida da casa e dos filhos, não movendo as relações sociais.

A coordenadora Executiva da TV Unifra,  Mariangela Recchia  acredita que uma característica historicamente construída da mulher é a de ser conciliadora  e pacificadora. A mulher não reivindica seus direitos. “Essa questão das jornalistas é bem intrigante, pois, somos solidários com a causa dos outros. Se tem uma paralisação de qualquer categoria  lá estamos nós, solidários, mas e nossa?”, questiona.

Para o  jornalista e professor da Unifra, Maicon Elias Kroth,  é um processo. Ele acredita que  a categoria irá buscar regularizar, regulamentar e equalizar essas questões. “Não devemos ter diferenças. Temos os mesmos direitos e deveres.” Ele completa dizendo que “a mulher ganha espaços até hoje controlados pelos homens. Nós devemos sim, aproveitar essa aproximação que temos dos meios comunicativos para tentar modificar e ampliar o espaço das mulheres, e conscientizar a sociedade deste fenômenos.”

 

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A questão é analisada por Guilherme Howes, sociólogo, que afirma: “Esses aspectos, políticos, culturais e religiosos, construíram nossa sociedade com uma imagem masculina. Tanto nas revoluções, nos pensadores do renascimento e até mesmo na religião, temos um Deus pai.”

Para ele, as conquistas legislativas marcaram o século XX no que diz respeito aos direitos, igualitarismo e proteção às mulheres. Direitos como o do voto, igualdade de remuneração no trabalho e proteção contra a violência.  A partir da década de 40, às mulheres conquistaram pequenos, mas significativos avanços para uma igualdade ao lado dos homens, em comparação há vários séculos de estagnação. Mas, apesar deste avanço considerável em pouco tempo e serem assegurados por leis, às mulheres ainda esbarram numa sociedade construída por homens, tanto no aspecto cultural, político e até mesmo religioso.

O sociólogo avalia também haver uma relação unilateral dentro de nossa sociedade determina posições na estrutura social que fundamentam o homem com o ser principal e a mulher com ser secundário. Onde, ainda a mulher com os seus direitos estabelecidos e com uma reestruturação e ampliação do seu papel dentro da sociedade, continua sendo quem cuida da casa e dos filhos, não movendo as relações sociais.

A coordenadora Executiva da TV Unifra,  Mariangela Recchia  acredita que uma característica historicamente construída da mulher é a de ser conciliadora  e pacificadora. A mulher não reivindica seus direitos. “Essa questão das jornalistas é bem intrigante, pois, somos solidários com a causa dos outros. Se tem uma paralisação de qualquer categoria  lá estamos nós, solidários, mas e nossa?”, questiona.

Para o  jornalista e professor da Unifra, Maicon Elias Kroth,  é um processo. Ele acredita que  a categoria irá buscar regularizar, regulamentar e equalizar essas questões. “Não devemos ter diferenças. Temos os mesmos direitos e deveres.” Ele completa dizendo que “a mulher ganha espaços até hoje controlados pelos homens. Nós devemos sim, aproveitar essa aproximação que temos dos meios comunicativos para tentar modificar e ampliar o espaço das mulheres, e conscientizar a sociedade deste fenômenos.”