Um fato um tanto curioso irrompeu a tarde da quinta-feira, 5 de agosto. A estudante do curso de Nutrição do Centro Universitário Franciscano, Jéssica Arruda, 21 anos, percorreu o pátio da Instituição a convidar os universitários para comparecerem a uma análise sensorial realizada no Laboratório de Técnica e Dietética, no prédio 17. A análise visava observar a aceitabilidade das flores comestíveis, objeto do seu Trabalho Final de Graduação (TFG).
Interessados, 90 alunos de diversos cursos aceitaram o convite. Foram servidos canapés de frango com flores. As flores escolhidas para a observação foram Amor-perfeito, Rosa e Capuchinha. Os estudantes sentavam-se à mesa, completavam o questionário e, por fim, experimentavam o prato singular. Para a surpresa da pesquisadora, as flores comestíveis tiveram grande aceitabilidade.
O aluno Teonas Oliveira, 25, declarou nunca ter ouvido falar das flores comestíveis. “Gostei muito, principalmente do canapé de frango com Amor-perfeito” diz. A aluna Gabriela de Melo, 21, já havia ouvido falar, mas nunca experimentado. “Comeria em casa. Achei bem gostoso”, afirmou.
A professora orientadora da pesquisa, Cristiana Basso, de quem partiu a ideia para o trabalho, orienta o cuidado na hora de adquirir o produto. “O cultivo para alimentação é diferenciado e específico, pois deve ser orgânico e higienizado. As pessoas não devem sair colhendo essas flores e preparando-as”, aconselha.
Jéssica trouxe as flores de São Paulo. A aluna assegura que são poucos os lugares onde elas se encontram. “A ingestão de flores comestíveis é comum em países como a China, a Índia e o Japão. No Brasil, a demanda é pouca. Acredito que é possível que o país ainda desenvolva esse hábito”, comenta.
A futura nutricionista considera que as flores são ricas em potássio e outros nutrientes. Ela julga que a grande diferença, quando comparadas às frutas, é que as flores não possuem agrotóxico e pesticida, haja vista que, esses, quando ingeridos em excesso, podem causar intoxicação.