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Santa Maria, RS, Brazil

Ambjor

De onde vêm tantas mudanças no clima?

Antigamente bastava olhar para o céu para prever o clima do dia seguinte. Mas, e hoje? Será que ainda dá para confiar nos sinais do tempo antes de pegar um casaco? Neste caso, nem os mais

Jornaleco mostra o papel de cada um por um mundo melhor

Desde Semana Mundial do Meio Ambiente já circula a vigésima edição do JornalEco. O jornal é produzido na disciplina de Jornalismo Especializado I do curso de Jornalismo e, nesta última edição, traz como pauta central o papel de

Preservar as árvores é garantir a sobrevivência do planeta

Unifra cultiva diferentes espécies de árvores nos três conjuntos Não é de hoje que o Brasil desmata suas florestas. Desde a época do Descobrimento, quando o pau-brasil foi explorado pelos portugueses, o desmatamento é uma prática

Jornada do Meio Ambiente abre Salão de Iniciação Científica

Na abertura do SIC, 9 trabalhos foram apresentados. Para promover ações que colaborem com o tema do Centro Universitário Franciscano ‘Viver 2015 Sustentável’, acadêmicos de 9 cursos de graduação apresentaram trabalhos sobre a temática da sustentabilidade na 6ª Jornada

Muito mais do que separar o lixo

  [dropshadowbox align=”right” effect=”lifted-both” width=”250px” height=”” background_color=”#ffffff” border_width=”1″ border_color=”#dddddd” ]SUSTENTABILIDADE A palavra sustentabilidade começou a ser usada em junho de 1972, na Conferência das Nações Unidas  sobre o Meio Ambiente, em Estocolmo. A partir deste encontro

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O curso de Publicidade e Propaganda ofertou nas férias de inverno, a disciplina Mídia e Mercado Verde. As aulas ocorreram durante duas semanas, ministradas pela jornalista Bárbara Henriques. Para consolidar o que aprenderam em aula, os alunos irão promover, na quinta-feira, 16 de julho, uma ação para conscientizar os acadêmicos a respeito de suas escolhas no bar, no que se refere ao uso de pratos de vidro ou sacos e guardanapos de papel para colocar o alimento. A ação será realizada às 20 horas, no bar da Unifra. A disciplina Mídia e Mercado Verde contou também com alunos dos cursos de Design e de Jornalismo do Centro Universitário Franciscano.

MIDIA E MERCADO

selo sustentabilidade

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Antigamente bastava olhar para o céu para prever o clima do dia seguinte. Mas, e hoje? Será que ainda dá para confiar nos sinais do tempo antes de pegar um casaco? Neste caso, nem os mais experientes conseguem explicar tantas mudanças no tempo. O que não dá para negar é que tantas mudanças influenciam muito a vida do homem.

O professor de Geografia do Centro Universitário Franciscano, Valdemar Valente, explica que mudanças climáticas são oscilações das temperaturas. “Tais alterações resultam em dificuldades em termos  de precipitação, enchentes demasiadas, secas e até aumento de tornado em várias áreas do planeta”, adverte. O professor lembra que, em abril,  o estado de Santa Catarina foi atingido por um tornado que causou danos humanos e materiais. Ele alerta para possíveis fenômenos meteorológicos em Santa Maria. “Estamos sujeitos a alterações de distribuição de chuva, com alguns períodos mais intensos de precipitação ou estiagem. Também estamos sujeitos a tornados, já que estamos no eixo, no caminho deles”, explica.

O grande vilão do aquecimento global é a emissão de gases de efeito estufa. Se as pessoas quiserem cuidar um pouco mais do planeta devem controlar as ações que causam esse efeito antes que seja tarde demais. Controlar o consumo de energia, reduzir o consumismo, evitar o desperdício, preservar a natureza e economizar água são algumas ações que definem cidadãos que têm consciência ambiental, porque minimizam a emissão de gases de efeito estufa. “É necessário, também, mudar um pouco o processo de produção do sistema atual, o qual é danoso ao meio ambiente”, conclui o professor Valdemar Valente.

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A experiência de produzir um jornal com boas notícias
A experiência de produzir um jornal com boas notícias

Desde Semana Mundial do Meio Ambiente já circula a vigésima edição do JornalEco. O jornal é produzido na disciplina de Jornalismo Especializado I do curso de Jornalismo e, nesta última edição, traz como pauta central o papel de cada um por um mundo melhor. Para saber como foi a experiência da produção de um jornal com foco no jornalismo ambiental, o Ambjor traz para os leitores os depoimentos dos alunos que participaram desta última edição.

Pedro e Laíz acompanharam a rotina dos catadores de Santa Maria
Pedro e Laíz acompanharam rotina de catadores de SM

Os excluídos reciclam a mente dos incluídos é o título da matéria produzida pelos alunos Pedro Corrêa e Laíz Lacerda. “Nosso tema fala a respeito dos coletores de materiais reciclados do Projeto  ‘Catando Cidadania’, da irmã Lourdes Dill”, comenta Laíz que achou interessante a pesquisa sobre a quantidade de lixo produzida no Brasil. “Tomei um susto ao saber que nem metade do que poderia ser reciclado, é”, revela. Já o acadêmico Pedro Corrêa, classifica o JornalEco como uma experiência incrível, tanto na área ambiental, quanto de vida. “Aprendi muito com a experiência de pessoas que, apesar das dificuldades, conseguem sorrir”, compartilha. Pedro acrescenta que, ao produzir o JornalEco, aprendeu a escrever a história das pessoas com mais sensibilidade.

"Foi bem produtivo trabalhar em dupla com o Patrese", comenta Luana
“Foi produtivo trabalhar em dupla com o Patrese”, comenta Luana
"Trabalhamos a pauta como uma verdadeira equipe", destaca Patrese
“Trabalhamos a pauta como uma verdadeira equipe”, destaca Patrese

“Produzir o JornalEco foi uma experiência interessante. O trabalho que acompanhamos partiu de um desafio que foi feito na aula de Jornalismo e levado para a escola onde trabalho”, conta a professora Luana Iensen. Na matéria Um problema com solução, produzida com o colega Patrese Lenhart Rabenschlag, Luana pôde observar o  trabalho que desenvolve na Escola Antônio Alves Ramos. “O bom de observar o projeto sustentável que iniciei com os alunos, foi poder acompanhar a continuidade e os resultados dele”, declara. Patrese conta que, nesta disciplina, deparou-se com uma questão ainda despercebida por ele. “Para fazer com que as pessoas efetivem mudanças em favor do meio ambiente, temos que colocar em prática o discurso ambiental. Só teoria não faz as pessoas se engajarem”, reflete. Patrese ressalta que a produção do JornalEco despertou nele a conscientização ambiental. Agora ele se preocupa mais com a reciclagem, do que se preocupava antes.

"Queria ter feito mais", ressalta Marília
“Queria ter feito mais”, ressalta Marília
"O Jornalismo Ambiental abre oportunidades para diferentes trabalhos"
“O Jornalismo Ambiental abre oportunidades para diferentes trabalhos”, reflete Yasmin

Um desafio.  Com essa expressão, Marília Paim Lavarda define a execução da sua pauta. “No começo achei difícil, mas durante o desenvolvimento da matéria percebi a importância do tema e, assim, desenvolvi a reportagem com tranquilidade”, ressalta Marília que escreveu sobre a crise hídrica e as iniciativas do Royal Plaza Shopping para o reaproveitamento de água. A acadêmica Yasmin Lima conta que o JornalEco contribuiu para ajudá-la a vencer o preconceito com o Jornalismo Ambiental. “Este tema abre espaço para outros trabalhos. O JornalEco foi uma experiência incrível”, destaca.

"Percebi que pequenas ações fazem diferença no meio ambiente", comenta Pedro
“Percebi que pequenas ações fazem diferença no meio ambiente”, comenta Pedro
Silvana gostou de conhecer os projetos ambientais da cidade
Silvana gostou de conhecer os projetos ambientais da cidade

O que falta para o Cavalo de Lata dar a largada na cidade? Responder essa pergunta foi o desafio dos acadêmicos Pedro Lenz Piegas e Silvana Righi. Eles relataram a história do carrinho elétrico que recolhe o lixo das ruas de Santa Cruz do Sul. O relato está na página 10 do JornalEco. Segundo Silvana, o processo de produção do JornalEco foi enriquecedor por permitir aos alunos conhecerem os projetos ambientais da cidade. “Escrever sobre o Cavalo de Lata me instigou a olhar mais para os catadores. Antes desta disciplina, a condição dos catadores passava despercebida por mim”, confessa. Pedro destaca o bom resultado do trabalho em grupo e a experiência da apuração. “Escrever a matéria de forma esclarecedora e tentar convencer o leitor de que aquela é uma das melhores, ou a melhor opção de recolhimento de lixo na cidade, foi uma experiência nova pra mim”, relata.

Adriana acredita que o cuidado com o mundo é responsabilidade de todos
Adriana acredita que o cuidado com o mundo é responsabilidade de todos

Destacar projetos sustentáveis que beneficiam famílias carentes e modificam o modo de viver das pessoas foi a proposta de pauta adotada pela acadêmica Adriana Aires da Silva. As dificuldades que Adriana teve que enfrentar durante a pauta não a impediram de concluir o trabalho. “As primeiras fontes escolhidas não respondiam as minhas tentativas de contato. Mesmo assim, procurei novas fontes e segui em frente”, relata. Graças à persistência de Adriana, a matéria que mostra o uso de caixas de leite no revestimento de casas para proteger tanto do frio quanto do calor, incentivou muitas pessoas a reciclarem as caixas que iriam para o lixo. “Foi muito especial descobrir que um material que, na maioria das vezes, vai fora, pode ser utilizado para melhorar a qualidade de vida das pessoas”, compartilha.

Pedro enfatiza que nunca é tarde para fazer o bem
Pedro enfatiza que nunca é tarde para fazer o bem
Com a produção do JornalEco Lucas lançou o desafio Plante uma árvore
Com a produção do JornalEco Lucas lançou o desafio Plante uma árvore

A rotina de senhoras de mais de 60 anos que retiram do lixo matéria prima para produzir cobertores para pessoas pobres, rendeu um grande aprendizado para o acadêmico Lucas Leivas Amorim. “Os componentes do grupo Madre Tereza de Calcutá são exemplos de vida. Nunca vamos esquecer o bem que estes trabalhadores fazem para a natureza ao tirar das ruas sombrinhas e guarda-chuvas estragados para transformá-los em cobertores. Eles dão uma aula de sustentabilidade”, comenta. Para Pedro Lucca, co-autor desta reportagem, o contato com a ação social desenvolvida por essas senhoras fez com que ele repensasse as atitudes tomadas, tanto para ajudar o planeta, quanto para ser solidário. “Percebi que é nosso papel transmitir mensagens boas para o planeta e para quem habita nele”, ressalta.

Guilherme gostou da oportunidade de explorar uma cultura alternativa
Guilherme gostou da oportunidade de explorar uma cultura alternativa
"Todo o esforço foi válido para ver a matéria concluída", destaca Henrique
“Todo o esforço foi válido para ver a matéria concluída”, destaca Henrique

Conhecer uma área diferente do jornalismo e poder explorar uma cultura alternativa foram as lições tiradas pelo acadêmico Guilherme Mota na produção do JornalEco. Com o colega Henrique Orlandi, ele escreveu sobre a tribo da Lua Vermelha, uma comunidade que vive em meio à natureza, em Silveira Martins. Na realização da pauta, Henrique  teve a oportunidade de conhecer os proprietários da cozinha Pedaços da Natureza. “Os donos da cozinha foram muito receptivos, o que nos surpreendeu porque até a nossa visita, eles nunca haviam concedido entrevistas para nenhum meio de comunicação”, destaca o acadêmico que pode ver como os naturalistas vivem, como cultivam seus produtos e conhecer um pouco sobre o modo como cultivam a terra.

Outras experiências, novas perspectivas ambientais

A produção do JornalEco dura em torno de 4 meses. Nas primeiras aulas da disciplina Jornalismo Especializado I, a professora Andreia Fontana faz uma exposição sobre o tema com a finalidade de produzir a discussão das práticas ambientais com a turma. Segundo a professora, a proposta da disciplina é fazer um jornal laboratório com uma temática pouco explorada, mas muito importante para a vida de todos. Ela explica que a escolha das pautas é feita a partir da apresentação do diagnóstico ambiental do mundo, seguida da análise das edições anteriores e, por fim,  a escolha de temáticas novas. “O que mais me chamou a atenção nesta turma, foi o envolvimento pessoal dos alunos. Alguns deles criaram, a partir da produção do JornalEco em sala de aula, novos projetos ambientais como o desafio Plante uma árvore”, comenta. Andreia destaca também a repercussão do jornal. “As pessoas chegam pra nós e comentam o quanto é bom ler um jornal cheio de boas notícias”, conta a professora.

"Agora tenho a mente aberta para a sustentabilidade", conclui Victória
“Agora tenho a mente aberta para a sustentabilidade”, conclui Victória
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“Não dá para ser indiferente à situação ambiental do planeta”. Bruna Ghehm

Victória Papalia destaca que trabalhar em uma pauta ambientalista é inquietar os leitores, já que o JornalEco mostra bons exemplos de sustentabilidade. Além da importância ambiental, a acadêmica compartilha que a produção deste jornal fez com que ela acreditasse no trabalho em grupo. Bruna Guehm Pereira fez dupla com Victória na realização da reportagem sobre projetos sustentáveis pessoais que fazem diferença no coletivo. Bruna conta que a produção do JornalEco fez com que ela levantasse diversos questionamentos e inquietações a respeito do egoísmo e da falta de preocupação com o futuro do planeta.

Matheus buscou diversas leituras que lhe dessem embasamento para escrever a matéria
Matheus buscou diversas leituras que lhe dessem embasamento para escrever a matéria

Entre as lições tiradas na disciplina, Matheus Oliveira aprendeu que dá para unir jornalismo ambiental e política. “Tanto como futuro profissional da área, como sujeito social e político, são possibilidades transformadoras como essa que me instigam e fazem com que me movimente. O jornalismo deve possibilitar essa perda de inocência.”

Júlia destaca a harmonia do trabalho em dupla
Júlia destaca a harmonia do trabalho em dupla

“Existem cerca de 30 milhões de animais em situação de risco no Brasil”, relata a reportagem das acadêmicas Julia Machado e Helena Moura. No texto, elas discorrem sobre a teia de amigos virtuais comprometidos em cuidar da bicharada e destacam o uso da web em projetos que protegem os animais. “Eu fiquei muito satisfeita com a pauta.

Helena também destaca o trabalho em grupo
“Adorei fazer a pauta porque gosto muito de animais”, conta Helena

Nesta matéria, eu e a Júlia tivemos a oportunidade de dar mais visibilidade aos projetos que escolhemos mostrar”, relata Helena. Para as acadêmicas, foi gratificante mostrar aos leitores que eles podem adotar, em vez de comprar um animal.

Apresentar, discutir, questionar, provocar e agir em favor do meio ambiente são os objetivos da disciplina de Jornalismo Especializado I. O mundo vive uma séria crise no ecossistema, por isso é necessário que formadores de opinião, como os jornalistas, sejam envolvidos com a discussão ambiental desde a graduação. Além da disciplina, os alunos podem participar do Ambjor, laboratório de jornalismo ambiental que atua junto à Agência Central Sul de Notícias.

Fotos: arquivo pessoal/facebook

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Unifra cultiva diferentes espécies de árvores nos três conjuntos.
Unifra cultiva diferentes espécies de árvores nos três conjuntos

Não é de hoje que o Brasil desmata suas florestas. Desde a época do Descobrimento, quando o pau-brasil foi explorado pelos portugueses, o desmatamento é uma prática comum no país. A urbanização, o consumo de produtos fabricados a partir das árvores e a indústria de consumo tem feito do desmatamento um ato justificável para, segundo a lógica do mercado, efetivar o progresso.

A professora do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária do Centro Universitário Franciscano, Noely Júlia Vasconcellos, esclarece que o desmatamento é necessário para atender à demanda de alimentos e abrigos para uma população crescente.  “Contudo nós temos que respeitar as áreas protegidas, como, por exemplo, a mata ciliar. Devemos também, recuperar, por meio da revegetação, as áreas que são degradadas”, enfatiza.

Apesar das justificativas para o desmatamento, é necessário ficar atento para a quantidade de árvores derrubadas na vegetação brasileira. O Brasil, que tem a segunda maior cobertura vegetal do mundo, ficando atrás apenas da Rússia, derruba mais de 20 mil Km² de vegetação nativa por ano. Na época do Descobrimento, o país tinha uma grande extensão de florestas. Assim, os portugueses achavam que os recursos florestais da terra descoberta seriam infinitos, mas não são.

E as consequências?

Se o desmatamento continuar, animais e pessoas serão prejudicados de diversas formas, como no caso de alguns bichos que encontram abrigos nas árvores, como pássaros, macacos, entre outros. Com o desmatamento, o desabrigo é um dos problemas a serem enfrentados. Além deste, quando cortamos as árvores diminuímos o filtro natural de gases de efeito estufa e com isso, o aquecimento global aumenta.

Professora Noely Júlia explica as causas do desmatamento.
Professora Noely Júlia explica as causas do desmatamento

Preservar as árvores é também ser responsável por uma das principais fontes de alimento. “Além de serem fontes de alimento, as árvores absorvem os contaminantes que são lançados pelo homem na atmosfera, como o monóxido de carbono, dióxido de carbono, dióxido de enxofre e outros poluentes produzidos pelo homem”, declara Noely. A professora explica, ainda, que as árvores devolvem um elemento essencial às nossas vidas, o oxigênio.

Em uma área urbanizada, as árvores têm a importante função de diminuir o impacto das ilhas de calor que se formam e, assim, manter o equilíbrio do meio ambiente, além de garantir a sobrevivência das espécies.

Fotos: Fernanda Gonçalves (Laboratório de Fotografia e Memória)

 

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Na abertura do SIC, 9 trabalhos foram apresentados.

Para promover ações que colaborem com o tema do Centro Universitário Franciscano ‘Viver 2015 Sustentável’, acadêmicos de 9 cursos de graduação apresentaram trabalhos sobre a temática da sustentabilidade na 6ª Jornada Integrada do Meio Ambiente (JIMA). Os trabalhos foram apresentados no primeiro dia do Salão de Iniciação Científica (SIC), no último dia 2. Além dos estudantes de graduação, alunos do mestrado e doutorado em Nanociências expuseram pesquisas ambientais.

A acadêmica de Direito, Francie Lazzari, mostrou a relação entre a sociobiodiversidade e os conhecimentos tradicionais dos povos indígenas, negros, quilombolas e agricultores familiares, entre outros. “Minha pesquisa aborda a biodiversidade atrelada aos povos. Estudo desde a criação, ao manejo e à forma de extração que cada povo usa ao trabalhar em contato com a natureza”, explica. A estudante afirma que a pesquisa relaciona os povos da floresta com o Direito para entender a exploração que se faz sobre essas pessoas.

Acadêmica de Direito estuda a biodiversidade atrelada aos povos
Acadêmica de Direito estuda a biodiversidade atrelada aos povos

Reduzir os efeitos dos agrotóxicos na agricultura por meio de filtros de nanotubos de carbono é o objetivo da pesquisa apresentada pela estudante de Engenharia Ambiental e Sanitária, Daniela Pfeifer. “A nanotecnologia é capaz de ser incorporada a outros materiais resistentes que aumentam as propriedades físicas e mecânicas para diminuir o poder dos agrotóxicos”, relata a pesquisadora.

A 6ª JIMA foi coordenada pelo curso de Geografia da instituição. Segundo a professora e organizadora do evento, Ail Ortiz, a jornada promove o compartilhamento de visões distintas sobre a sustentabilidade e faz com que essas visões, propostas pelos alunos, não fiquem apenas no papel, mas que sejam colocadas em prática em benefício da comunidade. “Acima de tudo buscamos ultrapassar os muros institucionais para que essas práticas tenham visibilidade a nível municipal e regional”, declara.

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Da produção à distribuição: o percurso do Jornaleco

Para mostrar iniciativas praticadas em Santa Maria e na região, relacionadas ao ecossistema, o curso de Jornalismo apresentou o JornalEco – jornal impresso de temática ambiental produzido pelos alunos do 5º semestre do curso, orientados pela professora Andreia Fontana. Outra experiência do curso de Jornalismo apresentada na JIMA foi o Laboratório de Jornalismo Ambiental (Ambjor), inaugurado em 10 de maio, apresentou matérias ambientais produzidas e exibidas na TV Unifra e na Agência Central Sul. O Ambjor, orientado pela professora Aurea Evelise Fonseca, integra a Agência Central Sul de Notícias.

O SIC ocorreu nos dias 2 e 3 de junho, durante a Semana Mundial do Meio Ambiente, no Salão de Atos do conjunto III do Centro Universitário Franciscano.

Fotos: Francine Antunes (Laboratório de Fotografia e Memória)selo sustentabilidade

 

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Na Unifra, lixeiras seletivas são encontradas em todos os   conjuntos
Na Unifra, lixeiras seletivas são encontradas em todos os conjuntos

[dropshadowbox align=”right” effect=”lifted-both” width=”250px” height=”” background_color=”#ffffff” border_width=”1″ border_color=”#dddddd” ]SUSTENTABILIDADE

A palavra sustentabilidade começou a ser usada em junho de 1972, na Conferência das Nações Unidas  sobre o Meio Ambiente, em Estocolmo. A partir deste encontro que foi o primeiro organizado com o objetivo de discutir assuntos relacionados ao meio ambiente, o conceito sustentabilidade ganhou maior importância. Já no Brasil, o conceito de sustentabilidade teve ênfase a partir da Conferência sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO 92), no Rio de Janeiro.[/dropshadowbox]

Hoje o tema Sustentabilidade está na moda. Todos os dias jornais, revistas, programas de televisão e sites abordam o assunto. De alguma ou de outra forma, encontramos dicas, apelos e esforços para conscientizar o homem a cuidar do planeta.  Não tem  como ignorar o tema que deveria estar, não só na boca, mas no estilo de vida das pessoas. Mas, o que é ser sustentável?

Nossa equipe realizou uma enquete com 15 estudantes do Centro Universitário Franciscano. Ao serem questionados se eram sustentáveis, três resp0nderam que não, enquanto 12 responderam que cuidavam do meio ambiente.

“Sou uma pessoa sustentável. Em casa separamos o lixo orgânico do lixo reciclável.” Alexandre Ivo Vieira, estudante do Curso de Instrutor de Trânsito

“Sim, sou uma pessoa preocupada com sustentabilidade. Quando trabalhava em fábrica de pneus descobri  que este material poderia ser reaproveitado em asfaltos e sempre repasso esta informação.” Claison de Ávila, estudante do Curso de Instrutor de Trânsito

Valdirene Quevedo, Curso de Instrutor de Trânsito

“Estou aprendendo a ser sustentável.  Não fazia nada, mas hoje separo o lixo e faço reciclagem. Estou aprendendo aos poucos a cuidar do meio ambiente.” Valdirene Quevedo, estudante do Curso de Instrutor de Trânsito

“Sim, sou sustentável na questão de organizar o lixo”.  Lauson Beltrame Pregardier, estudante de Administração

Françoá Dal Ross, estudante de Odontologia
Françoá Dal Ross, estudante de Odontologia

“Sou sustentável. Além de separar o lixo, aproveito a maior parte dos alimentos e ando a pé o máximo que posso.” Tarla Weber, Publicitária

“Não sou sustentável. Acho que tem poucas políticas a respeito de preservação do meio ambiente no Brasil e pouca informação.” Françoá Dal Ross, estudante de Odontologia

“Sim, sou sustentável porque separo o lixo de casa”. Júlia Fleck, estudante de Jornalismo

“Acredito que sou uma pessoa sustentável porque não jogo lixo no chão e separo lixo orgânico do lixo reciclável. Assim, cuido para não poluir o meio ambiente.” Sabrina Ludwig, estudante de Psicologia

“Sou uma pessoa sustentável. Não jogo no lixo no chão e sempre separo.” Thayátira Rocha, estudante de Psicologia

“Não tenho tempo para ser sustentável”.  Ana Laudia Coelho, estudante de Enfermagem

“Não sou sustentável. Nunca parei para pensar no assunto.” Elaine Flores, estudante de Nutrição

“Sou sustentável. Reciclo o lixo.” Rafael Vargas,estudante de Arquitetura

Sim, sou sustentável. Separo o lixo e não largo nada no chão.” Andressa Gindri, estudante de Arquitetura

Sim, separo o lixo.” Larissa Zanini, estudante de Arquitetura.

Que outras atitudes podem ser tomadas a fim de incentivar as pessoas a serem sustentáveis? Ainda falta informação sobre  práticas de sustentabilidade?

Fechar torneiras, reaproveitar a água, ser menos consumista, reduzir o uso de sacolas plásticas, exigir o selo que identifica os alimentos transgênicos, armazenar o óleo usado de cozinha para entregar nos postos de reaproveitamento, informar-se sobre o tempo de decomposição dos materiais, andar mais a pé ou de bicicleta, economizar energia elétrica, informar-se sobre fontes alternativas de energia, reduzir o lixo eletrônico, são algumas entre centenas de atitudes que, se adotadas, podem fazer grande diferença para a vida no planeta.

Lixo não evapora

Segundo dados apresentados em debate  na  Comissão de Meio Ambiente do Senado Federal, em abril do ano passado,  o Brasil é o 5º país que mais produz lixo no mundo e apenas 3% do resíduos sólidos são reciclados. Então, separar o lixo é uma atitude válida, porém, não isenta o cidadão da responsabilidade de diminuir a produção de lixo. Isso só é possível a partir de uma conscientização a respeito do consumismo, o grande vilão do ecossistema. Não basta fechar a sacolinha de lixo e colocar no lugar certo. Antes de separar é necessário diminuir a produção de lixo.Não é porque o lixo não está mais em  casa ou ao alcance dos olhos que deixa de existir.

Fotos: Caroline Pigatto (Laboratório de Fotografia e Memória)

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