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Santa Maria, RS, Brazil

Brasil

Brasil é um estado laico?

A intolerância religiosa é o ato de discriminar, ofender religiões e agredir pessoas por conta das práticas religiosas e crenças.

A ilusão e o sonho acabaram

Eu errei. Confesso. Me iludi e iludi com quem conversei ou quem leu meus textos. Faz parte de quem vive e sobrevive ao futebol. Mas não chorei. É o esporte mais traiçoeiro que existe. Um jogo

Quartas de final definidas com merecimento

Vou ter que repetir: se você acredita no hexa ou não, a decisão é sua, mas vai ter que concordar que a seleção brasileira ensina o jogo e a dança para os adversários. Depois da derrota

Religião brasileira completa 114 anos de existência

”A umbanda é paz e amor; é um mundo cheio de luz”. Assim diz o hino da umbanda, composto por José Manoel Alves (letra) e Dalmo da Trindade Reis (música), em 1961. A umbanda, religião que

A trajetória Covid no Brasil

Desde a detecção do primeiro caso de infecção pelo coronavírus no fim de 2019, foram registrados 518 milhões de pessoas que tiveram Covid-19 e mais de 6,25 milhões de mortes no mundo. No Brasil, são 30,5

Desemprego no país preocupa

O desemprego é um dos grandes problemas deste século no mundo. Ele não aparece apenas nos países subdesenvolvidos, mas também engloba países da Europa e Estados Unidos. Com o trabalho cada vez mais escasso e as

O Brasil, país riquíssimo culturalmente e de proporções continentais, tem experimentado ao longo de sua história um crescimento populacional marcado por diferentes fases. Desde os primeiros registros históricos até os dias atuais, as diferentes regiões do país influenciaram diretamente diversos aspectos econômicos. 

Desde o início do século XX, o Brasil tem testemunhado um avanço significativo em sua estrutura populacional, refletindo transformações sociais, econômicas e políticas ao longo de décadas. 

Imagem: Freepik

Início do Século XX 

No início do século XX, o Brasil tinha uma população estimada em cerca de 17 milhões de habitantes. A urbanização começava a ganhar ritmo, principalmente nas capitais e nas regiões litorâneas. Entre as décadas de 1940 e 1970, o Brasil teve um grande crescimento populacional, caracterizado pela redução das taxas de mortalidade infantil e aumento da expectativa de vida, o que resultou em um rápido aumento na população. Poderíamos tratar este caso como um “boom demográfico”. 

Anos 80 e 90

A partir dos anos 80, o país entrou em um período de transição demográfica, marcado pela diminuição das taxas de natalidade e pelo envelhecimento da população. A urbanização continuou a se expandir rapidamente, com grandes quantidades de habitantes migrando das áreas rurais para os centros urbanos em busca de melhores oportunidades econômicas. 

Imagem: Freepik

Século XXI 

No início do século XXI, as taxas de crescimento populacional diminuíram, refletindo tendências globais de urbanização e mudanças nos padrões sociais. Questões como a distribuição desigual da população pelo território nacional e desafios relacionados à infraestrutura urbana e serviços públicos se tornaram mais evidentes. Atualmente, o Brasil é o quinto país mais populoso do mundo, com aproximadamente 213 milhões de habitantes. 

Fatores Determinantes

Vários fatores influenciam o crescimento populacional no Brasil, incluindo:

Taxa de fecundidade: Apesar da queda, algumas regiões do Brasil ainda apresentam taxas de fecundidade mais altas, o que impacta diretamente no crescimento populacional.

Migração: Movimentos migratórios internos e internacionais têm impacto na distribuição da população pelo território brasileiro.

Urbanização: O crescimento das cidades e a urbanização acelerada têm impacto direto na densidade populacional e nas condições de vida.

Produção própria / fonte IBGE

Século XXI 

No início do século XXI, as taxas de crescimento populacional diminuíram, refletindo tendências globais de urbanização e mudanças nos padrões sociais. Questões como a distribuição desigual da população pelo território nacional e desafios relacionados à infraestrutura urbana e serviços públicos se tornaram mais evidentes.

 Atualmente, o Brasil é o quinto país mais populoso do mundo, com aproximadamente 213 milhões de habitantes. Embora as taxas de crescimento populacional tenham diminuído nas últimas décadas, o país ainda enfrenta desafios significativos relacionados à distribuição demográfica desigual e às disparidades regionais.

O crescimento populacional traz consigo uma série de desafios e implicações para o Brasil:

Infraestrutura: A demanda por infraestrutura urbana, como habitação, transporte e serviços públicos, aumenta com o crescimento populacional.

Educação e saúde: Garantir acesso adequado à educação e saúde para uma população em crescimento é crucial para o desenvolvimento social e econômico.

Sustentabilidade: O crescimento populacional impacta os recursos naturais e o meio ambiente, exigindo políticas públicas que promovam o desenvolvimento sustentável. 

Imagem: freepik 

Perspectivas Futuras

As projeções demográficas indicam que o Brasil continuará crescendo. A implementação de políticas públicas eficazes, que promovam o planejamento familiar, a melhoria das condições de vida nas áreas rurais e a redução das desigualdades regionais, será essencial para enfrentar os desafios futuros.

Em geral, o crescimento populacional do Brasil é um fenômeno complexo que reflete não apenas as mudanças demográficas, mas também os desafios e oportunidades de uma nação tão grande e diversa e em constante transformação.

Para mais dados estatísticos e informações sobre a população brasileira acesse este link. 

Matéria produzida na disciplina de Linguagem das Mídias do curso de Jornalismo, no primeiro semestre de 2024, sob supervisão da professora Glaíse Bohrer Palma.

A intolerância religiosa é o ato de discriminar, ofender religiões e agredir pessoas por conta das práticas religiosas e crenças. No império romano, os cristãos foram perseguidos e criminalizados. Isso indica que os atos de inflexibilidade a partir da crença religiosa de alguém não são acontecimentos novos na nossa sociedade. Um dado fornecido pelo antigo Ministério dos Direitos Humanos relatou que, de 2015 a 2017, houve uma denúncia de intolerância religiosa a cada 15 horas no Brasil. O número 100 do disque denúncia durante esse período, foi predominante nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. A maior parte das vítimas de intolerância é composta por adeptos de religiões de matriz africana, segundo o Ministério dos Direitos Humanos.
As religiões de matriz africana estão presentes no Brasil desde os séculos XVI e XIX. De acordo com a Agência brasil, os casos de ataque às religiões de matrizes africanas aumentaram cerca de 270% só em 2021, com aproximadamente 244 casos, 160 a menos que em 2020. Documentos do IBGE revelam que cerca de 1 milhão de pessoas no Brasil fazem parte de alguma religião africana. Tais documentos mostraram que em 2010, 0,4% da população eram de alguma religião africana, já em 2017 esse número alcançou 1% da população.

Cerimônia cultural da Umbanda. Imagem: iStock

Muitas pessoas acabam fazendo pré-julgamentos sobre algumas culturas e religiões, sem saber o real significado e como aquela religião age na sociedade. Desde os primórdios, temos conflitos culturais, políticos, por esporte e religião. E porque isso acontece? De acordo com a revista Portal da Comunicação, conflitos religiosos, ocorrem por sua maioria, por interesses além da própria religião. Entre esses interesses, temos interesses regionais por exemplo, onde uma cultura domina uma certa região, e acaba despertando ódio como no Afeganistão, de um lado não muçulmanos contra fundamentalistas radicais mulçumanos.

Perseguições, fanatismo e ideologia fazem parte de diversos aspectos no Brasil, a democracia por muitas vezes acaba dando espaço para conflitos. Diante disso podemos confirmar que estamos longe de um Brasil democrático quando o assunto é religião.

Acompanhe no infográfico abaixo as principais religiões no Brasil em 2020, segundo o Datafolha em 2020.

Fonte da informações: Religião Católica: Brasil Escola / Religião Evangélica: G1 / Sem religião: Instagram / Religião Espírita: Brasil Escola

Eu errei. Confesso. Me iludi e iludi com quem conversei ou quem leu meus textos. Faz parte de quem vive e sobrevive ao futebol. Mas não chorei. É o esporte mais traiçoeiro que existe. Um jogo que parecia simples, pelo menos antes de começar, já que, durante, o nervosismo tomou conta e o ar de que algo daria errado era nítido.

Uma Croácia tranquila sendo atacada por um Brasil que não ameaçava tanto. Muito por falta de criatividade, muito por falta de sangue nos olhos ou até mesmo vontade de estar em uma semifinal de Copa. Depender de um lapso de habilidade de um jogador não serve para uma seleção que tem 5 mundiais, mas foi assim o jogo.

Neymar resolveu. Ou parecia que tivesse resolvido. Em uma jogada brilhante, deixou até o goleiro para trás e abriu o placar. Gritos, comemoração, um sentimento que passou rápido com o único chute que a seleção europeia acertou na meta, e foi gol.

O momento da quase glória. Foto: reprodução/ Twitter

Um banho de água fria, que virou uma enchente com o apito final. Pênaltis. Quando é o teu time não é nada legal ou emocionante, é simplesmente horrível e sofrível. Rodrygo fez com que mais água gelada caísse sobre os torcedores brasileiros, errando o primeiro. Marquinhos completou o banho com a bola na trave. Croácia classificada.

O sofrimento estampado. Foto: reprodução/twitter

Agora só em 2026. Agora sem Tite. Agora, talvez, sem Neymar. Poucas certezas e muitas dúvidas caminham junto com a delegação brasileira depois da derrota. O ciclo pré-Copa já começou e o trabalho precisa ser forte, o hexa não pode escapar mais uma vez.

Vou ter que repetir: se você acredita no hexa ou não, a decisão é sua, mas vai ter que concordar que a seleção brasileira ensina o jogo e a dança para os adversários. Depois da derrota para Camarões com o time reserva, Tite colocou força máxima (com o que tem disponível) para enfrentar a Coreia do Sul. Um baile de Neymar, Vinicius Junior, Lucas Paquetá e companhia. 4 a 1 para deixar o brasileiro mais iludido do que já estava.

O time unido agora espera a Croácia nas quartas. Foto: Twitter/Casemiro

O jogo foi definido ainda no primeiro tempo, aos 40 minutos o quarto gol já tinha saído. Depois disso, foi só administrar a partida e correr para o abraço no apito final. Vale destacar a volta de Neymar, que mesmo sem estar 100% faz parecer que o futebol é o esporte mais fácil do planeta. Além dele, Casemiro, o melhor volante da Copa até aqui, é quem passa segurança, quem fecha a porta para o adversário, ou passa o jogador, ou a bola, os dois nunca. Richarlison, como também já foi dito nessa coluna, nasceu para jogar com a camisa amarela, entende como poucos o peso e tamanho da 9 da seleção que mais ganhou mundiais. 

A frieza de Neymar batendo pênaltis para marcar o segundo contra Coreia do Sul. Foto: Twitter/433

A família está unida, o grupo está confiante. Tite, para demonstrar tudo isso, comemorou junto fazendo a famosa dancinha do pombo. O desafio agora é um pouco mais complicado do que tudo que já ocorreu até agora, a Croácia. Vice campeã em 2018, ainda mantém o esqueleto que fez o feito histórico quatro anos atrás. Mas claro, os brasileiros são favoritos e tem tudo a favor para confirmar mais uma vez o favoritismo.

Do mesmo lado da chave, Argentina e Holanda se enfrentam. Os dois times passaram por adversários bem mais fracos que eles nas oitavas e, agora, vão ter a primeira prova de fogo. Tudo pode acontecer e, quem sabe, Memphis Depay e Gakpo não mandam Messi e Sacloni para casa. 

Inglaterra e França, do outro lado da chave, também fazem um confronto equilibrado. A favorita seleção francesa tomou conta do jogo contra a Polônia na fase anterior, já os inventores do futebol não tomaram conhecimento de Senegal. A partida vai marcar o encontro de novas gerações de jogadores que, agora, tem o dever de levar as duas seleções nas costas. Um show de juventude e habilidade é esperada nessas quartas. 

A primeira e única surpresa dessa fase, não é tanta surpresa para quem olhou Marrocos jogar durante a fase de grupos. A melhor defesa da Copa não deixou um dos melhores ataques passar e, nos pênaltis, garantiu a classificação. A Espanha passou vergonha nas penalidades e errou todos, já Hakimi fechou a disputa com uma cavadinha humilhante. Marrocos enfrentará Portugal, que agora não sabemos se é com ou sem Cristiano Ronaldo que, do banco de reservas, viu seu substituto Gonçalo Ramos fazer três gols e ser o único até aqui com um hat-trick no Catar. Não se surpreendam se mais uma surpresa acontecer.

O autor do único Hat-Trick da Copa até aqui. Foto: Twitter/433

”A umbanda é paz e amor; é um mundo cheio de luz”. Assim diz o hino da umbanda, composto por José Manoel Alves (letra) e Dalmo da Trindade Reis (música), em 1961. A umbanda, religião que surgiu no Brasil em 15 de novembro de 1908, completou seus 114 anos ontem.  Com forte influência de outras religiões, ela mistura elementos do candomblé, do espiritismo e do catolicismo.

Com diversas linhas de trabalho, essa religião busca trazer conforto espiritual e material para os necessitados, por meio da incorporação de espíritos de luz em médiuns. Mediunidade é a capacidade que muitas pessoas têm de se comunicar com os desencarnados, seja por meio da visão, da audição, de sonhos ou até mesmo da incorporação. 

A falta de conhecimento sobre a religião faz com que muitas pessoas tenham medo de frequentar os terreiros, ou templos, como são chamados os espaços destinados à prática da umbanda. É importante dizer que na incorporação não acontece de a alma do médium sair do corpo para que outra possa entrar, muito menos de qualquer espírito ”incorporar “. O  que ocorre, depois da preparação e do desenvolvimento do médium, é a ligação entre a alma do médium e do espírito de luz (guia ou entidade). Isso só deve ocorrer com a permissão de um Pai de Santo e de um Diretor Espiritual em algum terreiro que seja preparado.

Sessão de Preto Velho aberta ao público no Centro de Umbanda Caboclo Tupiriciguá e Pai Benedito de Aruanda.

Muitas vezes, a umbanda é confundida com outras religiões como o candomblé. Entre suas diferenças, está a origem. O Candomblé é uma religião afro-brasileira, originária da África, trazida pelos povos escravizados e sofreu algumas alterações ao chegar no Brasil. Enquanto isso, a Umbanda é uma religião brasileira, que começou no Rio de Janeiro. Dentre outras diferenças das religiões, o Candomblé trabalha com pontos (cantigas) em iorubá (língua nígero-congolesa), e nas incorporações os médiuns ficam inconscientes e incorporam o próprio orixá. Já na Umbanda, os pontos cantados são em português e não há incorporação de orixás, pois acredita-se que nenhum ser humano poderia receber a energia divina deles, então, quem incorpora são espíritos de luz que vibram na força de um dos orixás.

A umbanda trabalha com diversas linhas e as mais conhecidas são os caboclos (espíritos de índios), os pretos-velhos (espíritos de negros que foram escravizados) e os exus (espíritos que buscam a redenção de seus erros por meio da caridade). O principal lema da religião é o amor e a caridade, por isso, em casas de Lei*, não são feitos de forma alguma trabalho para prejudicar alguém. Acredita-se que o livre-arbítrio deve ser respeitado e o universo irá devolver as energias que você emana.

Os passes podem ser coletivos e individuais.

Segundo Ronaldo Dias Gonçalves, de 61 anos, dirigente do Centro de Umbanda Caboclo Tupiriciguá e Pai Benedito de Aruanda, e Pai de Santo há mais de 40 anos, a umbanda representa os caminhos da evolução moral e espiritual, por meio da pregação da fé, do amor, da humildade e da caridade. Com a mistura de ritos e dos orixás do candomblé, sincretizados com os santos católicos e com a ideia de reencarnação do espiritismo, surge a umbanda.

Pai Ronaldo incorporado do Pai Benedito de Aruanda.

O começo da Umbanda

Em meados de 1907, o jovem Zélio Fernandino de Moraes, de 16 anos, começou a apresentar comportamentos estranhos, como mudar a personalidade e a voz. Ele foi levado ao médico e não foi identificada nenhuma doença. O médico recomendou que ele procurasse um padre, mas a família resolveu buscar ajuda em um centro espírita. Muitas vezes espíritos ancestrais de índios e negros escravizados tentavam se manifestar nas mesas, mas eram ‘’mandados embora’’ por serem considerados maus ou ignorantes, devido ao preconceito contra esses povos na época.  Em 15 de novembro de 1908, em uma sessão mediúnica na Federação Espírita de Niterói, se manifesta, no médium Zélio, o Caboclo das 7 Encruzilhadas, espírito de um indígena que determinou a criação da umbanda, para que todos os espíritos, sejam encarnados ou desencarnados, brancos ou pretos, pudessem buscar a evolução espiritual. 

O Caboclo colocou algumas premissas: assegurou que todas as entidades seriam ouvidas, orientou que os umbandistas deveriam aprender com os espíritos que soubessem mais e ensinar aos que soubessem menos, instruiu que não deveriam virar as costas para ninguém e nem dizer não, pois esta era a vontade do Pai Celestial e preconizou que o verdadeiro umbandista viveria para a umbanda, e não da umbanda. Além disso, o Caboclo vinha para criar uma nova religião, fundamentada no Evangelho de Jesus, e que teria Cristo como seu maior mentor.

Vela, arruda e água são alguns dos elementos utilizados para o trabalho.

Imagens: Camilla Motta

*casas de Lei são as que trabalham com entidades apenas para a prosperidade, por meio da caridade, sem fazer trabalhos para prejudicar outrem. Além disso, elas devem ser legalizadas nos órgãos competentes, o que garante a seriedade do trabalho prestado.

Depois de dois anos, a quantidade de brasileiros empregados, em janeiro deste ano, se aproxima do número de trabalhadores no país antes da chegada do coronavírus, em 2020. De acordo com o levantamento realizado pelo instituto federal, atrelado à estrutura do Ministério da Economia, o primeiro mês de 2022 registrou um total de 94,1 milhões de empregados no Brasil. Em janeiro de 2020, antes do início da pandemia, esse contingente era de 94,5 milhões. Com relação a janeiro do ano passado, a situação atual é de que o número de trabalhadores ocupados cresceu 8,1%. Segundo o Ipea, o aumento foi o grande responsável pela queda de 3,3 pontos percentuais na taxa de desemprego. O índice passou de 14,7% em janeiro de 2021 para 11,4% no mesmo período deste ano. Em quatro estados da região, a taxa de desemprego caiu para 11,2% em janeiro de 2022, de 15,1% no primeiro mês do ano passado. Embora o estudo apresente um cenário mais favorável e sugira a volta aos níveis pré-pandemia, o Ipea destacou que as perdas de empregos continuam consideráveis.

Em 15 estados, menos da metade da população em idade de trabalhar estava ocupada. Foto: Helena Pontes/Agência IBGE Notícias

Atualmente, 12,1 milhões de cidadãos estão desempregados. A agência também afirma que a maioria das novas vagas de emprego são criadas no setor informal. Ou seja, apesar de terem empregos, muitas dessas pessoas recebem muito pouco e não são protegidas por direitos trabalhistas. Entre as avaliações por idade, a mais jovem declinou mais. Embora a taxa de desemprego tenha caido para todos os grupos, a taxa de desemprego para o grupo mais jovem caiu 6,2 pontos percentuais. Do quarto trimestre de 2020 para o quarto trimestre de 2021, a queda nesse grupo foi de 29% para 22,8%. O contingente de ocupados com ensino fundamental incompleto também apontou crescimento de 16,2%, possibilitando uma queda de 5,1 pontos percentuais da taxa de desocupação, que passou de 23,5% para 18,4%, no período em questão.

Fonte: IBGE – Pesquisa Nacional por amostrar de domicílios continua mensal

A Catarina Silva Bandeira nos contou seu relato sobre a busca de emprego no meio da pandemia e como foi em comparação aos outros anos. Confira:

Desde a detecção do primeiro caso de infecção pelo coronavírus no fim de 2019, foram registrados 518 milhões de pessoas que tiveram Covid-19 e mais de 6,25 milhões de mortes no mundo. No Brasil, são 30,5 milhões de infectados e quase 664 mil óbitos até o dia 10 de maio. Mas em outra perspectiva, 60,2% da população global está vacinada e no Brasil esse percentual é de 77,9%, sendo sua maior concentração de vacinados nos estados de São Paulo e Piauí.

Homenagem às vítimas da Covid-19 em frente a Esplanada dos Ministérios em 18 de outubro de 2021.  Imagem : EVARISTO SA / AFP

No dia 11 de março de 2020 a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou como pandemia o adoecimento pelo vírus Sars-Cov-2. Na prática, o termo pandemia se refere ao momento em que uma doença já está espalhada por diversos continentes com transmissão sustentada entre as pessoas. Na época, segundo a OMS, o mundo registrava 118 mil casos e 4.291 mortes.

Mas, de fato, o mundo registrou seu primeiro caso de Covid no dia 17 de novembro de 2019, quando um homem de 55 anos foi detectado com a doença na província de Hubei, próximo de Wuhan, foco do primeiro surto. Desde então a pandemia se agravou muito no mundo, chegando ao Brasil no dia 26 de fevereiro de 2020 no estado de São Paulo, onde um homem de 61 anos com histórico de viagem para a Itália foi identificado com esta enfermidade. No dia 10 de março chegou ao Rio Grande do Sul onde um homem, de 60 anos, residente em Campo Bom, que teve histórico de viagem para Milão foi localizado com sintomas. Já em Santa Maria o primeiro caso surgiu em 22 de março, com um homem de 32 anos que viajou para Joinville(SC)  e quando voltou fez um teste sendo comprovada a infecção.

Foi a partir daí que vimos o caos se formando, milhares de infecções, causando superlotação em hospitais. Com as superlotações, os profissionais da saúde tiveram que manter seu foco no combate à pandemia. Diagnósticos de doenças como o câncer diminuíram por conta do receio de ir em consultas médicas, além de pessoas que apresentaram sinais de acidente vascular cerebral (AVC) e infarto  mas que adiaram a busca por ajuda ou simplesmente não procuraram socorro.

Um dos momentos mais preocupantes da pandemia foi o estoque de oxigênio em Manaus se esgotando e o sistema de saúde colapsado, com dezenas de mortes por asfixia de pacientes com Covid-19. Funerárias passaram a aderir a sepultamentos à noite por conta do número de enterros muito acima do habitual. A prefeitura de Manaus chegou a adotar um sistema de enterros em camadas, ou seja, enterrar caixões um por cima do outro, em valas mais profundas. À época, a justificativa era a necessidade de atender à demanda, que cresceu durante a pandemia.

O isolamento

O mundo parou com o isolamento instaurado, as formas de trabalhos e relacionamentos tiveram que se adequar aos novos tempos, o home office foi estabelecido em muitos casos. Com a recomendação da quarentena as pessoas começaram a consumir muitas notícias, por conta da necessidade de  se manterem informadas. A infodemia, como foi chamada, trouxe uma exposição excessiva de informações tanto verdadeiras quanto falsas. A sobrecarga de informações fez com que a qualidade de vida das pessoas fosse abalada, pois há mais processamento de dados do que daríamos conta de modo saudável. Com esse aumento de informações as fake news, ou notícias falsas, vieram com tudo, como afirmações de que as máscaras não tinham eficácia e de que as vacinas não funcionavam.

A chegada das vacinas

Após uma triagem com voluntários, a vacina de Oxford em parceria com o laboratório AstraZeneca começou a ser testada em profissionais da saúde de São Paulo no dia 20 de junho de 2020. Na ocasião, a vacina era uma das 141 registradas na Organização Mundial da Saúde (OMS) e uma das 13 que tinham conseguido alcançar a terceira fase de testes. Mais tarde, em dezembro, ela seria a primeira a ter os resultados da fase 3 publicados em uma revista científica. Além disso, a vacina de Oxford também foi uma das primeiras a ter um contrato de compra fechado pelo governo brasileiro.

As vacinas eram um sonho que todos aguardavam que se concretizasse, porém somente no dia 8 de dezembro de 2020 Margaret Keenan, de 90 anos, , foi vacinada contra esta doença na cidade de Londres no Reino Unido, e tornou-se a primeira pessoa no mundo a receber a vacina da Pfizer contra a Covid-19 fora de um ensaio clínico.

Margaret Keenan, prestes a completar 91 anos, é a primeira vacinada contra Covid-19 no início da imunização no Reino Unido. Imagem: Reuters

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou no dia 17 de janeiro de 2021, para uso emergencial, as duas primeiras vacinas contra o coronavírus no Brasil. Foram compradas 2 milhões de doses da vacina da AstraZeneca, produzida em parceria pela Universidade de Oxford com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e 6 milhões da Corona Vac, produzida pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. Minutos depois da aprovação, a enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, tornou-se a primeira brasileira a ser vacinada, em São Paulo. O Ministério da Saúde e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apresentaram no 22 de Fevereiro as primeiras vacinas contra a covid-19 totalmente produzidas em solo nacional. De forma simbólica, os imunizantes da AstraZeneca foram fabricados na sede da Fiocruz, no Rio de Janeiro.

A enfermeira Mônica Calazans, 54, recebe a vacina contra o coronavírus. Imagem: Reuters/Amanda Perobelli

A primeira pessoa a ser vacinada contra a Covid-19 no Rio Grande do Sul foi uma técnica de enfermagem que atua no Centro de Atendimento Intensivo (CTI) no Hospital de Clínicas (HCPA), em Porto Alegre. A vacinação ocorreu às 23h do dia 18 de janeiro. A primeira pessoa a ser vacinada em Santa Maria foi a enfermeira Mônica Oliveira Galimberti, de 56 anos, que atua na saúde há mais de 30 anos. Desde então são cerca de 60,2% da população global já vacinada, no Brasil esse percentual é de 77,9%, já o Rio Grande do Sul tem cerca de 87,3% dos habitantes vacinados e 88% da comunidade santa-mariense vacinada.

Variantes

Após mutações, uma nova variante do coronavírus se tornou comum no Reino Unido. Governos mundo todo fecharam as fronteiras para o país tentando evitar a propagação do vírus mutado. Essa nova versão recebeu o nome de linhagem B.1.1.7. e já teria sofrido pelo menos 23 mutações. A principal delas mudou a forma do espinho do novo coronavírus, que é a proteína que o vírus usa para abrir a célula. A agência inglesa de saúde tinha identificado a variante em setembro e notificou a OMS. O diretor de emergências da organização, Michael Ryan, afirmou no dia 21 de dezembro 2021 que a nova variante do coronavírus não estava “fora de controle”, mas que os bloqueios adotados por diferentes países eram “prudentes”.

Desobrigação do uso de máscara

A queda de casos de covid possibilitou órgãos de saúde do país optarem pela desobrigação do uso da proteção. O Projeto de Lei 5412/20, aprovado no dia 1 de abril, findou a obrigatoriedade do uso de máscaras,  ficando dispensado o uso e fornecimento de máscaras cirúrgicas ou de tecido em estados ou municípios que deixaram de exigir a utilização da proteção em ambientes fechados. No dia 6 de abril Santa Maria aderiu a lei tornando facultativo o uso da máscara em ambientes fechados.

Segundo dados da última segunda-feira, dia 9 de maio, o quadro da cidade de Santa Maria é bastante favorável e esperançoso. Há apenas dois adultos confirmados com Covid e um suspeito em leitos de UTI , um paciente em UTI pediátrica, e mais 20 adultos  hospitalizados em leitos normais. Totalizando 24 pessoas hospitalizadas na cidade.

Imagem: Andy Leung por Pixabay

O Dia Internacional da Liberdade de Imprensa foi comemorado no começo do mês, dia 3 de maio. No entanto, o Brasil não tem nada a comemorar. O país caiu, pelo terceiro ano seguido, no ranking de liberdade de imprensa, ocupando a posição 111 de 180, na lista elaborada pela organização Repórteres Sem Fronteira (RSF) sobre a Classificação Mundial da Liberdade de Imprensa. A organização afirma que o país entrou na zona vermelha, e passou a integrar a parcela classificada como “difícil” do Ranking. 

  “Insultar, desmoralizar, estigmatizar e humilhar jornalistas no momento em que são divulgadas informações contrárias aos seus interesses ou aos de seu governo”: eis o método implementado pelo presidente brasileiro Jair Bolsonaro desde sua posse, em janeiro de 2019. Os ataques são sistematicamente repercutidos por familiares, que também ocupam cargos eletivos, alguns de seus ministros e um exército de apoiadores mobilizados nas redes sociais”, afirma a ONG. 

De acordo com a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), no período eleitoral, foram pelo menos 24 casos de censura de reportagens e de pedidos, por parte dos candidatos, de remoção de conteúdo de sites e de redes, o que resultou no aumento de processos judiciais abusivos contra a imprensa.

  Em 2020, foram registrados 580 casos de ataques contra a imprensa no monitoramento realizado pela RSF. Entre eles, ataques sexistas e misóginos, a hostilidade nas comitivas no Palácio da Alvorada, e a difícil disputa entre a imprensa e o presidente em publicar informações sobre a crise do coronavírus. No dia 5 de junho, o presidente ordenou que os boletins diários do Ministério da Saúde fossem transmitidos para a mídia às 22h, para evitar que informações fossem divulgadas nos noticiários de TV noturnos de maior audiência. “Acabaram as notícias para o Jornal Nacional”, disse ele, referindo-se diretamente à rede Globo, um dos alvos favoritos da família Bolsonaro. 

  O Brasil já registra mais de 400 mil vítimas do coronavírus e, na medida em que aumentam as notícias sobre a pandemia da Covid-19, o presidente do país segue atacando a mídia. “Não é nem lixo, porque lixo é reciclável”, essas foram as palavras de um dos primeiros ataques de 2021 do presidente Jair Bolsonaro contra a imprensa que, ainda segundo ele, “não serve para nada, só fofoca, mentira o tempo todo”.

Os principais veículos de comunicação do país, UOL, Folha de S.Paulo, G1, GloboNews, O Globo, Extra e O Estado de S.Paulo se uniram para mobilizar a sociedade em prol da vacinação e assinaram a campanha “Vacina, Sim”, que foi lançada em janeiro deste ano, durante o Jornal Nacional, e simultaneamente nos sites e redes sociais. O objetivo é conscientizar a população sobre a importância da vacina contra a Covid-19. Em contraponto com o presidente Jair Bolsonaro, que ressalta que a vacina não é obrigatória.

Em 7 de abril, Dia do Jornalista, uma carta aberta registrada por oito organizações ligadas às liberdades de imprensa e de expressão foi destinada aos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). O documento pede o compromisso dos líderes do Congresso Nacional com a liberdade de imprensa e a segurança dos jornalistas e comunicadores do país. Em informações enviadas às lideranças do poder legislativo, as organizações citam pesquisas que indicam o agravamento da situação de comunicadores no Brasil. As entidades fazem 7 recomendações:

  • Garantir que todos os projetos de lei que tenham impacto sobre o acesso à informação, o trabalho jornalístico e a liberdade de imprensa sejam amplamente debatidos com a sociedade civil, organizações de liberdade de imprensa, jornalistas e especialistas nos respectivos temas.
  • Garantir a posse dos/das conselheiros/as do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional e o seu pleno funcionamento, ainda que de forma remota, para que os projetos de lei que tratam dos temas da comunicação sejam apreciados pelo referido Conselho, antes de serem submetidos à votação final.
  • Garantir a lisura dos procedimentos legislativos internos na apreciação de projetos de lei, bem como a transparência e a devida divulgação das informações em tempo adequado para a garantia de análise técnica e debate externo com a sociedade
  • Garantir que qualquer projeto de lei aprovado estará alinhado com os compromissos assumidos pelo Brasil internacionalmente em relação ao direito de acesso à informação e à liberdade de imprensa.
  • Garantir que qualquer projeto de lei aprovado estará alinhado com as garantias constitucionais que vedam a censura e protegem a liberdade de imprensa e o direito à informação, respeitará as normas internacionais e será um instrumento de fortalecimento da democracia e dos direitos humanos.
  • Adotar um discurso público que contribua para prevenir a violência contra comunicadores e para a construção de um ambiente favorável para o livre exercício do jornalismo e da liberdade de expressão.
  • Condenar de forma pública, inequívoca e sistemática qualquer forma de violência contra comunicadores e encorajar as autoridades competentes a agir com a devida diligência e rapidez na investigação dos fatos e na punição dos responsáveis.

 

Desemprego é um problema mundial. Foto: pixabay.

O desemprego é um dos grandes problemas deste século no mundo. Ele não aparece apenas nos países subdesenvolvidos, mas também engloba países da Europa e Estados Unidos. Com o trabalho cada vez mais escasso e as vagas que surgem cada vez mais precárias, muitos trabalhadores e suas famílias são atingidos e assim acabam trabalhando em locais de maneira informal sem carteira assinada. Há ainda pessoas que não conseguem nem estes tipos de emprego e assim acabam vivendo nas ruas das grandes cidades, as vezes catando latinhas, papéis e plásticos recicláveis para assim conseguir sobreviver.

Em Santa Maria há pessoas que vivem em extrema pobreza, sobrevivendo com 150 à 400 reais por mês. Muitas tentam buscar vagas de emprego, mas não conseguem, seja porque há poucas vagas ou porque as vagas exigem qualificação.

A taxa de desemprego no Brasil está em 11,8% atingindo assim, 12,5 milhões de pessoas desempregadas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sua última avaliação, no mês de setembro. Ao se comparar com relação ao mesmo período de 2018, a taxa sofre uma pequena queda, diminuindo em 100 mil, com 12,6 milhões de trabalhadores brasileiros desempregados no ano passado, segundo dados do IBGE. 

Junto a este quadro, há muitos trabalhadores informais, com pessoas que trabalham por conta própria sem CNPJ ou carteira assinada. Mais de 38.806 milhões de pessoas hoje trabalham na informalidade no Brasil, com uma taxa de 41,4% dos trabalhadores na irregularidade.

Desemprego no Estado

 Santa Maria não apresenta dados exatos ou de aproximadamente quantos desempregados, mas o Rio Grande do Sul apresenta 8,8% da população sem emprego, ou seja, um aumento nos números, em comparação com o trimestre anterior que era 8,2% de gaúchos sem trabalho, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística do Estado.

Mas afinal quais são as causas para tantas pessoas sem emprego aqui na cidade? Segundo Airton Zanini, proprietário de um supermercado, a grande causa desse alto número é por conta de o mercado exigir cada vez mais pessoas com estudo, com qualificação profissional, que tenha algum curso de graduação ou noções básicas de internet.

Zanini comenta que “existe muita gente que não possui nem mesmo o ensino médio, e isso acaba acarretando em que estas pessoas acabem indo buscar emprego nos lugares que não exijam que eles sejam formados ou qualificados em nenhuma área. Com isso alguns conseguem emprego e vários outros não”.

 Número de trabalhadores autônomos aumenta

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, há ainda um número recorde de trabalhadores que trabalham por conta. São 24,4 milhões de pessoas nessa situação, o que representa assim uma alta de 1,2% em relação ao mesmo período de 2018.

O número de pessoas sem carteira assinada também é alarmante, são 11,8 milhões de pessoas, o que representa um crescimento de 2,9%. Já o número de pessoas com carteira assinada é de 33,1 milhões, o que segundo o IBGE representa uma estabilidade na comparação com o mesmo período do ano passado.

A falta de trabalho é muito grande em nosso País, são 27,5 milhões de brasileiros que não conseguem trabalhar ou trabalham menos horas do que gostariam. A taxa de pessoas nessa situação é de 24% a mais em relação ao mesmo trimestre de 2018, ou seja, isso significa que se tem mais 300 mil pessoas a mais que há um ano.

No País, são em torno de 12,5 milhões de pessoas desempregadas, 4,7 milhões de pessoas que desistiram de procurar emprego, 7 milhões que trabalham menos do que gostariam e 3,1 milhões que não podem assumir uma vaga por algum motivo.

Pedro Machado, de 26 anos, diz que desistiu de procurar emprego, pois já vem procurando há oito meses e até agora não conseguiu nada. Pedro fala que, embora more com seus pais, gostaria de ajudar em casa: “todas as vezes que vou tentar buscar uma vaga de emprego em algum lugar, as lojas, as empresas, elas sempre me questionam por não ter experiência, por eu não ter trabalhado antes em nenhum lugar”. Machado conclui: “Essa realidade é dura, você sair todos os dias nas ruas, batalhar para se ter um emprego e as pessoas não te darem esta oportunidade, porque simplesmente você não ter experiência, mas como vou ter experiência alguma se não me derem oportunidade”.

O Brasil tinha uma população de 4,700 milhões de pessoas na situação de desalento, ou seja, pessoas que estavam fora da força de trabalho, porque não conseguiam trabalho, ou por não possuírem experiência alguma, ou por serem muito jovens ou idosos. Este é um dado da pesquisa do Pnad Contínua feita pelo IBGE e fechado em agosto deste ano. Além disso houve também muitos cortes de vagas em determinados setores, como por exemplo, na administração pública, seguridade social, educação, saúde humana, serviços sociais, construção civil, comércio, serviços domésticos e indústria.

Texto produzido na disciplina de Jornalismo III, no 2º semestre de 2019 e supervisionado pela professora Glaíse Palma.

Dois livros recém lançados na Universidade Federal da Paraíba e Universidade Nacional de Brasília, numa parceria entre o Programa de Pós-graduação em Jornalismo da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a Revista Latino-americana de Jornalismo – Âncora, a Editora do CCTA e a RIA Editorial, foram disponibilizados de modo gratuito em plataformas para acesso de estudantes, pesquisadores e demais interessados na história política recente do Brasil.

Democracia Fraturada: a derrubada de Dilma Rousseff, a prisão de Lula e a imprensa no Brasil  é um ensaio documental  de Pedro Nunes, jornalista, doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP e pós-doutor em Comunicação em Sistemas Hipermídia pela Universidad Autónoma de Barcelona, atualmente professor na UFPB. Na obra o pesquisador  incorpora procedimentos do videodocumentário e elege personagens para tratar sobre as tramas político-jurídicas que antecederam e sucederam o processo de impeachment de 2016, as atuações do ex-juiz Federal Sergio Moro, o colapso da democracia e o papel do Jornalismo Investigativo no Brasil.

O autor alerta que o ensaio documental foi “originalmente produzido antes da publicação de um conjunto de reportagens jornalísticas, disponibilizadas pela agência de notícias The Intercept Brasil, sobre a operação Lava Jato, envolvendo conversas entre o ex-juiz Sergio Moro, o procurador federal Deltan Dallagnol, representantes do Supremo Tribunal Federal, integrantes da Polícia Federal e agentes do Ministério Público. Os arquivos das conversas privadas (textos, áudios, fotos, vídeos e documentos jurídicos) vêm sendo apresentados ao público preservando o sigilo da fonte. A referida postura editorial do The Intercept Brasil, em consonância com o exercício do jornalismo independente, encontra-se fundamentada no artigo 5º, inciso XIV, da Constituição Federal, que prevê o seguinte: é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional. (BRASIL, 2019, p. 11)”.

O e-book pode ser acessado também neste endereço: Democracia Fraturada 

O segundo livro é Imprensa, crise política e golpe na Brasil  e reúne diferentes e aprofundados olhares interpretativos  de pesquisadores e pesquisadoras de diversas universidades (Brasil, Argentina, Portugal e Colômbia) que se debruçaram particularmente sobre as complexidades dos noticiamentos que envolveram o processo de derrubada da ex-presidenta Dilma Rousseff, a Operação Lava Jato, a prisão de Lula e o cenário pós-golpe. Segundo os autores, a grande imprensa brasileira teve um papel preponderante no processo de encenação desse espetáculo político-jurídico envolvendo os poderes constituídos da República. Todos os capítulos que constituem a teia do presente livro, atestam a existência de fios desencapados que provocaram curtos-circuitos e constantes apagões e comprometimentos vitais na democracia brasileira.

Organizado por Pedro Nunes, o e-book é decorrente de uma versão ampliada de Dossiê publicado na Revista Âncora e também pode ser acessado aqui.