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ditadura militar

Destaque do segundo dia foi palestra sobre ditadura no cinema brasileiro

Nesta quinta-feira, 27, o 12º Fórum de Comunicação teve como encerramento da segunda noite palestra com o professor Diorge Konrad sobre ‘’A Ditadura do Cinema Brasileiro’’. Além do professor de História da Universidade Federal de Santa

Segunda noite de Fórum marcada pelo debate sobre a ditadura militar

A segunda noite de palestra do Fórum de Comunicação na quarta-feira, 27, debateu a ditadura do cinema brasileiro, e foi ministrada pelo professor e doutor de história , Diorge Konrad, 50, da UFSM.  Partes de seu pronunciado fazia referência

A Ditadura no Brasil foi marcante. Repressão, censura, entre outros acontecimentos dessa época marcaram a história do país. Baseado nisso, a Clínica do Testemunho do Rio Grande do Sul, junto da instituição Associação Psicanalítica de Porto Alegre (APPOA), promove nesta quinta-feira, 17, uma conversa pública com o tema “A Ditadura em Santa Maria: Testemunhos da repressão e da resistência”.

Participarão do evento, professores de história da UFSM, familiares de presos políticos da época e pessoas que também foram condenadas.

O encontro será feito no Auditório SSCH da Antiga Reitoria da Universidade Federal de Santa Maria, a partir das 17h30. A entrada é franca.

Conversa sobre a ditadura ocorre na Antiga Reitoria da UFSM
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Maccari e Konrad na palestra do segundo noite do Fórum de Comunicação

Nesta quinta-feira, 27, o 12º Fórum de Comunicação teve como encerramento da segunda noite palestra com o professor Diorge Konrad sobre ‘’A Ditadura do Cinema Brasileiro’’. Além do professor de História da Universidade Federal de Santa Maria, a mesa estava composta pelo professor Alexandre Maccari, dos cursos de História e de Jornalismo do Centro Universitário Franciscano.

A palestra teve como base o longa-metragem “Batismo de Sangue”, exibido no CineClube, durante o fórum.  Konrad trouxe informações da Ditadura e do Golpe Militar a partir de suas pesquisas. Para o historiador, a ditadura não se trata de um horror do passado e sim do terror que não pode acontecer no futuro.

‘’Qual é o limite de cada um de vocês na tortura?’’, indagou o professor enquanto falava sobre as acusações que eram feitas aos frades por supostamente terem entregado o guerrilheiro Carlos Marighella.

Também foram abordadas as Jornadas de Junho. O palestrante afirma que participou da marcha que levou mais de 30 mil pessoas para as ruas de Santa Maria.

O debate foi encerrado com a seguinte frase ‘’Para que não se esqueça, para que nunca mais aconteça’’, referência à ditadura civil-militar.

Após o término da explanação, o professor Maccari coordenou as perguntas dos alunos e dos professores feitas ao convidado.

Por Gabrielle Righi

Professor Diorge Konrad. Foto: Julia Machado - Laboratório Fotografia e Memória.
Professor Diorge Konrad. Foto: Julia Machado – Laboratório Fotografia e Memória.

A segunda noite de palestra do Fórum de Comunicação na quarta-feira, 27, debateu a ditadura do cinema brasileiro, e foi ministrada pelo professor e doutor de história , Diorge Konrad, 50, da UFSM.  Partes de seu pronunciado fazia referência ao filme exibido anteriormente, Batismo de sangue. “A história tende a ser sempre mais cruel do que o retrato que se passa sobre ela”, garante Konrad.

O professor ainda ressalta que quando alguém entra em uma luta social e política, essa pessoa não sabe quando, previamente, vai ser derrotado ou não. “Quem participou das jornadas de junho do ano passado, muitos de vocês, talvez, andaram nas ruas e não sabiam o que aconteceria na sequência. Você entra na luta porque acredita”, defende ele.

O interesse de Konrad pelo estudo da ditadura militar vem desde 1980, quando começou a guardar os seus primeiros materiais referentes ao tema. Ao mesmo tempo, começou a militância do movimento estudantil. Depois como professor de história, percebeu que era possível vincular diversão com a necessidade de trabalho. “Trazer o cinema foi quase natural, é um complemento para refletir”, concluiu .

 

 

 

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Manchetes dos jornais durante a ditadura militar (Foto: Roger Bonfanti Haeffner)

Na noite da última terça-feira, 26 de agosto, o Salão de Atos do Prédio 14, do Conjunto III do Centro Universitário Franciscano, contou com a presença do professor Álvaro Larangeira, que conduziu a palestra “A mídia e o Golpe de 64” no encerramento do primeiro dia do 12° Fórum de Comunicação do Centro Universitário Franciscano.

O professor da Universidade Tuiuti do Paraná mostrou alguns resultados de seu estudo sobre o posicionamento de diversos veículos de comunicação durante a ditadura militar, como O Globo, Folha de São Paulo e até mesmo A Razão, jornal santa-mariense. Ao decorrer de sua fala, Larangeira conseguiu levar, de certa forma, os alunos e professores presentes à época do regime militar – apresentando capas de jornais daquele período e suas principais manchetes. Ao explorar diferentes perspectivas, da econômica à político-partidária, Larangeira conseguiu destacar como a mídia se identificou com o Golpe.

Comentou também sobre o que ele chama de “Ingratidão da mídia”, em referência ao fato de que, no princípio, o lado bom do Regime Militar era bastante ressaltado, mas 20 anos depois o mesmo já era taxado como autoritário e um verdadeiro retrocesso. A noite foi encerrada com um espaço para que o público se dirigisse ao palestrante com perguntas. Larangeira destacou a importância da leitura para a formação de um bom comunicador, e deixou uma reflexão para todos os presentes: “Será o destino da mídia estar sempre do lado dos lobos?”.

Natália Rosso