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Música

O impacto do TikTok na Indústria Musical

A popularização global do aplicativo trouxe mudanças drásticas para diversos setores do entretenimento, entre elas a indústria musical. Segundo um relatório divulgado pela própria plataforma, o TikTok impulsiona a descoberta de músicas globalmente.

Programa da Rádio Web UFN tem nova temporada

Clique aqui para ouvir a matéria. Lançada no último dia 03, a nova temporada do Programa Brasilidade trouxe, no primeiro episódio, a carreira e a vida da cantora gaúcha Elis Regina. Segundo Miola, idealizador do programa,

Naquela mesa

Já não tenho mais certeza de que dia era aquele. Sexta-feira? Talvez sábado. Não tenho como lembrar, já fazia dias que não saia de casa ou sequer abria as janelas. Minha única obrigação e prazer naqueles

VocaPampa: a música tradicionalista com o canto a cappella

Se baterias, baixos e guitarras demandam esforço das bandas que sobem e descem dos palcos, alguns grupos possuem apenas uma missão: estar com as vozes afinadas. O canto a cappella tem suas origens na prática do canto

Conheça os músicos selecionados para produção de videoclipe

Depois de lançar uma chamada para selecionar  músicos e/ou bandas para a produção de um videoclipe, a turma da disciplina de Produção Audiovisual II do curso de Publicidade e Propaganda da Universidade Franciscana (UFN) teve a

Duas faces sobre o viver da música em Santa Maria

O Calçadão de Santa Maria serve como palco para muitos artistas que olharam para o local como oportunidade de reconhecimento. É o caso de Marcelo Demichelli, de 38 anos, que em novembro completará 5 anos cantando

O aplicativo de vídeos curtos TikTok virou febre entre grande parte da população mundial de todas as idades durante a pandemia. A popularização global do aplicativo trouxe mudanças drásticas para diversos setores do entretenimento, entre elas a indústria musical. Segundo um relatório divulgado pela própria plataforma, o TikTok impulsiona a descoberta de músicas globalmente. Os usuários do TikTok são significativamente mais propensos a descobrir e compartilhar novos conteúdos musicais. Em consequência disso, a empresa “Winnin 7” realizou, em 2020, um estudo e analisou que 7 das 10 músicas mais ouvidas no aplicativo de música Spotify na época ficaram famosas primeiro no TikTok.

Produção própria.
Fonte das informações: PropMark

Músicas como “Beggin’” da banda italiana Måneskin, lançada em 2017, e “Rockstar” do rapper norte-americano Post Malone, lançada em 2018 e viralizada no TikTok em 2024, provam a potência de viralização do aplicativo.

Além disso, a plataforma oferece diversas ferramentas e recursos criativos que facilitam a criação de vídeos musicais, como efeitos visuais, filtros e a possibilidade de sincronização labial. Isso contribui para que os usuários se engajem ainda mais com as músicas, criando desafios virais e coreografias que se espalham rapidamente.

Hoje, o TikTok se consolidou como uma das principais redes para artistas e mudou significativamente o modo como as músicas são produzidas e consumidas. Artistas novos já surgem com a “fórmula do sucesso” e inúmeros artistas já consolidados na indústria estão mudando e se adaptando a essa nova era. Grandes gravadoras e produtores musicais agora consideram o potencial de viralização no TikTok como um fator importante ao lançar novas músicas.

A influência do TikTok também se estende a eventos ao vivo e lançamentos de álbuns, com artistas frequentemente usando a plataforma para promover novos projetos e interagir diretamente com os fãs. O impacto do TikTok na indústria musical é tão significativo que muitas vezes define tendências que vão além da plataforma, influenciando rádios, paradas de sucesso e até mesmo a cultura pop em geral.

Matéria produzida na disciplina de Linguagem das Mídias do curso de Jornalismo, no primeiro semestre de 2024, sob supervisão da professora Glaíse Bohrer Palma.

Se os dias estão cinzas, a gente coloca uma música para desanuviar. Se tá tudo bem, vai uma boa música para embalar. Ou se está daqueles dias em que não se perde nem se ganha, vai um play para tendenciar. Parafraseando Dorival Caymmi, embora ele falasse especificamente do samba: quem não gosta de ‘música’ bom sujeito não é!

O programa é produzido no Laboratório de Jornalismo Audiovisual do curso de Jornalismo.

O Reverbe é o mais novo programa audiovisual do curso de Jornalismo que mostra a música daqui, feita em Santa Maria e arredores. Queremos reverberar as composições e as vozes que ecoam pelos nossos montes. Artistas talentosos, músicas potentes e de variados estilos. É um programa que nasce cheio de personalidade, com um bate-papo no ritmo dos/as convidados/as sobre inspiração, transpiração, identidade, sentimentos e, claro, muita música.

Você é o nosso/a convidado/a especial para, toda terça-feira, às 19h, acompanhar um novo episódio na UFN TV, pelo canal 15 da NET,  ou no canal do YouTube do LabSeis. E também pode ser visto na TV Câmara, canal aberto 18.2, na sexta-feira, às 21h25min, e sábado, a partir das 19h25.

Paulo Noronha é o convidado de estreia do Reverbe.

O episódio de estreia traz todo o legado de Paulo Noronha, cantor, compositor e guitarrista que carrega consigo o estilo blues-rock e atua há mais de 20 anos no cenário musical santa-mariense. Noronha apresenta o seu mais recente trabalho, o álbum Fôlego, lançado em novembro do ano passado, que tem no setlist as canções Cinema, Conflitos e Fôlego, homônimo do disco, executadas durante o programa. 

Nas palavras de Noronha: “Boa parte do Folêgo foi composto durante a pandemia, e esse álbum não tem como não falar de situações que vão desde o morador de rua ao empresário mais rico. Apenas duas canções foram produzidas e colocadas no álbum enquanto ele estava sendo finalizado, e que não estão conectadas com a pandemia”

Caroline Freitas apresentou o primeiro programa que vai ao ar hoje.

Já segue aí a playlist do Reverbe no Spotify da Rádio Web UFN e se prepare para, a cada novo episódio, adicionar as músicas do programa no seu tocador favorito. 

O Reverbe é produzido pelo Lab Seis, laboratório de produção audiovisual dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Universidade Franciscana (UFN). A equipe é formada pelos alunos do curso de Jornalismo de diversos semestres: Vitória Oliveira e Caroline Freitas no roteiro e apresentação, na produção Nicolas Krawczyk, Aryane Machado e Luíza Maicá, Ana Clara Mileto e Enzo Martins, que também faz redes sociais, Thomás Ortiz na operação de câmera e, ainda, conta com os técnicos administrativos Alexsandro Pedrollo, na direção de fotografia, e Jonathan de Souza, no switcher e finalização. A  coordenação e direção é da professora Neli Mombelli.

Texto e imagens: Neli Mombelli/ professora curso de Jornalismo e coordenadora LabSeis

Clique aqui para ouvir a matéria.

Da esquerda para à direita, Rubens Miola Filho e Ian Lopes, durante gravação do Programa Brasilidade.
Foto: Lucas Acosta/Arquivo Brasilidade

Lançada no último dia 03, a nova temporada do Programa Brasilidade trouxe, no primeiro episódio, a carreira e a vida da cantora gaúcha Elis Regina. Segundo Miola, idealizador do programa, a nova versão traz também algumas novidades: “Pretendemos trazer pelo menos um convidado a cada episódio, fazendo com que nossos ouvintes também possam participar do programa de forma mais direta. ”

A primeira edição deste ano contou com a participação de outros dois estudantes do curso de Jornalismo, Luiza Silveira e Nelson Bofill. “Foi uma experiência muito boa! Acho que apesar do nervosismo, foi um baita conhecimento poder participar. Acredito que a possibilidade de fazer parte de um programa de rádio é uma das muitas oportunidades que o curso nos oferece e que realmente acrescentam na nossa vida. ”, relata Bofill.

Para a estudante de Jornalismo, Luiza Silveira, esta também foi uma oportunidade de muito aprendizado: “Desde quando o Rubens e o Ian deram a ideia do programa, acreditei que fosse uma boa e, desde então, comecei a ouvir para apoiar meus amigos. Foi a primeira atividade na rádio que fiz fora do período de aula, uma experiência nova e de muito aprendizado. ”

O que é o Brasilidade?

Programa no formato Podcast que aborda assuntos voltados à música brasileira. Produzido pelos acadêmicos de Jornalismo, Rubens Miola Filho e Ian Lopes, e supervisionado pelo professor e jornalista, Carlos Alberto Badke, o programa vai ao ar a cada 15 dias, no perfil da Rádio Web UFN, na plataforma de áudio Spotify. A cada episódio, o programa traz a história, vida e carreira de um artista, buscando exaltar a cultura brasileira, sobretudo dos músicos do país.

“Tentamos usar o nosso gosto pessoal como guia para acharmos a melhor opção. Comentamos sobre a vida do artista, o estilo, alguns álbuns ou músicas mais conhecidas. Na última temporada, escolhemos assuntos que tínhamos um domínio maior, mas nessa (temporada) começamos com alguém que não temos tanto conhecimento, a cantora Elis Regina. ”, complementa Lopes, apresentador do programa.

Da esquerda para à direita, Rubens Miola Filho, Lucas Acosta e Felipe Perosa.
Foto: Alam Carrion/Arquivo Brasilidade

Para Miola, o Brasilidade é importante na sua vida porque é uma forma de falar de algo que gosta, com pessoas que gosta, com um objetivo em comum: exaltar a cultura brasileira. “O aprendizado jornalístico que a gente ganha com o tempo, como apuração, pesquisa, edição, apresentação, condução de uma entrevista, embasamento cultural e posicionamento político, são muito engrandecedores. Eu amo gravar o Brasilidade e pretendo fazer até me formar, depois espero que alguém de bom coração possa assumir o manto junto com o Ian, para eu deixar o programa em boas mãos. ”, afirma Miola.

Os apresentadores ressaltam ainda que estão sempre abertos a sugestões de pauta e que para os ouvintes que queiram participar do programa, basta entrar em contato com a produção da Rádio Web UFN e solicitar a participação.

Já não tenho mais certeza de que dia era aquele. Sexta-feira? Talvez sábado. Não tenho como lembrar, já fazia dias que não saia de casa ou sequer abria as janelas. Minha única obrigação e prazer naqueles dias era pesquisar e escrever sobre qualquer tema que eu fosse capaz de pensar. Eu lembro que entre um texto e outro, começou a tocar a música “Naquela Mesa” na rádio, a eterna representação de uma perda tão dolorosa e, ao mesmo tempo, tão natural. Comecei então a pesquisar sobre a música, ia ser meu novo tema pelos próximos dias.

Minha primeira descoberta já foi uma desilusão, a canção não foi escrita por Nelson Gonçalves. Na minha ignorância musical, que vezes se apresenta como uma dádiva, vezes como uma maldição, eu sempre imaginei o cantor sentado sozinho em uma mesa de um bar lotado, acompanhado apenas de um copo de whisky onde os gelos já derreteram, vestindo um casaco que não saia do armário há décadas e uma calça muito comprida. Ele mexia impaciente em um velho relógio de pulso, que a esta altura não funcionava mais, o que não era um problema, afinal, o tempo já não importava, enquanto ajustava os óculos que compensavam a falta de visão, consequência dos anos passados, e escrevia suas lástimas em um guardanapo sujo.

Eu nunca me aprofundei muito nesse assunto, mas tenho certeza que se eu me envolvesse um pouco mais, só poderia chegar a uma conclusão daquela noite. Conhecendo a grandiosidade de Nelson Gonçalves, imagino que após abraçar o luto, o cantor provavelmente acenderia um cigarro, pegaria um violão e exporia os seus pesares para todos os presentes, interpretando a mais bela canção que os brasileiros tiveram o privilégio de escutar. Por consequência, não haveria homem, mulher ou criança no recinto que fosse capaz de contemplar tamanha obra e não se encontrar em prantos.

Mas não. Minha imaginação me enganou por todos estes anos. Na verdade o compositor é Sérgio Bittencourt, uma homenagem feita no dia do falecimento do seu pai, em um guardanapo; ao menos essa parte eu acertei. Por um breve momento, eu lembro de esboçar um sorriso, chegava a ser engraçado pensar como um sentimento tão terno, que sempre existiu e sempre existirá, foi retratado de forma tão simples, capaz de transcender gerações; afinal, a autoria pode ser de Bittencourt, mas o sentimento é universal.

Foto: Alec White/ Pixabay

Desde que começou a pandemia do novo coronavírus, vários setores do comércio tiveram que fechar as portas para impedir a circulação do vírus. Com isso, muitas empresas passaram por dificuldades financeiras, corte de gastos e demissões.

Neste cenário, verifica-se  que inúmeras escolas de música estão se adaptando ao “novo normal”, buscando novas soluções e metodologias para manter seus serviços ativos. É o caso da escola Musiartes, uma das mais antigas escolas de música de Santa Maria e  que, no mês de maio último, teve uma baixa de 35% no número de alunos, acarretando dificuldades financeiras em todos os setores.

Segundo o CEO da empresa, Henrique Schneider, a escola não estava preparada para esse tipo de acontecimento e teve que enfrentar inúmeros desafios, desde a questão financeira até a adaptação para aulas remotas. Schneider explica que no começo a interação aluno e professor foi difícil, porque a opção naquele momento era usar aplicativos como Zoom e Whatsapp. Além disso, outros problemas dificultavam as aulas remotas, tais como a conexão instável e os aplicativos pesados. No entanto, o ponto mais delicado, segundo ele, foi o fato do aluno não estar presente para tirar suas dúvidas.

Tal cenário mudou quando a escola aderiu à metodologia da Keep On Playing,  empresa de educação musical que atua em parceria com diversas escolas de música no país, disponibilizando seu método de ensino e material didático em seus cursos. A ideia é oferecer cursos direcionados para cada tipo de aluno, tendo em vista que cada estudante  possui uma preferência e objetivo. Além disso, a empresa possui uma ferramenta de visualização de progresso, na qual o aluno acompanha, passo a passo, a sua trajetória no instrumento.

Foto: T Dube/Pixabay

Além da metodologia da Keep On Playing, a  Musiartes adotou uma plataforma online de ensino para melhorar o aprendizado dos alunos. A plataforma está disponível no site da escola, e faz com que o aluno não precisa baixar aplicativos para acessar as aulas. Ela consiste em disponibilizar material didático (cifras, partituras, letras) aulas gravadas e especializadas em um ambiente virtual próprio para cada aluno.

Segundo Mirian de Oliveira Tavares, professora de violino da escola, a pandemia causou uma infinidade de desafios. Entre eles, a adaptação dos professores e alunos à nova metodologia, o uso obrigatório de máscaras, as questões das bandeiras de distanciamento social – quando estava laranja, trabalhavam presencialmente e vermelha, remotamente.  No entanto, segundo a professora, isso não afetou o aproveitamento dos alunos. Ela afirma que ” os alunos correspondem bem. Há rendimento e buscamos realizar o sonho deles de tocar um instrumento e aprender as músicas que gostam”.

Ainda de acordo com o CEO da empresa, a Musiartes foi uma das primeiras empresas da cidade a possuir o plano de contingência aprovado, oque fez com que as buscas pela escola aumentassem consideravelmente. Para Henrique Schneider as expectativas para o futuro são promissoras.  Segundo ele ,  “o cenário está melhorando, então, vamos sair mais fortes porque nós aprendemos com a pandemia, tendo que criar novos cursos e flexibilizações”.

Henrique diz também que as ” expectativas para 2021 são que (a empresa) tenha bons resultados. Até melhores do que antes, por conseguirmos nos  reinventar e, ao mesmo tempo, criar novas possibilidades. Hoje não temos aquela barreira local; estamos conseguindo expandir até mesmo para outros estados. Portanto, nossa perspectiva é de crescimento,”conclui.

Texto de autoria de Rubens Miola Filho, produzido na disciplina de Produção da Notícia

Grupo VocaPampa, em apresentação ao vivo, Foto: arquivo pessoal

Se baterias, baixos e guitarras demandam esforço das bandas que sobem e descem dos palcos, alguns grupos possuem apenas uma missão: estar com as vozes afinadas. O canto a cappella tem suas origens na prática do canto gregoriano, que não exige o auxílio do órgão ou de qualquer outro instrumento, sendo executado apenas por vozes de monges ou clérigos que formavam o grupo de cantores.

Muitas vezes os cantores desciam do presbitério e se punham a cantar em uma capela lateral da igreja, daí a origem da expressão. Essa forma de arranjo musical vem sendo executado por artistas de diversos estilos diferentes, o que lhe confere popularidade.

As músicas cantadas a cappella se modernizaram com a entrada da percussão vocal, o chamado beatbox, com a modificação do papel do baixo, que não só canta a letra como é responsável pelo grave do ritmo, e os cantores ganham trabalho no quesito extensão vocal e/ou sons imitáveis.

No Rio Grande do Sul existem diversos grupos a cappella, e em nossa cidade não seria diferente. Aqui temos o grupo VocaPampa, composto por seis integrantes, que juntos, encontraram uma forma de realizar o sonho de cantar. Todos os componentes são graduados em Música pela Universidade Federal de Santa Maria.

O grupo foi formado em 2016, a partir do desejo de um dos componentes, o músico e professor Josemar Dias, possuir o desejo de trazer para o coração do Rio Grande essa forma de canto, criando a identidade do grupo, que possui um repertório de músicas nativistas e originais.  Josemar, já conhecendo os demais componentes a partir do Departamento Tradicionalista Gaúcho Noel Guarany, projeto de extensão da UFSM, convidou os demais cantores a se unirem a ele. Sendo assim, atualmente o VocaPampa é formado pelos seguintes músicos: Ediana Larruscain, soprano; Gabriel Zeppe, contratenor; Josemar Dias, tenor; Lucas Siduoski e Julio Cezar Pires, Barítono;Matheus Lameira, Baixo. (Vídeo música Céu, Sol, Sul, Terra e Cor – VocaPampa).

O grupo VocaPampa preparou um arranjo inédito desta canção “Céu, Sol, Sul, Terra e Cor” retratando a cultura do Rio Grande do Sul. O vídeo conta com mais 7 mil visualizações no Youtube. Confira no vídeo como a mágica acontece:

Conversamos com alguns integrantes que nos contaram das suas experiências e trajetórias musicais, e explicaram como são definidas as vozes nas partituras.

Jornalismo Cultural – Você sempre quis cantar desde criança? Quando surgiu o amor pela música?

Matheus Lameira (baixo)  – Comecei os estudos em música aos 5 anos através do método Suzuki, aqui em Santa Maria, aprendendo violino, meu instrumento principal de trabalho. Até chegar à faculdade (com 17 anos) nunca tinha explorado a minha voz. No Curso de Licenciatura em Música comecei cantando no Coral Universitário, onde fui conhecendo melhor o trabalho vocal.

JC – Qual a tua formação? Quais projetos trabalhou antes de entrar no VocaPampa e quais possui agora fora do grupo?

ML – Sou licenciado em Música pela UFSM. Antes do VocaPampa toquei na Orquestra Sinfônica de Santa Maria. Atualmente, além do VocaPampa, sou regente de três corais (Coral Allan Kardec, Coral Nativista do CTG Sentinela da Querência e Coral Vozes do Vagão, do Colégio Militar); sou educador musical no colégio Nossa Senhora de Fátima, professor de violino e violoncelo na AMEART (Tupancireta), diretor do musical do CTG Sentinela da Querência e administrador do grupo Cadenza – Assessoria Musical (para eventos em geral).

JC – Como você se sente em relação ao sucesso e a notoriedade que o grupo vem ganhando ultimamente?

ML – Sinto-me grato à todas as pessoas que abraçam o VocaPampa e reconhecem o trabalho vocal a capella que é realizado, pois esta cultura ainda está em fase de crescimento no Brasil.

JC – Um dos diferenciais do grupo é a música tradicionalista. Como que você percebe essa questão no trabalho do VocaPampa?

ML – Por nós fazermos músicas nativistas e regionais do Rio Grande do Sul, isso acaba sendo um dos selos do VocaPampa. Embora a gente tenha canções de Natal, um show de Natal, canções de rock, pois já participamos de dois festivais de rock em Porto Alegre.

JC – O VocaPampa também anda por outros meios, mas o selo que traz a identidade do grupo e a música nativista e regional. O que acaba sendo um diferencial pela dificuldade de encontrar para grupos a cappella no Brasil, no Rio Grande do Sul, ou até mesmo, aqui em Santa Maria e que ainda faça esse estilo de música.

JC –Você sempre quis cantar desde criança? Como que surgiu a sua experiência musical?

Josemar Dias (tenor) Tudo surgiu de um desejo pessoal, muito ligado com a minha experiência musical desde os meus 10 anos de idade, na cidade. Pelas minhas oficinas de canto coral no colégio, que durou toda a minha adolescência até o terceiro ano do ensino médio, onde eu participei dessas oficinas. Então, meu contato com o grupo vocal aconteceu desde muito cedo.

JC – Como que surgiu a ideia de criar um grupo a cappella?

JM – Quando eu fui para Santa Maria,  consegui trabalhar com os CTGs para trocar nas invernadas que tem como uma das suas características o trabalho vocal muito forte, já que utiliza bastante da voz para construir a música que embala os sonhos dos dançarinos. A partir disso eu conheci a maioria dos integrantes por experiências de convívio em ambientes tradicionalistas. Eu tive a ideia de convidá-los a formar o grupo que, na verdade, era uma ideia antiga minha, pois eu já acompanhava outros grupos a capella. Na época nem tinha o YouTube. Então a ideia surgiu dessa influência. Nós todos somos oriundos da Universidade Federal de Santa Maria, do curso de Música, e a gente acabou de se conhecendo lá e também pelo trabalho que nós desenvolvemos em entidades tradicionalistas.

JC – O que é o canto a cappella?

Ediana Larruscain  (soprano) – A cappella é um termo italiano que significa você fazer música, sem usar nenhum instrumento musical. A voz seria o único instrumento musical, que não precisa comprar. Então, fazer um grupo a capella tem esse sentido, um grupo musical, que não utiliza nenhum tipo de instrumento, que não seja a voz.

JC – Por que fazer um grupo a cappella?

EL – Eu me identifico como cantora. Eu toco teclado, violão e outros instrumentos musicais, mas o meu instrumento principal é o canto. Então, eu sou meio suspeita de querer fazer um grupo a capella porque, às vezes, a profissão do cantor é solitária, e até mesmo carrega uma grande responsabilidade. Imagina juntar várias pessoas, que tem uma grande responsabilidade de fazer musical e querem fazer música junto, que estão cansados dessa solidão… o grupo a capella é perfeito para a gente se unir e fazer música, que é o que a gente gosta de fazer.

JC – Um dos diferenciais do grupo é a música tradicionalista. Como que você percebe essa questão no trabalho do VocaPampa?

EL – A música gaúcha é uma das principais características que chama a atenção para o nosso grupo. Se você procurar outros grupos a capellas tem alguns com beatbox, que geralmente nesses grupos mais modernos, e tem grupos vocais aqui do Rio Grande do Sul, que usam um repertório variado. Partindo da música gaúcha para o pop, nacional, internacional, samba. O VocaPampa foca na música gaúcha e esse é um grande diferencial do nosso grupo.

JC – Você sempre quis cantar desde criança? Quando surgiu o amor pela música?

Gabriel Zeppe ( contratenor) – Eu nasci em uma família de músicos, então sempre tive esse contato com a música. Fui estimulado desde berço a ter essa disponibilidade musical. Então foi muito bom para mim, e algumas coisas foram muito fáceis por ter essa pré-disponibilidade musical. Eu canto há um bom tempo em função de que minha mãe e minha irmã sempre cantaram, meu pai também sempre cantou um pouco e eu sempre estava junto, então esse contato desde novo estimula como qualquer outra forma de aprendizagem. Eu comecei a cantar desde muito pequeno e comecei a participar de festivais, até que comecei a fazer aulas canto, de técnica vocal, onde meu professor, que estudava música na UFSM, me apresentou o curso. Foi então que eu pensei que era isso o que eu queria fazer, foi paixão à primeira vista. A partir daí eu comecei a me dedicar e estudar para entrar no curso. Dentre os demais estudos que tinha de canto, tinha o coral e uma orquestra. Eu comecei cantando no coral do SESI Santa Rosa. Eu morava com meus pais em Porto Lucena e ia até Santa Rosa para ter uma aula por semana. Em 2016, eu entrei no curso de licenciatura em Música na UFSM. A partir daí, eu comecei a cantar no coro da UFSM e  onde conheci o Josemar e a Ediana, que também cantavam no coro. Em 2017, eles me convidaram para entrar no VocaPampa. Também foi uma paixão à primeira vista, pois fui muito bem recebido e hoje eles são uma família para mim.

JC – Quais projetos trabalhou antes de entrar no VocaPampa e quais possui agora fora do grupo?

GZ – Além de cantar no VocaPampa, eu estava dando aulas, antes da pandemia, na extensão de música que a UFSM oferece, de canto, de técnica vocal e de grupo vocal. Além disso, aulas de canto particulares.

JC – Como você se sente em relação ao sucesso e a notoriedade que o grupo vem ganhando ultimamente?

GZ – Feliz, é um trabalho minucioso. São vários detalhes que precisam ser estudados e precisam de muita atenção para fazer a coisa acontecer. Como todos estudamos música, temos uma bagagem e queremos colocar tudo no VocaPampa, no trabalho que a gente faz. Isso requer bastante estudo e conhecimento, porque além de tudo eu aprendo muito com meus colegas, e isso é notável nas nossas músicas, é possível notar que temos um trabalho muito rico, tanto musical como interpretacional, que nós tentamos fazer da melhor forma. Eu acho que o nosso sucesso é em função disso, de fazermos da melhor forma possível, porque tudo aquilo que se coloca amor, dedicação, um grupo, uma unidade trabalhando em prol daquilo, sempre vai ter sucesso.

JC – Quais os planos para o futuro do VocaPampa?

GZ – O que eu espero é que o VocaPampa siga colhendo os frutos que ele já plantou ao longo de todos esses anos. O que eu acho admirável no VocaPampa, é a união, a qualidade musical e a amizade entre todo mundo. É isso que rege nosso trabalho e faz com que a gente colha todas as coisas boas que acontecem conosco. É isso que eu espero, sucesso e muitas coisas boas que virão.

Por Allysson Marafiga, Gabriele Braga e Mariama Granez, acadêmicos de Jornalismo da UFN – Universidade Franciscana. Matéria produzida para a disciplina de Jornalismo Cultural, com a orientação do Professor Bebeto Badke. 

 

Grupo realizou apresentação ao vivo no YouTube, arrecadou recursos para hospital e vai repetir mais ações em junho. Foto: arquivo do grupo

A pandemia do novo Coronavírus provocou uma mudança na sociedade, inclusive na área artística. Shows e jantar-bailes foram cancelados para atender uma das principais medidas de prevenção da doença: não proporcionar aglomeração de pessoas. Este cenário fez com que a rotina do Grupo Tchê Chaleira, de São Sepé, ganhasse novo ritmo. Isto porque o Grupo se inseriu ainda mais nas redes sociais e vem estreitando relacionamento com fãs e simpatizantes.

Exemplo disso foi a live realizada no YouTube no dia 15 de abril. Até o início de junho, a transmissão obteve quase 300 mil visualizações no total. O engajamento também ocorre no Facebook, especialmente com postagens sobre curiosidades do Grupo, músicas que fazem sucesso e chamada para a segunda Live #chaleirou no dia 21 de junho.

Para saber mais sobre as apresentações, ações solidárias e detalhes do sucesso Tô bebendo demais, que possui mais de 27 milhões de visualizações somente no Youtube, confira a entrevista com Roger Wegner, baixista Tchê Chaleira. Além dele, o Grupo é formado por Igor Freitas, guitarra e voz; Rhudi Espínola, bateria e voz; Mário Junior, vocalista; João Baldessari, gaita e voz; Jeferson Solner, gaita e voz, e Anderson Wegner, manager (agente musical).

Pablo Milani e Eduardo Schneider: O grupo realizou uma live com mais de três horas de duração no dia 15 de abril, em São Sepé. Como foi essa experiência, sem o público no salão de shows?

Roger Wegner (TC): A experiência foi muito interessante, pois foi a primeira vez que fizemos uma transmissão ao vivo pelo YouTube. Mesmo sendo acostumados a nos apresentar para grandes públicos durante mais de 23 anos, como ainda não tínhamos feito esse modelo de show, ficamos muito nervosos. Estávamos apreensivos com tudo mesmo, desde se a conexão estava legal, se os comentários do público estavam sendo positivos e se o cenário estava bonito. Mesmo assim, ocorreu da melhor forma possível. Colhemos bons frutos dessa primeira experiência.

PM e ES: No dia 8 de maio, foi feita a entrega da doação arrecadada pela vaquinha online no dia da live. Os recursos foram entregues para o Hospital Santo Antônio de São Sepé. O que significou este gesto solidário e qual lição fica?

RW (TC): Para nós significou muito, pois pudemos ajudar o hospital da nossa cidade, que embora seja pequeno, é muito organizado, e atende de uma forma muito profissional toda a nossa população. Como residimos em São Sepé, tem mais valor ainda, porque dessa forma pudemos, por consequência, ajudar conhecimentos, amigos, e até quem não conhecemos mas que dividem o município com a gente.

PM e ES: Vocês tem postado vídeos no Facebook falando sobre diversos assuntos que envolvem o Tchê Chaleira. Como e quando surgiu esta ideia e qual o objetivo?

RW (TC): Foi a forma que achamos para interagir mais com o nosso público, que devido a parada, acabou se distanciando dos bailes, e por consequência, de nós mesmos. Surgiu logo depois da live, porque vimos que o público precisava de interação contínua conosco. Então buscamos variar assuntos para cada vez mais engajar mais seguidores em nossas redes sociais.

Grupo recebe placa do Youtube por atingir marca de 100 mil inscritos. Foto: reprodução

PM e ES: Vocês consideram, então, que as redes sociais são ferramentas importantes para manter o vínculo entre integrantes do grupo e  o público?

RW (TC): Com certeza, pois hoje as redes sociais são a nossa TV aberta, a nossa rádio, não substituindo esses veículos de suma importância em qualquer carreira, mas servem como meio de expor aos olhos de todos de uma forma mais barata e justa.

PM e ES: A presença de vocês nas redes sociais já existia ou foi alternativa encontrada devido a pandemia do novo Coronavírus?

RW (TC): Sempre usamos as redes sociais para isso, porém como a live no YouTube foi a primeira vez. A live serviu para nos mostrar que é mais uma ótima ferramenta de divulgação do nosso trabalho.

PM e ES: Uma das principais fontes de renda de um grupo musical é o show. Com o cancelamento deste tipo de prática artística, ainda com prazo indefinido, como vocês planejam o futuro?

RW (TC): Planejamento em si é bem difícil de fazer porque não sabemos quando voltará tudo ao normal. Seguimos trabalhando em novas músicas e novos clipes para lançarmos quando tudo voltar.

PM e ES: Vocês pretendem fazer alguma música que reflita sobre a pandemia?

RW (TC): De momento ainda não surgiu.

PM e ES: Se porventura o cancelamento de shows ainda persistir por mais tempo em virtude da pandemia, o grupo pretende realizar outras lives para se aproximar dos fãs e ao mesmo tempo ajudar aos necessitados?

RW (TC): Com certeza. Teremos  no dia 21 de junho, em nosso canal do YouTube, que tem como beneficente o Lar das Vovozinhas de Santa Maria. Na oportunidade, iremos fazer a festa anual que o pessoal sempre organiza em junho para ajudar as vovozinhas, porém a festa será por nossa conta online. Quem quiser doar é só assistir a live e fazer a sua parte através do QR Code que estará disponível, bem como, um telefone para doações diretas. (N.R.: a entrevista foi realizada no final de maio)

 Do sul para o Brasil: Tô Bebendo Demais é sucesso no país

[youtube_sc url=”https://www.youtube.com/watch?v=lojT9f9JeNs”]

Indo além de questões relacionadas a pandemia do novo Coronavírus, é impossível não perguntar sobre a música Tô Bebendo Demais, que possui mais de 27 milhões de visualizações somente no YouTube. Se acrescentar Facebook e Spotify, o número é de quase 38 milhões.

PM e ES: Como vocês destacam o sucesso dessa música na trajetória do grupo?

RW (TC): Foi o maior sucesso da história do Tchê Chaleira sem sombra de dúvidas. Nos elevou a um patamar muito alto, proporcionando ao Grupo espaços e conquistas inimagináveis. Através desse sucesso participamos de programas em rede nacional, como Programa do Ratinho e Raul Gil, além de ser a primeira banda do sul a alcançar a marca de 100 mil inscritos no Youtube, recebendo assim, a placa de premiação por esse número alcançado. Com tudo isso, a Tô Bebendo Demais foi um marco, não só para o Tchê Chaleira mas para toda a música do sul, pois ela ficou em primeiro lugar no nosso estilo durante dois anos e meio nas rádios de todo o sul, em um mercado que não dava espaço para as músicas de bandas, e sim para o estilo sertanejo. Então acredito que esse foi o feito que a Tô Bebendo Demais fez em prol de toda música do sul.

PM e ES: Por fim, quais são as referências ou influências do grupo?

RW (TC): Todas as bandas, inclusive algumas que não são do nosso estilo. Fica difícil citar uma ou cinco, pois sempre buscamos admirar os mais variados estilos para formar o nosso.

Por Pablo Milani e Eduardo Schneider, acadêmicos do curso de Jornalismo da UFN.  Matéria produzida para a disciplina de Jornalismo Cultural, orientada pelo professor Carlos Alberto Badke.

 

Divulgação UniArtes Foto: Facebook

Durante a tarde de sábado, 19, integrantes da comunidade acadêmica e de Santa Maria terão como opção para o final de semana a última edição do UniArtes. O evento acontecerá das 14h as 17h, no hall do prédio 15 do Conjunto III da Universidade Franciscana (UFN). Desta vez, as atividades serão em comemoração ao mês das crianças e a São Francisco, com a benção dos animais e variadas atrações para os pequenos.

O evento, que tem como objetivo promover lazer e momento de encontro entre acadêmicos e egressos, funcionários e a comunidade santa-mariense, terá música, artesanato e espaços de alimentação. Durante a tarde ainda haverá apresentação do grupo germânico Immer Lustig, a Brinquedoteca e o Cientista Aprendiz Kids destinado às crianças e a presença do projeto [Com] Vida que irá realizar uma exposição fotográfica do bairro Rosário.

Confira a programação:

14h – Abertura e Momento de Espiritualidade conduzida pela Pastoral Universitária
14h30 – Apresentação do grupo Musencanto
15h – Oficina de Slime
15h30 – Apresentação do grupo de folclore germânico Immer Lustig
16h – Apresentação Musical com o acadêmico do Curso de Letras, Maico Rosa

Além das atividades que estão programadas, será realizada a benção dos animais e uma oficina de desenho e construção de mapas mentais. O evento é gratuito e aberto a todos.

Foram selecionadas 4 das 75 músicas inscritas. Foto: Imagem de Ryan McGuire por Pixabay

Depois de lançar uma chamada para selecionar  músicos e/ou bandas para a produção de um videoclipe, a turma da disciplina de Produção Audiovisual II do curso de Publicidade e Propaganda da Universidade Franciscana (UFN) teve a difícil tarefa de selecionar 4 das 75 músicas inscritas.

As inscrições contemplaram 16 gêneros e subgêneros musicais, sendo que os com maior número de inscritos foram o rap (12), o rock (9), trap (7) e pop (6). João Paulo Antunes, um dos alunos da turma, comenta que quando decidiram fazer o formulário, não havia muita expectativa de inscritos. O resultado impressionou!

“A seleção foi divertida por ver o quanto de diversidade e pluralidade existe em nossa cidade, mas, acima de tudo, enriquecedora. Ver novos estilos, gêneros e artistas é sempre bom e oxigena o que pensamos sobre onde moramos. No fim, escolher alguém é saber que estaremos dando uma grande ajuda para um artista local e que ambos vão ser recompensados de alguma forma”, cometa ele. Sabrina Bianchi Soares frisou que a maioria dos inscritos eram desconhecidos da turma: “é muito legal perceber que Santa Maria, sim, possui grandes músicos que na maioria não são conhecidos”.

Além do número de inscritos, a variedade de composições e de estilos dificultou a seleção. Para João, “vários artistas têm um conteúdo muito bacana e que merecia ter uma história contada e ilustrada em clipe ou então algo que pudesse mostrar a essência do som que fazem”. Contudo, como a disciplina possui 14 estudantes, foram selecionadas 4 músicas que são:

Sete Mares, da banda Arteja – gênero pop rock

Look Around , de Rafa Recchia – gênero hiphop/rap

Trip, de Juca – gênero trap/rap

Velhos discos, da banda Nevoero – gênero blues rock

Agora, os próximos passos são contatar os artistas e fazer os roteiros. “Espero que saia um trabalho que possa fazer diferença na estrada profissional do músico ou da banda e que possamos aprender juntos durante o processo”, empolga-se Sabrina.

A proposta audiovisual será inteiramente elaborada e executada pelos alunos durante o mês de outubro, sob orientação da professora Neli Mombelli e com suporte Alexsandro Pedrollo, diretor de fotografia da instituição.

Cantor Marcelo Demichelli apresentando seus covers no Calçadão. Foto: Allysson Marafiga

O Calçadão de Santa Maria serve como palco para muitos artistas que olharam para o local como oportunidade de reconhecimento. É o caso de Marcelo Demichelli, de 38 anos, que em novembro completará 5 anos cantando no centro da cidade.  Ele conta que faz shows instrumentais em festivais de rock, formaturas e casamentos, mas, no dia-a-dia, escolhe um repertório variado de músicas populares que tem grande reconhecimento do público adulto. “Valorizar quem faça músicas autorais e músicas com conteúdo, não só com ritmo dançante, faz um pouco de falta para que o artista ganhe reconhecimento regional e nacional”, comenta Marcelo, que consegue viver da música.

Uma outra face da música na cidade ganha destaque com artistas que estão investindo no seu trabalho autoral por meio da internet. Um exemplo é o estudante de Publicidade e Propaganda Eduardo Agostta, de 20 anos, que já possui três músicas na plataforma Spotify e pretende fazer mais um lançamento no final de setembro.

Veja abaixo o relato do cantor Eduardo Agostta sobre o início de sua carreira e o mercado musical da cidade.

Matéria produzida por Gabriela Flores Neto, na disciplina de Produção da Notícia do curso de Jornalismo da UFN.