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Brique da Vila Belga realiza edição especial de primavera

O Brique da Vila Belga teve edição no domingo 21 de outubro. Alusivo ao início da primavera e, também, ao encerramento do mês da diversidade. Segundo Carlos Alberto da Cunha Flores, também chamado de Kalu, 66 anos, professor

Exposição fotográfica acontecerá no fim de semana

Nos dias 8 e 9 de outubro, no fim de semana, acontecerá a exposição fotográfica Jardim dos Sonhos, no Royal Plaza Shopping.  O evento será organizado pelos alunos de Publicidade e Propaganda da Unifra em parceria com o

Primavera será chuvosa em Santa Maria

A primavera começou com intensas chuvas em Santa Maria. Segundo previsões, o clima ameno e chuvoso permanecerá até o mês de novembro por conta do fenômeno El Niño. De acordo com a professora de meteorologia da Universidade

Flores e áreas verdes são questões de infraestrutura municipal

A estudante Caroline Welter, 20 anos, sempre mantém no seu apartamento um pequeno jardim de temperos e flores, mas esse hábito não tem a ver somente com a beleza das plantas. Caroline é cuidadosa no cultivo, adora

Primavera: a estação das “ites”. Saiba como se precaver.

Iniciou nesta segunda-feira a estação considerada a mais bonita do ano. Mas para quem é alérgico e têm problemas respiratórios, a primavera pode ser considerada a estação mais chata e prejudicial à saúde. Com essa mudança

Mudança de temperatura é assunto nas ruas

O dia começou bonito e fresquinho em Santa Maria. A temperatura chegou aos 13ºC na manhã desta segunda-feira, 4 de novembro, e à tarde, atingiu os 25ºC. Em outubro, os santa-marienses já haviam se despedido do

A primavera que balança com o comércio

A primavera iniciou com os termômetros brigando entre calor e frio e a população de Santa Maria ficou indecisa entre sair com um casaco debaixo dos braços ou uma toalha para secar-se do calor exaustivo que

A primavera veio mais cedo

Mas ‘’nem tudo são flores’’. A primavera traz consigo, além das belas paisagens, algumas doenças típicas dessa época do ano que causam muitos problemas à saúde. Devido ao pólen que se desprende das flores, muitas pessoas apresentam

A primavera é conhecida como a transição entre os períodos seco e chuvoso no Hemisfério Sul
Imagem: Getty Images

A primavera de 2024 teve início no Hemisfério Sul no dia 22 de setembro, após um inverno com pouca chuva no Sul do Brasil e variações significativas de temperatura, além de queimadas por todo o país. Essa estação, que se estende até 21 de dezembro, é marcada pela transição entre os períodos seco e chuvoso.

Durante a estação, o Brasil deve enfrentar ondas intensas de calor, especialmente no Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste, onde as temperaturas podem ultrapassar a média histórica, trazendo riscos para a saúde pública e para a agricultura. 

Embora, de maneira geral, as chuvas comecem a retornar gradualmente em outubro no país, elas não serão suficientes para eliminar de forma integral os efeitos da seca, particularmente nas fases iniciais do plantio de soja e milho. A evaporação elevada pode agravar os problemas agrícolas nessas regiões.

De acordo como Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o La Niña, fenômeno geográfico que consiste na diminuição da temperatura da superfície das águas do Oceano Pacífico Equatorial, será um fator chave na ocorrência de calor extremo. Com a expectativa de se manifestar até março de 2025, o La Niña irá implicar alterações significativas nos padrões de chuva, resultando em chuvas torrenciais em algumas áreas e secas extremas em outras. Esse cenário surge logo após um dos mais graves episódios de El Niño, fênomeno que se caracteriza pelo aquecimento anormal do Oceano Pacífico Equatorial (efeito reverso do La Niña), e que atingiu mais de 60 milhões de pessoas entre 2023 e 2024.

Segundo o meteorologista da Universidade Federal de Santa Maria, Daniel Caetano, o fenômeno La Niña, tem grande influência sobre o regime de chuvas de grande parte da América do Sul. Ao mesmo tempo em que no Rio Grande do Sul o El Niño gera chuvas acima da média, na região amazônica e central do Brasil as chuvas costumam ficar abaixo da média, afinal nessas regiões há um regime de chuvas bem definido, com estações seca e chuvosa, porém durante o último verão (estação chuvosa), em função da presença do El Niño, as chuvas ficaram bem abaixo do normal e agora no inverno (estação seca) permaneceu seco. Portanto, essa condição prolongada de tempo seco fez com que a vegetação ficasse mais propensa às queimadas.

A Região Norte, sobretudo o sul da Amazônia, atravessará um período marcado pela combinação de calor e baixa umidade, fator que tende a intensificar o fenômeno das queimadas, com outubro sendo o mês mais crítico. Por mais que algumas áreas e estados da região, como o sudoeste do Amazonas, o Acre e Roraima, possam receber volumes de chuvas dentro ou acima da média, ainda estão suscetíveis aos riscos relacionados ao calor prolongado.

Já no Nordeste, os estados que mais devem sofrer os efeitos do fim da estação chuvosa são Piauí e Maranhão, com alto risco de ondas de calor. Entretanto, o sudeste da Bahia deve registrar chuvas mais próximas da média, fator que colabora para amenizar a situação no local.

A Região Sul, por sua vez, terá um regime de chuvas irregular. Paraná e Santa Catarina devem ter precipitações abaixo da média, o que pode comprometer a agricultura. Por outro lado, o Rio Grande do Sul irá passar por chuvas mais regulares, aspecto que favorecerá o processo de desenvolvimento biológico das plantações. No entanto, a chegada de ondas de calor em dezembro pode ameaçar a umidade do solo e impactar a safra agrícola.

Variação de chuva e temperatura em relação à média histórica da estação
Imagem: Instituto Nacional de Meteorologia (INMET)

O Brique da Vila Belga teve edição no domingo 21 de outubro. Alusivo ao início da primavera e, também, ao encerramento do mês da diversidade.

Edição do Brique da Vila Belga lembrou o início da primavera o fim do mês da diversidade

Segundo Carlos Alberto da Cunha Flores, também chamado de Kalu, 66 anos, professor aposentado, origamista e um dos organizadores do Brique, a ideia de cria-lo surgiu através de duas moradoras da Vila Belga que manifestaram interesse em expor seus produtos. Elas conversaram com Kalu que sugeriu criar um evento maior. Assim nasceu o Brique da Vila Belga. A partir de um grupo de 16 moradores que, então, formaram uma associação.
Kalu afirma que eles sempre têm bom público e, em geral, as pessoas cativas frequentam sempre o Brique. Ele destaca que a importância do Brique para a cidade é que, além de ser uma área de lazer, de passeio, de entretenimento, é possível fazer, também, uma atividade que gera renda para algumas pessoas que produzem arte, cultura e culinária. O Brique é uma forma de valorizar o patrimônio histórico que não tinha nenhuma atração. Hoje o Brique da Vila Belga serve como ponto de encontro com o passado, entre amigos e vizinhos e das pessoas que passam naquele local.
O Brique atrai muitas pessoas que visitam e expõem os seus produtos. A artesã e também professora Amália Nunes Pinheiro, de 44 anos conta que está expondo no Brique porque lá é um excelente lugar para divulgar seu  trabalho. ‘’O Brique é uma família’’ diz. Ela expõe em outras feiras também, no Pátio Rural e quando tem feiras em outras cidades, às vezes vai também.
O visitante Carlos Augusto Machado, comerciante de 60 anos, acredita que o Brique poderia ser um pouco melhor pelo potencial que tem a cidade e trazer novidades, para não cair na mesmice. Ele criticou a pouca quantidade de artesanato comparada à alimentação e comentou que isso pode ser um problema também de falta de apoio do poder público. Carlos vem no Brique porque Santa Maria tem poucas opções de lazer em geral e gosta de passear com a filha de 4 anos.

Texto e foto: Bárbara Canha

Produzido para a disciplina de Jornalismo I sob a supervisão da professora Sione Gomes

Nos dias 8 e 9 de outubro, no fim de semana, acontecerá a exposição fotográfica Jardim dos Sonhos, no Royal Plaza Shopping.  O evento será organizado pelos alunos de Publicidade e Propaganda da Unifra em parceria com o Lar Vila das Flores.

Capturar
Imagem de divulgação do Projeto. Foto: divulgação.

Jardim dos Sonhos faz parte do Projeto Primavera. O Projeto visa conscientizar a população santa-mariense sobre a importância do trabalho realizado pelo Lar Vila das Flores. Além da exposição fotográfica, durante os meses de outubro e novembro o Projeto realizará outras ações para promover a visibilidade do Lar. Distribuições de balões e sementes serão algumas das ações realizadas. O Lar Vila das Flores atua há 15 anos em Santa Maria e se mantem através de doações e trabalho voluntário. Atende hoje cerca de 80 crianças e adolescentes, de até 16 anos.

As fotografias expostas contam os sonhos das crianças que o Lar ajuda. Também terá a possibilidade do público conhecer um pouco mais sobre as crianças e sobre a instituição.

 

(Foto: Helena Moura/ Laboratório Fotografia e Memória)
Céu encoberto em Santa Maria deixará o clima mais ameno segundo meteorologista. (Foto: Helena Moura/ Laboratório Fotografia e Memória)

A primavera começou com intensas chuvas em Santa Maria. Segundo previsões, o clima ameno e chuvoso permanecerá até o mês de novembro por conta do fenômeno El Niño.

De acordo com a professora de meteorologia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Simone Ferraz, as chuvas desse período são causadas pelo impacto do fenômeno conhecido com El Niño. “No Rio Grande do Sul, os volumes de chuva são mais ou menos iguais, em torno de 110 a 150 mm todos os meses. Só que esse ano, temos o evento El Niño ocorrendo e um de seus impactos é o excesso de chuva no estado”, afirma a professora.

As chuvas afetarão o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e sul do Paraná. “Em anos que ocorre o El Niño se tem mais chuva que o normal na parte da região central do estado para cima. Às vezes acontece que no sul do estado não está chovendo muito, porque lá o impacto não é tão forte”, completa Simone.

As temperaturas durante a primavera serão amenas por conta das chuvas, segundo a professora. Os dias não terão grande amplitude térmica, pois os estarão encobertos por nuvens. “Quando a gente tem El Niño, se tem mais cobertura de nuvens, assim fica abafado porque está chovendo, mas não fica tão quente”, complementa a meteorologista.

Entenda o fenômeno

O El Niño é um fenômeno climático que ocorre devido ao aquecimento das águas do oceano Pacífico. Ele ocorre em média de quatro em quatro anos. “A água quente fica mais perto da Austrália do que da América do Sul, só que quando tem El Niño, o vento que empurra essas águas, que é bem na superfície, enfraque e a água se espalha por toda a região chegando até a costa do Peru”, informa Simone. Na região que se encontram as águas mais quentes, a evaporação ocorre mais rápido, levando a formação de nuvens.

Embora não haja um consenso entre meteorologistas sobre o motivo do fenômeno, suas consequências já são bem conhecidas, como a seca no norte e as forte chuvas ao sul do Brasil. É possível prever cerca de quatro meses antes do impacto do El Niño chegar ao país, segundo a professora.

A estudante Caroline Welter, 20 anos, sempre mantém no seu apartamento um pequeno jardim de temperos e flores, mas esse hábito não tem a ver somente com a beleza das plantas. Caroline é cuidadosa no cultivo, adora se dedicar  e conta que sempre cuida e mexe a terra quando necessário, atentando para diferenças entre as espécies e a quantidade de água que cada uma deve receber. Para Caroline, o contato com a natureza, mesmo que restrito à sacada do apartamento, é fundamental para seu cotidiano.

Já o professor José Renato Ferraz da Silveira, 35 anos, foi desde criança incentivado pelos pais a amar os animais e as plantas. Ele sempre ajudava a mãe a regar e cuidar das mesmas. “Agora que vivo sozinho em Santa Maria, gosto de comprar flores para decorar o apartamento, atrair boas vibrações e afastar más energias. Elas me transmitem muita serenidade”, comenta.

Plantas no ambientes domésticos

Para a arquiteta Adriana Pereira Santana, 39 anos, mesmo em ambientes internos é melhor optar por plantas nativas, que adaptam-se melhor ao clima, para só depois serem desenvolvidos outros conceitos mais estéticos, como volume, texturas, cores. É necessário avaliar nos projetos, também, questões que envolvem os cuidados com a planta, como ventilação, a quantidade de luz que deve receber e etc.

“As plantas podem ser utilizadas, além da ornamentação, como recursos para amenizar insolação ou propagação de luz”, sugere Adriana. Mas isso, no entanto, nem sempre é fácil. Dependendo do tamanho da planta e de suas necessidades, é necessário levar em conta questões técnicas e avaliar se as edificações estão preparadas para o cultivo.

Além disso, é necessária atenção redobrada para os espaços onde serão utilizadas. Adriana explica que não é recomendável o uso de plantas na ornamentação de quartos, justamente por ser um ambiente que fica fechado enquanto as plantas fazem trocas de ar durante a noite. Isso pode prejudicar a qualidade do ar durante o sono. Quem tem crianças ou bichos de estimação em casa também deve estar atento ao acesso a determinados tipos de plantas, que podem ser tóxicas ou conter espinhos, por exemplo.

ALGUMAS FLORES PARA CULTIVAR EM CASA

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As fotos são colaboração de Carlos Donaduzzi

INFRAESTRUTURA URBANA

O paisagismo vai muito além dos espaços de convivência em condomínios e na ornamentação de casas e apartamentos. Para a arquiteta Adriana, ele faz parte do esquema da ambientação urbana, não se delimitando a questão do embelezamento dos espaços da cidade. A vegetação no espaço urbano traz diversos benefícios, como controle térmico e até mesmo barreiras acústicas. “É possível criar microclimas em regiões somente com vegetação”, comenta. Segundo a arquiteta, pensar a vegetação e o paisagismo também deveriam ser considerados uma questão de infraestrutura.

O que se vê, no entanto, são que os índices de aproveitamento máximo do terreno acabam não privilegiando essa dimensão da habitação, aponta a arquiteta. Um terreno que antes abrigava uma casa e atendia a uma família costuma ser substituído por prédios que passam a abrigar diversas famílias.

Ainda que existam praças e parques na cidade de Santa Maria, espaços como o Parque Itaimbé não são suficientes para desempenhar um papel climático na região central da cidade, onde dominam essas edificações.

ÁREAS VERDES EM SANTA MARIA

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Principais espaços verdes de convivência na área central de Santa Maria. Mapeamento desenvolvido com auxílio do Google Maps.

Para o professor José Silveira, o espaço urbano em Santa Maria é carente em sua relação com a natureza. “Construímos cada vez mais espaços cinzentos e frios. Poucas árvores, poucos parques e praças com flores. Acredito que é um momento importante de repensar o espaço urbano tanto no que tange a mobilidade quantos às áreas de lazer e de convivência”, conta.

Por outro lado, a estudante Caroline Welter considera os espaços bem pensados, os quais fazem muito bem para a qualidade da região onde mora. “Moro perto do Parque da Medianeira, e é ótimo ficar lá”, comenta. Caroline conta que antes de morar em Santa Maria, quando morava no Rio de Janeiro, não tinha esse hábito, pois apesar de existirem parques grandes, como o Parque Lage e o Jardim Botânico, eles eram bem distantes dos espaços urbanos e áreas de convivência.

A identificação da comunidade com os projetos urbanos é um dos aspectos salientados pela arquiteta. “Muitas vezes são soluções simples ao invés de obras complexas”, aponta. As necessidades dos moradores têm que ser valorizadas, o que faz com que seja necessário, muitas vezes, zonear as cidades, de acordo com regiões, perfil dos moradores, etc. “Não adianta ter um grande parque na cidade se ele for distante e de difícil acesso, não atenderia toda população”, conclui Adriana.

Por Ana Luiza Vedovato, para a disciplina de Jornalismo Online

Iniciou nesta segunda-feira a estação considerada a mais bonita do ano. Mas para quem é alérgico e têm problemas respiratórios, a primavera pode ser considerada a estação mais chata e prejudicial à saúde. Com essa mudança de temperatura as doenças começam a surgir, algumas relacionadas com o clima e outras com o desabrochar e a polinização das flores. As doenças mais comuns nessa época são rinites, bronquites, asma, conjuntivite alérgica, entre outras. Cerca de 20% da população sofre com alergias. 

Espirros são frequentes nessa época do ano. Foto: Reprodução

Segundo a infectologista Helen Minussi Cezimbra, o pólen das flores pelo ar aumenta as chances de crises alérgicas, por isso é melhor evitar plantas com flores dentro de casa. Elas são resultado da hipersensibilidade do organismo quando se depara com agentes que provocam uma crise de doença alérgica. Os sintomas das duas principais doenças causadas nessa época do ano são a rinite alérgica, que provoca coceira no nariz, ouvidos, olhos e céu da boca, além de espirros, coriza e narinas obstruídas.

No caso da asma, a pessoa poderá ter tosse seca, falta de ar, dor e chiado no peito. A estudante Mariana Castro, 21 anos, tem conjuntivite e disse que a doença se manifesta devido as substancias irritantes no ar. “Sinto coceira nos olhos, vermelhidão e sensibilidade à luz. É horrível”, comenta.

Separamos algumas dicas para que a primavera não seja lembrada como a “estação das doenças”, e sim, pelas belas imagens e alegria que ela transmite. Confira as dicas para precaver essas doenças:

  • Não beba e nem deixe que as crianças bebam água da torneira;
  • Lave muito bem os alimentos antes de ingeri-los;
  • Não coma comidas preparadas há muito tempo e que tenham ficado expostas em condições inadequadas;
  • Lave muito bem as mãos antes de comer e ao sair do banheiro;
  • Evite ambientes fechados e cheios de poeira;
  • Forre colchão e travesseiro com capa impermeável;
  • Retire tapetes e carpetes da casa, principalmente do quarto do paciente;
  • Mantenha sempre a casa arejada e ensolarada;
  • Não fume dentro de casa.

Para obter mais informações sobre as doenças causadas na primavera, acesse: paraquenaolhefalteoar.com

[youtube_sc url=”http://www.youtube.com/watch?v=7hhu_vaYteY” title=”Doenças%20Alérgicas:%20Pessoas%20com%20Alergias%20sofrem%20mais%20com%20a%20Primavera%20-%20Matéria%20Cidade%20Notícias”]

Por Carolina Busatto Teixeira, para a disciplina de Jornalismo Online

Dia lindo de primavera em Santa Maria. Foto: Gabriel Haesbaert

O dia começou bonito e fresquinho em Santa Maria. A temperatura chegou aos 13ºC na manhã desta segunda-feira, 4 de novembro, e à tarde, atingiu os 25ºC. Em outubro, os santa-marienses já haviam se despedido do inverno ao notar altas temperaturas registradas nos termômetros da cidade, mas o clima instável da primavera os fez puxar novamente casacos e mangas compridas para fora do guarda-roupa.

O clima fresco que fez hoje pela manhã, na verdade, foi uma frente fria que passou pela região e avança para o litoral dos estados do Paraná e de São Paulo, e irá provocar pancadas de chuva nessas regiões.

Opiniões diferentes sobre o clima

A estudante Ana Paula y Castro, de 18 anos, não está satisfeita com a estação. “Não estou gostando das mudanças repentinas de temperatura. A gente não consegue organizar o guarda-roupa conforme o clima da primavera. É chuvoso e frio de manhã, e quente à tarde. Ficamos no efeito “cebola”, “se descascando” durante o dia”, desabafa.

Já a secretária Carla Silveira, 22 anos, e a estudante Michelli Taborda, 19 anos, estão contentes com o clima. “Gosto do clima friozinho, mas acredito que o calor já esteja chegando. Ainda bem que têm pancadas de chuvas que diminuem, por instantes, o mormaço”, declarou Carla, sobre as intempéries da primavera. Michelli comentou que a temperatura dessa segunda-feira poderia permanecer durante o restante do verão, pois considera desgastante o calor da próxima estação.

Boca do Monte está colorida na estação das flores. Foto: Victória Papalia

Para o taxista Derli Fernandes Silva, de 57 anos, o clima está diferente do que era há 20 anos. “As estações mudaram muito. Está tudo desregulado. Não há mais primavera e nem outono. As estações se misturaram. Nem o verãozinho de maio nós temos mais. E acredito que a crise de temperatura só vá aumentar”, afirmou.

Previsão para os próximos meses

Segundo o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), as temperaturas aumentam gradativamente na Região Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. As máximas poderão atingir valores muito elevados em função da forte radiação solar e da maior frequência de dias com céu claro. Contudo, ainda podem ocorrer incursões de massas de ar frio intensas, o que causa as mudanças drásticas no clima.

A previsão para os meses de novembro, dezembro e janeiro é em torno da normal climatológica. Haverá maior probabilidade de chuva na categoria abaixo da faixa normal no oeste da Região e acima da normal numa faixa entre o leste de Santa Catarina e o nordeste do Rio Grande do Sul.

Fontes: CPTEC; ClicRBS; Climatempo.

Fonte: Último segundo iG.

Algumas lojas de roupas aproveitaram para fazer liquidações. (Arquivo Pessoal)

A primavera iniciou com os termômetros brigando entre calor e frio e a população de Santa Maria ficou indecisa entre sair com um casaco debaixo dos braços ou uma toalha para secar-se do calor exaustivo que nos cerca. Os lojistas de eletrodomésticos e vestuário também ficaram em duvidas, quais as melhores estratégias de negócios?

A operadora de caixa de uma loja de roupas, Audeci, 45 anos, assegura que isso não se torna um problema para as lojas que mantêm um estoque com diferentes tipos de roupa, “nós fazemos liquidações e mantemos também um bom estoque de verão/inverno, talvez por isso não sejamos prejudicados pelas mudanças no clima”.

Em uma loja de eletrodomésticos no centro de Santa Maria os piores meses de venda são os de fevereiro e setembro, mas não em relação às mudanças climáticas. O subgerente Alexandre, 37, que tem mais de dez anos de experiência neste ramo confirma que “o clima não nos prejudica, o que nos afeta as vendas são alguns meses como o do carnaval que fazem nossas vendas despencarem. Além disso, outros produtos e eletroeletrônicos tendem a compensar economicamente a instabilidade do clima.

Sempre é bom dar uma olhadinha no jornal, na internet ou escutar o rádio para saber como anda o tempo e com o que se vestir nesta primavera, conta a doméstica Deise Silveira, 56 anos que revela andar com um casaquinho embaixo dos braços todos os dias. Com calor ou frio, andar sempre com um guarda-chuva ou uma peça de roupa diferente é a melhor maneira de se prevenir das surpresas que a primavera ainda pode proporcionar.

Por Kauê Flores

Foto: Pedro Henrique Pellegrini

Mas ‘’nem tudo são flores’’. A primavera traz consigo, além das belas paisagens, algumas doenças típicas dessa época do ano que causam muitos problemas à saúde. Devido ao pólen que se desprende das flores, muitas pessoas apresentam rinite alérgica. Coriza, espirro, coceira no nariz e sintomas de resfriado caracterizam a alergia. A poluição do ar agrava ainda mais os sintomas da doença. Casos de catapora e conjuntivite também costumam acontecer neste período do ano. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (0MS), de 10 a 20% da população mundial sofre de rinite alérgica na primavera.

Além dos transtornos à saúde, as doenças da primavera causam prejuízo no bolso. A procura por remédios para rinite e alergias teve um aumento de 40 % nas últimas semanas aqui em Santa Maria, segundo a farmacêutica Silvana Stefanelo. 

A primavera começa oficialmente dia 22 de setembro, confira algumas dicas do Ministério da Saúde que podem evitar o surgimento de alergias.

– Usar sabão neutro para lavar roupas e lençóis; 
– Manter o quarto arejado e limpo;
– Guardar brinquedos de pelúcia ou envolvê-los em plásticos transparentes;
– Limpe a casa com pano úmido;
– Elimine tapetes e carpetes da casa;
– Deixe o sol entrar em casa para eliminar os ácaros;
– Mantenha sempre as mãos limpas, evitando contato com os olhos.