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Administração pública

Nova lei municipal visa combater a violência às mulheres

Estão sendo fixadas placas informativas do serviço Disque Denúncia 180 nos sanitários femininos de bares, restaurantes, casas noturnas, casas de espetáculos e afins nos estabelecimentos de Santa Maria. Essa iniciativa foi aprovada em dezembro como lei

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A 3ª edição da Calourada contou com várias mudanças em relação ao ano passado. Uma delas foi o recolhimento de materiais recicláveis, feito diariamente por voluntários, durante a festa. Na sexta-feira, 15, na manhã seguinte após a última noite do evento, funcionários da prefeitura fizeram a limpeza da Gare e todo o material recolhido foi para a Central de Tratamento de Resíduos da Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR), no distrito de Boca do Monte.

De acordo com o coordenador da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos, Juliano Dalcol, a quantidade de resíduos coletados nesta edição da Calourada representa uma redução de aproximadamente 40%, quando comparado com a festa realizada no último inverno. Realizada de 7 a 10 de agosto, em 2023, o evento totalizou aproximadamente 5 toneladas de resíduos.

Segundo Juliano houve uma redução do volume de resíduos, inclusive com uma maior procura por copos ecológicos pelo público, muitos com seus próprios copos e canecas, evitando o uso de copo plástico. Também houve uma contribuição importante dos recicladores autônomos, catadores e voluntários, que fizeram a coleta e separação dos materiais recicláveis.

Cerca de 30 mil pessoas passaram pela Gare.

Além disso, a festa de 2024 teve programação estendida e passou de quatro dias, nas outras duas edições, para seis dias. No entanto, embora muitas pessoas tenham aproveitado, cerca de 30 mil pessoas estiveram presentes na última edição, contra mais de 60 mil em março de 2023 e 43 mil em agosto de 2023. Ou seja, diminuiu o número de pessoas circulando na Calourada.

O acesso ao evento foi gratuito e a estrutura incluiu área coberta e diversos pontos de venda de bebidas e lanches. Os shows ocorreram até a meia-noite, a comercialização de produtos na praça de alimentação foi encerrada à 1h, e a dispersão do público ocorreu até as 2h. Em função do evento, equipes trabalharam pelo restabelecimento total da iluminação pública da Avenida Rio Branco, possibilitando maior segurança do público para a chegada e saída do local.

Imagens e informações: Prefeitura de Santa Maria

Não é a primeira tentativa de fiscalização de consumo do álcool que há na cidade. Imagem: Pixabay

Aprovada em dezembro de 2022, a Lei do Sossego Público começa a penalizar seus infratores na segunda quinzena deste mês. O projeto proíbe o consumo de bebidas alcoólicas em vias públicas entre 00h e 7h. Além disso, também será combatido o som alto proveniente de carros parados, estacionados ou em movimento no mesmo horário.

Proposta pelo vereador Getúlio de Vargas e sancionada pelo, então, prefeito em exercício Rodrigo Decimo, a lei teve seus seis primeiros meses focados na realização de rondas e conscientização do público. A principal questão no momento é se haverá fiscalização ou não. Segundo Cássio Lemos, sócio coproprietário do bar Gárgula, a falta de fiscalização pode fazer com que a nova legislação não tenha tanto impacto direto.

Já Marcel Jacques, também sócio coproprietário do Gárgula, acredita que a vizinhança destas distribuidoras terão seu sossego garantido, entretanto, o comércio de distribuição de bebidas será impactado negativamente. “Para os bares e casas noturnas, acredito que não tenha maiores impactos, tendo em vista que o consumo interno é maior por estes lugares oferecerem determinados confortos, como música ambiente e bancos com mesas. A única medida que evitará com que estes locais sejam penalizados é fiscalizando melhor quem sai com bebida, deixando os clientes cientes de que agora há esta lei. Além disso, fazer com que os estabelecimentos fechados, como bares e casas noturnas, invistam em comodidade e entretenimento para que os clientes não queiram ficar pelas ruas”, afirma. Marcel também destaca que o Gárgula já adotou há muito tempo a medida de não deixar os clientes beberem na frente do bar.

A restrição do consumo de álcool em áreas comuns já é um tema debatido há muito tempo. Em junho de 2015 foi realizada uma audiência pública na Câmara dos Vereadores para discutir a proibição em praças. Em junho de 2020, durante o período pandêmico, o decreto nº 93 proibiu o consumo em locais públicos e lojas de conveniência entre 20h e 8h.

No ano de 2002, foi decretado o fechamento de bares e restringida a venda de bebidas alcoólicas em postos e outros estabelecimentos a partir das 23h, na cidade de Diadema, no estado de São Paulo. Segundo levantamentos realizados pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas de Álcool e outras Drogas (INPAD), a decisão reduziu em média 11 homicídios por mês na cidade.

As penalidades serão aplicadas como multas. Em uma primeira ocorrência, o valor pago será de 50 Unidades Fiscais Municipais (UFM). Na segunda reincidência, a multa passa para 200 UFMs e na terceira para 1000 UFMs. Em 2023, o valor da UFM corresponde a R$ 4,3526.

Em 1999, aconteceu um dos maiores atentados escolares que se tem registro. O Massacre de Columbine, nos Estados Unidos, ficou marcado por sua grande midiatização. Foi um dos primeiros casos que teve sua imagens apresentadas na televisão. Este episódio foi uma espécie de gatilho para o início de uma onda de crimes em espaços educacionais por todo o mundo. Apenas no primeiro semestre de 2023, já foram registrados dois casos com fatalidades no Brasil.

Visando prevenir estes crimes, o governo federal lançou, em abril, um edital no valor de R$ 150 milhões para intensificar a segurança dos colégios. Outra medida tomada foi o monitoramento de ameaças em redes sociais como Facebook, Twitter e Instagram. Em reunião com os representantes destas empresas, foi requisitada a retirada de qualquer postagem que faça apologia à violência em escolas.

Governos federal, estadual e municipal têm trabalhado para aumentar a segurança nas escolas. Imagem: Luiza Silveira

Após o caso de Columbine, o medo de massacres cresceu em todo o mundo, assim como as tentativas. A Especialista em Terapias Cognitivo-Comportamentais da Infância e Adolescência, Josiane Leberknecht Wathier Abaid, ressalta que é possível que os discursos de ódio e não aceitação ao diferente possam favorecer o ato impulsivo de ataque. “A melhor forma de prevenir é dando a oportunidade à comunidade escolar de se ter espaços para discussão da tolerância. Não disseminar o pânico entre as famílias com informações, sobretudo as falsas, pode ajudar muito. O mais importante é permitir que haja conversas mediadas por um profissional”, relata.

No início deste mês, foi realizada uma audiência pública da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul com o objetivo de debater a violência no âmbito educacional. O deputado estadual Luiz Marenco apresentou o Projeto de Lei 212/2023 que visa criar o Programa Estadual Escola Segura, no estado do Rio Grande do Sul. O programa tem como objetivo aumentar o monitoramento nas escolas com detectores de metais, botões de pânico, câmeras e segurança armada.

Esta segunda semana de maio marca o prazo final que havia sido definido para a conclusão da instalação de botões de pânico nas 80 instituições municipais de ensino. Na manhã da última segunda-feira, 08, um botão foi acionado pela direção de uma escola municipal de Santa Maria. Na ocasião, Brigada apreendeu um jovem de 15 anos com duas facas escondidas na mochila.

O professor Márcio Cenci questiona se podemos ser tolerantes com quem é intolerante. Imagem: Luiza Silveira

Ainda que a situação cause medo em todo o país, principalmente após as ameaças de ataques escolares que aconteceram mês passado, a violência é algo global. Segundo o professor de Filosofia da Universidade Franciscana (UFN), Márcio Paulo Cenci “Ela sempre tem a ver com uma afronta a uma certa condição. Se alguém pratica um ato violento, está muito mais ligado a desconsiderar que o outro merece algum tipo de respeito. Uma diferença que nós temos que fazer é entre a violência e conflito. Conflitos podem existir e não ser violentos, as duas partes são preservadas e se respeitam. A violência vai além disso, ela exige que o outro seja eliminado. A filosofia tem a função de estimular o pensamento crítico e a obrigação de fazer com que haja critérios claros e comuns entre as pessoas que estão em um debate”. O professor também acrescenta que “Nós estamos em uma sociedade que é cada vez mais plural. Ela tem vários níveis de diferença e vários aspectos que nos distinguem e nos estimulam a cada vez mais notar as diferenças. Cabe então à filosofia nos ensinar a lidar com estas diferenças”.

Estão sendo fixadas placas informativas do serviço Disque Denúncia 180 nos sanitários femininos de bares, restaurantes, casas noturnas, casas de espetáculos e afins nos estabelecimentos de Santa Maria. Essa iniciativa foi aprovada em dezembro como lei municipal de número 6707. O canal de denúncia funciona 24 horas por dia, de forma gratuita e confidencial.

Segundo o vereador Rudinei Rodrigues, autor da lei, “nós temos reuniões para conversar com proprietários de estabelecimentos para fazer um acordo para colocar as placas. Temos que procurar os empresários também, não é só sobre “ser obrigado a colocar”. Eu acho importante também trazer o empresarial, os bares, as casas noturnas e as distribuidoras que os jovens frequentam muito hoje em dia. É importante que eles também colaborem, que também participem desta campanha e estejam de braços abertos para ajudar. É uma forma de fazer com que a sociedade se inclua no projeto, para que não fique uma lei sem impacto”.

As placas devem ser instaladas em lugares de fácil visualização para as clientes. Imagem: Luiza Silveira.

A iniciativa tem tido boa recepção por parte da sociedade também. Segundo Julia Dutra, estudante de Publicidade e Propaganda da Universidade Franciscana, “eu acho muito importante porque, querendo ou não, vai reforçar e incentivar as mulheres que estiverem em uma situação mais difícil. Isso reforça não só para elas, mas qualquer outra que possa estar entrando nessas situações e que talvez não dê conta de sair sozinha. Esse reforço de pedir ajuda e ter consciência de o que pode estar sendo feito a elas, pode ajudar as pessoas a superarem também”. As despesas em relação à produção das placas, assim como seu design, caberão aos donos dos estabelecimentos. A única obrigatoriedade é constar o número da lei e o Disque Denúncia 180.

O projeto não se limita ao combate dentro destes espaços. Com o objetivo de alcançar o máximo de pessoas, o gabinete do vereador produziu panfletos, camisetas e, segundo o vereador, “a gente vai fazer um banner para ser usado aos sábados na esquina do Calçadão ou na Rótula da Medianeira. Nós vamos chamar nosso grupo do gabinete para ficar segurando. Assim as pessoas que transitam poderão ver que existe essa lei e que ela é importante”.

Panfletos estão sendo distribuídos com o intuito de alcançar mais pessoas. Imagem: divulgação.

Ainda em 2022, uma lei semelhante foi sancionada no município de São Paulo. A lei em vigor na capital paulista aborda a criação de campanhas de cunho educacional com o intuito de combater a violência contra as mulheres. Embora este artigo não conste na lei santa-mariense, segundo o Gabinete Parlamentar “era para ser colocada uma emenda nesse projeto pela comissão. Entretanto, como ele tramitou e passou já no final do ano, acabou não sendo colocada. Nosso objetivo agora é, junto com a Procuradoria da Mulher, fazer essas campanhas educativas”.

Em caso de suspeitas de violência doméstica é possível fazer denúncias por meio dos canais:

  • Disque – 180
  • Brigada Militar – 190
  • Centro de Referência da Mulher – (55) 99139-4971
  • Delegacia da Mulher – (55) 3222-9646
  • Delegacia de Pronto Atendimento – (55) 3222-2858
Lei de número 6707
Ambiente sendo preparado para receber os estudantes. Imagem: Luiza Silveira

A tradicional festa dos calouros esse ano está diferente. Pela primeira vez ela ocorre na Gare da Estação Férrea de Santa Maria. A transferência do local tem o intuito de evitar transtornos à vizinhança e sediar o encontro em um ambiente mais adequado. 

Em 17 de janeiro de 2023, uma comissão especial de vereadores discutiu a troca do local, e o espaço escolhido foi a Gare. A comissão, na época, foi formada pelos parlamentares Rudys Rodrigues, Pablo Pacheco e Marina Callegaro e foram realizadas reuniões com diversas entidades ligadas à festa dos bixos, como: DCE da UFSM, Prefeitura, Brigada Militar e comerciantes.

No dia 20 de janeiro, três dias após o começo das discussões, o prefeito Jorge Pozzobom, confirmou que a festa da calourada seria transferida para Gare. A decisão gerou debates nas redes sociais, e muitos estudantes não concordaram com a decisão, alegando que o local escolhido é perigoso, longe e que é um desincentivo da Prefeitura para reduzir o número de estudantes nessa festividade.

Fizemos uma enquete com alunos da UFN, UFSM e público geral, com os pontos mais debatidos sobre a festa.

Instituição de ensino

Gráfico de respostas do Formulários Google. Título da pergunta: 1 - Qual sua instituição de ensino? . Número de respostas: 80 respostas.

A grande maioria das interações foram de alunos da UFN, totalizando 44. O segundo maior número de interações foram com alunos da UFSM, que totalizaram 29. Outras universidades tiveram o total de 8 votos e nenhuma instituição 5.

Nível de satisfação

Gráfico de respostas do Formulários Google. Título da pergunta:  2 - Qual seu nível de satisfação com essa troca? . Número de respostas: 80 respostas.

Como podemos observar nos gráficos, o público, de maneira geral, não ficou contente com a decisão. Das 86 pessoas que responderam, 42 demonstram insatisfação com a troca, 31 disseram que é indiferente e apenas 13 acharam a troca satisfatória.

Debates sobre o tema

Gráfico de respostas do Formulários Google. Título da pergunta:  3 - Você acha que houve debates com quem participa do encontro sobre essa troca?
. Número de respostas: 86 respostas.

Na pergunta três temos a maior discrepância entre os resultados. 59 dos entrevistados constataram que não houve debate com o público que de fato comparece ao evento. Cerca de 18 não souberam responder com exatidão. Nove pessoas acreditam que houve sim debates sobre o tema.

Segurança

Gráfico de respostas do Formulários Google. Título da pergunta:  4 - O que você acha da segurança do local?. Número de respostas: 80 respostas.

Nossa enquete constata que apenas 2  dos 86 votantes considera o local muito seguro e 11 consideram seguro, ou seja, apenas 15,1% das pessoas se sentem seguras no novo local. 20 entrevistados não tem conhecimento. E os números mais altos foram de insegurança e muita insegurança, totalizando 26 e 27, respectivamente, que ao todo somam 61,4% dos questionados sentindo-se inseguros.

E os comparecimentos?

Gráfico de respostas do Formulários Google. Título da pergunta:  5 - Você pretende comparecer? . Número de respostas: 80 respostas.

Essa foi a pergunta mais equilibrada da enquete. 27 pessoas informaram que vão comparecer ao evento, independente da troca. 28 informaram que ainda não sabem se vão comparecer. E 33 (quase 10% a mais do número de pessoas que pretendem comparecer) informam que não irão à calourada. 

Espaço aberto para opiniões

Esse tópico refletiu um dos pontos principais nas redes sociais: a insegurança. Para essa enquete, não solicitamos nome, gênero, idade, etc, a fim de fazer com que as pessoas interagissem sem medo e podendo se expressar da maneira que se sentissem  melhor.  Aqui vamos citar alguns exemplos que nos chamaram atenção, com opiniões diversas sobre  o tema.

Teve fala sobre elitismo:

Elogios:

Dúvidas:

Expectativas:

Confiança:

O que os estudantes acham dessa troca?

Praça Saturnino de Brito, local onde o evento era antigamente sediado. Imagem: Luiza Silveira

Maria Eduarda Rossato, do 2° semestre de Jornalismo, da UFN diz que “Não pretendo participar. Apesar de ter transporte público gratuito na ida e volta, ainda acho muito longe para quem gostaria de ir a pé ou com 99/Uber em outro horário”, relata.

Conforme Julia Buttignol, estudante do 5º semestre de Publicidade e Propaganda da UFN, “eu pretendo ir para ver como vai ser, mas confesso que estou com um pé atrás. Inicialmente eu não achei a ideia muito legal. Eu não conheço o lugar, mas eu ouvi que teve uma grande verba para a segurança, então espero que cumpram com o que é esperado neste quesito”. 

Julia ainda constata algumas soluções que a Prefeitura e os órgãos envolvidos poderiam ter tomado de diferente para que essa troca fosse menos polêmica “ter uma conversa de fato com os estudantes. Perguntar o que eles achavam, o que eles concordavam ou não. Inclusive, quinta-feira (16) o DCE da UFSM (Diretório Central dos Estudantes) publicou no Instagram um pedido de desculpas, pelo fato de não terem pego a opinião dos estudantes. A intenção deles era das melhores, mas em algum momento se perdeu”, encerra.

Novo formato, transporte, segurança e atrações.

A Prefeitura de Santa Maria, com o novo local, pretende fazer um evento como jamais foi visto nos anos anteriores. Com uma repaginada na Calourada Segura, estima-se que o evento vá custar R $430 mil aos cofres públicos da cidade, segundo o Diário de Santa Maria. Serão 52 banheiros químicos, tendas, lonas e grades de contenção, além da execução de Projeto de Prevenção e Combate a Incêndios (PPCI), com extintores e placas.

Transporte

Estão previstas linhas especiais gratuitas de ônibus para os dias do evento. As viagens de ida começam às 18h saindo da UFSM e às 20h saindo da UFN. Para a volta, os ônibus começam a sair a partir das 23h30, com uma linha direta para UFSM e outra no centro, passando pelas principais vias.

Segurança

A segurança do evento irá contar com o apoio do 1º Regimento; do 2º Batalhão de Polícia de Choque, juntamente com o Comando Regional de Polícia Ostensiva Central (CRPO-C); o Batalhão de Aviação da Brigada Militar, além do contingente do 4º Regimento de Polícia Montada da Brigada Militar e o Batalhão de Operações Especiais (Bope). Serão mais de 100 policiais para manter a segurança das 10 mil pessoas esperadas no local. Além da segurança reforçada, a Polícia Militar irá contar com duas Plataformas de Observação Integrada (POE) com 16 câmeras cada, além das câmeras do Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp). Além disso, um drone irá sobrevoar o local a fim de ser um olho noturno para manter a segurança dos estudantes.

Atrações

Uma das maiores apostas da prefeitura e algo visto com bons olhos pela maioria dos estudantes, foi o novo formato com atrações musicais no novo local. Estão confirmadas 25 atrações nacionais e regionais para fazer parte da festa, entre elas estão: DJ Rennan da Penha, Sandro e Cícero, SambaMove e Comunidade Nin-Jitsu.

Para Júlia, foi uma das únicas formas que a prefeitura encontrou de fazer com que os estudantes comparecessem ao local “eu acho que eles devem ter pensado “como vamos fazer os estudantes comparecerem na Gare, já que o local sempre foi no Brahma? Então toma aqui atrações que vocês gostam” Eu acho que o pessoal faz um som legal, e o DJ Rennan da Penha, foi o ponto principal de fazer com que as pessoas participassem.” conclui a estudante.

Perspectivas futuras

A Praça Saturnino de Brito será mantida fechada durante a semana no período da noite. Imagem: Luiza Silveira

Apesar de muitos estudantes ainda terem a esperança de participar do evento na Praça Saturnino de Brito, ela foi fechada na manhã desta segunda-feira (20) pela Prefeitura de Santa Maria, indicando que o futuro do evento será de fato na Gare. O espaço permitirá o trânsito durante o dia. Entretanto, durante a noite, será totalmente bloqueado para evitar aglomerações. Amanda Cardoso, estudante de Psicologia do terceiro semestre da UFSM, afirma que o futuro do evento deve continuar sendo realizado na Viação Férrea, porém com algumas ressalvas “eu acredito que deva continuar na Gare, mas que nos próximos anos vai ter um movimento de voltar para o Brahma, por ser mais perto e melhor localizado. Provavelmente esse evento só será movimentado este ano pois as pessoas querem saber como vai ser. Mas ano que vem tudo pode acontecer e as pessoas podem não estar muito adeptas dependendo da experiência deste ano”, conclui.

Colaborou: Nelson Bofill

Durante a primeira metade do século XX, a Argentina era uma das maiores potências econômicas do mundo. Foi ao fim da Segunda Guerra Mundial que a economia do país sofreu uma derrocada fatal. Até hoje, o povo sofre as consequências da má gestão governamental. Devido à inflação, os preços atuais dos produtos argentinos se apresentam muito caros para a população e muito atrativos para os estrangeiros.

No ano seguinte à guerra, mais especificamente em quatro de junho de 1946, o militar Juan Domingo Perón foi eleito democraticamente como presidente da Argentina, acompanhado de sua esposa Evita Perón. Com a ascensão do Peronismo, os cargos públicos começaram a aumentar descontroladamente. Além disto, a primeira-dama exerceu sua influência como cônjuge do presidente e, por meio do dinheiro público que provinha das indústrias diversificadas que havia no território argentino, começou a oferecer apoio financeiro aos países europeus que precisavam pagar dívidas. Perón permaneceu no poder até o ano de 1955 e voltou ao governo entre 1973 e 1974, quando foi substituído por sua segunda mulher, Isabelita Perón, que foi deposta pela milícia no início da ditadura civil-militar em 1976.

O impacto dessas ações, que se mostraram extremamente prejudiciais ao povo, pode ser visto até hoje no território argentino. Mesmo com sua grande produção pecuária, que sempre proporcionou carnes de ótima qualidade, sua produtividade agrícola, que lhe torna uma das maiores produtoras e exportadoras de cereais do mundo, e com uma larga presença de petróleo e gás no país, a Argentina hoje apresenta uma dívida externa fora de controle. A dívida do Banco Central do país subiu cerca de US$ 36 bilhões (R$ 187 bilhões) na gestão de Alberto Fernández. Este valor representa cerca de 80% do crédito do Fundo Monetário Internacional direcionado à Argentina.

A Argentina, hoje, quase não possui mais resquícios dos seus tempos de ouro. Em dezembro de 2021, se tornou viral o vídeo de cidadãos argentinos da província de Santiago del Estero que, após um acidente envolvendo um trem e um caminhão que transportava vacas, mataram os animais e saquearam a carne. Segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos, mais de 36% da população argentina vivia abaixo da linha da pobreza no primeiro semestre de 2022.

Historicamente, os salários argentinos apresentam maior poder aquisitivo quando comparados com o salário brasileiro. Entretanto, após pesquisas de analistas do Banco Central da Argentina, o país pode fechar o ano com inflação anual superior a 100%. Tentando conter essa inflação, o ministro da economia, Sergio Massa, anunciou nas últimas semanas que o governo está preparando um plano econômico de congelamento de preços. Já é o 9º congelamento realizado pelo governo argentino nos últimos nove anos.

Os mercados sofrem com a escassez de produtos básicos. Imagem: Nelson Bofill

Em Paso de Los Libres, região que faz fronteira com Uruguaiana, o comércio se mantém de pé, mas a infraestrutura maltratada da cidade e a grande diferença de preços das mercadorias em relação ao Brasil lembram aos visitantes que a crise continua. Ao atravessar a ponte e ingressar na Argentina, é possível fazer o câmbio do real para pesos. Atualmente, em alguns lugares, o peso argentino custa R$0,02.

O principal motivo que justifica essa sobrevivência dos negócios em Libres é a possibilidade de poder manter um comércio exterior. É natural as cidades fronteiriças apresentarem melhor desempenho devido ao grande fluxo de imigrantes que as visitam. A maioria dos produtos argentinos atualmente apresentam custos muito atrativos para os brasileiros que visitam o país. Tendo como exemplo o arroz, produzido em grande quantidade em território argentino e brasileiro, nos supermercados locais o preço médio de 10kg é em torno de R$35, enquanto no país vizinho, é possível comprar a mesma quantidade por R$24.

A compra de certos produtos no território argentino são limitadas. Imagem: Nelson Bofill

Mas mesmo as cidades fronteiriças se preocupam com a escassez de alimentos que vem assolando o país. Com o intuito de amenizar os efeitos da crise, alguns supermercados estão restringindo o limite de compra de certos produtos como farinha, açúcar e azeites. Em relação à carne produzida na Argentina, que sempre teve uma qualidade acima da média, o preço médio do quilo de costela é cerca de $ 1.230 (R$ 24,60), enquanto, no Brasil, a mesma quantidade pode ser comprada pagando cerca de R$ 29,20.

Apesar dos aparelhos tecnológicos possuírem um valor parecido em ambos os países, na Argentina a compra parcelada se mostra extremamente prejudicial ao consumidor devido à alta inflação. Um modelo de televisão, que custa $ 125.999 (R$ 2.519,98) à vista, pode ser parcelado em 30 vezes de $ 8.396,57 (R$ 167,93), custando, ao final do pagamento, $ 251.897,10(R$ 5.037,94).

A crise, atualmente, já não é mais novidade para o povo argentino, a situação foi até mesmo eternizada na música local. No ano de 1978, o cantor de tango argentino, Cacho Castaña, escreveu a música Septiembre del ’88, que só viria a ser lançada em 1988. A canção é apresentada como se fosse a leitura de uma carta direcionada à um amigo que reside na Itália. O artista comenta nos primeiros versos sobre a crise que assola a Argentina, citando as mentiras políticas, falsas promessas governamentais e impactos da época da ditadura civil-militar. Ao final da música, o cantor expressa a esperança que ainda existe no povo argentino de voltar a ser um grande país.

Em 2010, durante um concerto, o artista disse que a música parecia ter sido escrita naquele ano, pois mesmo mantendo a esperança, a crise ainda assolava o povo. O músico faleceu em 2019 sem ser capaz de concretizar seu sonho. Entretanto, seu desejo de ver seu país ser grande novamente representa a esperança eterna do povo argentino.

As eleições vão ocorrer em menos de um mês, no dia 02 de outubro. Cerca de 27 milhões de eleitoras e eleitores já emitiram o e-Título, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Porém, muitos ainda não sabem como utilizar este sistema.

Aplicativo e-Título (Imagem: Divulgação / TSE)

No dia da votação, para os eleitores que ainda não recadastraram sua biometria, será necessário o uso  de um documento oficial com foto. Já para os eleitores que já fizeram o recadastramento biométrico, é só apresentar o e-Título.

Entre os benefícios que o aplicativo tem está o de informar o seu local de votação, com o endereço incluso. O aplicativo também disponibiliza a certidão de quitação eleitoral, a certidão de crimes eleitorais, e possibilita a solicitação de documentos para procedimentos da vida civil, como para a matrícula em instituição de ensino médio, obtenção de CPF, posse em cargos públicos, entre outros. Além do mais, é uma facilidade para o eleitor ter seus dados eleitorais sempre disponíveis e seguros, diminuindo o risco de perda do documento ou danos ao título de eleitor.

O aplicativo está disponível para todos os votantes e o cadastro pode ser feito até o dia 1º de outubro. Após essa data, o cadastro será suspenso e só voltará no dia 3 de outubro. Caso ocorra um segundo turno, o princípio é o mesmo, o título de eleitor virtual poderá ser feito até a véspera, isto é, dia 29 de outubro.

Desde que as leis foram inventadas, elas são quebradas. Porém no papel, há punição para quem as desrespeita. Passando dez minutos na Avenida Presidente Vargas em Santa Maria, foi possível analisar cinco infrações de trânsito. Dois carros pararam em cima da faixa de segurança, um motorista foi visto utilizando celular enquanto dirigia, e outros dois passaram no sinal vermelho, e tudo isso durante o dia.

Carro parar em cima da faixa de pedestres é infração grave segundo o Código de Trânsito. Foto: Pedro de Souza

Em grande parte dos casos, a fiscalização de trânsito está presente no local, mas faz ”vista grossa” para os infratores. Um policial que pediu para não ter seu nome divulgado, afirma que: ”De madrugada nós realmente deixamos passar alguns casos, mas isso por causa da ausência de pedestres e de carros. Já durante a manhã ou de tarde, somos instruídos a ficar de olhos bem abertos sobre estes pequenos delitos, mas não conseguimos estar sempre no local onde a infração ocorre, por isso alguns passam batido.”

Para descobrir de onde surgem as violações, a equipe da Central Sul foi até uma dos Centros de Formação de Condutores (CFC) perguntar sobre como funcionam as aulas. Daniel Dutra, um dos donos, nos contou um pouco sobre sua experiência como condutor e sobre as aulas das CFCs. Confira a seguir:

Matéria produzida no primeiro semestre de 2022, na disciplina de Linguagem das Mídias do curso de Jornalismo da Universidade Franciscana.

Com a chegada do inverno muitas ações solidárias ocorrem com o objetivo de ajudar aqueles que não tem condições de se manterem protegidos do frio. Famílias e pessoas em situação de rua são o foco dos projetos.

A Campanha do Agasalho de Santa Maria é realizada anualmente, através da Secretaria de Desenvolvimento Social. As arrecadações são feitas em 40 pontos de coleta na cidade e a equipe de desenvolvimento social também faz a coleta, triagem e organização das roupas  no Centro Desportivo Municipal. Para quem tem interesse em receber as doações, um cadastro deve ser preenchido e, depois, é permitido ficar durante 10 minutos no pavilhão, onde estão armazenadas as doações. Cada pessoa tem direito a  escolher até sete peças de inverno e dois pares de calçado. Só é permitida a entrada de uma pessoa por família e a mesma só poderá voltar ao Pavilhão B novamente após 15 dias. Os agasalhos podem ser retirados no Pavilhão B do Centro Desportivo Municipal (CDM) nas segundas, quartas e sextas-feiras, das 8h ao meio-dia.

Para aqueles que desejam doar, são solicitados artigos de inverno, como agasalhos, cobertores e sapatos fechados . em bom estado de conservação. O Executivo Municipal pede também que as peças estejam limpas e empacotadas em sacos plásticos fechados.

Retirada de roupas no Pavilhão B do CDM. Foto: João Alves (Mtb: 17.922)

As arrecadações ocorrem até o dia 31 de julho, nos seguintes pontos de coleta: CDM, Prefeitura, Rede Vivo, Monet Plaza Shopping, Câmara de Dirigentes Lojistas,  Associação dos Professores da Universidade Federal de Santa Maria (Apusm), Avacon Administradora de Condomínios, Imobiliária Cancian, Universidade Franciscana (UFN), Restaurante Entrevero, Vida Card, Royal Plaza Shopping, Associação Motociclística Gaudérios do Asfalto, Banco de Alimentos, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Oral Sim, Lumenk, Sulclean, Grupo Voalle,– Safira Modas, Faculdade Metodista de Santa Maria (Fames), Faculdade Palotina (Fapas), Faculdade de Direito de Santa Maria (Fadisma), Clube Recreativo Dores, Totem, Lojas Safira, Lilica e Tigor, Associação dos Transportadores Urbanos (ATU), Shopping Praça Nova, Redemaq, Centro Óptico, Elegância Center Shop, Faculdade de Ciências Jurídicas de Santa Maria (Unism), Mekal Química, Panvel Farmácias, Davant Odontologia e Implantes, Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (SICOOB), Cross Life Dores, Casa Lar Ambientes.

Cidades da região também promovem campanhas no período de frio extremo para ajudar a população. Em Caçapava do Sul, a Prefeitura Municipal e a Secretaria de Assistência Social tentam amenizar a situação de vulnerabilidade das pessoas. Conforme a secretária da Assistentência Social Andressa Lisboa,  “o nosso município não tinha albergue até o ano passado, quando inauguramos em 2021 conseguimos solucionar muitos problemas dos moradores de rua”. A Secretária explica que trata-se apenas de tentar solucionar, tentar amenizar porque esse problema é uma coisa do mundo não somente de Caçapava. O funcionamento do albergue ocorre no período da noite. No local os usuários passam a noite, tomam o café da manhã e saem durante a manhã. Alguns moradores tem permissão para ficar em turno integral, como é o caso de uma senhora que já é bem mais idosa e não aceita ir para outra casa, tem que ser o albergue.

Albergue Municial de Caçapava do Sul Ney Antônio Goulart Tavares. Imagem: Divulgação/Prefeitura de Caçapava

Em Caçapava também ocorre a Campanha do Agasalho. Segundo Andressa “tivemos mais doações antes do começo da campanha, porque o frio iniciou e o pessoal já começou a doar. Agora estamos com muitos pontos de coleta, mas com dificuldades em receber roupas masculinas e de criança”.

Colaboração: Vitória Oliveira

As atividades foram realizadas no pátio da Prefeitura de Formigueiro. Imagem: Ingrid Barcelos

Depois de dois anos, o Dia do Desafio voltou a ocorrer na prefeitura municipal de Formigueiro. O secretário dos esportes João Machado, junto com a professora de educação física Artemia Busetto, organizaram atividades e exercícios para os funcionários da prefeitura. Dos estagiários até o prefeito, todos participaram do Dia do Desafio, que começou com uma série de dinâmicas que foram de alongamentos até polichinelos.
O Dia do Desafio tem o intuito de incentivar hábitos mais saudáveis e o costume de se exercitar no dia a dia o que pode ajudar até mesmo no desempenho no trabalho.  Segundo a funcionária Bruna Guimarães, que trabalha no setor do patrimônio público, esse dia é importante para que seja lembrada a relevância  da atividade física.

Texto do acadêmico Miguel Cardoso, para a disciplina Linguagem das Mídias, durante o 1º semestre de 2022.