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Opinião

Com esses 26, o hexa é logo ali

Na tarde da segunda-feira, 7, o técnico da Seleção Brasileira, Tite, convocou os 26 jogadores que irão representar o país na Copa do Mundo do Catar, que inicia no dia 20 deste mês. Sem nenhuma grande

Mesmo sem títulos, temporada do Inter é positiva

O que parecia ser um ano conturbado depois de eliminações, acaba sendo uma temporada que o torcedor sai esperançoso para 2023. A derrota para o Grêmio no Campeonato Gaúcho, a eliminação para o Globo na Copa

Obrigação feita, agora é pensar em 2023

Depois de mais uma rodada perfeita para o Grêmio na Série B, onde todos os resultados que o tricolor precisava para depender só de si foram favoráveis, veio o alívio. Com a vitória por 3 a

Naquela mesa

Já não tenho mais certeza de que dia era aquele. Sexta-feira? Talvez sábado. Não tenho como lembrar, já fazia dias que não saia de casa ou sequer abria as janelas. Minha única obrigação e prazer naqueles

A terra de ninguém

Desde o surgimento de grandes sociedades na história, diversas bases legais foram estabelecidas pelo homem, tendo como exemplo, a Lei de Talião no oriente, a Lei das Doze Tábuas utilizadas no período da soberania romana, a

Bem-vindos aos Jogos de ENEM

O ENEM, Exame Nacional de Ensino Médio,  ou mais conhecido como prova de sobrevivência, é um exame que leva à exaustão física e psicológica, e  no qual poucos conseguem chegar até as últimas horas. ENEM para mim

Viajar é sinônimo de renovação e planejamento

Viajar é sinônimo de boas energias, de renovação do físico e da alma. É um momento em que você curte a você mesmo ou quem estiver com você. É quando se sabe que é preciso relaxar e

Sou feita de sonhos

Toda vez que eu paro para pensar sobre o momento que estamos vivendo, me encontro naquela linha tênue entre raiva/ódio por estar presenciando esse evento histórico (dessa forma), e a gratidão. Palavra “tão batida” dos últimos

A corrida da vacina

Foi em março desse ano que vi uma luz no fim do túnel. Quando meus avós receberam a primeira dose da vacina. Seu Ari, meu avô, saiu bem brincalhão: “vou contar pra minha mãe que não

Eventualmente morta no sofá

Há quem diga que o sofá era seu autocuidado, que chegar em casa, sentar e desfazer sua armadura emocional era comum. Atualmente ele se tornou sinônimo de descontentamento, o que era apenas para o final do

Na tarde da segunda-feira, 7, o técnico da Seleção Brasileira, Tite, convocou os 26 jogadores que irão representar o país na Copa do Mundo do Catar, que inicia no dia 20 deste mês. Sem nenhuma grande surpresa, ficou assim a lista final:

Lista final para a Copa. Foto: Divulgação CBF

Os três goleiros já estavam certos há um bom tempo, com Alisson de titular, a Seleção tem o mesmo goleiro de 4 anos atrás, mas agora bem mais seguro e preparado para um mundial. A primeira e única grande discussão dessa lista é o lateral direito Daniel Alves, que não fez bons jogos pelo Pumas, do México, neste segundo semestre de 2022 e agora treina com o Barcelona B. O jogador entra na cota de confiança de Tite, já que mesmo sem atuar e sem viver um bom momento está entre os 26. Provavelmente, ainda não será titular e terá um papel de liderança no vestiário. Apesar de não concordar com a convocação do lateral, é necessário entender que as outras opções para a direita também não são das melhores. Emerson Royal, do Tottenham, corria por fora, mas criticado pela própria torcida do clube inglês, não foi convocado. 

O quarteto de zagueiros também sem surpresas. Ainda existia uma discussão pela quarta vaga, entre Bremer (convocado), da Juventus, e Gabriel Magalhães, do Arsenal. O defensor do clube italiano ganhou a disputa por ter sido um dos melhores jogadores do Campeonato Italiano 2021 e nessa temporada está construindo uma defesa forte e organizada junto com outros selecionados, Danilo e Alex Sandro, a química entre eles fez a diferença.

Já no meio campo, a ausência de Coutinho, que mesmo sem fazer uma temporada fora de série, estaria na lista de Tite, por também entrar na cota de confiança do treinador. O meia do Aston Villa se lesionou no treinamento dias antes da convocação. Everton Ribeiro, do Flamengo, toma seu lugar, o jogador foi campeão da Copa do Brasil e Libertadores e, por isso, também faz por merecer a convocação.

Tite está levando nove opções para o ataque, três para cada posição. É o maior número de atacantes convocados em todas as copas. Isso resulta em maiores possibilidades para o técnico, que vai variar seu estilo de jogo e formação de acordo com o adversário. A única dúvida que ainda existia era pela 26ª vaga, que ficou com Gabriel Martinelli. Matheus Cunha, do Atlético de Madrid, e Roberto Firmino, do Liverpool, ainda tinham chances.

Eu se fosse o Tite, convocaria o atacante do time inglês, por poder entregar no jogo mais que os outros jogadores. Firmino pode jogar tanto como número 9, como número 10 e ainda como um segundo atacante, e sem a criatividade de Coutinho, o atacante do Liverpool poderia ser a solução. Mas como não sou o Tite e sou apenas mais um torcedor que sentou no sofá nervoso para acompanhar um homem lendo um papel, resta torcer e acreditar, porque com esses 26, o hexa é logo ali.

Lucas Acosta é acadêmico do 6º semestre do curso de Jornalismo da UFN, apresenta o Titular da Rede, Camisa 10 e A Copa & Eu na RádioWeb UFN e escreve, periodicamente, uma coluna sobre esporte na Central Sul Agência de Notícias

O que parecia ser um ano conturbado depois de eliminações, acaba sendo uma temporada que o torcedor sai esperançoso para 2023. A derrota para o Grêmio no Campeonato Gaúcho, a eliminação para o Globo na Copa do Brasil e o vexame contra o Melgar na Sul-Americana pareciam que iriam deixar marcados o ano do Internacional.

Chegou Mano Menezes, sem 100% da confiança da torcida, também chegaram reforços pontuais para o elenco e a temporada mudou completamente. Mesmo longe do Palmeiras no número de pontos, o Colorado ainda teve chance de conquistar o Campeonato Brasileiro mais uma vez. Com a derrota por 1 a 0, contra o América-MG, nesta última quarta-feira, o clube paulista conquistou mais um Brasileirão ainda na concentração para o jogo contra o Fortaleza. Mas para completar a festa, o time comandado por Abel Ferreira fez 4 a 0, com direito a gol da joia Endrick, de apenas 16 anos.

Apesar da vice-colocação, o torcedor deve ficar esperançoso para um ano de 2023 ainda melhor. Com uma base sólida montada nesta temporada, um goleiro confiante que tomou a posição na reta final, um quarteto defensivo seguro com destaques como Bustos e Vitão, um meio campo que ainda com dúvidas é muito promissor e um achado como centroavante que luta por cada bola como se fosse a última. Tudo isso graças a uma janela de transferências arriscada, mas muito bem pensada.

Elenco colorado em treinamento. Foto Twiiter Internacional

A base está pronta para a temporada que vem, reservas imediatos e um número 9 devem ser prioridade para 2023. Mano Menezes quer trabalhar com um grupo menor que esse ano, por isso jogadores ainda devem sair. A maior dúvida é Edenílson, que tem o aval do técnico para ficar, mas boa parte da torcida acredita não ter clima mais para o jogador. O ano de 2023 promete muito para o torcedor colorado, as chances reais de título existem em todas as competições a serem disputadas.

Lucas Acosta é acadêmico do 6º semestre do curso de Jornalismo da UFN, apresenta o Titular da Rede, Camisa 10 e A Copa & Eu na RádioWeb UFN e escreve, periodicamente, uma coluna sobre esporte na Central Sul Agência de Notícias

Depois de mais uma rodada perfeita para o Grêmio na Série B, onde todos os resultados que o tricolor precisava para depender só de si foram favoráveis, veio o alívio. Com a vitória por 3 a 0 contra o já rebaixado e último colocado Náutico, o acesso foi garantido e o Grêmio volta para o lugar onde os gigantes devem ficar, a Série A do Campeonato Brasileiro.

SOBRE O JOGO

Apesar do alívio no apito final, o início não parecia tranquilo. O Grêmio começou nervoso, errando passes fáceis, por conta disso praticamente não passava do meio campo. Já o Náutico, sem obrigação nenhuma e apenas cumprindo tabela, ensaiava uma pressão que parava nas próprias limitações do time.

Ainda no primeiro tempo, Bitello, um dos destaques do tricolor na temporada, abriu o placar no rebote do goleiro, deixando a torcida tranquila. O segundo tempo começou com Geuvânio, atacante do Timbu expulso, após forte entrada em Kannemann, o que deixou o time ainda mais vulnerável. Repetindo a história de 2005, o único remanescente da Batalha dos Aflitos, Lucas Leiva fez o segundo. Bitello em mais um rebote fez o terceiro para completar o marcador e colocar o Grêmio na elite novamente.

AGORA É TUDO 2023

Logo após o apito do árbitro, o pensamento já era no próximo ano. As entrevistas do técnico Renato Portaluppi e do atacante Diego Souza foram grandes exemplos disso. O comandante do tricolor fez fortes críticas direcionadas à direção do clube, afirmando que amadores não poderiam trabalhar mais no Grêmio. Já o atacante, ressaltou: “Com todo respeito ao elenco, mas precisamos se reforçar muito para 2023”.

A consciência de que foi um ano fraco existe, isso é fundamental. Uma temporada de sofrimento para o torcedor, que não conseguiu ver jogos tranquilos, já que era difícil confiar em uma boa performance do time. Com Roger foi assim, com Renato também, o Grêmio vencia, mas não convencia. Os jogadores e a direção devem muito à torcida, que mesmo com o desempenho medíocre não deixou de apoiar e acompanhar, colocando mais de 40 mil pessoas em cinco jogos na Arena.

Torcida tricolor presente no Estádio dos Aflitos.

Os reforços precisam chegar e não podem ser poucos, pelo menos dez jogadores devem ser contratados para a temporada que vem. Laterais, zagueiros, meias e atacantes, praticamente todas as posições necessitam ser contempladas para 2023. Agora é essa a obrigação.    

Imagens: reprodução Twitter

Lucas Acosta é acadêmico do 6º semestre do curso de Jornalismo da UFN, apresenta o Titular da Rede, Camisa 10 e A Copa & Eu na RádioWeb UFN e escreve, a partir de hoje, periodicamente uma coluna sobre esporte na Central Sul Agência de Notícias

Já não tenho mais certeza de que dia era aquele. Sexta-feira? Talvez sábado. Não tenho como lembrar, já fazia dias que não saia de casa ou sequer abria as janelas. Minha única obrigação e prazer naqueles dias era pesquisar e escrever sobre qualquer tema que eu fosse capaz de pensar. Eu lembro que entre um texto e outro, começou a tocar a música “Naquela Mesa” na rádio, a eterna representação de uma perda tão dolorosa e, ao mesmo tempo, tão natural. Comecei então a pesquisar sobre a música, ia ser meu novo tema pelos próximos dias.

Minha primeira descoberta já foi uma desilusão, a canção não foi escrita por Nelson Gonçalves. Na minha ignorância musical, que vezes se apresenta como uma dádiva, vezes como uma maldição, eu sempre imaginei o cantor sentado sozinho em uma mesa de um bar lotado, acompanhado apenas de um copo de whisky onde os gelos já derreteram, vestindo um casaco que não saia do armário há décadas e uma calça muito comprida. Ele mexia impaciente em um velho relógio de pulso, que a esta altura não funcionava mais, o que não era um problema, afinal, o tempo já não importava, enquanto ajustava os óculos que compensavam a falta de visão, consequência dos anos passados, e escrevia suas lástimas em um guardanapo sujo.

Eu nunca me aprofundei muito nesse assunto, mas tenho certeza que se eu me envolvesse um pouco mais, só poderia chegar a uma conclusão daquela noite. Conhecendo a grandiosidade de Nelson Gonçalves, imagino que após abraçar o luto, o cantor provavelmente acenderia um cigarro, pegaria um violão e exporia os seus pesares para todos os presentes, interpretando a mais bela canção que os brasileiros tiveram o privilégio de escutar. Por consequência, não haveria homem, mulher ou criança no recinto que fosse capaz de contemplar tamanha obra e não se encontrar em prantos.

Mas não. Minha imaginação me enganou por todos estes anos. Na verdade o compositor é Sérgio Bittencourt, uma homenagem feita no dia do falecimento do seu pai, em um guardanapo; ao menos essa parte eu acertei. Por um breve momento, eu lembro de esboçar um sorriso, chegava a ser engraçado pensar como um sentimento tão terno, que sempre existiu e sempre existirá, foi retratado de forma tão simples, capaz de transcender gerações; afinal, a autoria pode ser de Bittencourt, mas o sentimento é universal.

Desde o surgimento de grandes sociedades na história, diversas bases legais foram estabelecidas pelo homem, tendo como exemplo, a Lei de Talião no oriente, a Lei das Doze Tábuas utilizadas no período da soberania romana, a lei divina que regeu a Idade Média e os complexos sistemas jurídicos projetados na Idade Moderna.

Com a chegada da Idade Contemporânea, a humanidade finalmente se depara com a morte da justiça. Mesmo esta intricada esquematização de direitos e deveres, que regeu o homem por milênios, acabou encontrando seu fim frente a uma sociedade que se vangloria pelo seu acesso às informações, capaz de fornecer conhecimento de forma nunca antes visto, enquanto exibe uma ignorância sem precedentes.

Imagem: Emanuelle Rosa

No século XXI, a justiça se tornou moldável, capaz de ser adaptada a diferentes situações. Nós abandonamos a justiça coletiva e aderimos à justiça individual, onde as punições vem antes do julgamento, onde todos obtiveram a voz que tanto queriam e acabaram sufocando de tanto falar.

A internet, principal meio de propagação da nova “justiça virtual”, tornou-se um campo de batalha, talvez o único modo de combate que o ser humano virá a conhecer no futuro. O conflito físico se tornou crime capital, afinal, a violência é tida como algo muito grave, exceto quando praticada por meio de um desconhecido na internet, que apesar de sua covardia, tornou-se capaz de se colocar em uma condição quase tirânica; tudo pode, nada deve.

Como pode haver respeito em ambientes virtuais onde as pessoas gozam de sua “liberdade de expressão” e, simultaneamente, não estão dispostas a enfrentar os resultados de suas ações? Não ironicamente, estas redes sociais se apresentam como um retrato digno dos valores morais adotados na atualidade. Que justiça pode haver em um julgamento onde o acusado já fora previamente declarado culpado e punido, sem direito a defesa? Bem-vindos a Idade Pós-contemporânea, onde é proibida a prática de hostilidades físicas, entretanto, discussões na internet, com direitos a ofensas e ameaças, são tidas como recreação e o termo ‘consequências’ nada mais é que um conto de fadas que outrora fora respeitado pela humanidade.

Imagem:Michal Jarmoluk/Pixabay

O ENEM, Exame Nacional de Ensino Médio,  ou mais conhecido como prova de sobrevivência, é um exame que leva à exaustão física e psicológica, e  no qual poucos conseguem chegar até as últimas horas.

ENEM para mim sempre foi uma experiência bem cansativa. Nas primeiras vezes é tudo um tanto novo, não se sabe o que esperar ou como vai ser. No meu primeiro ENEM, venci a prova quatro horas depois do início. Estava exausto com as questões de duplo ou triplo sentidos, sem falar nos textos de cada pergunta que, multiplicado por 90 questões, é para acabar com qualquer um.

Resumo do ENEM no primeiro dia é: questões de 10 linhas em que as duas últimas são as perguntas a responder, e as alternativas nas quais, pelo menos em duas delas, você irá achar respostas ambíguas escondidas em algum lugar das 8 linhas que faltaram.

Eu não sinto que estou sendo testado pelas minhas capacidades de aprendizado ou o que eu consegui aprender no Ensino Médio. Pelo contrário, a pressão é algo tão grande que muita gente na metade da prova já está exausta por ter chegado até ali. Não é sobre conhecimento e sim sobre quem consegue sobreviver e acertar as questões certas, porque temos questões que valem mais e outras que valem menos, tudo de acordo com o grande “Manual do ENEM”.

Quando se trata de ENEM, a palavra “simples” não existe no vocabulário. E nem vou entrar na questão do método de pontuação, no qual as questões são divididas entre fáceis, médias e difíceis. Somado o que você acertou, é feito uma média segundo o grau de dificuldade da questão. Quanto mais difícil, mais peso terá em seu somatório para chegar, enfim, à nota final.

Essa foi minha 5ª ou 6º edição da prova, e é interessante como o corpo se adapta a toda essa maratona. Nada é tão traumatizante como o exame  realizado pela primeira vez. Ficar horas e horas lendo cada palavra de cada questão e torcendo para achar sentido em algum lugar, ou só relembrar aquilo que estudou e conseguir apontar a resposta certa. Isso quando não se deixa questões para fazer depois. É uma das piores sensações da prova.  Você fica naquela de “quando chegar no fim eu faço essas que não consegui agora”. Seria um bom pensamento, porém, ao chegar no final da prova, cai a ficha que ainda não acabou, tem mais uma etapa e nisso se passam horas. As longas horas que eram para ser suas aliadas, acabam se tornando os piores pesadelos. Aquelas cinco horas e meia passam como se fossem alguns minutos, e coisas simples, como colorir um círculo da questão resposta, pode ser uma tarefa bem difícil.

Se hoje eu precisasse dar uma dica sobre o ENEM seria, comece cedo. Faça alguns “ENEM teste” durante seus anos no Ensino Médio. Isso ajuda a fazer a prova sem muita pressão e já entender como funciona o exame.

ENEM é uma prova que não foi feita exclusivamente para medir seus conhecimentos como ao meu ver deveria ser, mas sim para te dar um gostinho do que está por vir, o grande objetivo a que todos almejam, e pelo qual aceitamos ser torturados física e psicologicamente, de livre espontânea vontade: chegar à “FACULDADE”.

Por Guilherme Broch Lago, acadêmico de jornalismo da UFN.

 

Автошкола ТЕХНИКА/ Pixabay

Viajar é sinônimo de boas energias, de renovação do físico e da alma. É um momento em que você curte a você mesmo ou quem estiver com você. É quando se sabe que é preciso relaxar e deixar suas preocupações de lado para aproveitar a vida. Resumindo, é o descanso que se dá da vida corrida do cotidiano. É  um espaço para criar memórias que irão ser seu livro e guia na hora de conversar com os outros.

Viajar é buscar novos horizontes, ares e locais. Porém, viajar nem sempre é sinônimo de diversão. Há fases pelas quais se deve passar para atingir o objetivo que se espera daquela viagem tão aguardada. Uma delas é o planejamento, ou seja, como você vai se organizar para alcançar o objetivo de ter uma boa viagem.  Planejamento é o início de tudo. Primeiro é preciso saber o custo da viagem,que documentação é necessária, ter informações sobre o local,  o meio de transporte que se vai utilizar, em que local ficará hospedado, os passeios que serão feitos e também a alimentação. É importante saber também o que vai se levar na viagem e quantos dias planeja ficar no local escolhido. Depois de cumprido todos os requisitos é só aproveitar.

Então, para se curtir aquilo que mais se deseja, como a própria viagem, é preciso sempre do planejamento. São vários processos importantes que sempre se deve levar em consideração para que a parte da diversão esteja garantida. Por fim, uma viagem é um ato em que você pode decidir se vai buscar o conforto ou viver uma aventura.

Viajar na pandemia 

Temos a plena consciência de que passamos por um período bem difícil, e que ainda estamos nele por causa da pandemia. É uma situação ainda  muito difícil de lidar. Neste período, as viagens se tornaram cada vez mais complexas de serem realizadas em decorrência do isolamento. As medidas se tornaram mais rigorosas, e mesmo um pouco insuportáveis, mas necessárias.  Ao incômodo do uso de máscaras, pois dificulta a respiração e a fala, a utilização de alcool em gel, mostrar o comprovante de vacinação, cumprir distancionamento social, a limpeza e ventilação dos ambientes, evitar aglomerações e a não venda e compartilhamento de objetos ou produtos.

Viajar tem sido bem difícil para a maioria das pessoas em meio às milhares de mortes, além do que outra parte da população teve que ficar afastado dos seus entes queridos para se proteger e protegê-los. Entretanto, com avanço da vacina na maioria dos países, a possibilidade das pessoas colocarem o pé na estrada novamente se tornou cada vez mais viável, apesar de ainda ter que seguir normas de saúde. Mesmo estando ainda em uma bolha e com uma questão de insegurança de que coisas ruins, como doenças, sempre estarão presentes, é possível sim sair e ir atrás de aventuras com todos os cuidados possíveis.

A verdade é que as pessoas cansaram de esperar oportunidades para viajar nesta pandemia. Com a volta, aos poucos, da normalização das coisas,  querem mais que tudo sair da rotina monótona e curtir novamente suas vidas.

Por fim, quero dizer que há muitas incertezas para o futuro, principalmente para as viagens tanto nacionais quanto internacionais.
Acredito que algumas coisas não voltarão mais a serem as mesmas, entretanto, de uma coisa eu tenho convicção: as pessoas querem mais que tudo poder viajar para voltar a criar lembranças, para poder contar as suas experências às futuras gerações.

 

* Bárbara Brum é aluna do curso de jornalismo da UFN.

 

Toda vez que eu paro para pensar sobre o momento que estamos vivendo, me encontro naquela linha tênue entre raiva/ódio por estar presenciando esse evento histórico (dessa forma), e a gratidão. Palavra “tão batida” dos últimos anos. Mas eu explico.
Sou jovem. Nem cheguei aos 30 anos ainda. Sou feita de sonhos e teria muitos deles para realizar.
Como jornalista sempre sonhei em trabalhar em um grande veículo de comunicação, mudar a vida das pessoas, mudar o mundo! Desejava morar numa capital, crescer, ganhar prêmios, contar histórias.
Eu cheguei. Sim! Seis anos de diploma, e dois deles de Porto Alegre. Em uma das maiores rádios do Estado, contei os “primeiros passos” desse vírus -maldito- no mundo, no país e no estado. Eu também fiquei trancada em casa e me assustei a primeira vez que vi as pessoas de máscara nas ruas.
Mas depois, o mesmo vírus que mata milhares de pessoas, tirou o emprego de muita gente, inclusive o meu. Dois meses depois da primeira morte registrada no Rio Grande do Sul, fui demitida. Eu estava vivendo um fato histórico, sem emprego e sem poder falar sobre aquilo. Nós jornalistas, quando presenciamos um grandioso “evento” como este, queremos estar lá… na frente dele, com papel e caneta, microfone, gravador, celular nas mãos.  Mas eu ouvi uma frase que mudou minha trajetória e me fez acreditar em mim. “Pra quem é bom (na profissão), nunca falta espaço”. E acho que posso me considerar boa, então. Porque dois meses depois, eu já estava lá de novo. Agora atrás da TV, para, meses depois, presenciar a chegada do primeiro lote de vacinas no Estado.
E mesmo com todo negacionismo, desgoverno e corrupção, a imunização tinha chegado. É aí que entra a raiva/ódio. Mas a ela, o que mais importa, está cada vez mais próxima. Daí eu lembro da gratidão, de novo. Os trabalhos que nunca faltaram. E por não ter precisado dar adeus para os meus. A vacina não chegou aqui ainda. No meu braço. Mas ela está dentro da minha mãe, do meu pai, dos meus avós, dos meus tios…
Como nosso trabalho é fundamental, né? E cada dia que passou desde que essa pandemia começou, me fez perceber ainda mais isso.
Hoje, as histórias que são contadas por mim, são um pouco diferentes. Mas mesmo que o futebol não devesse estar acontecendo, ele entretém. Ele faz as pessoas ficarem em casa, ele move sonhos.
E independente do que eu vá contar, de uma coisa eu tenho certeza, eu vou sempre buscar mudar a vida de quem está lendo, ouvindo ou assistindo.
A caminhada não tem sido fácil. Uns dias de mais raiva/ódio, outros de mais gratidão. Mas eu tento seguir forte… para contar mais um fato histórico: o dia em que vencemos o coronavírus.

Por Laura Gross, jornalista formada na UFN, atua na RBS TV.

Foi em março desse ano que vi uma luz no fim do túnel. Quando meus avós receberam a primeira dose da vacina. Seu Ari, meu avô, saiu bem brincalhão: “vou contar pra minha mãe que não doeu”. Dona Edir, minha avó, foi maquiada, unhas feitas, máscara combinando com a roupa, toda produzida para ser vacinada. Um momento feliz para nós. Um momento muito importante para eles. Os dois passaram por momentos difíceis, contraíram o maldito vírus. Passaram o natal por chamada de vídeo com a família. Mas passaram por essa, mais vivos do que nunca.

Minha família sofreu. Inúmeras famílias sofreram. Porém, vemos hoje uma corrida da vacina. Uma corrida do bem, os pilotos são os governadores, as equipes, todo o estado. Correndo para vacinar toda população até determinado mês. Na pista, alguns obstáculos, que as vezes possuem mais poder que os pilotos. Mas, ainda assim governadores habilidosos conseguem desviar e fazer boas voltas nesse trajeto longo. Parecido com a pista de Nurburgring, na Alemanha, um dos maiores circuitos da F1. Até agora, nosso estado corre igual ao heptacampeão Lewis Hamilton, a equipe com boas estratégias de corrida, se destacam bastante. Outras equipes estão nessa, outros estados correm contra o tempo (perdido).

Mas, nessa corrida da vacina não esperamos ter perdedores. Queremos que todos ultrapassem a linha de chegada juntos, com voltas rápidas e excelentes. Sem muitos obstáculos na pista. Para isso, a paciência do torcedor daquela equipe é necessária. A luz no fim do túnel irá chegar para todos. Mesmo aqueles que torcem contra. Porque você não troce contra seu próprio time, não é? Contra sua própria equipe? Então, todo mundo merece cruzar a linha de chegada, enxergar a bandeira quadriculada balançando e sentir a felicidade e a esperança de ser vacinado.

 

Por Lucas Saraiva,  acadêmico do curso de Jornalismo na UFN e repórter-aprendiz na Agência Central Sul de Notícias.

Há quem diga que o sofá era seu autocuidado, que chegar em casa, sentar e desfazer sua armadura emocional era comum. Atualmente ele se tornou sinônimo de descontentamento, o que era apenas para o final do dia, se transformou no dia inteiro. E como funciona quando o seu refúgio se torna o seu momento de profunda reflexão? Muitos afirmam que a mente vazia é a oficina do diabo.

 Atualmente, esse looping do sofá para a cama se tornou frustrante. Você se sente vivo? Quando eu digo vivo – é importante lembrar – eu naturalmente quero dizer o “antigo vivo”, o vivo pré-corona, o vivo 2019, que não tem absolutamente nada a ver com o “vivo de atualmente”, digamos quando não importa mais sentir e sim, estar.

 Antes da pandemia do novo coronavírus, o sofá significava o que ele significava. Agora, não. Agora, o sofá, assim como cada um de nós, têm dentro de si outra camada, outro conteúdo, outra densidade. Portanto, a rotina está sendo ressignificativa, e todos nós, sem exceção, estamos sendo obrigados a nos adaptar.

 Às vezes, acordo disposta e produtiva, e, em outras, dispersa e errante. E tenho de confessar, o sofá faz parte das duas fases. Eu, aqui da minha quarentena privilegiada de Alegrete, não tenho como conhecer seu estado de espírito, como também não conheço seu estado civil e muito menos seu estado de saúde. No entanto, há uma coisa a seu respeito que eu talvez saiba, e é sobre isso que me arrisco aqui: você está em casa, e possivelmente, no seu sofá.

 Apesar desse assento repleto de almofadas, às vezes ser enjoativo, ele pode ser considerado um companheiro. Você consegue chorar no seu sofá, consegue sorrir nele, consegue namorar, e até mesmo sonhar. Mas você não consegue viver. Assim, cabe falarmos que o contrário da vida não é a morte, o contrário da vida é o desencanto. E se você se encontrar eventualmente morto no seu sofá, eu compreendo, esses dias são frequentes. Porque você parou, o mundo parou, e parar não significa mais lazer, significa desencantamento.

 Essa conclusão sugere, que mesmo enfrentando esses meses dramáticos e apocalípticos, se sentir assim é inevitável, mas continuar assim é opcional.

Por Vitória Gonçalves é acadêmica do curso de Jornalismo na UFN e repórter-aprendiz na Agência Central Sul de Notícias.