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Uma “janela” para o céu

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Black Mirror é eixo de conferência do XXI SEPE

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A foto “Preparação Para uma Guerra” conquistou o primeiro lugar na categoria Profissional Cor no Concurso Fotográfico em 2017. Foto: Rafael Happke/Divulgação

A partir desta quarta-feira, 2 de maio, estão abertas as inscrições para o XL Concurso Fotográfico Cidade de Santa Maria e para o XLI Concurso Literário Felippe D’Oliveira, ambos promovidos pela Prefeitura e coordenados pela Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer. Apesar da data de início do período de inscrições serem as mesmas para os dois certames, as datas de término são diferentes, por isso, interessados em participar devem ficar atentos.

Em comemoração aos 160 anos de emancipação político-administrativa de Santa Maria, paralelamente ao concurso fotográfico e ao concurso literário, a Prefeitura promove duas oportunidades voltadas a descobrir novos talentos e estimular a participação de jovens estudantes do Município.

NOVAS EDIÇÕES

Prêmio Estudantil de Fotografia Santa Maria Cidade Cultura: Tem por objetivo apoiar e incentivar jovens estudantes a produzirem obras de arte na linguagem da fotografia. Podem participar alunos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio das escolas públicas e privadas de Santa Maria, inclusive dos distritos. Para saber mais sobre o certame, é indispensável a leitura do regulamento. O período de inscrição encerra no dia 09 de julho.

Prêmio Literário Estudantil de Redação Santa Maria Cidade Cultura: O objetivo deste concurso é estimular o trabalho das escolas na área de Literatura, desenvolvendo com os alunos, produções literárias na modalidade de redação, (narração ou dissertação) motivando-os a escrever sobre o cotidiano, valores culturais e o que representa a cidade. O período de inscrição vai até dia 08 de julho.

XL CONCURSO FOTOGRÁFICO CIDADE DE SANTA MARIA

Criado pela Lei Municipal n° 1974/78 e promovido pela Prefeitura, o Concurso Fotográfico “Cidade de Santa Maria” tem como finalidade incentivar a arte da fotografia e estimular o surgimento de novos talentos. A coordenação do certame é da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer e do Museu de Arte de Santa Maria (MASM).

A disputa abrange duas categorias (fotógrafo amador e fotógrafo profissional residentes em qualquer lugar do país) e três modalidades (Cor, Preto e Branco e temática sobre a cidade de Santa Maria). Cada participante poderá concorrer em uma categoria nas três modalidades.

 As inscrições e entrega das fotografias podem ser feitas no período de 02 de maio a 09 de julho, no Museu de Arte de Santa Maria (MASM) de duas formas. Pessoalmente, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 16h, ou ainda via correio (neste caso, considera-se a data da postagem). O MASM está localizado na Avenida Presidente Vargas, nº 1400, Santa Maria/RS. Mais informações pelo telefone (55) 3921-7090.

CRONOGRAMA:

Inscrições/Envio: 02 de maio a 09 de julho de 2018

Seleção: 30 de julho de 2018 a 02 de agosto de 2018

Divulgação dos resultados: 03 de agosto de 2017.

Premiação: 22 de agosto de 2017, na Câmara Municipal de Vereadores.

XLI CONCURSO LITERÁRIO FELIPPE D’OLIVEIRA

O Concurso busca homenagear a memória do poeta santa-mariense, além de estimular novas produções literárias nas modalidades Conto, Crônica e Poesia. O certame é dirigido a candidatos de nacionalidade brasileira, residentes no país ou no exterior.

Os candidatos poderão concorrer nas três modalidades literárias: Conto, Crônica e Poesia, obedecendo a um limite de até três trabalhos por modalidade. Ainda, os textos devem ser inéditos (sem publicação, nem premiação em outros concursos).

 A premiação concederá R$ 3 mil e certificado ao participante que conquistar o primeiro lugar em cada modalidade. Aos demais candidatos, classificados em 2º e 3º lugares, em cada modalidade, serão entregues certificados de participação. O regulamento prevê ainda um Prêmio de Incentivo Local em cada modalidade, no valor de R$ 2 mil, dirigido exclusivamente a candidatos naturais de Santa Maria ou residentes na cidade há mais de dois anos.

 As inscrições deverão ser entregues na Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer (na Rua Venâncio Aires, nº 1934 – Prédio da SUCV – 2º Andar junto a Sala da Lei de Incentivo à Cultura), no período de 02 de Maio  a 08 de Junho de 2018, das 8h às 13h e das 14h às 16h.  Mais informações pelo telefone (55) – 39217026.

 CRONOGRAMA:

Inscrições e envio de trabalhos:  02 de maio  a 08 de junho de 2018.

Seleção e classificação: de 26 de junho a 31 de julho de 2018.

Divulgação do resultado: 03 de agosto de 2018.

Premiação: 22 de agosto de 2018

Fonte: Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal de Santa Maria

À espera do ônibus… e da chuva em Santa Maria.
Foto: Áurea Evelise Fonseca

Dia de chuva em Santa Maria e os cidadãos, usuários do transporte coletivo, enfrentam mais uma dificuldade. O abrigo da rua José Bonifácio, adiante da Policlínica Wilson Aita, está sem a metade do teto. Em dias de sol, não oferece sombra para os usuários e, em dias de chuva não oferece proteção. E, certamente, não é o único à espera de providências do poder público.

 

Márcio Tascheto utilizou elementos da série Black Mirror para embasar sua fala no XXI SEPE. Foto: Juliano Dutra

“O futuro não é um espelho negro – tecnologia, tempo, cidade” foi o título da conferência ministrada por Márcio Tascheto da Silva, na manhã desta sexta-feira, 06, no Conjunto I do Centro Universitário Franciscano. Graduado em História pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e doutorado em Educação pela UFRGS, Márcio usou a temática apresentada na série britânica “Black Mirror” como base para sua apresentação, separando-a em três eixos: tecnologia, tempo e cidade.

O professor buscou desconstruir a conotação sombria e pessimista criada por Charlie Brooker em seu seriado, dando foco as inúmeras possibilidades oferecidas pelas inovações do ramo digital.

Quanto à tecnologia,  destacou duas consequências de sua existência: a tecnofobia (medo e superstição acerca dos meios digitais) e tecnofilia (dependência e crença na salvação da humanidade a partir do uso tecnológico). Também dá ênfase aos quatro tipos de leitores citados no trabalho de Lucia Santaella, uma das principais estudiosas da semiótica do país: o leitor contemplativo, movente, imersivo e ubíquo. Os dois últimos se referem ao estilo de leitura desenvolvido na era digital, sendo a ubiquidade uma característica predominante na atualidade, por meio da qual se está conectado aos acontecimentos em tempo real e de maneira onipresente.

A quebra da linearidade temporal englobou o segundo eixo, no qual, Márcio classificou o tempo como material plástico, o que implicaria sua constante modificação, ocasionando na desconstrução do passado histórico fixo. “O futuro também é ubíquo, já que está presente no dia a dia, embora mal distribuído”, disse ele.

A temática das subjetividades contemporâneas foi definida em cinco características: o endividamento, midiatização, securitização, representação e velocização; todos relacionados à modificação das rotinas modernas com relação ao ritmo acelerado da atualidade. Nesse contexto, o professor apresenta a cidade no centro das possibilidades educativas e frisa a importância do projeto “Cidade Educadora”, que foi adaptado para a UPF com o nome “UniverCidade Educadora” e conta com a iniciativa “Vidas em Movimento” (registros de moradores da cidade de Passo Fundo) e o aplicativo “Rotas Literárias”, um game inspirado nos jogos de mistério, que auxilia na formação de leitores e admiradores da literatura brasileira.

 

Foto: Júlia Trombini. Lab. Fotografia e Memória
Eduardo Costa, professor na UFSC. Foto: Júlia Trombini. Lab. Fotografia e Memória

O que pode ser considerado uma cidade inteligente? De acordo com o professor Eduardo Costa, é uma cidade construída nos pilares da Infraestrutura, Economia Criativa, Sustentabilidade e Colaboração. Esse foi o tema da conferência de abertura do 20º Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepe) da Unifra, que começou na manhã desta quarta-feira, 5 de outubro, e segue até 7 de outubro, com diversas atividades.

O professor da disciplina Cidades Inteligentes da Universidade Federal de Santa Catarina diz ainda buscar respostas para uma cidade sustentável em meio ao crescente processo de urbanização. “É preciso pensar em bairros onde você possa trabalhar, viver e se divertir”, afirma. Para essa urbanização inteligente, Costa apresenta três características de uma Cidade Mais Humana, Inteligente e Sustentável (CHIS) e faz uma crítica: “O carro não pode ser o rei da cidade”.
No âmbito de Santa Maria, Costa que também é doutor em Eletrônica, aponta três elementos para a cidade se tornar uma CHIS: implantar um bairro humano, inteligente e sustentável (BHIS) na cidade, investir no empreendedorismo dos jovens universitários e mudar a narrativa do município para uma perspectiva positiva. Para ele, toda a mudança é possível de ser feita e, em Santa Maria, não é diferente, já que ele aponta a cidade como a melhor para empreender no Sul do país.
Campanha eleitoral começa a tomar as ruas em busca de votos. Fotos: Gabriel Oliveira (Lab. Fotografia e Memória)
Campanha eleitoral começa a tomar as ruas em busca de votos. Fotos: Gabriel Oliveira (Lab. Fotografia e Memória)

O início da semana nas ruas de Santa Maria já evidencia a mobilização em busca de votos.  Equipes de políticos faziam a panfletagem  e gravações de vídeo de campanha na praça Saldanha Marinho.

A ACS conversou com militantes do Partido dos Trabalhadores (PT), que ressaltaram a importância dos panfletos – popularmente conhecidos como “santinhos” – na campanha política. “É um material que tem bastante significado para a campanha. A fixação do número dos candidatos para o dia de votação é o maior motivo da nossa panfletagem. É aquele momento em que o cidadão quer lembrar do número em que quer votar e leva consigo a “cola” – nesse caso, o santinho”, argumenta Célia responsável por uma das bancas na rua. Quando questionadas sobre como é a abordagem das pessoas que passam pela praça Saldanha Marinho, elas dizem que “é uma abordagem para a aproximação das pessoas conosco. Por exemplo, nosso candidato à prefeitura é o Valdeci Pereira, que já foi prefeito da cidade por dois mandatos. Trazemos às pessoas as ações dos mandatos passados, bem como as propostas para essa nova eleição”.

O argumento não é diferente nas bancas dos outros partidos. As eleições serão no dia 2 de outubro e a campanha eleitoral – que envolve panfletagens, propagandas na televisão, carros de som, entre outros – é permitida até às 22h do dia 1º de outubro.

De diferentes culturas, tradições e paladares,  aromas e sabores diversos, influenciado por antigas tradições ou hábitos contemporâneos, por diferenças no preparo, tipo de grão ou acompanhamento, o café  seduz há milênios as pessoas, levando-as, também, a prestigiar cafeterias.

O hábito de tomar café tem um caráter ritualístico durante o trabalho, os estudos ou a leitura.”Quando vou fazer a leitura de um livro, estou sempre com uma caneca de café junto. Já é algo automático“, declara a estudante Jamille Colleto.

Usado muitas vezes como pretexto para uma reunião, o café junta amigos e pode render uma tarde de conversas e risadas, “muitas vezes eu e minhas amigas no reunimos para conversar, geralmente sobre livros que lemos, e acabamos tomando café“, diz Jamille.

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Foto: Reprodução

 

Café: o mocinho

O que muitos ainda não sabem é que o café pode ser benéfico para a saúde e para a prevenir enfermidades, como esclarece a nutricionista Ana Paula: “O café é visto pela nutrição como um alimento funcional, porque ele tem uma série de benefícios. Ele excita nosso sistema nervoso central, então a gente fica mais focado, mais concentrado, é bom para melhorar o desempenho físico, ele melhora o humor. E atua na prevenção de doenças, como diabetes tipo 2, câncer, Alzheimer, Parkinson“.

Não há quem não possa tomar café, o cuidado que se deve ter é com relação à quantidade consumida. “Tudo na nutrição tem um ‘mas’, qualquer alimento se controlado é bom, mas se for em excesso, de mocinho passa a ser vilão. O café, se tomado em quantidade controlada, é mocinho, se tomar demais passa a ser vilão e maléfico para saúde”, explica a especialista.

Além disso, existem grupos de risco que precisam manter cuidado no consumo, como hipertensos, alerta Ana. “O café aumenta a pressão arterial. E as pessoas que já tem problemas gástricos  também devem consumir em quantidade menor”. A nutricionista ainda complementa: “o café deve ser em consumido entre três ou quatro xícaras por dia, o que define a quantidade de xícaras, é a quantidade de cafeína. Outros alimentos como o chocolate, possui cafeína, então se você come chocolate no dia, diminua a quantidade de café”.

As Cafeterias em Santa Maria

Foi em Meca que surgiram as primeiras cafeterias, conhecidas como “Kaveh Kanes”. Cidades como Meca, eram centros religiosos para reza e meditação e a religião muçulmana proibia o consumo de qualquer tipo de bebida alcoólica. Assim, as “Kaveh Kanes” se transformaram em locais onde era possível se passar à tarde conversando, ouvindo música e bebendo café. As cafeterias tornaram-se famosas no Oriente pelo seu luxo e suntuosidade e pelos encontros entre comerciantes, para lazer ou reuniões de negócios.

Na região centro de Santa Maria, em volta do Calçadão, há 6 cafeterias, que propiciam ambientes para reuniões e lanches e com praticidade e conforto oferecido, o ambiente chama os mais jovens, principalmente os estudantes.”Eu faço faculdade na UFSM, após as aulas, pego ônibus lá fora e desço aqui no centro, então passo todos os dias na frente das cafeterias que tem pelo Calçadão, e não consigo resistir. De duas à três vezes por semana eu faço lanche em uma delas, mesmo que não tenha muito tempo, passo para pegar um café. Não tem como resistir passar pelas vitrines das cafeterias e ver todas as variedades de doces e salgados“, fala Jamille.

Foto: Válery Monteiro
As cafeterias são o ponto de encontro dos mais jovens durante a tarde.

Em uma conversa com a gerente de uma das cafeterias que fica junto a uma livraria, no Calçadão, Paloma Salazar conta que o antigo hábito de se encontrar para tomar café e conversar ou ler livros, continua forte.

O pessoal mais jovem, que aproveita para fazer um lanche enquanto conversa com amigos e também os que vão a trabalho, para pequenas reuniões estão sempre por aqui, mais à tardinha, quem sai da faculdade também, vem conversar, é o ponto de encontro do pessoal, até mesmo com os professores. Pela parte da tarde quem comparece, são advogados. Não para reuniões, mas no momento de descontração, ou uma conversa informal. No horário da saída dos colégios,  têm vindo crianças fazer um lanche”, comenta Paloma.

 Para beber e aprender

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Foto: Válery MonteirPara beber e aprenderPara beber e aprender

“O que é bom de também as crianças estarem vindo aqui, é que para chegar até aqui, passa primeiro pelos livros, então o incentivo à leitura já começa aí. Muitas estão aqui fazendo lanche e descem para o espaço criança que tem, e ficam brincando ou vendo os livros, e isso é muito legal.”

 Foto: Válery Monteiro
Segundo Paloma, o “Café Anabeth” é o mais pedido entre o público jovem.

O que mais chama atenção também na cafeteria é o cardápio, que pode até parecer apenas lanches normais, mas quando o pedido é realizado, a brincadeira começa.
“É interessante  que o nosso cardápio possui nomes de livros, tu vai pedir um lanche e é ‘a galinha ruiva’, se tu vai comer um wrap é ‘orgulho e preconceito’, é divertido porque é o conjunto da livraria com o café. Fica esse jogo engraçado porque chama todo mundo.”

Foto Válery Monteiro
Ao olhar para o cardápio, o cliente se depara com nomes de livros para as bebidas e as comidas.

 

 

 

 

 

 

*O site da ABIC (Associação Brasileira da Indústria de Café), traz instruções normativas relativas ao café, notícias e estatísticas sempre atualizadas a respeito do assunto.

 

Por Válery Monteiro, para a disciplina de Jornalismo Online

O Brasil é campeão da automedicação. Genéricos ou de marca, com ou sem prescrição, continuam a ser comprados em farmácias reais ou virtuais. Foto: Válery Monteiro

A automedicação é uma prática muito comum entre os brasileiros. Ao sinal de qualquer sintoma, é comum ir a uma farmácia para resolver dores de cabeça, de garganta, febre ou dor de estômago, muitas vezes com um paliativo, já que sem a indicação correta, estamos suscetíveis a errar.

Analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos são os campeões de procura nas farmácias, “alguns clientes ainda perguntam ao farmacêutico, pedem indicação e informação sobre os medicamentos, mas a maioria já vem com o nome certo do que quer, porque já estão acostumados a tomar sempre”, relata Lauzimar, gerente da farmácia central do Calçadão da cidade.

Os funcionários estão acostumados com clientes que chegam à procura de indicações de medicamentos, “quando são essas coisinhas cotidianas que todo mundo tem, como dor de cabeça ou garganta, a gente indica algum medicamento. Na falta de sabermos o que a pessoa tem, a gente recomenda a visita ao médico, aí perguntamos se é reincidente, se a pessoa tem sempre, a gente tem esse cuidado de perguntar e atender bem o cliente. Se realmente não sabemos como ajudar, como proceder, aconselhamos que a pessoa vá ao médico, porque só ele poderá dizer ao certo o que é e como agir, o que tomar, como e quando tomar”, diz Lauzimar.

Muitas vezes, os farmacêuticos e funcionários são pressionados pelos clientes que desejam comprar medicamentos sem a receita médica, “muitos deles batem o pé e engrossam a voz, mas a gente não vende, não tem jeito”.

Com o objetivo de ampliar o controle sobre a comercialização de antibióticos orais e injetáveis, para contribuir com a redução da resistência bacteriana na comunidade, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), incluiu os antibióticos na Portaria SVS/MS nº. 344/98, que lista as substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial no Brasil.  “Esse fato aumentou a venda de anti-inflamatórios”, diz Luciano, funcionário de outra farmácia.

Ao caminharmos pela farmácia encontramos lembretes aos clientes dos riscos da automedicação. Foto: Válery Monteiro
Mais avisos aos clientes. Foto por Válery Monteiro

Luciano, alerta também, para os clientes que querem que a farmácia seja um hospital, “se é uma dor de estômago, ou má digestão após um final de semana, é tranquilo, mas têm clientes que querem que nós sejamos os médicos. Nós não temos a formação do médico, a gente só sabe um pouco, da vida, de trabalhar aqui na farmácia, e da nossa formação, mas é diferente da do médico, claro, e os clientes não entendem isso”.

O  cliente frequente, que faz uso de medicamentos controlados tem consciência da necessidade do documento, Lauzimar explica que sempre há uma conversa com o cliente que acredita que por fazer um tratamento, não há a obrigação de apresentar receita. “Como a gente tem o SNGPC (Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados”, todos os dias a farmacêutica dá baixa nas receitas, nós não fazemos esse tipo de venda, existem ainda farmácias que fazem isso, mas não é o nosso caso”.

 

Foto por: Válery Monteiro
Foto: Válery Monteiro

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por Válery Monteiro para a disciplina de Jornalismo Online

Jorge Melguizo e Roberto Gómez de la Iglesia. Foto: Guilherme Benaduce

A comprovação de que crises podem convergir em soluções criativas foi o tema do painel que o Centro Universitário Franciscano promoveu na noite de ontem,02, no salão de atos do conjunto I da instituição e, também, da reunião de trabalho da manhã de hoje que aconteceu na sala do Conselho Universitário e reuniu representantes de diversos setores, público e privado, da cidade de Santa Maria, de São Vicente e de São Francisco de Assis.

O painel que iniciou às 19h de ontem, e se estendeu até as 22:30,  teve como painelistas o jornalista Jorge Melguizo da cidade de Medellín- Colômbia e o professor Roberto Gómez de la Iglesia, da cidade de Bilbao-Espanha, sendo mediado pelo repórter Daniel Scola da rádio Gaúcha e RBS, que apoiou o evento.

Roberto Gómez  é economista e diretor da C2+i, empresa que presta consultoria cultural, deu início ao diálogo explanando sobre a constante mudança que a sociedade enfrenta em todos os seus setores. Para ele, as cidades necessitam encontrar  elementos de sua identidade para modificar sua condição. “Cada cidade tem sua identidade, seja ela no setor de inovação, sustentabilidade ou convivência. Bilbao não pode ser exemplo para os outros, mas sim, ser visto como experiência”, afirmou. A cidade enfrentou problemas estruturais e a crise econômica  na década de 80 e o diferencial, segundo ele, foi ver na dificuldade uma oportunidade para o crescimento e desenvolvimento, tornando-se uma referência mundial.  Ele salientou políticas de base que iniciam uma modificação como, promoção econômica, aprendizagem e inovação, marketing e, claro, cultura, dizendo que só a partir destas bases se pode pensar em regeneração, modernização, transformação econômica e projeção no exterior. “A cultura é a base da concepção de valores. E valores culturais são as bases para os valores econômicos.”

Já o jornalista e gestor cultural, Jorge Melguizo  apresentou problemas críticos da sua cidade, Medellín, e as soluções para enfrentá-los. A cidade apontada como uma das mais violentas do mundo, hoje tem índices muito abaixo da violência imposta pelos carteis de drogas na década de 90.  Criticando a cultura da troca de favores e privilégios políticos, ressaltou que ela implica na escassez de recursos e na limitação da prática cultural.

Baseado em três fatores, a realidade foi modificada e, ainda hoje, são as definições de Medellín: a inclusão, o capital e a oportunidade. Com investimentos de 5% do PIB da cidade em cultura, lazer, segurança, projetos sociais e educativos, os níveis de criminalidade diminuíram, “insegurança não é o contrário de segurança, e tão pouco se combate insegurança colocando mais policiais, mas sim construindo a convivência entre a sociedade. E se constrói convivência com este tipo de projeto públicos”, afirmou.

O jornalista ainda falou que o setor público, o setor privado e a comunidade devem trabalhar coletivamente  para solucionar problemas públicos. E devem se integrar para achar uma causa, um foco comum. “ Os problemas são multidimensionais, não queiramos nós que as soluções sejam dimensionais. Devemos parar de pensar que o problema da educação é só do setor da educação separadamente. E sim fazer interagir vários setor públicos e privado e, o mais importante, a sociedade, ou seja, coletivamente.”

Com muito humor durante e depois de cada palestra, os palestrantes ainda responderam perguntas da plateia e de alunos que enviaram via Facebook, como questões de segurança, prioridades e capital para essas mudanças e cada uma deixou sua opinião sobre o que pode ser iniciado na cidade de Santa Maria. Roberto, afirma que: “devemos pergunta, se queremos respostas criativas, devemos perguntar criativamente.”, Jorge disse que “ escutar, escutar pessoas dos bairros, pessoas do centro, sempre escutar, e a partir dito, atuar.”
Representantes de diversos setores de Santa Maria estiveram reunidos na manhã de hoje na Unifra. Foto: Mark Braunstein

Cidades para pessoas

As questões debatidas no painel foram retomadas na manhã de hoje,03, durante a reunião de trabalho  presidida pela reitora da Unifra, Irmã Irani Rupolo, e coordenada pelo professor Abdon Barreto Filho. Com a proposta de uma escuta coletiva, os presentes questionaram os palestrantes sobre os processos que conduziram às transformações nas duas cidades.
Ambos salientaram que cada cidade é única, assim como as estratégias encontradas para resolver seus problemas. No entanto, segundo eles, as transformações só acontecem se a construção  for coletiva e cidadã, ainda que constituir cidades coletivamente inovadoras seja mais difícil.
Tendo como foco a noção de que é necessário construir “cidades para pessoas”, os palestrantes salientaram ser necessário saber para onde se vai numa administração pública, onde se quer chegar, ouvir todos os setores questionando o que falta e quem falta, ouvir principalmente os críticos, porque estes além de terem boas ideias, têm também grande parte de razão – ” só se constrói quando se conversa e quando se ouve o que não se quer escutar”, enfatiza Roberto Gomez . Também salientaram a necessidade de focar na educação transformadora, lembrando que elas passa por caminhos pouco tradicionais, a necessidade de saber conduzir o processo de trabalho entre diferentes, reconhecendo competência distintas e especificidades.
Sobre Santa Maria, os  palestrantes salientaram a possibilidade da cidade vir a funcionar como um grande laboratório urbano de referência capaz de projetar o futuro. Cabe ao trabalho coletivo entre poder público, privado, universidades e comunidade definirem que referência será essa, coisa que só o diálogo assegurado pode responder.

 

Nesta quarta-feira,4, a população de Santa Maria poderá votar quais são as prioridades para a destinação de recursos  da cidade. No Processo de Participação Popular Cidadã – Consulta Popular, os santa-marienses deverão escolher quatro projetos ou programas, que vão ser executados pelo Governo do Estado em 2013. Os projetos são divididos em seis áreas e serão realizados na região central do Rio Grande do Sul.

As urnas para a votação estão distribuídas em escolas, bancos, sindicatos e lojas. Outra opção de votação é através do site http://www.vpr.rs.gov.br/, das 8h à meia noite.

Confira as Opções

Cultura e Inclusão Digital

1. Apoio ao programa Gaúcho de Banda Larga

2. Construção e Reformas dos Espaços Culturais

3. Apoio a Eventos Culturais

Desenvolvimento Rural

4. Agroindústria Familiar – Sabor Gaúcho

5. Apoio a cadeia produtiva de leite

6. Apoio à Fruticultura

 Saúde

7. Fortalecimento da Infraestrutura do SUS no RS

 Segurança Pública

8. Realização das Funções de Polícia Ostensiva e Preservação da Ordem Pública

9. Prevenção e Combate a Incendio; Realização de buscas e salvamentos e de atividades de Defesa Civil

10. Realização das Funções de Polícia Judiciária para a Prevenção e Repressão Qualificada ao Crime

 Turismo, Esporte e Lazer

11. Desenvolver ações de Promoção à Saúde, Recreação e Lazer

12. Regionalização do Turismo

 

Educação Básica, Profissional e Técnica

13. Ampliação Conservação e qualificação dos espaços físicos, do mobiliário e dos equipamentos

14. Modernização e qualificação dos recursos de apoio, equipamentos didático-pedagógicos e do acervo bibliográfico

15. Qualificação dos espaços pedagógicos e implantação/implementação de laboratórios