Santa Maria, RS (ver mais >>)

Santa Maria, RS, Brazil

jornalista

Consegui colocar uma bandeira LGBTQIA+ em um lugar de destaque

Jovem do olhar sensível para fazer leituras do cotidiano e dos sujeitos, co-criador do Maria Cult e repórter do Gay Blog Brasil, este é Deivid Pazatto. Santa-mariense de nascença, jornalista de formação e ativista LGBTQIA+ na

Caravana do Esporte promove debate sobre jornalismo esportivo

Uma conversa com os jornalistas Alice Bastos Neves, Luciano Périco, Maurício Saraiva e Tiago Cirqueira, ocorreu na última sexta-feira, 19, no salão do Júri da Universidade Franciscana. A caravana apresentou alguns temas na hora do debate,

Caravana do Esporte visita a Universidade Franciscana

Nesta sexta-feira, 19, a Caravana do Esporte da RBS estará presente na Universidade Franciscana para um bate-papo entre comunicadores da emissora e estudantes. A realização contará com os jornalistas Alice Bastos Neves, Luciano Périco e o

A outra história de Maria Bonita

Na noite de quinta-feira, 9 de maio, quem esteve no palco do Livro Livre foi a escritora e jornalista Adriana Negreiros. A seu lado, a também jornalista do Diário de Santa Maria, Pâmela Matge. Adriana é 

A lucidez de Eliane Brum

Na noite de hoje, 01 de maio, a jornalista, escritora e documentarista Eliane Brum foi ouvida por uma plateia atenta que lotou o anfiteatro do hotel Itaimbé. A vinda da jornalista foi planejada para integrar a programação

Jornalistas: mulheres são a maioria e ganham menos do que os homens

A pesquisa da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), sobre o perfil do jornalista brasileiro, mostra que ainda há uma situação desconfortante para as profissionais da categoria do sexo feminino. A pesquisa aponta que 64% dos profissionais

7 de abril, dia do jornalista

O jornalismo acontece do manuscrito à máquina de datilografia, ao pc, ao notebook, ao smartphone, às transmissão via satélite ou a cabo. Acontece no rádio portátil à rádioweb,  nas tvs analógicas ou nas digitais, é potencializado

Natural de Sant’Ana do Livramento, Alam Carrion ingressou no curso de Jornalismo na Universidade Franciscana em 2017. Desde sempre fascinado pela comunicação, Carrion conta que seus planos iniciais não eram esses, mas o encantamento pelo curso fez com que o concluísse e seguisse na profissão. “Inicialmente eu queria Publicidade e Propaganda. Acreditava me identificar mais. Porém as opções eram diurnas e eu precisava trabalhar. Como eu sempre gostei de comunicação, em especial o jornalismo esportivo, escolhi o Jornalismo e não me arrependo da escolha”, explica o jornalista. Hoje ele afirma que gosta de sua profissão, “principalmente ajudar o pessoal aqui na rádio, na produção dos programas, como o Titular da Rede”, completa ele, que é técnico do laboratório dos cursos de comunicação na UFN.

O jornalista participa das transmissões ao vivo da Rádio Web UFN. Foto: Arquivo pessoal.

Dentro do curso de Jornalismo, o primeiro laboratório que Carrion teve contato foi o LaProa, laboratório de produção audiovisual, atualmente chamado LabSeis. Após o contato com o audiovisual, ele se questiona: “Acho que eu sou muito mais do áudio do que do visual, não?”, e, assim, iniciou seu trabalho na Rádio Web UFN, durante um ano como estudante e depois como contratado. Desde então, todas as experiências com laboratórios do curso foram na rádio. 

Para ele, a  instantaneidade do rádio é um traço marcante. O egresso também conta que o interesse pelo jornalismo radiofônico veio de sua criação. Desde criança, ele sempre ouvia transmissões de futebol e coberturas pela rádio.  “Conheço todos os jornalistas da Rádio Gaúcha, que é a que eu sempre acompanhei. Sei as narrações de gols que ficaram na minha memória. Lembro das vozes de basicamente todos os jornalistas”, conta Carrion.

Carrion participou da Semana de Live: 3 passos para ser um católico melhor em 2023, produzindo conteúdos gratuitos para o Instagram junto com quatro catequistas. Foto: Arquivo pessoal.

Em 2020, o egresso apresentou o tema Segredos revelados: como a mídia tratou a Imagem do Papa Pio XII após o anúncio da abertura dos arquivos do Vaticano como Trabalho Final de Graduação (TFG). Encantado por história desde sempre, ele relata que a temática foi escolhida por meio do anúncio do Papa Francisco para a abertura do arquivo do Vaticano a respeito do tempo de exercício do Papa Pio XII. “Conheço muito a biografia de Pio XII e me interessei em como a mídia ia cobrir, como a mídia ia tratar a imagem dele”, explica Carrion. Em seu TFG, ele buscou contrapor as narrativas jornalísticas, tentando mostrar que a apuração da notícia deve trabalhar os dois lados da história. “Peguei uma matéria e a detalhei, parte por parte, mostrando que o jornalista estava muito mais tendencioso do que propriamente praticando o jornalismo de maneira não imparcial, mas para que a reportagem não pendesse para o lado mais neutro e isento o possível. Quis trabalhar muito a questão da diferença daquilo que é imparcialidade, o que é quase impossível”, completa ele. 

Atualmente, além de trabalhar na Rádio Web UFN, ele ainda trabalha como produtor de conteúdo no Instagram. Carrion conta que começou no Facebook. “Quando eu era mais jovem, em 2012, criei um fã clube para uma banda católica que gostava muito. Em 2013, transformei o fã clube em uma página chamada Um Jovem Católico e foi assim comecei a trabalhar com a plataforma. Eu publicava frases de músicas e frases católicas, porém eu ainda não entendia nada sobre igreja católica”, relata ele. Após receber críticas de pessoas que não compartilhavam de seus mesmos ideais, o jornalista conta que começou a estudar mais o assunto e acabou se apaixonando pela igreja. Quando começou a estudar mais o funcionamento das mídias sociais, Carrion percebeu que se trocasse de plataforma seu trabalho alcançaria mais o público jovem. “Em 2018, abri uma página no Instagram e comecei a publicar caixinhas de perguntas, que me fizeram estudar mais, porque recebia perguntas sobre assuntos que ainda não sabia”, explica ele. Em 2019, Carrion decidiu deixar de lado o nome Um Jovem Católico e começou a se identificar com seu próprio nome nas redes sociais.

Em 2023, Alam Carrion palestrou o tema: Os desafios da evangelização na internet na ExpoCatólica, em São Paulo. Foto: Arquivo pessoal.

Nos dias atuais, o perfil oficial no instagram de Alam Carrion possui cerca de 319 mil seguidores. ”Hoje, minha conta é a que mais cresce no nicho católico e, com isso, aumenta a responsabilidade de saber que eu estou lidando com a fé de milhares de pessoas. Sempre coloco a  responsabilidade do jornalismo naquilo que eu faço. Ou seja, nenhum conteúdo meu, antes de ser postado, deixa de passar por algum critério de checagem. Então eu verifico se está conforme aquilo que a igreja ensina, se está conforme o catecismo da igreja. Dificilmente emito opiniões e, quando emito opiniões, eu procuro embasá-las naquilo que a igreja ensina”, explica o egresso.

Sua esposa, Ticyane Carrion, relata que ele sempre quis fazer a diferença na vida das pessoas e que seu trabalho no Instagram foi uma forma de ensinar e ajudar as pessoas. “A gente encontra poucas pessoas assim. Sempre que o Alam  estuda e aprende algo, ele já está transformando a informação para que possa ensinar de forma descomplicada”, conta Ticyane.

  • Perfil produzido no 1º semestre de 2023, na disciplina de Narrativa Jornalística, sob orientação da professora Sione Gomes.

Jovem do olhar sensível para fazer leituras do cotidiano e dos sujeitos, co-criador do Maria Cult e repórter do Gay Blog Brasil, este é Deivid Pazatto. Santa-mariense de nascença, jornalista de formação e ativista LGBTQIA+ na vida profissional e pessoal, está sempre se reinventando em sua trajetória. 

Gravação do programa Janela Audiovisual. Foto: Arquivo pessoal

Deivid foi bolsista pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) na Universidade Franciscana (UFN), o jornalista relembra o início de sua trajetória como acadêmico em 2015 com muito entusiasmo: “Eu lembro que a gente tinha aulas, com cerca de 42 alunos, então era muita gente, fazíamos um auê aqui dentro do curso, os estúdios lotavam”. Ele ingressou na graduação focado em trabalhar com televisão, pois: “quando era criança sempre ficava na frente da TV e pensava que eu podia fazer aquilo da minha vida depois que eu saísse do ensino médio. Como poderia trabalhar na televisão? Foi aí que surgiu o jornalismo”.  

No começo da Universidade decidiu que queria se encontrar, por isso optou por fazer parte do Laboratório de Produção Audiovisual (LaProa), atual Laboratório de Produção Audiovisual dos Cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda (LabSeis), onde começou a desenvolver alguns projetos na televisão. Entre estas atividades está o Toca da Raposa, programa sobre variedades desenvolvido pelos acadêmicos. Participou ainda do programa ‘Janela Audiovisual’, ao lado de Paola Saldanha, onde os estudantes apresentavam alguns filmes produzidos na disciplina de Cinema. Também atuou como repórter da Agência CentralSul, onde era colunista e teve a oportunidade de produzir sua primeira reportagem com uma personalidade conhecida no país inteiro, o cantor de queernejo, gênero musical emergente no Brasil que traz o sertanejo na perspectiva do público LGBTQIA+; Gabeu, artista indicado ao Grammy Latino com o álbum ‘Agropoc’ (2021) na categoria ‘Melhor álbum de música sertaneja’. Ele também relembra sua participação no Jornal ABRA: “Eu lembro que fiz uma pauta sobre a parada LGBTQIA+ da cidade, que acabou sendo capa do ABRA. Então eu fiquei muito feliz porque eu consegui colocar uma bandeira LGBTQIA+ em um lugar de destaque”.

Um episódio que o marcou durante a graduação foi: “Em um dos últimos vestibulares que participei da cobertura, estava cobrindo pela rádio. Sempre é realizado algumas perguntas para a Reitora Iraní Rupolo. O professor Gilson, que era quem coordenava as atividades da rádio, me deu uma dica sobre qual assunto abordar. Eu formulei então o questionamento e quando o realizei percebi que todos os repórteres ficaram me olhando”. Ele comenta que na hora não entendeu, mas depois percebeu que foi uma pergunta chave que todos queriam fazer naquele momento.

Gravação de matéria para o telejornal Luneta. Foto: Arquivo pessoal

Teve também experiências como estagiário enquanto ainda estava cursando a graduação, entre elas estão seu estágio Agência Guepardo, que ficava localizada na Incubadora da UFN, onde teve a oportunidade de desenvolver um pouco mais de suas habilidades no Photoshop. Da mesma forma integrou a equipe do Diário de Santa Maria, onde atuou como repórter da editoria de política. “Esse tema é algo que eu sempre gostei desde pequeno. Pude vivenciar três meses nesta editoria onde trabalhavam, eu e a Jaqueline Silveira, que era editora na época, auxiliava ela em muitas atividades. Desde notas, sondagem, entrevistas com os candidatos, pois era na época de eleição. Eram mais de cinquenta políticos, entre deputados estaduais e federais da região central. Fui atrás do contato de todas as pessoas e fiz uma listagem para conseguirmos conversar com eles”, relata o jornalista.

Deivid trabalhou em seu Trabalho Final de Graduação (TFG) com a temática ‘Pabllo Vittar: a mídia hegemônica na construção do corpo Queer’, onde ele explicou mais a fundo sobre como compreender a construção do corpo queer e da cultura drag queen bem como as relações de poder que se estabelecem em produtos audiovisuais da mídia hegemônica. Pabllo Vittar surge como objeto de análise, por compreendermos a artista como um corpo queer, devido a sua arte drag queen e a performatividade de gênero, entre outros elementos que perpassam seu corpo. “Eu via que havia abordagens muito erradas de como ela era tratada pela imprensa. Em diversos meios de comunicação era colocada em situações desconfortáveis. Claro que algumas drags têm os seus pronomes já estipulados para serem usados. Mas quando a gente imagina uma está personificada no feminino e então se espera que alguns pronomes sejam usados”, relata o jornalista. 

Após formado em 2018,  ingressou no curso de Especialização de Estudo de Gênero na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), onde seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) teve um tema similar ao de seu TFG, porém sendo desta vez voltado para o Município. ‘As referências culturais e estéticas na cena drag queen de Santa Maria (RS): Uma análise em um contexto de transição geracional’,  foi direcionado para a cidade no intuito de mostrar a cena Drag que teve uma época nas palavras de Deivid efervescente, onde: “Tinha alguns bares no Bairro Rosário que realizavam festas das drag queens, muito pelo fato de estar bombando aqui no Brasil. Então quis dar esse segmento para explorar um pouco mais o que era esta cultura no Município, por isso abordei estas as referências estéticas e culturais”. 

 Deivid Pazatto e Paola Saldanha na 1ª edição do Prêmio Maria Cult. Foto: Renan Mattos

Ele que a partir da cadeira de jornalismo cultural sentiu interesse sobre esta área do jornalismo, após formado idealizou, juntamente com a também egressa Paola Saldanha, um projeto voltado para o tema, porém com o foco local e independente, sendo este a Maria Cult. “A Maria nasceu para dar voz aos artistas independentes que estavam começando. Seja música, artes visuais, artes cênicas, entre outras áreas. Em janeiro de 2020 comecei a pensar em desenvolver alguma atividade jornalística, pois, já estava a praticamente um ano sem fazer nada. Construí um esboço e lancei a ideia para a Paola. Lembro que durante a faculdade a gente conversava sobre fazer alguma coisa juntos. Então realizamos algumas reuniões e fomos construindo o projeto”, explica Deivid. No dia 20 de janeiro realizamos o lançamento do Maria Cult no Instagram e Facebook, inicialmente era apenas uma agenda cultural, porém agora é um produto de jornalismo independente de Santa Maria. 

Durante sua trajetória também surgiu a oportunidade de trabalhar para o Gay Blog Brasil, maior portal de notícias LGBTQIA+ do país. “Eu lembro que estava mexendo no Linkedin, dia 20 de setembro, dia do gaúcho. Onde então vi uma vaga para esse trabalho remoto, na hora eu enviei meu currículo. No mesmo dia já realizei uma entrevista e no outro já estava trabalhando. Desde 2021 estou trabalhando no Gay Blog BR, por mais que seja um trabalho remoto, já tive a oportunidade de entrevistar muitas personalidades”, comenta ele. Suas matérias também tomaram proporções nacionais chegando até a serem replicadas em sites como UOL e Estadão. O namorado de Deivid, Lucas Yuri, relata que a trajetória dele até aqui é de alguém que: “Sabe onde quer chegar e os espaços que quer ocupar, levando sempre voz, visibilidade e oportunidades para todos os públicos”. 

Perfil produzido no 1º semestre de 2023, na disciplina de Narrativa Jornalística, sob orientação da professora Sione Gomes.

Uma conversa com os jornalistas Alice Bastos Neves, Luciano Périco, Maurício Saraiva e Tiago Cirqueira, ocorreu na última sexta-feira, 19, no salão do Júri da Universidade Franciscana.

Os jornalistas Alice Bastos Neves, Luciano Périco, Maurício Saraiva e Tiago Cirqueira. Imagem: Luiza Silveira

A caravana apresentou alguns temas na hora do debate, como a forma que o grupo RBS produz seu conteúdo,  como eles tentam passar suas informações, quadros do programa Globo Esporte, podcasts que estão em circulação, além da apresentação do novo quadro do Globo Esporte “Minha Raiz”, onde Alice vai ao interior do estado e assiste de perto a emoção de quem está torcendo para seu time sair da divisão de acesso do Gauchão. Também foi confirmada a terceira temporada da série “Vitórias”, esta que conta as histórias de superação das mulheres frente ao câncer. Alice contou sobre como foi gravar o GE de casa durante a quarentena enquanto fazia o tratamento contra o câncer, “eu parei, o mundo parou  porque veio a pandemia. Eu fiz todo o meu tratamento dentro de casa, do quarto que eu ocupava na casa dos meus pais, de lá entrava ao vivo todos os dias no GE. Voltei pra casa deles e fiquei com eles durante todo o tratamento. Quando estreamos a primeira temporada de vitórias, eu ainda estava carequinha e em uma nova conversa decidimos que, então, eu apresentaria o Globo Esporte sem a peruca que me acompanhava. Achei que era muito justo por todas as mulheres que passam por isso, e acabou repercutindo nacionalmente e internacionalmente. Foi uma atitude inicialmente motivada por algo pessoal, porém se tornou algo coletivo. Se uma mulher foi fazer o exame a partir desse conteúdo, estamos prestando um belíssimo serviço. Que bom que podemos tratar de todos esses temas, assim podemos transformar”.

Alice Bastos Neves, apresentadora do Globo Esportes. Imagem: Luiza Silveira

A acadêmica de jornalismo Caroline Freitas, contou que toda a conversa foi muito significativa: “Mas a parte que mais me tocou foi como eles conduziram a palestra. Trouxe uma aproximação de como é o dia a dia da carreira”. Para ela é necessário, na trajetória acadêmica, ouvir as experiências de profissionais da área. “O que me marcou muito no início da conversa, foi uma fala da Alice quando trouxe sua experiência acadêmica. Ela citou que fez outro curso durante sua graduação de jornalismo e disse que não podemos ter medo de experimentar, até decidirmos o que realmente queremos para nós”, acrescentou Caroline. A estudante também ressaltou que é gratificante ouvir frente a frente os profissionais que admira, “traz uma mistura de sentimentos. Mas o principal é que ouvi-los, bem ali na nossa frente, nos esclarece muitas dúvidas e inseguranças. Faz nos sentirmos no caminho certo”.

Tiago Cirqueira, gerente executivo Esporte do Grupo RBS. Imagem: Luiza Silveira

Miguel Cardoso, acadêmico do segundo semestre de Jornalismo, conta que para ele a palestra significou que está no caminho certo e que talvez o jornalismo não seja tão difícil quanto ele pensou que fosse no semestre anterior: “porque a conversa me mostrou que é possível ter contato com pessoas do tamanho deles. Eles mostraram humildade, falaram durante um grande período de tempo e isso me pegou de surpresa. Ainda mais pela parte do Tiago que fica por trás das câmeras, é algo que eu já pensei em fazer porque gosto da parte técnica. Ele conversou comigo depois da palestra e isso foi muito legal. Isso representou muita coisa para mim”.

Para ele as partes que mais o marcaram foram: quando o Jornalista Maurício Saraiva respondeu uma de suas perguntas sobre termos técnicos que são de difícil compreensão na TV aberta por ter todos os tipos de público e ele explicou como deveria proceder, além do sentimento de conhecê-los, “eu sou um grande fã da Alice, eu acho ela uma pessoa muito gentil. Foi legal tirar foto e conversar com ela. Mas principalmente o Tiago que mostrou que queria estar lá, ele fala muito bem. O Tiago falou de Counter-Strike, conversou sobre diversidade que é algo que precisa ser falado. Essa foi a primeira grande palestra da minha carreira”.

Maurício Saraiva, comentarista esportivo. Imagem: Luiza Silveira

O acadêmico Felipe Perosa está no segundo semestre de Jornalismo e, para ele, não foi uma palestra e sim uma aula, “significou muito, eles passaram tanto conhecimento que vão nos ajudar mais adiante e durante o curso de Jornalismo. Outras pessoas que estavam lá se interessaram pelo curso pois sentiram-se motivados. Eles são maravilhosos, inteligentíssimos e muito bons no que fazem”. A parte que o aluno mais gostou foi quando os jornalistas começaram a responder as perguntas, “eu acho que isso é muito importante, pois eles sabem o que estamos passando porque já fizeram a faculdade. Eles estavam ali dispostos a sanar nossas dúvidas em relação ao nosso futuro. Eu fiz duas perguntas que foram muito bem respondidas”, conta Perosa.

Para o acadêmico o sentimento de conhecê-los foi extremamente gratificante: “São pessoas que eu vejo na TV desde criança, pra mim é muito importante ver que eles existem, que eles são reais e que eu consigo chegar até eles. Eu acho que o principal medo da pessoa que quer entrar no jornalismo perder a humanização e acabar nos tornando robôs quando viramos famosos”.

Luciano Périco, narrador e radialista. Imagem: Luiza Silveira

A coordenadora do curso Sione Gomes explica que é de grande importância ouvir sobre  as experiências de quem está há mais tempo no mercado de trabalho, “profissionais que estão no dia a dia da profissão e que sentem a realidade de ser jornalista. É fundamental para os novos jornalistas enxergar na realidade o que se fala na sala de aula, aquilo que trabalha-se de forma experimental, laboratorial e espelhar-se nessa realidade. A vinda deles na academia, na universidade, contribui de uma forma gigantesca, tanto neste sentido na troca de experiências quanto no de relatos vivenciados por esses jornalistas. Para que estes profissionais tornem-se exemplos e referências para os acadêmicos seguirem e aprimorarem-se enquanto acompanham o desdobrar destas trajetórias. É sempre muito importante esse tipo de visita”, concluiu Sione.

Nesta sexta-feira, 19, a Caravana do Esporte da RBS estará presente na Universidade Franciscana para um bate-papo entre comunicadores da emissora e estudantes. A realização contará com os jornalistas Alice Bastos Neves, Luciano Périco e o gerente executivo de esportes, Tiago Cirqueira.

Conversa com os Jornalistas Alice Bastos Neves, Luciano Périco e Tiago Cirqueira. Foto: Divulgação

Tiago Cirqueira, gerente executivo do Esporte do Grupo RBS desde 2019, começou a atuar como trainee na emissora em 2012. Formado em 2011 na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ele nos conta que a proposta da Caravana do Esporte é aproximar o Esporte do grupo RBS de todo o estado do Rio Grande do Sul. “Aproveitamos uma série do Globo Esporte que estamos fazendo no interior junto com o projeto Bola na Rua, em parceria com o Bola nas Costas. Aproveitamos isso para nos aproximar dessas cidades em outras camadas, entramos em contato com universidades e proporcionamos uma conversa. Assim como vai ser o caso desta sexta-feira com vocês da UFN e as outras universidades de Santa Maria que também podem participar”, explica Cirqueira.

Na conversa será possível a colaboração de acadêmicos e docentes das universidades convidadas, um debate sobre como o jornalismo esportivo da emissora é produzido e a percepção de quem consome estes produtos: “Nós vamos apresentar o que é o nosso fazer, por que fazemos, qual é o nosso objetivo com aquilo que produzimos. Então poderemos ouvir muito de quem hoje está na academia e obviamente olha para esse conteúdo com olhar da teoria e da prática, mas que daqui a pouco vai estar no mercado conosco. Estes que tem outras necessidades de consumo da geração que já está no mercado e que podemos complementar, desenvolver e crescer junto para formatar o que vai ser a indústria de mídia, o jornalismo profissional, a produção de conteúdo esportivo do futuro”, acrescentou o jornalista.

Para Tiago é um imenso prazer estar participando deste projeto por que proporciona o crescimento do jornalismo esportivo do grupo RBS no interior do estado. “Além disso, é um grande orgulho e dever como jornalista formado voltar a universidade para, de certa forma, devolver um pouquinho e tentar contribuir minimamente que seja com o desenvolvimento desse ambiente em que estamos inseridos. É a única forma de mantermos o Jornalismo vivo sendo extremamente importante e relevante para a sociedade, podendo reconhecer o que cada um pode contribuir, trabalhar para que o Jornalismo permaneça colaborando para a sociedade e mantendo nossa crença na produção de informação profissional, para contribuir com a sociedade da melhor forma”.

Os comunidores Alice Bastos Neves e Luciano Périco também estarão presentes. Alice é a atual apresentadora do Globo Esporte, programa que vai ao ar de segunda a sábado após o Jornal do Almoço.  Ela formou-se em Jornalismo no ano de 2005 pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Já Lucianinho (como é conhecido pela imprensa gaúcha) é repórter da RBS desde 1998, onde iniciou sua carreira como estagiário na Rádio Gaúcha ainda durante a graduação na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

O evento é gratuito, aberto ao público e será realizado no 3º andar do Prédio 13 – Conjunto III da Universidade, às 17h30. O público alvo são os acadêmicos dos cursos de comunicação tanto da UFN, quanto da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

“Só o conhecimento nos leva a quebrar paradigmas”, diz Adriana. Foto: Beatriz Bessow/LABFEM

Na noite de quinta-feira, 9 de maio, quem esteve no palco do Livro Livre foi a escritora e jornalista Adriana Negreiros. A seu lado, a também jornalista do Diário de Santa Maria, Pâmela Matge. Adriana é  paulista de nascença, mas criada no Ceará. A autora do livro Maria Bonita: sexo, violência e mulheres no cangaço,  conta a saga de Maria Gomes de Oliveira, a cangaceira mais famosa da história nordestina.

Adriana explica que cresceu ouvindo sua avó contar histórias sobre os cangaceiros e sobre como vivia com medo, porque eles eram grupos armados que cometiam crimes e violências por onde passavam. O mais conhecido  foi Lampião, marido de Maria Bonita, de quem todos contam as histórias, porém, a escritora revela que surgiu a curiosidade pessoal, histórica e jornalística de como seria o ponto de vista de Maria Bonita, o que logo se tornou sua missão feminista.

A história diz que Maria era casada com um mulherengo impotente que sempre a traía, e que quando ela reclamava disso, ele a agredia. O que a tornava uma mulher transgressora de quem todos falavam, era o fato de que Maria Bonita também traia o marido e falava para quem quisesse ouvir que preferia estar com um homem valentão. Foi quando Lampião chegou na cidade de Maria e foi recebido pelo pai dela. Logo parou nos ouvidos de Lampião que ela queria ir embora com os cangaceiros. Lampião concedeu seu desejo. Segundo a jornalista, Maria Bonita queria fugir da situação ruim em que estava e o único jeito que encontrou foi o de se colocar em outra.

Já no cangaço, Adriana afirma que os homens eram os mais vaidosos. Eles exibiam seus chapéus e bolsas enfeitados do mesmo jeito que exibiam suas mulheres. Quanto mais enfeitada a mulher, mais poderoso era o homem. Como a água era escassa, era guardada para a higiene feminina. Já os homens, depois de estuprarem diversas mulheres e contrair doenças, não se lavavam tanto, pois as doenças eram um símbolo de virilidade.

A escritora também comenta que apesar de Maria Bonita ser vista como feminista hoje em dia, no cangaço não era bem assim. Ela era uma transgressora em relação ao comportamento das mulheres da época, mas não tinha a união com outras mulheres que o feminismo defende. Maria Bonita, diferente das outras que haviam sido sequestradas ainda quando crianças, queria estar lá.

Havia uma regra dentro do cangaço de que se a mulher traísse, ela deveria morrer, independente de se ela fosse estuprada ou não. Adriana conta que a mulher do cangaço mais feia era chamada de Cristina, e que certo dia alguém suspeitou que ela estivesse tendo um caso com o cantor e animador do grupo. Quando perguntada sobre isso, Maria Bonita disse que Cristina devia morrer, mesmo sem provas. Adriana explica que não é plausível que exijam dessas mulheres um ato feminista, pois elas eram vistas como objetos ou acessórios pelos homens, e como criminosas pelos policiais. Elas não sabiam o que era se unir contra alguma coisa.

A jornalista acrescenta sobre a falta de informações sobre as mulheres no cangaço, e que a principal informação encontrada era sobre as pernas de Maria Bonita. Mesmo nas crônicas dos cangaceiros ou pela imprensa da época, as mulheres eram narradas como se estivessem lá atrapalhando o tempo inteiro. As fontes só falavam da história dos homens.

Por fim, Adriana diz que no livro pode escrever como a nordestina que é. Também acredita que entre Lampião e Maria Bonita havia um pouco de amor, pois nos registros fotográficos ele sempre a colocava em destaque, coisa jamais feita por  cangaceiros que enxergavam a mulher como  enfeite. E, apesar de todo o massacre cometido por ele, não há registros de violência em relação a ela.

A escritora afirma que a pesquisa e produção do livro a transformou. Foi entendendo a vivência destas mulheres e estudando sobre filosofia que Adriana pôde afirmar que “feminismo é uma causa urgente e necessária”. Ela, que vem de uma época em que não se falava em feminismo, hoje fica feliz em poder dizer com orgulho que é feminista, e diz acreditar que se Maria Bonita vivesse hoje, possivelmente o seria também.

Veja mais no site da Feira do Livro.

Eliane Brum durante o Livro Livre. Fotos: Thayane Rodrigues/LABFEM

Na noite de hoje, 01 de maio, a jornalista, escritora e documentarista Eliane Brum foi ouvida por uma plateia atenta que lotou o anfiteatro do hotel Itaimbé. A vinda da jornalista foi planejada para integrar a programação do Livro Livre durante a 46ªFeira do Livro, e agendada inicialmente para o Theatro Treze de Maio. Os ingressos esgotaram no primeiro dia, levando à troca de local capaz de receber um público maior.

Eliane Brum se mostrou à vontade e agradeceu por estar em Santa Maria, segundo ela, uma intenção antiga sempre interrompida por uma agenda de compromissos múltiplos.  Iniciou com o cumprimento que revela o seu lugar de fala: – Mariele presente! Sob aplausos, ressaltou a impunidade que marca o Brasil da atualidade e a necessidade de não esmorecer na luta pela justiça.

Durante o bate-papo mediado pela jornalista Liciane Brun, Eliane Brum se diz uma contadora de histórias e que, ao contrário do que afirma a suposta objetividade jornalística, escreve “com o fígado”,  porque o texto “precisa passar pelas vísceras”.  Ao ser questionada sobre como se treina o olhar jornalístico, Eliane lembrou a famosa frase “notícia é quando o homem morde o cachorro”, de John B. Bogart, revelando que se interessa muito mais pelo cachorro que morde o homem, porque, segundo ela, “não existem vidas comuns, existem olhos domesticados, e, infelizmente, esses olhos são os nossos”.

A escritora relatou que passou 20 anos se preparando para sair das redações, porque queria ter um novo tipo de vida e conhecer seu próprio tempo. Trabalhou durante dois anos com a morte, buscando entendê-la, e passou 115 dias convivendo com uma mulher que tinha um câncer incurável. A frase dita pela mulher que fez Eliane perceber a importância do tempo foi: “quando eu tive tempo, eu descobri que meu tempo tinha acabado”.  Segundo a jornalista, foi nesse momento em que começou a pensar melhor sobre seu tempo, deixou coisas para trás e escreveu seu primeiro romance.

Sem meias palavras, a jornalista e escritora falou de como suas reportagens se voltam para os temas que ela considera fundamentais na vida. Disse nem sempre saber o rumo que as histórias tomarão, mas o fato da escuta atenta determina o lugar aonde chegar. Com a  lucidez que caracteriza os seus textos,  Eliane falou dos processos que a levaram a escrever como condição para existir.  Para ela, escrever é “incendiar com as palavras. Escrever para não matar e para não ser morta”. A jornalista falou da tristeza, da morte como condição da vida e processo de aprendizagem, da desesperança como lugar do existir, da necessidade de resistir e persistir.

“Precisamos voltar a encarnar as palavras”, diz Eliane Brum

Ambientalista, alertou para a responsabilidade coletiva diante das mudanças climáticas.  Ressaltou que não apenas a vida planetária está sendo destruída, mas que a herança deixada às gerações vindouras não será mais a de um planeta difícil, e sim a de um planeta hostil.

Ao se dizer nômade, falou também da sua opção por se instalar em Altamira, no Pará. Para ela, a Amazônia é o centro do mundo e a preservação da floresta é fundamental.

Há muitos anos Eliane Brum vem realizando reportagens sobre as populações ribeirinhas e indígenas assoladas pela exploração desenfreada e pelas fraudes dos grileiros naquela região.  A jornalista narrou o drama de pessoas e famílias que foram sendo alijadas de suas próprias histórias de vida  por grilagem ou pela construção de obras como a da barragem de Belo Monte. Há de lembrar que Eliane Brum sempre fez duras críticas aos governos petistas por ignorarem as realidades locais quando da construção das grandes obras. Hoje, ressaltando que as terras indígenas e ribeirinhas são públicas e asseguradas pela constituição federal –  e onde os moradores tem usufruto e não o direito de posse sobre elas -, a jornalista criticou o governo Bolsonaro pela perversidade com que vem deturpando o sentido das coisas no Brasil.  Ao ser questionada sobre o esvaziamento da palavra no Brasil, ressaltou que a criação do comum começa pela linguagem e o que o atual governo tenta desconstruir é justamente o sentido das palavras que asseguram a concretude do que é comum e público.

Nessa direção, ao referir o seu texto no jornal El País sobre o balanço dos cem dias de Bolsonaro como presidente, Eliane Brum voltou a criticar o novo governo. Segundo ela, se trata de um governo que faz oposição a si mesmo como estratégia de se manter no poder, sequestra o debate nacional, transformando o país todo em refém, e estimula a matança dos mais frágeis. Para ela, isso é a perversão.

Afirmando a paralisia que caracteriza a todos nesse momento do Brasil, e o esvaziamento das instituições que deveriam assegurar a democracia, ela defende que a resistência está na reinvenção do cotidiano, na capacidade de rir, de se reunir, de imaginar o futuro, porque somente a retomada da política é capaz de mudar o país.

Ela conta que as pessoas dizem que ela dá esperança ao povo. “A esperança é super valorizada, é um luxo que a gente não tem”, afirma. Os indígenas que conheceram o fim do mundo deles, ensinaram Eliane que a maior forma de resistência é a alegria, que é importante rir nem que seja por desaforo. “Eles nos destroem nas pequenas coisas, temos que lutar sem deixar nos arrancarem a alegria”, completa ela.

“Um espelho da alma brasileira”, como já foi chamada pelo jornal El País onde é colunista, Eliane fala que sempre buscou escutar as pessoas e duvidar de si mesma, só fazendo uma coluna se ninguém tivesse dito aquilo ou, pelo menos, do mesmo jeito que ela. Depois de 11 anos trabalhando no jornal Zero Hora e outros 10 na revista Época, optou por um projeto independente. Mora entre Altamira e São Paulo, faz palestras, segue fazendo reportagens e prioriza o que considera essencial – o próprio tempo.

Os livros de Eliane Brum estavam disponíveis para aquisição e autógrafos: A menina quebrada (2013),  Meus desacontecimentos, Uma duas (2011), A vida que ninguém vê (2006), O olho da rua (2ª edição 2017).

Colaborou Bibiana Rigão

 

 

A pesquisa da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), sobre o perfil do jornalista brasileiro, mostra que ainda há uma situação desconfortante para as profissionais da categoria do sexo feminino. A pesquisa aponta que 64% dos profissionais são mulheres e que apesar de ser maioria, ainda sim, ganham menos que os homens no mesmo cargo e que, os cargos de chefias são ocupados por homens.

A questão é analisada por Guilherme Howes, sociólogo, que afirma: “Esses aspectos, políticos, culturais e religiosos, construíram nossa sociedade com uma imagem masculina. Tanto nas revoluções, nos pensadores do renascimento e até mesmo na religião, temos um Deus pai.”

Para ele, as conquistas legislativas marcaram o século XX no que diz respeito aos direitos, igualitarismo e proteção às mulheres. Direitos como o do voto, igualdade de remuneração no trabalho e proteção contra a violência.  A partir da década de 40, às mulheres conquistaram pequenos, mas significativos avanços para uma igualdade ao lado dos homens, em comparação há vários séculos de estagnação. Mas, apesar deste avanço considerável em pouco tempo e serem assegurados por leis, às mulheres ainda esbarram numa sociedade construída por homens, tanto no aspecto cultural, político e até mesmo religioso.

O sociólogo avalia também haver uma relação unilateral dentro de nossa sociedade determina posições na estrutura social que fundamentam o homem com o ser principal e a mulher com ser secundário. Onde, ainda a mulher com os seus direitos estabelecidos e com uma reestruturação e ampliação do seu papel dentro da sociedade, continua sendo quem cuida da casa e dos filhos, não movendo as relações sociais.

A coordenadora Executiva da TV Unifra,  Mariangela Recchia  acredita que uma característica historicamente construída da mulher é a de ser conciliadora  e pacificadora. A mulher não reivindica seus direitos. “Essa questão das jornalistas é bem intrigante, pois, somos solidários com a causa dos outros. Se tem uma paralisação de qualquer categoria  lá estamos nós, solidários, mas e nossa?”, questiona.

Para o  jornalista e professor da Unifra, Maicon Elias Kroth,  é um processo. Ele acredita que  a categoria irá buscar regularizar, regulamentar e equalizar essas questões. “Não devemos ter diferenças. Temos os mesmos direitos e deveres.” Ele completa dizendo que “a mulher ganha espaços até hoje controlados pelos homens. Nós devemos sim, aproveitar essa aproximação que temos dos meios comunicativos para tentar modificar e ampliar o espaço das mulheres, e conscientizar a sociedade deste fenômenos.”

 

O jornalismo acontece do manuscrito à máquina de datilografia, ao pc, ao notebook, ao smartphone, às transmissão via satélite ou a cabo. Acontece no rádio portátil à rádioweb,  nas tvs analógicas ou nas digitais, é potencializado nas redes sociais e por todas as transformações tecnológicas que mudam aceleradamente os cenários no mundo.O que não muda é o  nosso compromisso de informar com honestidade e isenção  o público que nos lê, ouve e/ou assiste.  A Agência Central Sul de Notícias cumprimenta a todos os jornalistas que persistem nesse propósito!