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Páscoa

Feira do Peixe Vivo de Santa Maria está em 13 pontos da cidade

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Uma Páscoa teatral na Unifra

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A Páscoa e as diferenças culturais

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Páscoa solidária no projeto Catando Cidadania

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Nem todo mundo vivencia o espírito da Páscoa

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Dólar alto reduz a busca por pacotes de viagens

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Ovos artesanais e ovos “gourmet” estão em alta nessa Páscoa

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Atenção chocólatras, a Páscoa chegou

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Páscoa: inflação não deve afetar vendas nas lojas especializadas

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O produtor Sergio Dalpino garante a qualidade dos peixes. Foto: Laboratório de Fotografia e Memória.

A 27ª edição da Feira do Peixe Vivo teve início hoje, 16 e vai até a sexta-feira, 19. São 13 pontos para a comercialização do produto, com maior concentração de piscicultores na Gare da Viação Férrea.

A feira  fica aberta da 7h30min às 20h (na sexta, será das 7h30min às 12h), e a expectativa é a comercialização de 150 a 200 toneladas de peixe. A Associação de Piscicultores de Santa Maria (Apism) informa que os valores do quilo do peixe variam de R$ 8,50 a R$ 14,80, conforme a espécie do pescado.

O comprador poderá encontrar a Carpa Prateada e  a Carpa-Húngara a R$ 10,60; a  Carpa-Capim custa R$ 14,20 e a Carpa Cabeça Grande, R$ 8,50. O  Jundiá e o Bacu estão sendo vendidos a R$ 14,80 o kg e a Tilápia: R$ 13,10

A Superintendência de Comunicação da Prefeitura Municipal de Santa Maria divulgou os locais de comercialização.

 

LOCAIS DE COMERCIALIZAÇÃO

– Gare da Viação Férrea

– Faixa Velha de Camobi (próximo à Caixa Econômica Federal)

– BR-287 (próximo à Ulbra)

– BR-287 (próximo à Coca-Cola)

– BR-287 (próximo ao posto Santa Lúcia)

– BR-287, Viaduto Cesar Pina (divisa entre os municípios de Santa Maria e São Pedro do Sul)

– BR-158 (junto à fruteira Feltrin)

– Avenida Paulo Lauda (na Associação Comunitária)

– Rua Radialista Oswaldo Nobre (na entrada do Prado)

– Rua Eugênio Mussoi – Vila Santos (ao lado do PAR)

– Nova Santa Marta – Núcleo Central (Mercado Fogiatto)

– BR-392 – em frente ao supermercado Feltrin

– Rua Venâncio Aires, entre a Avenida Borges de Medeiros e Rua Appel

Com a chegada da Páscoa, artesãos e comerciantes de Santa Maria investem em diferentes tipos de ovos para agradar aos clientes. Ovos com formatos inusitados, em diferentes embalagens, e veganos são algumas das opções.

Ovo de brigadeiro sem lactose,glúten e açúcar da ”Páscoa sem culpa”. Crédito: Mariana Olhaberriet/LABFEM

A novidade é a ‘’Páscoa sem culpa’’, ovo sem glúten, sem lactose e sem açúcar, feito por um casal de estudantes. O jovem casal Carlos Eduardo Weber de 19 anos e Caroline Coradini de 20, está empreendendo com a nova marca ‘’Páscoa Sem Culpa’’.

O ovo de brigadeiro é feito com ingredientes a base de chocolate zero açúcar, zero lactose e zero glúten. A casca do ovo e o recheio são de leite zero lactose, xilytol (adoçante natural sem nenhum tipo de conservante), óleo de coco e cacau em pó. Também tem o sabor beijinho de coco.  

‘’A nossa ideia surgiu quando eu e o Dudu decidimos fazer algo diferente em casal. Eu tenho hiperinsulinemia (resistência alterada à insulina) e intolerância à lactose. Eu pretendia fazer para vender para as minhas amigas na páscoa, mas como o meu namorado tem uma visão muito ampla de empreendedorismo, decidimos colocar em prática e expandir nosso negócio, abrindo as vendas para o público, e deu certo! Sabíamos que muitas pessoas têm intolerância à lactose e ao glúten e outras também não podem ingerir açúcar, mas não imaginávamos que tantas pessoas confiariam no nosso trabalho’’, relata Caroline, estudante de Engenharia Civil. Os ovos têm tamanho único de 315 gramas, preço único de R$ 45,00 e o contato pode ser feito pela página Páscoa Sem Culpa.                                                             

Denise Kanopf,, proprietária da Pé-de-Couve culinária vegana. Crédito: Mariana Olhaberriet/LABFEM

Ovos veganos

 Para os que têm um estilo de vida mais saudável, a cozinheira Denise Kanopf de 29 anos, proprietária da marca Pé-de-couve culinária caseira focada no veganismo, começou a produzir os ovos para atender a demanda das pessoas que querem os ovos, para o público vegano para as datas comemorativas. Para a casca do ovo, Denise utiliza marcas que não tenham leite, ou origem animal, ‘’cuido muito para não produzir meus produtos com marca que façam testes em animais, e que não estejam envolvidas com patrocínios em rodeios ou qualquer meio de exploração animal’’ explica Denise. O recheio do ovo pode ser de bolo de cenoura, cookies com gotas de chocolate ou pé-de-moleque. O preço varia de R$ 30 a R$ 58, dependendo do tamanho.

Mônica Nunes e Mônica Ximenes, proprietárias da marca ”Trufas da Dinda”. Crédito: Mariana Olhaberriet/LABFEM

Ovos de colher

Os formatos diferentes, mais estilizados, e as embalagens também chamam a atenção dos chocólatras. Essa é a estratégia da doceira Mônica Ximenes, que faz ovos personalizados nessa época do ano, totalizando centenas de ovos vendidos. Com anos de experiência, Mônica e sua filha, divulgam os produtos de sua marca, Trufas da Dinda, pela internet. Para conferir, clique no link da página.

Os preços podem variar bastante. O modelo de 500g, com brigadeiro de colher, por exemplo, custa R$ 65. Já a caixinha com trufas gourmet ou com 12 brownies pode variar entre R$ 28 e R$ 50.

Ana Luiza Cabistani, proprietária da Larica Cupcakes. Crédito: Mariana Olhaberriet/LABFEM

Ana Luiza Cabistani, 21 anos, confeiteira e proprietária do Larica Cupcakes há cinco anos, fez sua estreia no mundo dos ovos e ‘’está dando super certo, estou com muitas encomendas e estarei aceitando encomendas após a páscoa para quem ficou com vontade’’ relata Ana Luiza, que vê o negócio como um entretenimento. Entre em contato pela página.

Sob o olhar dos acadêmicos e professores que circulavam no pátio do conjunto III do Centro Universitário Franciscano, o grupo de teatro Todos ao Palco, em parceria com o Ser Unifra se apresentou no dia 11 de abril, em comemoração à Páscoa. A apresentação começou as 18:30h, e, em apenas 12 minutos de encenação, os personagens conseguiram, de forma objetiva e interativa com o público abordar assuntos bem atuais, como relações interpessoais, solidariedade, respeito à natureza e diversidade.

Foto: Caroline Costa

Participaram da apresentação oito pessoas, dentre eles alunos da Unifra, Fadisma e UFSM. Ao total são 13 participantes do conjunto de teatro que existe há 5 anos, já foram realizadas peças, como Pedro o Viajante, que estará na Feira do Livro de 2017, como também Sonhos de William. Nessa apresentação, os atuantes mostraram a realidade em que se vivia em sociedade correlacionando com elementos  de Páscoa, como a partilha do pão e a limpeza dos pés.

Os nomes das personagens que entraram em ação na Unifra eram: Maria, Joana, Maurício e Patrícia. Lembrando que o teatro ocorreu também pela manhã das 9:20h às 9:35h. Felipe Monteiro, 24 anos, acadêmico do curso de Jornalismo que acompanhou o espetáculo, comenta “o teatro foi interessante, me tirou algumas curiosidades que eu tinha em relação a Páscoa, e deixou  uma mensagem de respeito ao próximo, que ao meu ver, é o verdadeiro sentido desta data”.

Carlos Alberto Badke, diretor da peça e professor do Centro Universitário Franciscano, explica que o grupo já existe desde 2012 com uma proposta de trabalhar com público jovem e para o mesmo. “A forma de trabalhar é a seguinte: sugiro temas e os alunos improvisam, trazem roteiro de ideias e faço a correção”, comenta. Para essa peça não foi diferente. Ele conta: “os  jovens se reuniram na sala e começaram sugerir ideias para o tetro, minha função foi lapidá-las, refiná-las”, destaca. O professor acrescenta ainda “o grande diferencial da apresentação foi colocar temas que estão na pauta do dia com os rituais e espirito de páscoa”. A ideia agora é realizar apresentações em datas comemorativas em conjunto com o Ser Unifra. O professor convida para participação dos jovens ao teatro todos ao palco. “É aberto para quem tiver vontade de atuar, os ensaios são aos sábados pela manhã, acredito que na segunda semana de maio serão retomados os ensaios”.

 

 

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A Páscoa é a data comemorativa mais importante do calendário cristão. Porém, se tornou tão comercial que o significado se perdeu. Para os católicos é a passagem da morte para a vida e um recomeço livre de pecados. A Páscoa está inserida na Semana Santa que tem como objetivo simbolizar os passos de Jesus até sua ressurreição. Tem início no domingo de ramos e se estende até o domingo pascal.

Aqui no Brasil, o ápice da celebração é a sexta-feira da paixão e o domingo de Páscoa. Já é tradição na sexta-feira as pessoas se reunirem e se alimentarem com peixe, simbolo da comunhão à Cristo através da abstinência da carne e pão e vinho, ambos representam a vida eterna,  já que o pão para os católicos é o corpo de Jesus e o vinho seu sangue. No domingo,  o simbolismo está ligado à Cruz que denota a vitória de Jesus sobre a morte.

Todavia, outros símbolos fazem parte da comemorações católicas ligada a páscoa: os ramos, relembra a entrada de Jesus em Jerusalém; o cordeiro, significa o sacrifício de Cristo em favor do seu rebanho;  o círio pascal, vela acessa no sábado de aleluia que representa Cristo ressurgindo para iluminar nosso caminho; o coelho, simboliza a fertilidade e a capacidade da Igreja em conquistar novos discípulos e o ovo, que remete ao nascimento e começo de uma vida nova.

A celebração do domingo, que leva o nome de Páscoa tem seu termo originado do hebraico Pessach e isto não é uma coincidência. Afinal, a páscoa cristã surge a partir da páscoa judaica, apesar dos significados e o dia da cerimônia serem distintos. No judaísmo a data celebra a libertação do povo judeu no Egito e ocorre de 22 à 30 de abril, de acordo com o calendário hebraico deste ano. Dentre as comemorações estão: Chamêtz e Matzá, que começa a partir das 9h30, da primeira manhã do Pessach; O jejum dos primogênitos, um dia antes da celebração e o Seder, principal ceia da festividade.

O Chamêtz e Matzá, é a quando os judeus cortam de suas refeições todo alimento que contenha trigo, aveia, cevada, centeio e outros cereais durante a comemoração. Isso acontece porque os alimentos estão sujeitos à fermentação quando entram em contato com a água e quando isso acontece se tornam chamêtz. Assim, todo o produto à base de farinha não faz parte da mesa. 

Neste período podem ser consumidos normalmente carnes, aves e peixes – abatidos conforme as leis judaicas – frutas, verduras, legumes e laticínios e o matzá. “Quando os hebreus fugiram em busca da terra prometida, não tiveram tempo para esperar o crescimento do pão que os alimentaria durante a jornada, daí a proibição do fermento. Esse fato explica o uso da fécula de batata para fazer o matzá (pão)”, explica a chef Simone Chevis, do Centro de Cultura Judaica. Vale ressaltar que se o pão judaico for feito com farinha de trigo e água, o preparo não deve ultrapassar 18 minutos sob o risco de iniciar a fermentação.

o Jejum dos Primogênitos, começa no alvorecer e pode ser quebrado a assim que a pessoa participa de uma benção na sinagoga e é feito em gratidão por Deus te-los polpado da morte, na décima praga. Se a festa cair em um sábado, como é o caso deste ano, o jejum deve ser realizado na quinta-feira que o antecede. Mas neste caso, mais importante que o dia da festa é o ritual, Bedicat Chamêtz (a busca pelo alimento fermentado). Esta preparação envolve a eliminação de qualquer tipo de alimento fermentado e não basta retirar de dentro da casa, tem que embrulhar e queimar. Ainda, os utensílios de cozinha devem ser limpos, por isso, muitas famílias guardam jogos de pratos, panelas e talheres para serem usados exclusivamente no Pessach.

A eliminação dos produtos fermentados é uma forma de purificar a alma e o coração humano. As imperfeições morais do ser humano são comparados ao processo de fermentação. De acordo com misticismo judaico, assim como a massa se enche de ar e cresce, o homem se preenche de vaidade. 

Porém, o ponto alto do Pessach é o Seder e só pode ocorrer após a casa da família estar completamente limpa de alimentos proibidos. A ceia festiva, que este ano ocorre no dia 23 de abril,  tem como objetivo relembrar toda a história de escravidão e libertação do povo judeu no Egito, contada pela Hagadá Shel Pessach (Relato de Pessach). Nos relatos também constam todos os detalhes para a condução do Seder, como o ritual religioso e as músicas típicas. Já no que se refere às refeições judaicas, principalmente no Pessach, os ingredientes são muito mais do que uma simples comida no prato e todos os alimentos servidos possuem um significado especial:

  • Matzá – recorda a pressa com que nossos antepassados tiveram que sair do Egito. É costume colocar três matzot à mesa, que simbolizam as linhagens Cohen, Levi e Israel do povo judeu.
  • Vinho – símbolo de alegria. Durante o Seder se deve tomar quatro copos, que representam as quatro expressões de redenção mencionadas na Torá: “Eu vos tirarei (Hotsêti) de sob as cargas dos egípcios”; “e vos salvarei (Hitsálti) do seu serviço”; “e vos redimirei (Gaálti) com braço estendido e grandes juízos”; “e vos tomarei (Lacáchti) por Meu povo, e serei para vós Deus…” (Êxodo 6:6-7).

Na Keará shel Pessach (Bandeja de Pessach), deve conter os seguintes itens:

  •  Batsá (ovo cozido) – símbolo de luto, recorda a destruição dos Templos de Jerusalém. Seu formato simboliza também o fato de a vida “dar voltas”, ou seja, que da escravidão passamos a ser livres.
  •  Zeroá (osso de perna de boi ou frango) – assim como o ovo, recorda a destruição do Templo. O osso deve ser preferencialmente de perna, para simbolizar também a saída dos judeus do Egito.
  • Marór (erva amarga) – representa a amargura da escravidão no Egito.  Escarola ou alface para os Sefaradim e raiz forte entre os Ashquenazim
  • Karpás – ramos de salsa ou salsão entre os sefaradim. Salsinha, cebola e batata na mesa dos Ashquenazim – estão ligados ao renascimento, a liberdade e a esperança no futuro.
  • Charósset – simboliza a argamassa usada pelos escravos judeus na construção do Egito. É feita com maçãs raladas, nozes moídas, vinho tinto e canela.
  • Água salgada – representa todas as lágrimas do povo hebreu ao longo da história.
Alunos comem cachorro quente no almoço . Foto Pedro Corrêa.
Alunos comem cachorro quente no almoço . Foto Pedro Corrêa.

Foi realizada hoje, 01, a celebração de Páscoa do projeto Catando Cidadania,  que integra o projeto Esperança/Coesperança da arquidiocese de Santa Maria.

O projeto Catando Cidadania tem sede no Cerrito e iniciou em 2004, voltado para crianças em risco de vulnerabilidade social. No local, os alunos participam de oficinas, além de aulas de reforço escolar e culinária. Hoje. os participantes do projeto tiveram uma missa em virtude da semana santa, seguido de um lanche com cachorro quente  para as crianças e mães que compareceram. Os alunos receberam uma cesta de Páscoa e máscaras de coelho, feita por eles mesmo com material reciclado.Na parte da tarde, as mães receberam donativos como cobertores, roupas e sapatos, já com vistas para o inverno.

O projeto atende atualmente cerca de 25 crianças e pré-adolescentes que estão em risco. As aulas no projeto acontecem no turno inverso ao da escola. Quem comparece ao projeto na parte da manhã toma café e almoça no local. Já na parte da tarde é servido almoço e café da tarde.

A instituição sobrevive de doações, que podem ser feitas no Banco da Esperança, à rua Silva Jardim 1994.

Professor Antônio Carlos Mousquer (Foto:
Professor Antônio Carlos Mousquer não segue os feriados cristãos. Foto: Arquivo pessoal

No calendário repetitivo e monótono de trezentos e sessenta e cinco dias, datas como a Páscoa tem um significado para os cristãos; por outro lado, muitas pessoas consideram essa data um dia comum, igual a qualquer outro. Em uma terceira vertente, é necessário entender a importância da data dentro para as crianças.

Para o professor da FURG, Antonio Carlos Mousquer, 52 anos, a data nada mais é do que a reincidência de tantos dias iguais, mas ele compreende sua importância para os pequenos. “Reconheço, porém, o lúdico e a fantasia que a data traz para o universo infantil, como outrora trouxe para o meu. Homem maduro e cético nesses dias, colho, então, apenas a indiferença diante da empolgação e da correria dos outros”, completa.

Assim como Antônio, o estudante de Publicidade e Propaganda e Diretor de Arte, Gabriel Saccol, de 24 anos, vê a data como um dia qualquer. “A minha rotina no dia na Páscoa é algo normal, se preciso trabalhar, fico trabalhando, o mesmo para se for necessário estudar, se caso tiver o dia livre possivelmente fico desenhando, ou fazendo algum projeto pessoal”, afirma. Segundo ele, o fato de não ser religioso e ter uma crença particular, a despeito de religiões, faz com que não se mobilize em datas comemorativas cristãs.

As iniciativas do comércio, por outro lado, envolvem diversas atividades especiais voltadas para o público infantil. O Royal Plaza Shopping e o Santa Maria Shopping divulgaram suas programações de Páscoa em seus sites.

Por Luiz Gustavo M. de Oliveira e Henrique Orlandi

É comum ver muitas famílias e pessoas adeptas de viagens, procurarem por passeios agradáveis na Semana Santa. Com a possibilidade de dispensas em aula ou no trabalho, a vontade de passar uns dias fora de casa atrai o público tanto para a festa dos chocolates, quanto para lugares diferentes. Seja em pontos turísticos ou cidades vizinhas, a pausa no feriado religioso é um bom motivo para conhecer novos lugares ou visitar familiares que moram longe.

O período tradicionalmente movimenta também as agências de viagens nesse período. A ACS conversou com o agente de viagens da Travel & Tur, Ricardo Ramires, e com o diretor da agência de viagens e turismo K Tour, Carlos de Farias, para saber como está a procura por pacotes.

Segundo Ramires, na Travel&Tur,  “a procura por viagens não só no feriado de Páscoa, como em todos os feriados, é maior no nível rodoviário”. Para ele, as cidades de Gramado e Canela, famosos pontos turísticos  da região serrana próximo a Porto Alegre, tem o preço  elevado e, muitas vezes, não acessível para as cidades vizinhas. “O número de vagas em hotelaria em Gramado é de 4 noites e acaba ficando muito caro para os gaúchos”, afirma. Nesta Páscoa, a agência de viagens está com pacotes de excursão para Foz do Iguaçu, através de ônibus, com  saída da cidade no dia 2  e volta no dia 5 de abril. Outras opções que a Travel & Tur irá disponibilizar são os pacotes de viagem para Buenos Aires e para o circuito uruguaio ( Montevideo, Colônia do Sacramento e Punta del Este, durante o feriado de Tiradentes.

Já na K Tour, o diretor Carlos de Farias comenta que a procura neste período está escassa devido ao aumento do dólar. Segundo ele, sempre que há oscilação na moeda, os preços sobem e a procura diminui. Salienta que apesar disso, ainda existe procura aérea pelo público habituado a esse tipo de viagem em Santa Maria.

A Páscoa sempre foi uma das datas do calendário cristão destinadas à confraternização com a família e à troca de chocolates. Por algum tempo, os doces artesanais ficaram esquecidos, mas com os preços de ovos de Páscoa cada vez mais elevados nos supermercados e lojas, observamos uma revalorização do setor artesanal.

Ovos de Páscoa 2015
Ovo de colher. Foto Disponibilizada por Água na Boca – Doces e Sorvetes Caseiros

As produções caseiras estão voltando a conquistar crianças e adultos. Quem opta pelo artesanal pode encontrar variedade, qualidade e exclusividade na hora de presentear. Existem ovos personalizados para diferentes perfis e possibilidade de encomendas exclusivas.

Vantagens dos doces artesanais – “O cliente pode escolher qualquer coisa ou sabor para montar o seu próprio ovo de chocolate”, conta a doceira Alessandra Algarve, de 40 anos, que começou a produzir ovos de Páscoa há um ano para aumentar a variedade do cardápio oferecido aos clientes. Ela começou com a ideia de dar presentes mais originais para a família e  ainda conseguir economizar.

“As pessoas preferem os ovos caseiros, assim como preferem a comida, os  doces, as tortas por que justamente perde o vínculo com a indústria, o produto é tratado de  forma pessoal, e que cada um dos ovos passa pela mão de seu “artesão”, como esculpir uma  escultura, o confeiteiro artesanal faz um por um dos ovos”, ressalta Alessandra.

A consumidora de ovos artesanais, Thayná Pereira, de 20, explica que “o custo-benefício é uma das coisas que mais chama a atenção, isso depois da aparência”, relata

Os ovos de Páscoa com brinquedos são a sensação das crianças, mas elas também estão sendo conquistadas pelo apelo estético e variedade de sabores dos produtos artesanais. A repetição de temas e brinquedos dos produtos tem incentivado a busca de alternativas. Manuella Fleig, de 23 anos, que começou a produzir os chocolates no período que antecede a Páscoa, há cerca de seis anos, para melhorar a renda, acredita que os produtos caseiros podem ter a qualidade de um ovo de mercado com mais atrativos: “Os ovos de páscoa convencionais de mercado já não apresentam grandes  novidades. Há tempos são os mesmo ovos, com poucos atrativos e com preços absurdos”, enfatiza. Manuella conta que pede para que seus clientes sonhem, que pensem nos doces que mais gostam e nas combinações, o resto é com ela.

Média de preços – A Páscoa artesanal pode assustar, à primeira vista, com os preços. Mas, levando em consideração, a quantidade de chocolate – normalmente são produtos com mais peso –  e a qualidade dos produtos, os consumidores saem ganhando em relação aos ovos convencionais. Em média, um ovo de colher de 500g pode custar de R$35,00 até R$55,00, dependendo do recheio escolhido e do peso.

As novidades de 2015 são as chamadas combinações “Gourmet”, ovos recheados e mais refinados, que possuem um preço mais salgado, chegando até os R$ 100,00. Você encontra quem faz ovos de Páscoa caseiros numa rápida pesquisa pela internet ou com seus vizinhos e, também, as principais marcas especializadas em chocolates estão trazendo as alternativa gourmet, mais elaboradas. Isso incrementa ainda mais a data mais doce do ano.

Sugestões de profissionais de chocolates artesanais para a Páscoa:

Água na Boca – Doces e Sorvetes Caseiros

Doce Delícia

Manuella Fleig

 Por Eduarda H Garcia

 

Para muitos, a Páscoa é um momento de paz, um feriado para passar junto com a família. Mas para os chocólatras, a Páscoa é o momento perfeito para comer muito chocolate e usar o feriado como justificativa.”A Páscoa é um período de intenso desafio para aqueles que se consideram chocólatras. Os estímulos para o consumo de ovos de páscoa e chocolates em geral são muito mais sedutores. Há um incremento nas propagandas nos meios de comunicação, nos supermercados e pesa também a tradição que nos habitua a desejar comer o doce simplesmente porque – desde a infância – nos acostumamos a fazê-lo nesta época.” diz a psicóloga Mariana Dal Castel Lopes.

Chocolate derretido

De acordo com a psicóloga, “o que fica evidente é que o desejo de comer chocolate, na maior parte das vezes, está ligado a um desejo por obter prazer, consolo ou recompensa, alcançando uma sensação de bem-estar de maneira rápida. Em tempos de altos índices de ansiedade e depressão, muitas vezes mascaradas atrás de sintomas como obesidade ou imersão desequilibrada no trabalho, este seria mais um modo de aliviar o estresse, um ineficaz ‘antidepressivo’.”  Segundo ela, para essas pessoas, comer chocolate não é algo a se fazer de vez em quando, mas uma necessidade. Um item da rotina Que chocolate é bom todo mundo sabe, mas ninguém se preocupa com o que esse maravilhoso doce pode causar a saúde.

Limites

“Os malefícios do chocolate são, principalmente, devido aos excessos que cometemos. O ideal é consumir, no máximo , 30g por dia. Os malefícios que o chocolate pode trazer são: aumentar o colesterol, principalmente, o LDL, considerado, o colesterol ruim, pois há um excesso de gordura saturada. Pode haver elevação da pressão arterial, , aumento das taxas de glicose e aumento de peso. Como consequência dos excessos podem surgir também, doenças como, diabetes, hipercolesteremia e doenças coronarianas.”, afirma a nutricionista, Larissa Mônaco Brum. 

Para os chocólatras que não podem ficar sem comer o seu chocolate diariamente, a nutricionista recomenda :“Os chocolates meio amargo e amargo são os mais indicados, devido a sua composição, que contém flavonoides, substância antioxidante que protege o organismo dos danos causados pelos radicais livres.”

Ovos de Páscoa no hipermercado Big. Foto: Sarah Vianna

Para a estudante de jornalismo, Bruna Bento Milani, chocolate é tudo, faz bem, principalmente naqueles dias depressivos. “Sou chocólatra há muito tempo, meu favorito é o chocolate branco, como mais chocolate diariamente do que na Páscoa, hoje em dia já não sinto tanta diferença nesse feriado.” afirma a estudante.

” Sou chocólatra há mais ou menos 5 anos. Meu chocolate favorito é o branco, de preferência da Nestlé. Chocolate me causa uma sensação indescritível, sensação de amor, de energia, tudo de bom, satisfação geral. Na Páscoa eu como muito mais, duplica, triplica, aumenta muito.” manifesta o estudante de jornalismo, Maurício Galarça Serra.

Como o chocolate age no organismo? O que o torna tão viciante?

O chocolate  libera endorfina, possui a capacidade de aumentar a quantidade de neurotransmissores cerebrais atuando como um antidepressivo natural.Pelo fato de  possuir substâncias que estimulam a felicidade e a sensação de bem estar, pode também viciar, sendo que a pessoa tem que ter a predisposição a este vício assim como aos outros, segundo a nutricionista Larissa Brum. ” Muitas pessoas bebem e não se tornam alcoolistas, outras, por sua vez passam a beber compulsivamente. Assim, também funciona com o chocolate. Tem pessoas que conseguem comer esporadicamente, e outras, ao ingerir um pedaço sentem necessidade de comer compulsivamente, devido algumas de suas substâncias influírem diretamente no cérebro.” explica ela.

No tocante ao tratamento do vício do chocolate, a psicóloga Mariana Dal Castel Lopes diz que  embora dificilmente a pessoa se veja como dependente, ela sofre com a dificuldade de autocontrole. Por isto, é recomendada psicoterapia e, dependendo dos casos, medicação. “Entretanto, se o consumo de chocolate não chega à dependência, mas seus efeitos começam a prejudicar a saúde do sujeito, é indicado igualmente uma atenção especial ao que vem associado a este consumo.” responde Lopes.

 

Com uma inflação de 7,93% já no início deste ano, os mercados estão preocupados com a expectativa de vendas. Principalmente no ramo de chocolates, com a aproximação da Páscoa, algumas lojas estão otimistas. Apesar da situação econômica atual, alguns consumidores estão pesquisando e comparando preços. Segundo o presidente da Sindigêneros, Eduardo Stangherlin, o setor está com pensamento positivo em relação a este período, mesmo que tenha recessão.

Em relação à chegada da Páscoa, Stangherlin afirma que as buscas estão recém começando. Os consumidores não se preocupam tanto em comprar com antecedência, pois na véspera do feriado há mais promoções nas lojas de chocolates e nos supermercados.

Conversamos com algumas gerentes das lojas que estão com estoques para a Páscoa, e elas afirmam que os produtos estão mais baratos que o preço dos mesmos no mercado.

Em levantamento realizada em três lojas do centro da cidade especializadas em chocolates, as gerentes foram unanimes em dizer que os preços não subiram consideravelmente.

“Os preços subiram em torno de 15% em alguns produtos, outros não subiram”, afirmou Valquíria Quinto, gerente da loja Cacau Show.

A vendedora Carol Brasil, da loja Cacau Brasil, disse que o momento ainda é de pesquisa de preço. Na loja Xôk’s, os consumidores também pesquisam preço e parecem satisfeitos com o que encontram. Segundo Mirne Pasqualotto, gerente da loja, “as pessoas se surpreendem com o preço, pois conseguimos manter uma margem e não subir muito”.

Por Amanda Souza e Arcéli Ramos