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reciclagem

Espetáculo conscientiza sobre a preservação ambiental

Com a proposta de conscientizar sobre as questões ambientais que envolvem o lixo, o espetáculo Terra à Vista 2: a aventura continua foi apresentada à criançada na tarde desta terça-feira, 7 de maio, durante a 46ª Feira do

Recicladoras da ARPS serão homenageadas na Unifra

“Caminhar com as próprias pernas”. A frase que identifica o ditado popular, ainda é um sonho almejado pelo grupo de reciclagem da Associação de Recicladores do Pôr do Sol – ARPS, criada em 2005 no bairro Nova Santa Marta. Até meados

Cosplay sustentável

Cosplay é a abreviação de costume play,  que pode ser traduzido como “representação de personagem a caráter”, “disfarce” ou “fantasia”. Praticada principalmente – porém, não exclusivamente – por jovens, o cosplay consiste em disfarçar-se ou vestir-se de algum personagem real ou ficcional, concreto ou abstrato, como, por exemplo, animes, mangás, comics, videojogos ou ainda

Livro pode ser adquirido em contato com a ASMAR e também está disponível na Cooperativa dos Estudantes de Santa Maria (CESMA) Foto: Heloisa Helena Canabarro

O livro Histórias de Mães: mulheres que inspiram sonhos e transformam vidas conta a história de vida de mulheres mães que fazem parte da Associação dos Selecionadores de Materiais Recicláveis (ASMAR). Por meio de depoimentos e fotografias a obra explora a trajetória e os sonhos de 17 mulheres empreendedoras da ASMAR, que dedicam-se à seleção de materiais recicláveis em Santa Maria. O livro foi organizado pela professora Dirce Stein Backes junto às alunas Natália Hoffmann Adames e Silvana Dias Leão, do Mestrado Profissional Saúde Materno Infantil da Universidade Franciscana (UFN).

A líder do projeto Empreendedorismo Social na Associação dos Selecionadores de Materiais Recicláveis e também Coordenadora do Mestrado em Saúde Materno Infantil da UFN, Dirce Stein Backes, tem projetos de ensino, pesquisa e extensão que desenvolve desde 2008 em parceria com a ASMAR. A professora trabalha a questão do empreendedorismo social no local. Dirce conta sobre a iniciativa de criação do livro: “No ano passado surgiu a ideia do livro, pensamos em uma obra com as histórias das mulheres mães da associação, para poder mostrar melhor para a sociedade o trabalho que elas realizam. O projeto foi desenvolvido com os alunos bolsistas de iniciação científica da graduação e pós-graduação, que auxiliaram a coletar os relatos das histórias de vida delas”.

Confraternização de Dia das Mães realizado na ASMAR promovido por professores e acadêmicos da UFN Foto: Reprodução do livro Histórias de mães

A ASMAR foi fundada em 1992 e localiza-se na Rua dos Branquilhos, Bairro Nova Santa Marta, na região oeste da cidade. A associação tem como objetivo a conservação do meio ambiente através da reciclagem, gerando emprego e renda a 25 famílias. Um trabalho de grande valor social, ambiental e econômico. Para as mães que integram a equipe, a associação é um espaço de conquista pessoal e profissional.  

As 17 trajetórias contadas são das mães: Adriana R. Aguirre, Bruna Escobar Cezar, Carla Ferreira, Carmem Medianeira, Celina Ramos Moura, Débora Silveira Dutra, Eliane do Santos, Jéssica de Neto, Marcia Tascheto, M Margarete da Silva, Nilda Maria Schimidt, Prisciele O. da Silva, Rosangela V da Silva, Roselaine Martins, Taciane M. de Medeiros, Tamires Lemos de Brito e Vera Lúcia Carvalho.

“Nosso trabalho necessita de mais valorização do que a gente exerce… esse trabalho beneficia muitas pessoas e é motivo de muito orgulho para nós e as pessoas que convivem conosco no dia a dia.”  –  Integrante da ASMAR Débora Silveira Dutra, citação retirada do livro Histórias de mães  

“O livro conta e reflete sobre o trabalho delas, acima de tudo, de qualquer palavra, ideia ou história o objetivo é mostrar o quanto o trabalho delas é grandioso e importante. Essas mães têm uma causa, uma missão, sonhos e é isso que queremos mostrar. São pessoas que lutam e sabem onde querem chegar”, esclarece a professora Dirce. 

A obra também apresenta o depoimento dos estudantes da Universidade Franciscana que participaram do desenvolvimento do livro, contando como foi a experiência e a importância para sua formação acadêmica e humana. Uma das voluntárias do projeto, Andressa Reis Caetano, relata no livro a vivência: “Eu fui para ensinar, mas aprendi muito mais. Aprendi o que é empoderamento feminino, aprendi o que é transformação. Elas transformam o seu local de trabalho em fonte de renda e vivem o presente com intensidade do amanhã”. 

O livro pode ser adquirido em contato com a ASMAR, pelo telefone (55) 9 8111-0146, e também está disponível na Cooperativa dos Estudantes de Santa Maria (CESMA). 

46ª Feira do Livro tem espetáculo que ensina a preservar o meio-ambiente.Foto: Lucas Linck/LABFEM

Com a proposta de conscientizar sobre as questões ambientais que envolvem o lixo, o espetáculo Terra à Vista 2: a aventura continua foi apresentada à criançada na tarde desta terça-feira, 7 de maio, durante a 46ª Feira do Livro. O projeto, criado em 2015, surgiu através de uma solicitação CRVR, Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos, responsável pelo aterro sanitário de Santa Maria

Inicialmente apresentada só no Rio Grande do Sul, a peça hoje percorre diferentes cidades do Brasil. Sua primeira edição “Terra à Vista: uma aventura pirata” conta a história dos três irmãos que lutam para pagar a dívida de uma casa deixada como herança por seus avós. Em Terra à Vista 2: a aventura continua,  já tendo conseguido ficar com a casa, Miguel, Manuela e Mateus, querem construir um parque temático pirata mas se deparam com um terreno atulhado de lixo. Bartô, cúmplice do advogado que quer roubar a casa, afirma ser o dono do local. Em seguida, começa  a disputa para ver com quem ficará a terra. A peça aborda assuntos como a separação do lixo, efeito estufa e a geração de energia através do biogás, tudo de uma maneira lúdica e didática que envolve o público infantil.

A atriz  Patrícia Garcia conta que quando começaram a trabalhar com as questões que envolviam o meio ambiente e o lixo se depararam com uma realidade muitas vezes desconhecida. “Conforme fomos evoluindo o espetáculo e passando pelos lugares, conhecemos a realidade das pessoas que vivem dos resíduos ou que tem problemas sérios com eles”, afirma. Eles perceberam em temporadas no litoral que havia muitos problemas com a poluição das águas e que as crianças faziam campanhas para retirar o lixo  deixado pelos turistas.  Ela ainda fala da ausência de noção do quanto para alguns o lixo é importante e para outros é um problema e que, infelizmente, o ser humano não possui uma consciência ambiental e a consciência de ensinar as novas gerações sobre o problema do lixo, para que em um futuro isso mude.

O estudante Aldebar Pereira é pai e acha importante a educação de como dispor os resíduos em espetáculos, pois reforça o que já é aprendido em casa e na escola. “ Através dessa abordagem lúdica, depois eles falam bastante de por o lixo no lugar certo” afirma.

Convite maes recicladoras

“Caminhar com as próprias pernas”. A frase que identifica o ditado popular, ainda é um sonho almejado pelo grupo de reciclagem da Associação de Recicladores do Pôr do Sol – ARPS, criada em 2005 no bairro Nova Santa Marta. Até meados de 2010, a sede da Associação era em um galpão disponibilizado pelo Centro Social Marista, quando passou a fazer parte dos projetos sociais da Pallotti. O vínculo com esta entidade religiosa durou até fevereiro de 2013 e, a partir da perda deste apoio, a ARPS tenta se manter apenas com o trabalho de seus recicladores. A ausência de uma estrutura que garanta sua autonomia faz com que a Associação enfrente instabilidades para assegurar a continuidade do próprio trabalho e mesmo a manutenção das famílias do seus membros.

Hoje, elas recebem um aporte assistencial através do projeto Educação Popular em Saúde por Meio de Práticas Socialmente Empreendedoras, coordenado pela  Irmã Dirce Stein Backes, doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina e coordenadora do Mestrado Profissional em Saúde Materno Infantil do

Gravação dos depoimentos para o documentário audiovisual. Foto: Otávio Brasiliense
Gravação dos depoimentos para o documentário audiovisual. Foto: Otávio Brasiliense

Centro Universitário Franciscano, e cuja equipe tem trabalhado junto a ARPS desde 2011.  Nesta quarta-feira, dia 04,  as trabalhadoras da ARPS serão homenageadas na instituição, numa ação intracursos – reunindo os Cursos de Design de Moda, Jornalismo e Enfermagem – que celebrará as mães recicladoras.

O grupo -nove mulheres e dois homens – também protagoniza um documentário audiovisual que está sendo gravado por alunos do curso de Jornalismo da Unifra, cujo roteiro objetiva dar visibilidade às mulheres recicladoras, salientando a sua identidade e enfrentamentos num contexto marcado pela invisibilidade feminina e periférica na sociedade.

Trabalho cooperativado

Arps
Sede da ARPS. Foto: Otávio Brasiliense

O trabalho de reciclagem realizado pela Associação é cooperado. Todas as despesas, principalmente de luz, são divididas pelos trabalhadores. “Antes de fazer a divisão do dinheiro que nós conseguimos com a venda dos materiais reciclados, eu já tiro o valor da conta de luz”, explica a responsável financeira Gislaine. De acordo com as recicladoras, este custo em alguns meses chega à R$500,00, o que afeta a renda de todas.

Além disso, outra preocupação do grupo está relacionada à limpeza do local onde trabalham. A coordenadora Ana Nara afirma que “a quantidade de lixo retirado na triagem dos materiais que nós recebemos é grande e, se colocarmos em recipientes próprios o caminhão de lixo leva, mas depois precisamos pagar para que eles nos devolvam os recipientes”.

Outra dificuldade encontrada pela equipe da ARPS é a falta de um meio apropriado para que  façam a coleta dos materiais reciclados. Quando a Associação passou a receber o apoio da Pallotti, os recicladores venderam as “carroças” que tinham. Ainda segundo, a coordenadora  eles não possuem uniforme adequado para o trabalho, necessários por conta da segurança, principalmente, luvas e botas.

Apesar de todas as dificuldades apontadas, a Associação além de contribuir na preservação do meio ambiente, auxilia na educação ambiental dos alunos da Escola Marista Santa Marta desde 2007, ano em que estabeleceram um vínculo com a comunidade escolar e os alunos começaram a destinar materiais reciclados para a ARPS. Ela recebe ainda o apoio da Prefeitura de Itaara e da entidade ASMAR, que encaminham materiais reciclados a eles.

Para quem quiser ajudar ou conhecer de perto este trabalho, a ARPS fica  na Rua dos Branquilhos, nº 79, ao lado da Escola Marista Santa Marta.

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Iohan fantasiado de Homem de Ferro e sua namorada, Vanessa Nonnemacher fantasiada de Loki (Fotos: Sarah Viana)

Cosplay é a abreviação de costume play,  que pode ser traduzido como “representação de personagem a caráter”, “disfarce” ou “fantasia”. Praticada principalmente – porém, não exclusivamente – por jovens, o cosplay consiste em disfarçar-se ou vestir-se de algum personagem real ou ficcionalconcreto ou abstrato, como, por exemplo, animesmangáscomicsvideojogos ou ainda de grupos musicais — acompanhado da tentativa de interpretá-los na medida do possível. Os participantes (ou jogadores) dessa atividade chamam-se, por isso, cosplayers.

Iohan Cosmaker faz Arquitetura na Unicruz e conta que sempre viveu em uma cidade carente de um movimento cultural. Por essa razão, resolveu utilizar seu conhecimento em arquitetura e sua paixão por comics para dar início a esse projeto. Todas as suas armaduras e trabalhos são feitos de materiais recicláveis, o que torna o projeto, além de bonito e interessante, sustentável.

Esse projeto do Iohan existe há 5 anos. Todos os anos, expõe seus trabalhos na Expotupã. Além de produzir, ele oferece oficinas para ensinar outras pessoas a fazerem suas próprias fantasias. O projeto é muito aceito, e é um o precursor desse tipo de movimento em cidades como Tupanciretã.

“A primeira armadura que produzimos foram, na verdade, duas armaduras medievais no estilo viking. Mas a minha fantasia favorita é a do Homem de Ferro, que demorei 2 anos para concluir a original. Todo ano produzo uma nova idêntica a anterior”, disse o acadêmico de Arquitetura.

Iohan descreve a sensação de se vestir de cosplay nesse movimento como impagável: “Não tem explicação. Tu se fantasia e saí de casa cansado, passando calor e então uma criança sorri te abraça e diz: “Homem de ferro, meu super-herói favorito, e não existe nada melhor que isso”.

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Itens da primeira armadura produzida por Iohan

A fantasia do Homem de ferro por exemplo, é feita inteiramente de papelão, para deixar mais resistente Iohan usa fibra de vidro ou massa acrílica, as armaduras são muito resistentes e duram bastante, mesmo sendo feitas de materiais recicláveis. O custo de uma armadura varia do material e do personagem que o cliente vai querer.

“Eu uso todo o material reciclável que eu puder, sempre que eu posso, até para as pessoas perderem o preconceito de achar que o que é reciclável é inferior, quando na verdade, as vezes é até melhor” manifesta Iohan.

Para o futuro, Iohan pretende expandir o projeto. Ele gostaria de fazer um evento de cosplay por mês em cada cidade. O projeto já foi apresentado fisicamente nos estados do Sul e na Argentina.

Para adquirir mais informações, entre na sua página do Facebook ou pelo número (55) 96840508.