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Educação no trânsito é tema de concurso em Santa Maria

A Prefeitura de Santa Maria lançou, na última segunda-feira, 27, o concurso cultural Nós Somos o Trânsito, coordenado pela  secretaria de Mobilidade Urbana, em parceria com a Secretaria de Educação. A iniciativa propõe ações educativas com motoristas, motociclistas e pedestres, além

Agentes atuam nas proximidades da UFN

O trânsito nas proximidades dos conjuntos I e III da Universidade Franciscana (UFN) conta com o trabalho de agentes para auxílio na movimentação e orientação de pedestres e motoristas neste Vestibular de Inverno. Para a prova de hoje,

Sentido do trânsito na rua Olavo Bilac vai mudar

O trânsito na Rua Olavo Bilac passará a ter mão única, em toda a sua extensão, no sentido Centro-Bairro. A mudança busca organizar o fluxo na região Central e minimizar os acidentes registrados nos cruzamentos em vias

Trânsito caótico em torno do conjunto III da Unifra

O vestibular de verão da UNIFRA, realizado na tarde desta segunda feira, 27, causou congestionamento no trânsito, principalmente ao entorno do conjunto III,  no bairro do Rosário. A esquina entre a Silva Jardim e Duque de

A odisseia de ser mulher e motociclista

Este é  um relato pessoal e compartilhado. Começa com a reflexão sobre o fato de que quando uma menina completa 15 anos, todos sempre avisam que aquela idade só se faz uma vez. O que eles não dizem, na

Desfile do 20 de setembro muda roteiro do transporte coletivo

No dia 20 de setembro, algumas linhas do transporte coletivo urbano e distrital, sofrerão alterações de itinerários e pontos de parada em razão do Desfile Farroupilha que vai ocorrer na Avenida Medianeira, bloqueando algumas ruas. As

Trânsito normal durante o vestibular da Unifra

O trânsito flui normalmente nesta manhã do Vestibular de Verão 2016 do Centro Universitário Franciscano – que acontece nos conjuntos 1 e 3 da instituição.  Nenhuma rua dos arredores foi bloqueada até o momento. Conforme Manuela

O risco nas faixas de pedestre em Santa Maria

“Idoso é atropelado na faixa de segurança em Santa Maria”, (Diário de SM). “Idosa morre ao ser atropelada na faixa de pedestres”, (G1). “Idoso é atropelado por um ônibus na faixa de pedestre”, (Diário da região). Estas

Slogan da Campanha Mobilidade Urbana de Santa Maria.

A Prefeitura de Santa Maria lançou, na última segunda-feira, 27, o concurso cultural Nós Somos o Trânsito, coordenado pela  secretaria de Mobilidade Urbana, em parceria com a Secretaria de Educação. A iniciativa propõe ações educativas com motoristas, motociclistas e pedestres, além da conscientização de crianças e adolescentes.  

Fomentar a educação na base é o objetivo da campanha, o trabalho é desenvolvido com os anos iniciais, para que os motoristas sejam mais conscientes e cumpridores da legislação.

SOBRE O CONCURSO

A participação no concurso cultural é exclusiva para alunos de escolas de Ensino Fundamental do Município, matriculados do 6º ao 9º ano. Para a inscrição, é fundamental a leitura do regulamento, disponível neste link. Cada participante deverá escrever uma frase criativa com, no máximo 200 caracteres (incluindo espaços e pontuações), sobre o tema da Semana Nacional do Trânsito de 2018: Nós Somos o Trânsito.

Até 14 de setembro, data limite para o envio de frases, o supervisor pedagógico de cada escola deverá selecionar três frases de cada turma participante, preencher os dados cadastrais do aluno e da instituição de ensino (conforme formulário disponível aqui) e entregar na Secretaria de Mobilidade Urbana (Rua Dr. Pantaleão, nº 165 – Centro), de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h. Os trabalhos também podem ser enviados pelo e-mail mobilidadeurbana@santamaria.rs.gov.br.

 As frases serão analisadas por uma comissão julgadora mediante critérios como originalidade, criatividade e aspectos relacionados à Língua Portuguesa (coerência, coesão, concordância e ortografia). Serão escolhidas sete frases e todas receberão prêmios e o estudante classificado em primeiro lugar ganhará uma bicicleta. A premiação do concurso cultural Nós Somos o Trânsito está prevista para 25 de setembro, quando se comemora o Dia Nacional do Trânsito.

Fonte: Superintendência de Comunicação Prefeitura Municipal de Santa Maria

Trânsito entre a Silva Jardim e rua dos Andradas foi fechado. Foto: Thayane Rodrigues/LABFEM

O trânsito nas proximidades dos conjuntos I e III da Universidade Franciscana (UFN) conta com o trabalho de agentes para auxílio na movimentação e orientação de pedestres e motoristas neste Vestibular de Inverno. Para a prova de hoje, a intenção era bloquear as ruas próximas. No entanto, em função da chuva, o trânsito foi liberado.

Conforme  o agente Ferreira, supervisor do turno, essa é a primeira edição do concurso que conta com o auxilio dos profissionais. “No ano passado, percebemos que houve uma aglomeração de estudantes nas ruas do entorno. Junto com eles, transitavam automóveis. Sentimos a necessidade de ajudar na orientação e segurança de todos”, explica.

Ferreira também afirma que nove agentes estão posicionados em pontos estratégicos das imediações. Há operadores nas ruas Duque de Caxias, Silva Jardim, Vale Machado e Conde de Porto Alegre.  Os profissionais seguem no trabalho até às 13h30 e retornam às 17h. Nenhum incidente foi registrado. Apenas embarques e desembarques são autorizados nos acessos aos conjuntos da UFN.

 

Implantação do sentido único deve minimizar pontos de conflito nas esquinas. Foto: João Alves/PMSM

O trânsito na Rua Olavo Bilac passará a ter mão única, em toda a sua extensão, no sentido Centro-Bairro. A mudança busca organizar o fluxo na região Central e minimizar os acidentes registrados nos cruzamentos em vias de mão dupla. A sinalização será realizada amanhã, terça-feira,12, e na quarta, 13, segundo informações divulgadas pela Secretaria de Mobilidade Urbana.

Para a implantação da mudança na via, agentes da Coordenadoria de Trânsito e Mobilidade Urbana (CMTU) estarão acompanhando os serviços de pintura e sinalização. Durante o trabalho, o trânsito poderá ficar momentaneamente interrompido ao fluxo de veículos, por isso, a Prefeitura pede a compreensão dos motoristas e sugere que sejam utilizadas as vias próximas, como as ruas Tuiuti e Coronel Niederauer. Moradores e proprietários de estabelecimentos comerciais ao longo da Olavo Bilac poderão acessar a via.

Ainda segundo a Secretaria de Mobilidade Urbana, a alteração segue diretrizes estabelecidas no Plano Diretor de Mobilidade Urbana, dentre elas, a proposição de novos esquemas circulatórios que priorizem os sentidos únicos para minimizar os pontos de conflito, especialmente nos cruzamentos, e empreender atuações que ajudem a melhorar a circulação de veículos na cidade.

Fonte: Ana Bittencourt, Superintendência de Comunicação Prefeitura Municipal de Santa Maria

Unifra assume a coordenação do trânsito no entorno do Conjunto III até a chegada do DMT. Foto: Thayane Rodrigues/LABFEM

O vestibular de verão da UNIFRA, realizado na tarde desta segunda feira, 27, causou congestionamento no trânsito, principalmente ao entorno do conjunto III,  no bairro do Rosário.

A esquina entre a Silva Jardim e Duque de Caxias, onde fica o portão de entrada para os alunos que fazem prova no conjunto III, foi bloqueado temporariamente por iniciativa de Carlos Robalo, diretor administrativo da UNIFRA, já que, em razão do movimento de veículos e pessoas no local, o trânsito fica caótico nas primeiras horas da tarde. Ele diz ser a terceira edição do vestibular em que o Centro pede o auxílio da Secretaria de  Mobilidade Urbana para conduzir o trânsito neste local de prova, mas que não tem obtido resposta.

O casal Elizandra Cunha e Anderson Cunha, de Itaqui, estava estacionado em local impróprio por falta de vagas nas proximidades. Eles acompanham o filho que presta vestibular na Instituição e dizem estar complicada a situação por falta de informações de Agentes de Trânsito ou informações especificas no site da própria UNIFRA.

Por Matheus Andrade

Gosto de liberdade. Thayane Rodrigues. Foto: arquivo pessoal.

Este é  um relato pessoal e compartilhado. Começa com a reflexão sobre o fato de que quando uma menina completa 15 anos, todos sempre avisam que aquela idade só se faz uma vez. O que eles não dizem, na verdade, é ser assim em todos os anos. E se aos 15 a preocupação é terminar logo o ensino médio e saber que faculdade ou curso escolher, aos 18, se tudo der certo, estas perguntas já terão respostas (não é uma regra. Não existe idade limite para nada) e surgem, então, as responsabilidades.
No meu caso, tudo começou com a necessidade de tirar uma habilitação para dirigir. Pode parecer capricho, mas nunca me vi dirigindo um carro e, em parte, esse sentimento sempre teve muito a ver com a generalização acerca da mulher no trânsito – aquele pensamento coletivo de que todas somos más motoristas. Foi por isso que decidi que minha primeira habilitação me permitiria pilotar uma moto – na época, meados de 2015, uma bis 125 preta, bem cuidada e de única dona antes de mim que, após um acidente, havia deixado a moto parada na garagem.
Para a Dyenifer Batista, que trabalha como gerente de uma boutique de artigos para motociclistas, a paixão veio antes, quando ela ainda era pequena. Tendo a família toda envolvida no mundo das motocicletas, não houve dúvidas sobre a categoria da habilitação. Já para a Carol Moraes foi o incentivo de uma amiga que a fez optar pela letra A, já que ela tinha as duas opções em mãos. E para a Karen Flores, a questão do custo benefício de ter uma moto foi crucial na hora da decisão. Ela, que assim como eu, tem uma bis, também ficou encantada com a possibilidade de poder chegar aos lugares mais rapidamente.
Na classificação dos veículos, a bis é considerada uma motoneta cujos limites de velocidade são um pouco menores do  que os de  uma motocicleta, bem como a forma de dirigir  é um pouco diferente. Mas era confortável e, principalmente, útil para o que eu precisava: me movimentar entre trabalho, faculdade e lazer sem  ser uma eterna escrava do transporte público da cidade e, menos ainda, dos serviços privados – ambos extremamente ruins e caros. Até ali, tudo bem. O aprendizado sobre regras de trânsito, funcionamento da moto e aplicá-los fora do ginásio em que a auto-escola ensina, foi fácil. Ter uma moto pequena em uma cidade grande é tranquilo. Os motoristas não te olham torto, muitas vezes até são educados contigo – o que é raro em Santa Maria.

A  provação
Meu primeiro acidente aconteceu em novembro de 2015, uma sexta feira 13, abafada em final de ano. Um senhor achou que dava tempo de atravessar a avenida antes que eu passasse por ele. O que ele não previu – ou não lembrou- é que uma avenida,  geralmente, é caracterizada por ter duas mãos: uma que vai, outra que vem. E mesmo se houvesse tempo de atravessar a via por onde eu vinha, ele ainda dependia do que ocorria do outro lado para que a manobra desse certo. Não deu, e eu acabei atingindo em cheio a porta do carro dele. Um sujeito educado e muito calmo, cuja fisionomia  nunca vou esquecer. Assim que me dei conta da situação, o desespero veio dividido entre perder a minha carteira de habilitação que ainda era provisória, e minha moto destruída, cujo concerto não saiu barato. O resumo desse acontecimento foi favorável a mim. Eu tinha a preferência, tinha testemunhas e um galo bem grande na testa.
A Dyenifer também teve problemas devido à má sinalização da rodovia. E a Lisley sofreu dois acidentes em menos de seis meses. Em um deles, chegou a ficar de cadeira de rodas por um tempo. O que fica destes sustos são alguns arranhões, cicatrizes e uma sensação ruim toda vez que a cena parece começar a se repetir. No meu caso, durante muito tempo, toda vez que um carro cortava minha frente para atravessar uma avenida, meu coração batia forte e eu acabava, inconscientemente, acionando meus freios mesmo que o carro estivesse bem longe, o que me daria tempo suficiente para desviar.
O que acontece com a nossa forma de ver as coisas depois de uma experiência traumática é diferente para cada um. Algumas pessoas nunca mais repetem os hábitos que levaram ao fato, como a minha mãe que depois de bater o carro, não quis mais dirigir por um bom tempo. Ou, como a primeira dona da minha moto, que não chegou a sofrer nem um arranhão, mas que não conseguiu mais pilotar. A resposta de cada pessoa vai depender muito do que ela acredita e, até mesmo de como ela se comporta diante de uma situação de risco. Eu, depois do segundo acidente, em vez de parar de dirigir, comprei uma moto maior, mais forte, com freios mais inteligentes. Foi quando começaram as perguntas:  “Thayane, para quê uma moto tão grande?” Ou então, “porque tu não tira tua carteira de carro e vende logo essa moto? Bem mais seguro.” Essa última frase ouvi muito da minha mãe,  que não conseguia entender o porquê de, mesmo depois de vários tombos e machucados que demoraram para curar, eu não mudava de ideia.

Letícia Bordin Toescher. Foto: arquivo pessoal.

Lembrando disso agora, eu só consigo pensar em como deve ter sido chato para Letícia quando ela apareceu em cima da sua CRF250, num evento de velocross – esporte predominantemente praticado por homens.

Ainda que inofensivo, receber os olhares de outros caras de moto, incomoda bastante. Já perdi as contas de quantas risadinhas maliciosas, assovios e comentários maldosos eu já recebi enquanto estava em cima da minha moto, na rua. E por mais que todos os manuais de convivência em sociedade digam para evitar confrontos e abstrair tudo aquilo que não nos soma, sempre dá uma vontade de desligar a moto – no meio do trânsito mesmo, ir até o cara que falou alguma coisa malvada e perguntar: – o quê o mundo te fez e te faz pensar que eu não posso estar no mesmo lugar que tu?

Ser mulher e ter uma moto de alta cilindrada, além de todo controle que se precisa ter sobre ela, também exige saber  filtrar esse tipo de atitude o tempo todo.

Desde quando o gênero define alguma coisa?
Carol mesmo sendo bastante envolvida com o mundo das motos e tendo até mesmo participado de um moto grupo, percebeu que, sempre, ao opinar sobre o assunto, os caras não pareciam dar credibilidade para o conhecimento e aexperiência que ela tem. E a ela  ficava impossível não pensar que se fosse homem, isso seria diferente! Conversando com a Letícia, ela me lembrou do famoso clichê: “tinha que ser mulher”. O bordão está sempre lá, mesmo quando, na verdade, o autor da manobra errada e perigosa que causou transtorno na via tenha sido um homem. Se o motorista que está atrás não sabe disso, esse é o pensamento imediato. E se, por infeliz acaso do destino, tiver sido uma mulher na direção, a frase ganha uma falsa sensação de verdade que chega a doer só em escrevê-la.
A Lisley pilota uma Teneré 250, moto que chama a atenção pela aparência – ou talvez por quem a conduz: uma moça de piercing, alargador, sobrancelha marcada, batom escuro e um colete de couro que carrega o nome do moto grupo que ajudou a fundar, o Steel Ladies. Ela já teve que lidar com um ex-companheiro agressivo, para quem ela deveria não estar se envolvendo cada vez mais no mundo das motos. De alguma forma, ele pensou que a violência a faria parar.

[dropshadowbox align=”none” effect=”lifted-both” width=”auto” height=”” background_color=”#ffffff” border_width=”1″ border_color=”#dddddd” ]– Somos 14 mulheres envolvidas com o Moto Grupo, sendo que dessas, nove são motociclistas e possuem colete fechado, e o restante são representantes, assim sendo não possuem o escudo do MG nas costas. Desde pequena sempre tive vontade de ter uma moto, viajar e participar de um moto grupo só de mulheres. Apesar disso, quando comecei a pilotar, fiz parte de um clube misto (homens e mulheres), mas depois de um tempo, resolvi que estava na hora de começar algo novo, que mostrasse a força da mulher. Então saí do clube, fiquei oito meses andando sozinha – respeitando o luto como a gente chama. E nesse tempo fui conversando com amigas e conhecendo outras mulheres que tinham o mesmo desejo. Por fim, decidimos fundar o Moto Grupo Steel Ladies (damas de aço), que começou com 10 mulheres de várias cidades do oeste catarinense, noroeste gaúcho e sudoeste do Paraná. Poder fazer parte do Grupo é a realização de um sonho, uma sensação que poucas pessoas têm na vida. É ter uma segunda família que divide contigo o mesmo amor pelo motociclismo e pela liberdade que as duas rodas nos proporciona. Hoje estamos com uma sub-sede em Porto Alegre, uma sede no oeste catarinense e membros e representantes no sudoeste do Paraná e com muitos planos para o futuro.[/dropshadowbox]

Lisley Secchi. Foto: Arquivo pessoal.

O motociclismo não é diferente no restante do mundo, sempre há quem pense que ele não pertence a nós, mulheres. Grande parte do preconceito que acontece no trânsito, pelo menos da forma como eu vejo e vivo, só acontece porque os homens são muito competitivos. É desafiador ver uma moto parar do teu lado da faixa e ter à frente, um caminho livre para acelerar – isso eu preciso admitir que acontece comigo também. Não é uma característica inteiramente masculina, gostar de velocidade. Mas nem sempre a cena se pinta dessa forma. Em um mundo ideal, o cara do carro ou da moto do lado acelera, te provoca, o sinal fica verde, vocês correm um pouco, e seguem seus caminhos mais animados, porque dirigir é muito bom. Só que na realidade, em várias vezes, eu levei sustos de caras me ultrapassando e cortando o meu caminho de maneiras bem perigosas – tanto para eles, quanto para mim. E é impossível não pensar sobre a real necessidade dessa situação.

Não é sobre vitimismo, é sobre respeito
Houve uma vez que em um sinal vermelho, uma outra moto guiada por um homem, parou do meu lado, acelerando, e com uma risada cheia de segundas intenções. Ele perguntou: “Tá sozinha? Quer companhia?”. E eis que toda aquela sensação de segurança que eu achei que ter uma moto me daria quando fiz a habilitação, por vezes, não existe. É tentador demais para um cara ver uma menina de shorts em cima de uma moto bonita. E eu preciso lembrar – por mais que seja óbvio, do quanto isso é constrangedor e desagradável! Eu adoro e acho muito legal quando estaciono em frente à faculdade e percebo que alguém ficou olhando para minha moto, porque ela é bonita, e merece ser admirada, sim. Mas porque existe esse respeito todo com ela, que é puramente mais de 100 quilos de motor e peças que fazem dela um veículo, mas não existe com(igo) quem a pilota?

A Dyenifer tem uma Mt03, uma moto linda por fora e poderosa por dentro. São 300 cilindradas sob o controle de uma moça baixinha e apaixonada por esse mundo, como eu. Quando a cidade foi palco do maior evento de motos do Sul do país, o Mercocycle, que em sua 21º edição, foi a minha primeira como habilitada, nos encontramos lá algumas vezes. E com essa temática de pauta em mente – a qual escrevo agora -, fiquei tentando buscar e identificar mulheres que estavam pilotando. Confesso que encontrei e conversei com poucas, mas vi muitas delas sorridentes, conversando entre si, e me senti alegre por estar ali. Em um ambiente considerado masculino, as mulheres davam cor e charme ao preto dos coletes de couro que vestiam.
[dropshadowbox align=”none” effect=”lifted-both” width=”auto” height=”” background_color=”#ffffff” border_width=”1″ border_color=”#dddddd” ]– Como trabalho em uma revenda e participo de uma confraria de mulheres apaixonadas por moto, creio que não existe mais isso de preconceito, pois o mundo motociclista está cada vez mais diversificado, fazendo com que esse estereótipo de que só o homem pode pilotar – ainda mais se for uma moto de alta cilindrada, esteja perdendo cada vez mais a sua força. A mulher está tomando esse espaço, e só em aqui em Santa Maria, já temos um grupo de motociclistas de mais de 200 mulheres que viajam pelo mundo à fora, sozinhas. Sempre vai haver os indivíduos que não podem ver uma mulher pilotando, e vão reproduzir comentários maldosos, mas se você agir corretamente, não vai ter ninguém para julgar.[/dropshadowbox]
Estar em cima de uma moto de 250 cilindradas nesse último ano foi algo para o qual precisei criar motivos socialmente aceitáveis, quase o tempo todo. “Eu gosto, e ela é muito mais leve e segura do que aparenta”, e “sim, eu sei que ela é pesada e que preciso ter cuidado, mas não é linda?”.  O fato é que durante toda a história da mulher, a gente foi obrigada a calar nossas vontades e opiniões, quando a feminilidade era considerada uma desvantagem. Hoje – na maior parte do mundo, as coisas são diferentes. Tiramos carteira de habilitação, votamos, trabalhamos e somos independentes para escolher o que for melhor para o nosso futuro. E, às vezes, tudo do que não precisamos é da lembrança de que o machismo ainda tem força e sempre encontra maneiras cruéis de se manifestar.
Quando eu era pequena, minha bicicleta não era rosa, como a da maioria das outras meninas era. Atualmente, o dinheiro que eu ganho quase nunca vai para vestidos e festas, como a maioria das meninas da minha idade faz. Grande parte dele eu gasto na oficina, ajeitando minha moto. E até nesse lugar, ele ainda dá um jeito de aparecer!  Quando, depois de muito tempo, comecei a perceber que a minha moto sempre dava algum problema (o que me fazia ter que voltar para oficina logo em seguida),  vi que o mecânico – que sorria toda vez que me via-, só  o fazia porque era engraçado entre os outros mecânicos mexer em coisas que eu não entendia> Só para me fazer voltar lá,  para pedir ajuda. E esse tipo de atitude me fez trocar de uma oficina, que fica a um minuto da minha casa, para outra, que fica à dez,  mas que vale cada centavo de gasolina que gasto pra chegar lá!
[dropshadowbox align=”none” effect=”lifted-both” width=”auto” height=”” background_color=”#ffffff” border_width=”1″ border_color=”#dddddd” ]Tomo as palavras de Simone de Beauvoir, em O Segundo Sexo, Vol. 2, “uma mulher que despende suas energias, que tem responsabilidades, que conhece a dureza da luta contra as resistências do mundo, tem necessidade – como o homem – não somente de satisfazer seus desejos físicos como ainda de conhecer o relaxamento, a diversão (…)”.[/dropshadowbox]

Diversão essa que, para algumas meninas, como Letícia, Carol, Lisley, Karen, Dyenifer e Thayane, é ajeitar o cabelo, colocar o capacete, girar a chave da moto e acelerar. E esse texto tem a finalidade de demonstrar que, mesmo ficando na ponta do pé para segurar a moto, não poderíamos ser mais felizes. Algumas pessoas precisam de muito dinheiro, curtidas e seguidores. Outras só precisam de um tanque cheio e uma estrada para explorar.  Por fim, não cabe a ninguém julgar o próximo por suas escolhas e gostos. E muito menos interferir na liberdade de ir e vir. E eu sei que, por muito tempo ainda, vou precisar ter um cuidado triplicado no trânsito, porque além de egoísta e apressado, ele também é machista ao defender que o tanque de uma moto não é exatamente o tipo de tanque para o qual a mulher foi feita. Mas sabe de uma coisa? Já faz um bom tempo que o nosso lugar é onde a gente quiser que ele seja. E não tem buzina, piada maldosa ou comentário agressivo, nada que mude isso.

Esse texto só foi possível graças à Letícia Bordin Toescher, Dyenifer Martins Batista, Karen Flores, Lisley Secchi, e Caroline Moraes!

 

No dia 20 de setembro, algumas linhas do transporte coletivo urbano e distrital, sofrerão alterações de itinerários e pontos de parada em razão do Desfile Farroupilha que vai ocorrer na Avenida Medianeira, bloqueando algumas ruas. As alterações estão previsão para  o período das 7h até às 13h.

  • A parada de embarque/desembarque da Rua do Acampamento perto do Frizzo, será realizada na Rua José Bonifácio, em frente a Ortopedia Rozaullo.
  • As paradas da Av. Medianeira ficarão fechadas em ambos os sentidos.
  • As paradas de embarque/desembarque da Rede Vivo e do Banrisul na Av. Dores no sentido centro/bairro, estarão fechadas. O embarque/desembarque deverá ser realizado na parada da ortopedia Rozaullo ou no Royal Plaza Shopping.
  • Nas paradas de embarque/desembarque da Av. Ângelo Bolson, no sentido centro/bairro, os usuários deverão se deslocar para a Av. Presidente Vargas ou para a Rua Carlos Hur.
  • No sentido bairro/centro, os usuários deverão se deslocar até a Av. Presidente Vargas.
  • Nas paradas de embarque/desembarque da Av. Helvio Basso:
  • No sentido bairro/centro, os usuários deverão se deslocar até a BR 392 ou Av. Presidente Vargas.
  • Os usuários da linha Santos/Urlandia, no sentido centro/bairro deverão realizar o embarque junto ao paradão da Rua Pinheiro Machado.
Mapa de como vai ficar o fluxo de transporte.
Alterações no fluxo do transporte.

Linhas UFSM, Camobi, Carlos Gomes, Fernando Ferrari, Universidade, São José – KM 03, Brigada Itararé no sentido centro/bairro: Rua do Acampamento, Rua José Bonifácio, Rua Riachuelo, Rua Pinheiro Machado, Rua Benjamim Constant, Rua Bento Gonçalves, Rua Pinto Bandeira e segue itinerário normal.

No sentido bairro/centro não haverá alteração no itinerário.

As linhas Fernando Ferrari Fx Nova, Big Rodoviária, Casa de Saúde, Jardim Berleze, Maringá e demais linhas para a Rodoviaria no sentido centro/bairro: Rua do Acampamento, Rua José Bonifácio, Rua Riachuelo, Rua Pinheiro Machado, Rua Benjamim Constant, Rua Bento Gonçalves, Rua Pinto Bandeira, Av. Dores, Alameda Bueno Aires, Trav. Cassel, Av. Fernando Ferrari e segue itinerário normal.

As linhas Santos, Passo das Tropas, Minuano, Lorenzi, Pau a Pique e Capivara e as linhas distritais Passo do Verde e Santa Flora no sentido centro/bairro: Rua do Acampamento, Rua Pinheiro Machado, Av. Presidente, Rua Carlos Gomes, Rua Orlando Fração, Rua Agostinho Scolari, Br 158 e segue itinerário normal.

No sentido bairro/centro: Br 158, Trav. Moreira, Rua Orlando Fração, Rua Carlos Gomes, Av. Presidente Vargas….segue itinerário normal.

A linha Urlândia no sentido centro/bairro: Rua do Acampamento, Rua Pinheiro Machado, Av. Presidente, Rua Carlos Gomes, Rua Orlando Fração e segue itinerário normal.

No sentido bairro/centro: Realiza o contorno da Rotula da Uglione, Br 287, Trav. Moreira, Rua Orlando Fração, Rua Carlos Gomes, Av. Presidente Vargas e segue itinerário normal.

A linha Circular Sul: Av. Presidente Vargas, Rua José Bonifácio, Rua Riachuelo, Rua Pinheiro Machado, Rua Benjamim Constant, Rua Bento Gonçalves, Rua Pinto Bandeira e segue itinerário normal, as demais linhas não sofrerão alterações.

Trânsito - Vic Martins (agência)
Semáforo queimado na esquina da Duque de Caxias com a Silva Jardim (Fotos: Victória Martins / Laboratório de Fotografia e Memória)

O trânsito flui normalmente nesta manhã do Vestibular de Verão 2016 do Centro Universitário Franciscano – que acontece nos conjuntos 1 e 3 da instituição.  Nenhuma rua dos arredores foi bloqueada até o momento.

Conforme Manuela Vasconcellos, assessora de comunicação da Unifra, às 7h a Gerência Municipal de Trânsito (GMT) fará uma avaliação da movimentação da imediação dos conjuntos, para analisar a possibilidade de bloqueio ou desvio do tráfego.

Na rua Silva Jardim, um poste é instalado pela distribuidora de energia AESul. Segundo Jean Dias, encarregado pelo trabalho, até as 9h o serviço estará normalizado.  Em função deste serviço, o semáforo da via está desligado.

 

 

(Foto por: Viviane Campos/Laboratório de Fotografia e Memória)
(Foto por: Viviane Campos/Laboratório de Fotografia e Memória)

“Idoso é atropelado na faixa de segurança em Santa Maria”, (Diário de SM). “Idosa morre ao ser atropelada na faixa de pedestres”, (G1). “Idoso é atropelado por um ônibus na faixa de pedestre”, (Diário da região).

Estas e outras manchetes sobre o atropelamento de pessoas são comuns nos meios de comunicação. A faixa de pedestre, que deveria ser segura para se atravessar, torna-se um local de conflito entre transeuntes e motoristas. Há descumprimento das leis por parte dos condutores de veículos e das pessoas que percorrem a rua.

Para Rosane Abaz, estudante do Centro Universitário Franciscano, não há respeito na faixa de segurança. “Na esquina da Conde de Porto Alegre com a Rua dos Andradas, é praticamente impossível atravessar, pois nenhum carro para nas faixas da esquina”, denuncia Rosane.

Há pedestres, porém, que acreditam que depende da cidade e do meio. Oly Fagundes, estudante e militar, conta que em Brasília, os motoristas param quando avistam que alguém vai atravessar na faixa de segurança, diferente daqui em Santa Maria.

Ao contrário destes entrevistados, a professora Caroline Brum, do Curso de Publicidade e Propaganda do Centro Universitário, sente-se mais segura na faixa de segurança do que atravessar sem a faixa. “Mas alguns pedestres atravessam sem olhar se os carros param ou não. Isso veio a partir de campanhas que o pedestre tem direitos e que os condutores são obrigados a parar”, nota a professora. “Entretanto, a prefeitura deve alterar as marcações, há faixas em esquinas e isso não é permitido segundo as leis de trânsito”, ressalta Caroline.

Segundo o diretor do Centro de Formação de Condutores (CFC) Padre Réus, João Guasso, em todas as aulas práticas de direção, os alunos são informados da parada na faixa de pedestre quando notam que alguém vai atravessar. “No exame é cobrado parar na faixa, obrigatoriamente. Eles também têm aulas teóricas específicas sobre a faixa de pedestre”

Obras da BR-287 (Foto: Fernanda Gonçalves/Laboratório de Fotografia e Memória)

As obras de duplicação da BR-287, em Santa Maria, têm causado transtornos não apenas ao trânsito da cidade, mas a muitos moradores do entorno da rodovia. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) autorizou as obras no dia 15 de dezembro de 2014. No entanto, há mas de 50 moradores, entre eles jovens e idosos, que devem ficar desalojados e ainda não foram notificados pelo órgão. Algumas pessoas estão em completo desamparo. “Moro aqui há oito anos e não tenho para onde ir. O engenheiro veio fez a medida, e a minha casa vai ter que sair. Não tenho para onde ir e ele não falou se vão dar auxilio ou algo parecido”, relata  Maria Tereza de Souza, 73 anos. Além de prejudicar os moradores, que terão de deixar suas casas, o atraso no aviso por parte do Dnit, prejudica também o comércio. Marcio da Silva do Amaral é gerente de uma oficina de  chapeamento e relatou: “o engenheiro veio aqui mediu o terreno e não falou nada. Eu estou lotado de carros na oficina e preciso saber se vou ter que sair, pois tenho que arrumar um local para levar os veículos”. Mais uma vez, a demora no contato com os moradores está deixando pessoas aflitas, tendo em vista que alguns pontos das obras já estão em níveis avançados, pois foram autorizadas ainda em dezembro do ano passado.

Casas que serão retiradas, pois estão nas margens da BR287 foto de Fernanda Gonçalves
Casas às margens da rodovia terão de ser destruídas (Foto de Fernanda Gonçalves/Laboratório de Fotografia e Memória)

O Dnit ainda não deu uma posição clara de que vai ou não ajudar as pessoas afetadas pelas obras. Em todo o caso, muitos moradores deveriam ter consultado o Dnit antes da construção de suas casas, já que a área fica às margens de uma rodovia. Em casos como este, cabe à Policia Rodoviária Federal (PRF)  fiscalizar os locais e alertar sobre possíveis irregularidades. O Dnit não se pronunciou oficialmente sobre o despejo dos moradores. Mais informações podem ser obtidas junto Dnit de Santa Maria. Telefone: (55) 3211-1944

F01-5065
Neste ano a cidade registrou 138.810 mil veículos até setembro, segundo DETRAN-RS. Foto: Larissa Mayer/PrefeituraSM

Em 6 anos e 9 meses, as ruas de Santa Maria tiveram um aumento de 65% de veículos. No total foram 49,5 mil veículos a mais em circulação na cidade, conforme dados do Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul (DETRAN-RS) de setembro de 2014. O número de veículos nas vias da cidade saltou de 89.231, em 2007, para 138.810 até o mês de Setembro, de 2014, conforme balanço do DETRAN-RS. Os condutores habilitados para dirigir em Santa Maria aumentaram em média de 3,8% ao ano neste período. Em quase 7 anos foram 26.415 novos motoristas. O crescimento foi substancial. Saiu dos 93.786 motoristas, em 2007, e passou para 120.201 até junho deste ano.

Com o crescimento de carros nas ruas, os problemas como os congestionamentos em horários de pico também cresceram. Para o presidente da Associação dos Taxistas de Santa Maria (ATASM), Volmar Arruda, quem dirige na cidade percebe o acréscimo de quase 50 mil veículos. Uma sugestão para evitar o tráfego dos veículos pesados na zona urbana, o que piora ainda mais a situação, é a criação de um porto seco, no qual os caminhões de carga deixariam os produtos no local e veículos menores fariam o transporte até as lojas. Desta forma os caminhões não entrariam na cidade para fazer a carga e descarga.

“Realmente teve um crescimento demasiado de carros e o trânsito fica mais complicado. Uma das coisas que eu sempre comentei é que Santa Maria deveria ter um porto seco. Acho que amenizaria essa questão, já que as mercadorias seriam descarregadas neste local e assim os carros pequenos ou Kombis fariam o transporte até as lojas. Se não tem o porto seco, o caminhão tem que entrar na cidade ”, declarou Arruda, presidente da ATASM.

Imagem/Prefeitura SM
Zona de Restrição de veículos pesados no centro de Santa Maria. Imagem: Divulgação Prefeitura

Para dar mais fluidez ao trânsito no centro da cidade, o prefeito César Schirmer assinou um Decreto Executivo Número 082, o qual determina que veículos com mais de 7,5 toneladas de peso bruto total e 9 metros de comprimento não podem trafegar na Zona de Restrição de Operação de Carga e Descarga (ZRCD) das 8h às 20h, em dias de semana, e das 8h às 14h, aos sábados. Nos feriados nacionais o trânsito de veículos pesados será liberado.

A lei entrou em vigor oficialmente no dia 6 de novembro e quem for flagrando dirigindo caminhões pesados pelas ruas proibidas será multado.

Coleta do lixo bloqueia o trânsito no centro

A coleta de lixo dos contêineres no centro da cidade é outro fator que prejudica o trânsito. Segundo o taxista, como algumas ruas são estreitas, os caminhões da empresa responsável pelo recolhimento de lixo obstruem a via para efetuar o processo.

“Coleta de lixo tem que ser à noite. Lógico que a cidade tem que ser limpa, mas o recolhimento dos contêineres deveria ser feito em horários com menos movimento. Fazer às 11h30min da manhã não dá, pois esses caminhões grandes ficam no meio na rua para fazer a coleta. Algumas vias são estreias e atrapalha o trânsito”, afirmou Volmar.

Táxi: A saída para os congestionamentos

Taxista desde 20 de setembro de 1990, Volmar Arruda já trabalhou em três pontos: na Rio Branco, no central e por último na rodoviária. Em função das questões administrativas da ATASM, ele deixou de dirigir táxis há pouco mais de um ano. Mas o uso do serviço ainda é uma das ótimas saídas para os congestionamentos.

“Creio que o fluxo de carros também aumentou pela falta de táxis. Hoje há famílias que tem 3 carros em caso. Se tivesse mais táxis, as pessoas deixariam os carros em casa e sairiam de táxis. Mas devemos ter em Santa Maria também um serviço à altura do usuário, para que a pessoa deixe o carro em casa e seja bem atendida pelo motorista.  Não adiante ter táxis e ter um serviço péssimo. O atendimento ter que ser prioridade”, frisou o presidente da Associação dos Taxistas de Santa Maria, Volmar Arruda.

A prefeitura de Santa Maria pretende licitar ainda neste ano 116 novos prefixos, além de quatro prefixos já existentes e que atualmente estão fora de circulação. A cidade conta atualmente com uma frota de 210 táxis. A Lei municipal de Ampliação da Frota de Táxis de Santa Maria (nº 5863) foi sancionada no dia 9 de Maio.

Atenção e prudência no trânsito para evitar acidentes

Com mais veículos nas ruas, os motoristas devem ter paciência e atenção redobradas no trânsito. Quem trabalha cobrindo as principais vias da cidade percebe o mau comportamento de determinadas pessoas ao volante. O repórter da unidade móvel, da Rádio Imembuí, 960 AM, Jean Romero, 30 anos, frisa que é preciso ter muito preparo.

“Realmente nosso trânsito é bastante difícil, especialmente porque algumas ruas são estreitas e a sinalização não é adequada. O mau comportamento de determinados motoristas também não colabora. Alguns dirigem no meio da via e não dividem os espaços. Para o trânsito ser tranquilo, com mais segurança é preciso um preparo melhor ”, afirmou, o repórter Jean Romero. O jornalista, que dirige desde os 18 anos na cidade, destaca que a imprudência e a falta de atenção contribuem para os acidentes em um trânsito com crescimento intenso.

“A imprudência e a falta de atenção. Têm motoristas que mexem no celular dentro do veículo e, até mesmo, motociclistas falando ao aparelho ou tentando digitar algum número”, contou, Romero.

Conforme o repórter de trânsito da Rádio Imembuí, não é possível generalizar, mas alguns condutores perdem a paciência nas ruas. Outra questão, segundo ele, que prejudica o fluxo de veículos são os motociclistas que fazem zig-zag entre os carros.

O que diz o Secretário de Mobilidade Urbana de Santa Maria 

Fotos Renan Mattos e Smed (divulgação)
Secretário Miguel Passini participa de atividade educativa no centro da cidade. Foto: Renan Mattos/Smed/Divulgação

De acordo com Secretário Miguel Caetano Passini, os investimentos no trânsito da cidade são realizados para facilitar o deslocamento das pessoas. Ele destaca a duplicação da Avenida Hélvio Basso e o asfaltamento da Avenida Liberdade. De acordo com Passini, outras intervenções foram realizadas, como a retirada de estacionamento de algumas ruas, como na Silva Jardim, onde é proibido estacionar a esquerda durante o dia:

“A perimetral da Hélvio Basso e Avenida Liberdade vai ligar até a zona norte. Há uma ideia de fazer uma perimetral na Castro Alves, um túnel ligando a Salgado Filho para que a gente possa fazer um anel para melhorar a fluidez. Estamos fazendo mudanças pontuais tirando estacionamentos de ruas e as conversões a esquerda. Apesar de todas as medidas, em determinados horários e quando chove a gente sente o trânsito pesado”, destacou Passini.

Conforme o titular da pasta, um dos motivos para esse incremento de 49,5 mil veículos das ruas são os incentivos do governo federal na indústria automobilística, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A medida visa baixar o preço dos automóveis para os consumidores, aumentando as vendas.

“Hoje praticamente a capacidade total das ruas estão esgotadas. Nós temos algumas questões que necessitam ser melhoradas, como o transporte público que precisa ser dada uma preferência, pois com incentivo no transporte coletivo, diminui o uso de carros. Também incentivar o uso de bicicletas, já que é um transporte altamente sustentável” – analisou.

Ônibus rápidos serão um divisor de águas, afirma Secretário

foto julio soares - marcopolo
Até o final do ano prefeitura espera ter contrato aprovado com a Caixa Econômica Federal. Foto: Júlio Soares/Marcopolo

Nos próximos anos, Santa Maria contará com o Bus Rapid Transit (BRT). O investimento será de 218 milhões de reais e o projeto de implantação já foi aprovado pelo Ministério das Cidades. O transporte ligará as regiões Leste e Oeste de Santa Maria, isto é, os bairros Camobi e Tancredo Neves, passando pelo Centro. A linha possuirá 43,2 quilômetros de extensão e irá contar com 20 estações de embarque e desembarque e 18 veículos, sendo alguns com 120 lugares. A estimativa é que englobe até 80% dos usuários do transporte coletivo novo modal. Para o secretário Miguel Passini, o BRT será o maior investimento em trânsito já realizado:

“Seria o maior investimento e o divisor de águas. Vai ser o antes e o depois desta grande obra, que saíra da Tancredo Neves e vai até a Universidade Federal de Santa Maria com ônibus modernos, movidos a bateria e para 150 pessoas. Terá corredores exclusivos, com embarque e desembarque cobertos. Sem falar que vai diminuir o tempo de viagem da Tancredo Neves até a UFSM em 26 minutos”, observou o secretário.

Depois de licitado o projeto, a empresa responsável terá dois anos para colocar em prática. A expectativa de Passini é que até o final de 2016 a obra seja entregue a população.

“No momento em que for disponibilizado o projeto e licitado terá dois anos para ser colocado em prática. Provavelmente no fim de 2016, será entregue a população essa obra com ônibus novos que vai transformar Santa Maria em uma referência como Curitiba no transporte Urbano”, revelou o titular da pasta de mobilidade urbana da cidade.

Plano Diretor de Mobilidade Urbana

O Plano Diretor de Mobilidade promete ordenar o trânsito da cidade pelas próximas décadas. Algumas medidas já estão sendo adotadas, conforme o secretário, entre elas a restrição do embarque e desembarque de cargas de caminhões pesados nas ruas centrais. O plano também apontou outras medidas mais drásticas como a restrição de veículos particulares durante o dia na rua do Acampamento e transformar a via exclusiva para ônibus e táxi. Outro apontamento mudaria o sentido das Avenidas Nossa Senhora da Medianeira e Presidente Vargas, ambas teriam sentido único. Na Medianeira, o sentido seria bairro-Cento, e, na Presidente Vargas, Centro-bairro. Contudo, de acordo com Passini, essas alterações mais profundas precisam ser analisadas. Elele ressalva que o Plano de Mobilidade Urbana é para os próximos 20 anos:

“Na rua do Acampamento, a proposta apresentada, na época, não achei viável. E transformar a Presidente Vargas e Medianeira em mãos únicas precisa de mais estudos e de verbas para fazer a ligação entre as duas. Agora, é um plano para o futuro, para 20 anos. Por enquanto, não vejo necessidade de tomarmos essa medida.” – finalizou Passini.

Coleta de Lixo e Porto Seco 

Motoristas reclamam que a manutenção e recolhimento de lixo em horários de grande movimento, atrapalham o trânsito. Foto: João Alves/Prefeitura SM
Motoristas reclamam que a manutenção e recolhimento de lixo dos contêineres, em horários de grande movimento, atrapalham o trânsito. Foto: João Alves/Prefeitura SM

Sobre a coleta de lixo dos contêineres no centro da cidade, onde os caminhões da empresa responsável pelo recolhimento acabam bloqueando o trânsito, o município pretende adequar os horários para evitar congestionamentos em horários de grande movimento.

“Já se tentou fazer de noite coleta de lixo, mas as pessoas reclamam que faz muito barulho. Claro que temos uma necessidade de deixar a cidade limpa. O que precisamos fazer é uma adequação nos horários das coletas. Isso nós podemos fazer”, afirmou o secretário de Mobilidade.

A necessidade da construção de um Porto Seco para que os caminhões não façam a descarga direto nos estabelecimentos é uma iniciativa que depende de verbas do governo federal:

“Há muito tempo se vem buscando essa iniciativa. Em Camobi, os valores dos imóveis estão muito altos para viabilizar esse projeto, pois precisa de uma área muito grande. Esse porto seco é necessário. Seria possível só com investimentos do governo federal, já que todos os impostos vão para o governo federal” – declarou Passini.

De acordo com titular da pasta de Mobilidade Urbana, o limite máximo de velocidade nas ruas de Santa Maria é 40km/h. Para Passini, é preciso humanizar cada vez mais o trânsito do país.

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Ouça a entrevista com o Secretário de Mobilidade Urbana, Miguel Caetano Passini : 

Ouça o que disse sobre o trânsito da cidade o repórter da Rádio Imembuí, 960 AM, Jean Romero:

Por Tiago Wennesheimer Nunes, para a disciplina de Jornalismo Online