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Santa Maria, RS, Brazil

Arte e tecnologia propõem novas formas de inspiração

“Você entra no cubo branco da sala de exposição e, logo se pergunta, onde estão as obras?”. A proposta inovadora do artista Raul Dotto Rosa, mestrando em Artes Visuais da UFSM, cria um espaço onde o observador da arte se insere dentro da mesma, podendo interagir e interpretar os sentidos dela. Na Sala de Exposições Angelita Stefani, prédio 14, Centro Universitário Franciscano, foi montada uma instalação, com objetos digitais e tecidos.

A foto projetada é de uma modelo escolhida por Raul (foto: Gabriel Oliveira/Laboratório de Fotografia e Memória)
A foto projetada é de uma modelo escolhida por Raul (foto: Gabriel Oliveira/Laboratório de Fotografia e Memória)

Raul comenta que a ideia da exposição começou a ser pensada no início do ano, quando ele recebeu o convite da curadora da sala, Élle de Bernadini. “Como é minha linha de pesquisa do mestrado, arte e tecnologia, resolvi pensar a instalação usando essa linguagem de estrutura que conversa e não se propõe a algo específico”, explica. O uso do azul nos objetos, tecidos e na iluminação foi escolha também do artista, porque a cor representa  o ar, a comunicação e traz um ambiente de questões a serem refletidas. É algo aberto, ilimitado, para fazer pensar.
A exposição foi feita para a sala, devido ao contexto e instalação. Para exposições futuras em outros contextos e espaço, o trabalho será montado de forma diferente. Ela se modifica para o próprio espaço-público a que se propõe. “A relação de públicos surge na medida da experimentação, por exemplo, na abertura veio bastante gente assistir e interpretar. Me surpreendeu bastante”, explana o estudante.

O artista estuda a experiência de interação e objetos partilhados como forma de arte (foto: Gabriel Oliveira/Laboratório de Fotografia e Memória)
O artista estuda a experiência de interação e objetos partilhados como forma de arte (foto: Gabriel Oliveira/Laboratório de Fotografia e Memória)

No dia da abertura, 04, houve um feedback interessante, com estudantes comentando a proposta singular e diferente que o artista trouxe. A imagem ao fundo, projetada, girando, traz o sentimento de imersão, profundidade, ou outros que surgem do nosso pensamento, carga cultural, e experiências pessoais. “Leio bastante Jacques Rancière, filósofo francês que trabalha a questão de comunidades. Elas geram o contexto do objeto e da arte, muito mais do que um artista propor um tema isolado. A energia é criada para o público, e isso inspira meu trabalho atual”.

O artista irá expor também no Festival de Artes, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, na sala Cláudio Carriconde, UFSM, no final deste mês. Em outubro, o artista irá expor no Museu de Arte de Santa Maria e, em Brasília, num encontro de arte, tecnologia e mídias digitais.
Para conhecer mais o trabalho de Raul, basta visitar o seu site ou visitar a exposição que irá até o dia 23 de agosto, na Sala Angelita Stefani.

 

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“Você entra no cubo branco da sala de exposição e, logo se pergunta, onde estão as obras?”. A proposta inovadora do artista Raul Dotto Rosa, mestrando em Artes Visuais da UFSM, cria um espaço onde o observador da arte se insere dentro da mesma, podendo interagir e interpretar os sentidos dela. Na Sala de Exposições Angelita Stefani, prédio 14, Centro Universitário Franciscano, foi montada uma instalação, com objetos digitais e tecidos.

A foto projetada é de uma modelo escolhida por Raul (foto: Gabriel Oliveira/Laboratório de Fotografia e Memória)
A foto projetada é de uma modelo escolhida por Raul (foto: Gabriel Oliveira/Laboratório de Fotografia e Memória)

Raul comenta que a ideia da exposição começou a ser pensada no início do ano, quando ele recebeu o convite da curadora da sala, Élle de Bernadini. “Como é minha linha de pesquisa do mestrado, arte e tecnologia, resolvi pensar a instalação usando essa linguagem de estrutura que conversa e não se propõe a algo específico”, explica. O uso do azul nos objetos, tecidos e na iluminação foi escolha também do artista, porque a cor representa  o ar, a comunicação e traz um ambiente de questões a serem refletidas. É algo aberto, ilimitado, para fazer pensar.
A exposição foi feita para a sala, devido ao contexto e instalação. Para exposições futuras em outros contextos e espaço, o trabalho será montado de forma diferente. Ela se modifica para o próprio espaço-público a que se propõe. “A relação de públicos surge na medida da experimentação, por exemplo, na abertura veio bastante gente assistir e interpretar. Me surpreendeu bastante”, explana o estudante.

O artista estuda a experiência de interação e objetos partilhados como forma de arte (foto: Gabriel Oliveira/Laboratório de Fotografia e Memória)
O artista estuda a experiência de interação e objetos partilhados como forma de arte (foto: Gabriel Oliveira/Laboratório de Fotografia e Memória)

No dia da abertura, 04, houve um feedback interessante, com estudantes comentando a proposta singular e diferente que o artista trouxe. A imagem ao fundo, projetada, girando, traz o sentimento de imersão, profundidade, ou outros que surgem do nosso pensamento, carga cultural, e experiências pessoais. “Leio bastante Jacques Rancière, filósofo francês que trabalha a questão de comunidades. Elas geram o contexto do objeto e da arte, muito mais do que um artista propor um tema isolado. A energia é criada para o público, e isso inspira meu trabalho atual”.

O artista irá expor também no Festival de Artes, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, na sala Cláudio Carriconde, UFSM, no final deste mês. Em outubro, o artista irá expor no Museu de Arte de Santa Maria e, em Brasília, num encontro de arte, tecnologia e mídias digitais.
Para conhecer mais o trabalho de Raul, basta visitar o seu site ou visitar a exposição que irá até o dia 23 de agosto, na Sala Angelita Stefani.