Na madrugada dessa quinta-feira, 19, o estado foi atingido por um temporal que causou estragos em diversas cidades. Em Santa Maria, a queda de árvores, postes e, até mesmo, a fachada de prédios, ocasionou transtornos. A cidade se recupera e a ACS foi ouvir o poder público sobre o trabalho de reorganização da cidade.
Com relação à queda de árvores, o Superintendente de Licenciamento e Controle Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente, Gerson Vargas, relatou primeiramente, que a maior demanda da Secretaria são os pedidos de podas de árvores. No entanto, o reduzido número de servidores dificulta o atendimento das solicitações. Neste momento, na cidade, apenas sete servidores estão trabalhando de forma operacional para recolher os galhos e troncos deixados pelo temporal.
Ele também explica que os entulhos foram levados para o aterro da Prefeitura (antigo lixão), onde estão sendo aproveitado para um sistema de recuperação de áreas degradadas. “Amontoando os galhos ocorre o restabelecimento da microfauna da região, pois a área do aterro precisa ser recuperada com urgência”, afirma Vargas.
O superintendente também explicou que “houve muitos plantios de forma inadequada para a área urbana, e uma das causas são as campanhas de plantio de árvores, nas quais as pessoas acabam plantando mudas sem nenhuma orientação de plantio, nem de que tipos de árvores se encaixam no contexto da cidade. E isso, hoje, é causa de problemas”. Segundo ele, é necessária uma avaliação técnica para qualquer tipo de manejo das árvores.
Questionado acerca do assunto, o professor Alexandre Swarowsky (coordenador do Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária do Centro Universitário Franciscano) ressaltou a necessidade de maior flexibilização do Ministério Público quanto às podas preventivas e maior autonomia da Secretaria do Meio Ambiente para poder realizar os trabalhos necessários.
Matéria em parceria com Elizabeth Lima