Solidariedade. Uma palavra simples, porém com muito sentido e importância para alguns. Principalmente quando se quer ajudar alguém, um desconhecido que se tornou conhecido. Izaque da Silva, 1 ano e 3 meses veio de Itaqui junto de seus pais, seus avós e seu irmão. Com 5 meses,começou a quimioterapia , há 7 meses vieram com um propósito: a cura. Roger da Silva o Pai, 25 anos chefe da família largou emprego sólido, para recomeçar do zero, e por que não começar vida nova?
“Santa Maria é completamente diferente de Itaqui. Tudo mais caro, mais longe e mais difícil”, desabafa Lucia Costa, 23 anos, mãe de Zaque, apelidado carinhosamente por amigos. Lucia, com semblante tenso relata: “A gente veio para Santa Maria para o tratamento dele, mas ta difícil”. Esse é apenas mais um relata de uma mãe preocupada com a situação da saúde do seu filho.
Tatiéli Dallaporta, 32 anos, enfermeira do HUSM, relatou: “Era um dia comum, várias pessoas que passam por mim, mas uma mãe chamou atenção”. E não é que essa pessoa é o Zaque. “Ainda mais incrível, ele morava no mesmo condomínio que eu, pois vi na ficha de cadastro”, comenta Tatiéli.
Porém, ao descobrir a residência da família a surpresa. Todos desempregados, sem nada de alimento em casa, com a água cortada por falta de pagamento e três meses de aluguel atrasado Mas a esperança surgiu. O dono da casa perdoou os alugueis atrasados, Tatiéli e seu esposo pagaram a água, fizeram uma ação no condomínio para arrecadar alimentos e fraldas.
“Nunca vi minha casa com tanto alimento e fralda para o Carlinhos. Essas pessoas que nos ajudaram foi Deus que colocou nas nossas vidas”, comenta Lucia com os olhos lacrimejados. Para muitos é algo supérfluo as cestas básicas doadas, mas para a família de Izaque um gás, para que ele e seus parentes não desistam da luta contra leucemia.
Matheus Andrade