Que os buracos não são mais novidade, todos os santa-marienses sabem. Esse assunto faz parte do cotidiano há muitos anos. Se pesquisarmos pelos sites e jornais da região, veremos que esse assunto é um velho conhecido.
São buracos que foram abertos por conta de descuidos com a rua ou para manutenções. Quem não esquece deles são os moradores, que precisam conviver com o problema que afeta a rotina de todos na cidade.
Um exemplo de descaso foi na rua Demétrio Ribeiro, no bairro Duque de Caxias, onde os moradores pintaram com tinta branca 199 buracos, sinalizando-os como uma forma de protesto, chamando a atenção das autoridades para o problema. Eles têm protocolos abertos na prefeitura, mas sempre ficam sem respostas concretas de uma data para os reparos.
Os anos passam, a administração do município muda, mas os buracos continuam lá, apenas trocam de lugar ou de tamanho. Em uma entrevista concedida ao vivo no programa Jornal do Almoço no dia 17 de maio, aniversário de Santa Maria, o prefeito da cidade falou sobre os problemas de asfaltamento e as medidas que estavam sendo tomadas pela prefeitura para resolver esse problema.
Ele disse que a prefeitura trabalha na recuperação de diversas ruas. Tudo bem, podemos perceber os operários trabalhando pelas ruas. Mas, o que está sendo feito de forma emergencial, “tapando buracos”, irá resolver o problema?
Não é tão caro assim manter mais equipes e gastar um pouco a mais de massa asfáltica para manter as ruas em condições de trafegar. Existe a possibilidade de cortar verbas de outras áreas e até mesmo diminuir gastos com os Cargos em Comissão (CCs) para comprar mais asfalto.
Isso ajudaria a diminuir os danos materiais causados aos motoristas, como pneus estourados e rodas amassadas. As crateras podem causar sérios acidentes e colocar vidas em risco. De imediato irá ficar bom, mas com o tempo, as chuvas e o tráfego de veículos, abririam novas crateras, fazendo com que o trabalho realizado seja perdido e o dinheiro utilizado jogado fora. Não merecemos ostentar o título de cidade dos buracos, afinal de contas nós somos a Cidade Cultura, Cidade Universitária e Coração do Rio Grande.
Redação: Maristela Santos
Texto opinativo produzido para a disciplina de Jornalismo II sob a orientação do professor Carlos Alberto Badke