Santa Maria, RS (ver mais >>)

Santa Maria, RS, Brazil

Memórias e frutos inestimáveis

Foto: arquivo pessoal
Kawanny é a última jogadora (da esq. para dir.), atrás. Foto: arquivo pessoal
Imagens: Raw Pixel

O futebol feminino, sabidamente, parece trazer duas palavras contraditórias. A Copa do Mundo, que poderia se chamar Copa do Mundo de Futebol Masculino, mas ironicamente poderia conotar machismo, existe desde 1930, e hoje conta com 32 equipes. A Copa do Mundo de Futebol Feminino, que ocorre desde 1991, conta atualmente com 24 times na disputa. Os números, datas, salários e, para além, os sentimentos de representação e valorização demonstram um caminho árduo, mas não acabam com os sonhos de muitas jogadoras, profissionais ou amadoras.

O esporte mais amado do Brasil repercute na vida de quem é apaixonado, ou apaixonada, pelos campos, times e um universo que só quem vive entende. Independentemente de ser homem, mulher, criança, adulto ou idoso, as memórias, o afeto e as experiências com o esporte marcam profundamente alguns dos que o praticam. Para algumas jogadoras, não importa a falta do salário ou prestígio, mas o ganho de valores que não têm preço.

A santa-mariense Kawanny Silva, 22 anos, é atendente por profissão mas, desde criança, carrega a paixão pelo futebol e guarda as boas lembranças dos incontáveis times dos quais já fez parte.

Para ela, ser jogadora de futebol é…

Amor

Desde pequena, carrego a paixão pelo futebol. Meu pai sempre foi muito ligado ao esporte e aprendi a amar indo com ele em campos e ginásios, mesmo não havendo mulheres jogando.

Amizade

Com o futebol, conheci pessoas incríveis em todos os lugares onde atuei. Elas se tornaram minhas amigas. Joguei em muitas cidades do Rio Grande do Sul e até em Santa Catarina, mas tudo começou no colégio. Algumas das minhas amizades do futebol têm mais de 11, 12 anos… ainda hoje nos damos bem e estamos sempre juntas. Com as meninas de outras cidades, mantemos contato.

Sonhos

Minhas amigas do esporte e eu temos grandes sonhos, como de um dia chegar ao topo da Seleção Brasileira de Futebol Feminino. Este sonho vem de todas aquelas meninas que entram no futebol, todas já tiveram esta aspiração ou ainda têm.

Alegria

Em cada time pelo qual passamos, sempre há momentos de alegria que ficam marcados para sempre. A maior felicidade para um time é sair de um jogo campeão, além dos gols… Mas há muito mais, para além disso. Há as experiências juntas, como acampamentos, viagens, brincadeiras entre a equipe, aquela união de compartilhar todos os momentos e ver todas sorrindo, às vezes até na derrota. A união do time já é uma alegria para mim.

Família

Nós, jogadoras, nos tornamos mais que um time, mas, sim, uma segunda família, que passa muito tempo junto e compartilha cada momento. Podemos contar umas com as outras em problemas pessoais, ir além de apenas amizade de equipe, mas estar ali sempre, para o que precisar, até em dificuldades financeiras.


Ninguém é apenas o nome, idade, formação, profissão ou naturalidade. Somos um conjunto de infinidades. Entre tudo o que te identifica, qual é a sua parte favorita? Você também pode fazer parte deste projeto ou indicar alguém que é excelente numa área bem diferente da formação ou profissão, um especialista (ou quase) pela vivência.

A acadêmica de Jornalismo Gabriele Bordin desenvolveu o Projeto Experimental em Jornalismo, no curso de Jornalismo da UFN, durante o primeiro semestre de 2020. O projeto foi orientado pela professora Glaíse Palma e teve uma história por semana publicada neste espaço.

Leia as matérias do projeto Lado B:

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Foto: arquivo pessoal
Kawanny é a última jogadora (da esq. para dir.), atrás. Foto: arquivo pessoal
Imagens: Raw Pixel

O futebol feminino, sabidamente, parece trazer duas palavras contraditórias. A Copa do Mundo, que poderia se chamar Copa do Mundo de Futebol Masculino, mas ironicamente poderia conotar machismo, existe desde 1930, e hoje conta com 32 equipes. A Copa do Mundo de Futebol Feminino, que ocorre desde 1991, conta atualmente com 24 times na disputa. Os números, datas, salários e, para além, os sentimentos de representação e valorização demonstram um caminho árduo, mas não acabam com os sonhos de muitas jogadoras, profissionais ou amadoras.

O esporte mais amado do Brasil repercute na vida de quem é apaixonado, ou apaixonada, pelos campos, times e um universo que só quem vive entende. Independentemente de ser homem, mulher, criança, adulto ou idoso, as memórias, o afeto e as experiências com o esporte marcam profundamente alguns dos que o praticam. Para algumas jogadoras, não importa a falta do salário ou prestígio, mas o ganho de valores que não têm preço.

A santa-mariense Kawanny Silva, 22 anos, é atendente por profissão mas, desde criança, carrega a paixão pelo futebol e guarda as boas lembranças dos incontáveis times dos quais já fez parte.

Para ela, ser jogadora de futebol é…

Amor

Desde pequena, carrego a paixão pelo futebol. Meu pai sempre foi muito ligado ao esporte e aprendi a amar indo com ele em campos e ginásios, mesmo não havendo mulheres jogando.

Amizade

Com o futebol, conheci pessoas incríveis em todos os lugares onde atuei. Elas se tornaram minhas amigas. Joguei em muitas cidades do Rio Grande do Sul e até em Santa Catarina, mas tudo começou no colégio. Algumas das minhas amizades do futebol têm mais de 11, 12 anos… ainda hoje nos damos bem e estamos sempre juntas. Com as meninas de outras cidades, mantemos contato.

Sonhos

Minhas amigas do esporte e eu temos grandes sonhos, como de um dia chegar ao topo da Seleção Brasileira de Futebol Feminino. Este sonho vem de todas aquelas meninas que entram no futebol, todas já tiveram esta aspiração ou ainda têm.

Alegria

Em cada time pelo qual passamos, sempre há momentos de alegria que ficam marcados para sempre. A maior felicidade para um time é sair de um jogo campeão, além dos gols… Mas há muito mais, para além disso. Há as experiências juntas, como acampamentos, viagens, brincadeiras entre a equipe, aquela união de compartilhar todos os momentos e ver todas sorrindo, às vezes até na derrota. A união do time já é uma alegria para mim.

Família

Nós, jogadoras, nos tornamos mais que um time, mas, sim, uma segunda família, que passa muito tempo junto e compartilha cada momento. Podemos contar umas com as outras em problemas pessoais, ir além de apenas amizade de equipe, mas estar ali sempre, para o que precisar, até em dificuldades financeiras.


Ninguém é apenas o nome, idade, formação, profissão ou naturalidade. Somos um conjunto de infinidades. Entre tudo o que te identifica, qual é a sua parte favorita? Você também pode fazer parte deste projeto ou indicar alguém que é excelente numa área bem diferente da formação ou profissão, um especialista (ou quase) pela vivência.

A acadêmica de Jornalismo Gabriele Bordin desenvolveu o Projeto Experimental em Jornalismo, no curso de Jornalismo da UFN, durante o primeiro semestre de 2020. O projeto foi orientado pela professora Glaíse Palma e teve uma história por semana publicada neste espaço.

Leia as matérias do projeto Lado B: