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Heloisa Helena Canabarro

Alunos participantes das oficinas do projeto Jornal Conceição, junto aos acadêmicos e diretora da escola, Valéria Haag Foto: Arquivo Escola Nossa Senhora da Conceição

Dois projetos de Comunicação Comunitária foram desenvolvidos por acadêmicos em diferentes comunidades este semestre, um jornal experimental na escola Nossa Senhora da Conceição e a produção de conteúdo para as redes sociais da Associação de Surdos de Santa Maria. Os projetos de extensão foram realizados na disciplina de Comunicação Comunitária II, que integra a grade do curso de Jornalismo da Universidade Franciscana (UFN), desde sua criação em 2003. A disciplina envolve os estudantes com outras realidades, em um processo de interação e colaboração com as comunidades. A extensão também é ofertada a estudantes de Publicidade e Propaganda.

Projeto Jornal Conceição 

O Projeto Jornal Conceição foi realizado na Escola Municipal de Ensino Fundamental Nossa Senhora da Conceição, escola localizada no bairro Caturrita. Idealizado pelos acadêmicos do curso de jornalismo Caroline Freitas, Heloisa Helena Canabarro, Luiz Paulo Favarin e Vitória Gonçalves, a ideia foi desenvolver um jornal junto aos alunos do 5º ano da escola. O Jornal Conceição aborda assuntos da comunidade e da escola, com matérias elaboradas pelas crianças. 

Ao longo de nove oficinas orientadas pelos acadêmicos, os alunos aprenderam sobre texto jornalístico e produziram matérias. O objetivo do projeto é incentivar o protagonismo dos estudantes, estimulá-los a colocar em pauta a comunidade em que vivem e dar visibilidade ao local, além de auxiliar na melhora da escrita, produção textual e interpretação de texto. Ao todo, 23 crianças participaram das oficinas. 

Crianças treinando a prática da entrevista durante a oficina Foto: Vitória Gonçalves

A integrante do grupo, Vitória Gonçalves, do 6º  semestre do curso de Jornalismo, conta sobre como a vivência do projeto colaborou para sua evolução pessoal e como futura jornalista: “A experiência contribuiu muito com meu crescimento na área do jornalismo em que percebemos que o intuito da nossa profissão também é dar visibilidade e reconhecimento a comunidades como a da Caturrita. A partir da disciplina foi possível estabelecer meu primeiro contato com a temática da comunicação comunitária. Durante o processo, foi possível ampliar minhas percepções sobre a relevância do jornalismo comunitário para as lutas sociais existentes em nossa sociedade e ficar atenta às pautas que tratam sobre o interesse comunitário, principalmente de grupos minoritários.” 

Participantes das oficinas com suas ilustrações com a temática “Qual meu lugar favorito da comunidade” Foto: Vitória Gonçalves

“Nós falamos sobre várias coisas e pesquisamos. Então foi muito legal pra mim. Gostei de fazer um jornal, foi legal, gosto desse projeto”, conta Cristian Silveira, de 11 anos, que participou das oficinas. A aluna Maria Antônia Pedroso, de 10 anos, também relatou ter gostado do projeto: “Eu gostei de escrever os textos e usar o computador. Eu lembro que escrevi sobre animais e vacinação. O que me motiva a vir é que eu vou ficar com meus professores que são bem legais e engraçados”.

Projeto ASSM

Outro projeto desenvolvido foi na Associação de Surdos de Santa Maria (ASSM), produzido pelos acadêmicos Amanda Torves, Gabriela Flores, Lucas Acosta e Petrius Dias. A ASSM foi fundada em 13 de julho de 1985, com o objetivo de priorizar a luta pelos direitos dos surdos, preservar o desenvolvimento da língua de sinais, valorizando a cultura e a pessoa surda, além de promover esportes, atividades educacionais e culturais.

O grupo produziu conteúdo e peças gráficas para o Instagram da associação, com o objetivo de ajudar a melhorar a comunicação com o público externo. A ação foi pensada após uma avaliação da equipe que percebeu que o perfil da associação era voltado ao público interno. A partir do direcionamento da comunicação para o público de fora da ASSM pretendiam ajudar a dar mais visibilidade a eles. 

Conteúdo de divulgação produzido para o Instagram da Associação Crédito: Amanda Torves e Petrius Dias

Amanda Torves, aluna do 8º semestre do curso de Publicidade e Propaganda, relata de que forma o projeto acrescentou em sua formação: “Acredito que ter contato com perspectivas e realidades diferentes das que a gente possui e vive sempre nos transformam, pois soma. Na grande maioria das vezes a prática do curso foi visando uma finalidade comercial e, no caso desse projeto, nós não estávamos buscando vendas e lucro, nós estávamos buscando promoção. O projeto, com certeza, diversificou minhas experiências na publicidade”. 

Publicação sobre mitos e verdades a respeito da surdez para tentar aproximar o público externo. Crédito: Amanda Torves e Petrius Dias

A banca para a apresentação dos resultados obtidos através dos projetos comunitários irá ocorrer na segunda-feira, dia 28, a partir das 18h30, no Conjunto lll da Universidade Franciscana.

Arte: Graziela Frainer Knoll

Repleta de mistérios e suspense, a websérie “Última noite” está em fase de produção pelos acadêmicos de Publicidade e Propaganda da Universidade Franciscana (UFN). A narrativa acompanha quatro personagens, Alex, Alice, Carlos e Thais, que ficam presos na universidade durante a madrugada. Uma série de acontecimentos estranhos os levam a descobrir que isso já aconteceu antes e estão presos em um ciclo temporal que se repete a cada 20 anos.

O desenvolvimento da obra começou com a turma de Redação Publicitária para Áudio e Audiovisual e a produção foi colocada em prática na disciplina de Produção Audiovisual ll, do curso de de Publicidade e Propaganda. “Última Noite” é uma coprodução entre a disciplina de Produção Audiovisual ll e o Laboratório de Produção Audiovisual, o LabSeis. A websérie tem três episódios e cada episódio tem um diretor e assistente de direção distintos. O primeiro tem a direção de Hercules Hendges e Vitor Becker como assistente de direção, o segundo direção de João Ribas e Gabriel Valcanover na assistência e o último episódio conta com a direção de Rodrigo Bernardes e Alice Melo na assistência de direção.  

Equipe de produção da websérie na leitura do roteiro Foto: LabFem

“A ideia do projeto surgiu faz um tempo, pois eu queria analisar ou fazer uma websérie para o Trabalho Final de Graduação (TFG). Apresentei a ideia à professora Michele Trevisan e depois para a turma de Redação Publicitária para Áudio e Audiovisual que abraçou o projeto. Nós começamos a trabalhar no roteiro em cima da ideia que mostrei, agora em Produção Audiovisual ll estamos tirando esse roteiro do papel”, conta o acadêmico Rodrigo Bernardes. 

Os ensaios com o elenco começaram no mês passado e seguem até as gravações, que iniciam dia 10 deste mês. O elenco conta com a participação de Luiza Bortoluzzi, João Englert, Gabrielle Simon, Laura Balaban e Carlos Alberto Badke. O lançamento está previsto para o dia 1º de dezembro, durante o 15º Prêmio de Publicidade e Propaganda, da UFN. 

Atores da Última Noite” no primeiro ensaio Foto: Rodrigo Bernardes

A websérie é orientada pelas professoras Caroline Brum e Michele Trevisan e na técnica, Alexsandro Pedrollo e Jonathan de Souza. Também fazem parte da equipe os acadêmicos Alana Streck, Amanda Torves, Bárbara Ruviaro, Bernardo Nicoloso, Caroline Flores, Eduarda Ramos, Felipe Zatt, Fernanda Rocha, Fernanda Silveira, Gabriela de Oliveira, Isadora Ayres, João Teixeira, Laura Pantoja, Lauren Cavalheiro, Mallu Rodrigues, Mateus Venes, Nathália Cunha, Pedro Schroeder, Rodrigo Oliveira, Thaís Wollmann, Vanessa Guasque e Vitória Cornel.

abóbora é um dos principais símbolos do Halloween Foto: Freepik

O Halloween, traduzido para o português como Dia das Bruxas, não tem um consenso sobre sua origem. A teoria mais aceita e popularizada é de que a celebração origina-se de uma festividade chamada Samhain. Criada pelos celtas Samhain comemorava o fim do verão e começo dos dias escuros do inverno, o festejo celebrava também a passagem de ano. Os celtas acreditavam que, no início do inverno, os mortos regressavam para visitar suas casas e as assombrações apareciam amaldiçoando seus animais e colheitas. O festival ocorria entre comunidades Celtas da Europa, incluindo a Irlanda, Gales, e a Escócia. 

Mas por que o nome Halloween? A palavra é uma versão abreviada de “All Hallow’s Eve” (Véspera de Todos os Santos), definido pela Igreja Católica, que estabeleceu o dia 1º de novembro como Dia de Todos os Santos. Assim a celebração cristã dos santos e de Samhain acabou se misturando e dando outro significado ao dia. A cultura de celebrar a data é forte em países de língua anglo-saxônica, com maior destaque e popularidade nos Estados Unidos. A celebração e principalmente o ato de se fantasiar na data se popularizou recentemente no Brasil também. 

A cada ano tem sido mais comum festas temáticas serem realizadas em escolas, boates e bares. Em Santa Maria além das festas temáticas a fantasia, bares da cidade têm adotado a temática decorando o ambiente e personalizando drinks e comidas em alusão ao Halloween. A doceria Black Cat Trufas, por exemplo, localizada no centro da cidade, personalizou seus doces para comemorar a data. Exclusivamente nos dias que antecedem a festividade, brigadeiros em formato de abóbora, múmia e até com aranhas decoradas são comercializados. Essas motivações comerciais estimulam as pessoas a comemorar a data ao mesmo tempo que impulsiona as vendas. Lojas especializadas em decoração temática e fantasias também aumentam suas vendas próximo ao Dia das Bruxas. 

Na maioria das vezes as datas comemorativas e feriados carregam significados culturais e históricos. O Dia das Bruxas não é a única data comemorativa que os brasileiros importam de outros países. Datas como Valentine’s Day (Dia de São Valentim) que celebra o amor entre os namorados e o Saint Patrick’s Day (Dia de São Patrício), festa da cultura da Irlanda que lembra o aniversário de morte de São Patrício o padroeiro do país, também são comemoradas por parte dos brasileiros. Essas datas não entram no calendário do Brasil, mas ganham adeptos ao festejo e também impulsionam o comércio local. 

O animal que representa o Jornalismo é a raposa, pois é considerada esperta, astuta, ágil e uma excelente caçadora.

Ser jornalista é saber dominar a arte da comunicação. Os jornalistas são conhecidos como pessoas curiosas, que buscam a verdade dos fatos e mantêm a sociedade informada. O curso de Jornalismo da Universidade Franciscana (UFN) dá oportunidade para que o estudante aprenda, por meio da graduação, a desenvolver habilidades jornalísticas e aprender a rotina de um profissional. Não é a toa que o símbolo do curso é uma raposa. O animal representa o jornalista, por suas características serem a esperteza, astúcia, agilidade e ter a visão, audição e olfato apurados. 

Conhecendo o curso

O curso de Jornalismo iniciou em 2003 na UFN. Atualmente no turno da noite, a graduação tem duração de 8 semestres (4 anos) e conta com uma ampla estrutura de laboratórios, ao todo são 7 labs onde os estudantes podem aprender na prática a rotina jornalística. O Laboratório de Fotografia e Memória (Labfem) é destinado à produção fotográfica, conta com equipamentos de fotografia e um estúdio para uso acadêmico. A RádioWeb UFN é o local para a prática do radiojornalismo, onde os acadêmicos podem utilizar durante as aulas práticas ou criarem seus próprios programas radiofônicos. Já o Laboratório de Produção Audiovisual (LabSeis) é um espaço destinado à criação e experimentação de produção audiovisual. 

Dedicado à assessoria de imprensa, o Laboratório Integrado de Comunicação (Linc) desenvolve o trabalho de produção e execução da assessoria dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda. No âmbito da pesquisa, o Laboratório de Pesquisa em Comunicação (Lapec) produz e reflete a respeito de investigações científicas na área de comunicação, fomentando as discussões do campo da comunicação. A Agência Central Sul (ACS) é um espaço experimental de Jornalismo na forma de uma agência de notícias, em que os acadêmicos produzem matérias jornalísticas. Atuando junto à Agência, O Laboratório de Jornalismo Multimídia (Multijor) é responsável pelas redes sociais da ACS e do curso. 

Atualmente, as ações do curso são direcionadas a publicações digitais, seguindo o padrão do mercado de trabalho, cujo foco não é mais o jornalismo impresso. Uma mudança de produção espelhada na mudança comportamental do jornalismo, direcionado às produções para o foco no eletrônico e digital. 

Acadêmicos relatam experiências 

O acadêmico Pablo Milani está concluindo a graduação em jornalismo, no 8° semestre, e conta suas experiências no curso: “As metodologias e os conteúdos abordados sempre foram positivos e agregaram na obtenção de conhecimento. O curso traz um diferencial que é a mescla entre o conteúdo teórico e prático. Me recordo que na primeira semana de aula, quando entrei no curso já fiz entrevista e matérias, o curso te proporciona essa atuação prática, onde é de fato que aprendemos e ganhamos a experiência que vamos utilizar no mercado de trabalho”. Pablo entrou no curso pois já atuava na rádio e gostava da área do radiojornalismo, e recomenda a graduação: “Recomendo o curso por essa forma de atuação que não é limitado ao teórico, se aprende em sala de aula e coloca em prática. Eu que estou no último semestre já me sinto um profissional completo porque trilhei um caminho de aprendizagem e prática”. 

Pablo na RádioWeb UFN colocando em prática seus conhecimentos Foto: Arquivo pessoal

O estudante do 6º semestre Lucas Acosta conta que o esporte o motivou a fazer a faculdade de Jornalismo e que a prática que mais chamou atenção foi a de radiojornalismo: “Escolhi o Jornalismo por sempre gostar de esporte e de me comunicar sobre o assunto. Desde o começo me identifiquei mais com o rádio, porque acredito que essa área pode dar uma dinâmica maior que as outras, além de oferecer uma certa maior liberdade que a TV, por exemplo. Essa identificação surgiu rápido, visitando o laboratório e com a disciplina de Jornalismo em Mídia Sonora, onde aprendemos bastante sobre a área e tivemos aulas práticas, em que conseguimos exercitar toda teoria”. Lucas é atualmente um dos apresentadores do programa de esportes “Titular da Rede”, veiculado pela RádioWeb UFN. O programa esportivo traz notícias e atualizações, entrevistas com atletas e um toque de opinião, sempre com foco local e buscando abranger todos os esportes possíveis. 

Próxima da conclusão do curso, a acadêmica do 8º semestre Gabriela Flores relata que entrou no Jornalismo por conta da ampla estrutura de laboratórios: “Eu tinha muita expectativa em relação aos espaços dos laboratórios, sempre ouvi falar nos recursos que a UFN proporciona para os alunos interagirem durante as práticas”. Durante a graduação a estudante gostou e se surpreendeu com muitas disciplinas do currículo: “A área que mais me surpreendeu durante o curso foi de Assessoria de Imprensa, pois era o que eu tinha menos conhecimento sobre. Gostei muito da experiência que tive na disciplina de Jornalismo de Moda, sempre foi um assunto que gostei de ler e escrever sobre. Também apreciei a disciplina de Jornalismo Visual, onde aprendi diferentes pontos na diagramação que podem interferir no entendimento do leitor sobre a notícia”. 

Gabriela gravando para a UFN TV Foto: Márcia Pilar – jornalista ASSECOM

Recém chegada ao curso, a estudante Luiza Silveira, do 2º semestre, conta porque escolheu cursar Jornalismo na UFN: “Pela curiosidade de saber o que acontece por trás das informações que recebemos diariamente e pela vontade de ter participação nisso. As expectativas sempre foram positivas, quando o semestre começou senti que realmente pertencia a esse lugar e a esse curso”. A egressa descobriu na graduação seu apreço pela fotografia: “Me identifiquei com a fotografia desde o primeiro semestre. Após aprender mais durante as aulas, a minha visão sobre a fotografia mudou completamente e hoje é algo que me interessa cada dia mais”. Atualmente Luiza é monitora do Laboratório de Fotografia e Memória (Labfem) aperfeiçoando o olhar fotográfico. 

Luiza praticando fotografia em uma atividade prática da disciplina de Fotografia Básica Foto: Anna Laura Berny

Jornalismo na Mostra das Profissões UFN 

Evento é voltado para alunos do ensino médio de escolas públicas e privadas e tem como objetivo aproximar os estudantes do ambiente universitário Foto: Divulgação Assessoria de Comunicação (ASSECOM)

Engana-se quem pensa que as opções de carreira no jornalismo são apenas escrever para o jornal ou ser repórter de televisão. A profissão é rica em áreas de trabalho. Além das mídias mais tradicionais já citadas, o jornalista pode optar por atuar também na rádio, na assessoria de imprensa, no digital, como social media ou fotojornalista. O profissional pode se especializar em diversas editorias, como jornalismo esportivo, político, cultural, de moda, econômico, científico, entre outros. 

A Mostra das Profissões da UFN é uma ótima oportunidade para conhecer o curso de Jornalismo e os projetos desenvolvidos durante a graduação. A Mostra será realizada nesta sexta-feira, dia 30 de setembro, das 9h às 19h, no conjunto lll da Universidade Franciscana. O evento é voltado para alunos do ensino médio de escolas públicas e privadas e tem como objetivo aproximar os estudantes do ambiente universitário e auxiliar a escolher seu futuro curso de graduação. O evento é gratuito. Professores e acadêmicos do curso de Jornalismo estarão presentes na mostra, em um estande, localizado no prédio 15, junto a representantes de outros cursos da instituição, conversando com os visitantes. Além da conversa sobre o curso e suas produções, um folder será distribuído com informações sobre a formação. 

A coordenadora do curso, Sione Gomes, conta que será montada uma “Redação integrada” para demonstrar como funciona o dia a dia da profissão aos estudantes que demonstrarem interesse e quiserem saber mais sobre o curso. “É um espaço de fazer jornalismo, uma sala que fica em frente a cantina, na entrada do prédio 16. No local terá uma redação integrando todos os laboratórios do curso. A redação integrada irá contar com um mini estúdio de TV, um mini estúdio de fotografia, a RádioWeb UFN e uma representação da Agência Central Sul Notícias, todos atuando de forma integrada nas diferentes mídias e mostrando o jornalismo na vida real”, revela a coordenadora. Os alunos interessados serão convidados a conhecer o espaço e as produções. Caso o estudante deseje conhecer os laboratórios do curso, serão realizadas duas visitas, uma no turno da manhã às 10h30 e outra no turno da tarde às 16h30. Participe da Mostra das Profissões UFN e conheça o curso de Jornalismo. 

Foto: Divulgação CUFA Frederico Westphalen/RS

O edital “Segue o Jogo” é uma parceria do Governo Estadual, por meio da Secretaria do Esporte e Lazer, em colaboração com a Central Única das Favelas (Cufa-RS), que tem como objetivo mapear e selecionar projetos sociais esportivos voluntários e investir nas iniciativas. Os projetos devem estar dentro de áreas urbanas dos 23 municípios participantes do programa RS Seguro, Santa Maria é um dos municípios contemplados. As inscrições seguem abertas até dia 6 de outubro. 

O “Segue o Jogo” disponibiliza um investimento de R$ 3,6 milhões para a iniciativa. Os projetos serão selecionados para receber kits de materiais esportivos, para isso é necessário que esses projetos tenham 4 anos ou mais de atuação comprovada. Os critérios de seleção e destinação dos valores são: agente esportivo individual, poderá receber até R$ 2 mil em materiais; coletivos informais, poderão receber até R$ 5 mil em materiais; e coletivos formais com CNPJ, poderão receber até R$ 10 mil em materiais. O edital assegura que haverá a divisão proporcional dos recursos entre os 23 municípios. 

As cidades contempladas além de Santa Maria são: Alvorada/RS, Bento Gonçalves/RS, Cachoeirinha/RS, Canoas/RS, Capão da Canoa/RS, Caxias do Sul/RS, Cruz Alta/RS, Esteio/RS, Farroupilha/RS, Gravataí/RS, Guaíba/RS, Ijuí/RS, Lajeado/RS, Novo Hamburgo/RS, Passo Fundo/RS, Pelotas/RS, Porto Alegre/RS, Rio Grande/RS, São Leopoldo/RS, Sapucaia do Sul/RS, Tramandaí/RS e Viamão/RS. 

Na cerimônia de lançamento do projeto, no Palácio Piratini, a Secretária Estadual do Esporte e Lazer Letícia Boll Vargas destacou em sua fala a transformação motivada pelo esporte. “ Através dessa transformação promovemos mais educação, saúde e a integração. Nós vemos jovens indo tão longe e podendo transformar suas realidades. Através do projeto vamos chegar em diversas comunidades e que a gente consiga realizar muitas ações transformadoras”, pronunciou a secretária.   

O edital visa potencializar e dar continuidade às ações esportivas já realizadas e reconhecidas nas comunidades, reconhecendo a importância do esporte e do voluntariado para o desenvolvimento social. Serão contempladas atividades das diversas modalidades esportivas. Salienta-se que os projetos selecionados não receberão o dinheiro em espécie, apenas em kits com materiais esportivos. Acesse o documento do edital para mais informações.

Você tem um projeto esportivo? Veja abaixo como realizar a inscrição

Interessados em participar do edital podem realizar a inscrição por diversos meios:

– No Site do Segue o Jogo ou por este link

– Por e-mail, para o endereço editalsegueojogo@gmail.com

– Por WhatsApp, pelo número (55) 9 9941-0660; 

– Via Google Formulários, por meio do link https://forms.gle/amYivM559V6C9fwr5

– Via Facebook – Perfil Edital Segue o Jogo

– Via Instagram – @editalsegueojogo;

–  Com um Agente Local, o representante da organização responsável pelo edital haverá um formulário impresso para preenchimento;

– Presencialmente na sede da Secretaria Municipal de Esporte, que fica localizada na Rua Silva Jardim, número 1.660.

Para tirar dúvidas sobre o edital os interessados podem entrar em contato pelo número 0800 743 1111, todas as ligações para o número são gratuitas. A Prefeitura de Santa Maria também disponibiliza atendimento para tirar dúvidas, pelo número (55) 3921-7140, pelo WhatsApp (55) 9620-9130 ou presencialmente na sede da secretaria.

Livro pode ser adquirido em contato com a ASMAR e também está disponível na Cooperativa dos Estudantes de Santa Maria (CESMA) Foto: Heloisa Helena Canabarro

O livro Histórias de Mães: mulheres que inspiram sonhos e transformam vidas conta a história de vida de mulheres mães que fazem parte da Associação dos Selecionadores de Materiais Recicláveis (ASMAR). Por meio de depoimentos e fotografias a obra explora a trajetória e os sonhos de 17 mulheres empreendedoras da ASMAR, que dedicam-se à seleção de materiais recicláveis em Santa Maria. O livro foi organizado pela professora Dirce Stein Backes junto às alunas Natália Hoffmann Adames e Silvana Dias Leão, do Mestrado Profissional Saúde Materno Infantil da Universidade Franciscana (UFN).

A líder do projeto Empreendedorismo Social na Associação dos Selecionadores de Materiais Recicláveis e também Coordenadora do Mestrado em Saúde Materno Infantil da UFN, Dirce Stein Backes, tem projetos de ensino, pesquisa e extensão que desenvolve desde 2008 em parceria com a ASMAR. A professora trabalha a questão do empreendedorismo social no local. Dirce conta sobre a iniciativa de criação do livro: “No ano passado surgiu a ideia do livro, pensamos em uma obra com as histórias das mulheres mães da associação, para poder mostrar melhor para a sociedade o trabalho que elas realizam. O projeto foi desenvolvido com os alunos bolsistas de iniciação científica da graduação e pós-graduação, que auxiliaram a coletar os relatos das histórias de vida delas”.

Confraternização de Dia das Mães realizado na ASMAR promovido por professores e acadêmicos da UFN Foto: Reprodução do livro Histórias de mães

A ASMAR foi fundada em 1992 e localiza-se na Rua dos Branquilhos, Bairro Nova Santa Marta, na região oeste da cidade. A associação tem como objetivo a conservação do meio ambiente através da reciclagem, gerando emprego e renda a 25 famílias. Um trabalho de grande valor social, ambiental e econômico. Para as mães que integram a equipe, a associação é um espaço de conquista pessoal e profissional.  

As 17 trajetórias contadas são das mães: Adriana R. Aguirre, Bruna Escobar Cezar, Carla Ferreira, Carmem Medianeira, Celina Ramos Moura, Débora Silveira Dutra, Eliane do Santos, Jéssica de Neto, Marcia Tascheto, M Margarete da Silva, Nilda Maria Schimidt, Prisciele O. da Silva, Rosangela V da Silva, Roselaine Martins, Taciane M. de Medeiros, Tamires Lemos de Brito e Vera Lúcia Carvalho.

“Nosso trabalho necessita de mais valorização do que a gente exerce… esse trabalho beneficia muitas pessoas e é motivo de muito orgulho para nós e as pessoas que convivem conosco no dia a dia.”  –  Integrante da ASMAR Débora Silveira Dutra, citação retirada do livro Histórias de mães  

“O livro conta e reflete sobre o trabalho delas, acima de tudo, de qualquer palavra, ideia ou história o objetivo é mostrar o quanto o trabalho delas é grandioso e importante. Essas mães têm uma causa, uma missão, sonhos e é isso que queremos mostrar. São pessoas que lutam e sabem onde querem chegar”, esclarece a professora Dirce. 

A obra também apresenta o depoimento dos estudantes da Universidade Franciscana que participaram do desenvolvimento do livro, contando como foi a experiência e a importância para sua formação acadêmica e humana. Uma das voluntárias do projeto, Andressa Reis Caetano, relata no livro a vivência: “Eu fui para ensinar, mas aprendi muito mais. Aprendi o que é empoderamento feminino, aprendi o que é transformação. Elas transformam o seu local de trabalho em fonte de renda e vivem o presente com intensidade do amanhã”. 

O livro pode ser adquirido em contato com a ASMAR, pelo telefone (55) 9 8111-0146, e também está disponível na Cooperativa dos Estudantes de Santa Maria (CESMA). 

Programa conta com a presença de novos convidados a cada episódio. Imagem: Heloisa Helena Canabarro

O podcast “Me Pega no Colo”, produzido pelo Mestrado Profissional em Saúde Materno Infantil da Universidade Franciscana, em parceria com a Rádio Web UFN, aborda temas relativos à maternidade, paternidade, gestação, ciclo gravídico-puerperal, relações familiares e o cuidado a bebês e crianças. O ciclo gravídico-puerperal é um momento que envolve transformações profundas para a mulher nos aspectos físicos, psíquicos e sociais. Corresponde ao período que vai desde a gestação até o puerpério, período após o parto até que o organismo da mulher volte às condições normais da pré-gestação. Os episódios semanais estão disponíveis no Spotify do podcast e no Spotify e YouTube da Rádio Web UFN. 

Apresentado por duas profissionais no assunto, a Nutricionista Materno Infantil, Doutora em Saúde da Criança e do Adolescente e professora da Universidade Franciscana Franceliane Benedetti e pela Psicóloga, Pesquisadora de Perinatalidade e professora da UFN Cristina Kruel, o “Me Pega No Colo” tem como público alvo as famílias, pais e mães de bebês e crianças pequenas. 

Franceliane Benedetti e Cristina Kruel são apresentadoras do “Me Pega no Colo” Imagem: Heloisa Helena Canabarro

Os temas abordados são relativos à maternidade, paternidade e cuidado às crianças. A gente fala sobre o universo familiar. A Franceliane é nutricionista e eu sou psicóloga, mas nós não nos restringimos a temas que giram em torno da nutrição e da psicologia, mas do cuidado integral ao bebê e a criança”, conta Cristina sobre o projeto. Franceliane complementa o pensamento: “É bem como o nome do podcast diz, me pega no colo, o tema é o acolhimento tanto da criança quanto da família”. 

A iniciativa de criar o podcast surgiu em 2019 como uma atividade em uma disciplina do Mestrado em Saúde Materno Infantil, vinculada atualmente à disciplina “Ciclo gravídico puerperal e o começo da vida”. Em sua primeira fase o “Me Pega no Colo” foi organizado e desenvolvido pelos estudantes do mestrado, o primeiro episódio foi ao ar dia 2 de junho de 2020. Os alunos criaram o nome do podcast e gravaram a vinheta de abertura, além de realizar a apresentação. Na segunda fase, em 2021, o podcast foi assumido pelas professoras Cristina e Franceliane, estreando o novo formato dia 24 de setembro de 2021. 

O programa conta com a presença de novos convidados a cada episódio. A apresentadora Cristina revela o critério de escolha dos participantes da conversa: “Sempre priorizamos a presença de pelo menos um mestrando do Mestrado em Saúde Materno Infantil. Em nosso mestrado temos profissionais da área da enfermagem, nutrição, psicologia, odontologia, medicina, farmácia, arquitetura e  sistemas de informação. Além do mestrando convidamos alguém externo, que seja um profissional da cidade, reconhecido e indicado pelo seu conhecimento na área. Aceitamos sugestões do público”. 

Convidada Débora amamentando sua filha de 9 meses durante a gravação do programa. Foto: Heloisa Helena Canabarro

O último episódio do “Me Pega no Colo” teve como temática a maternidade idealizada e o encontro com a realidade. As convidadas do programa foram 4 mestrandas do Mestrado em Saúde Materno Infantil da Universidade Franciscana, as três enfermeiras Betina Pereira, Rosane Oliveira, Débora Dickel e a analista de sistemas Márian Pires. Entre os assuntos discutidos estão a maternidade, a amamentação e o puerpério. 

O podcast conta com Alan Carrion e Clenilson Oliveira na central técnica e é desenvolvido em parceria com a Rádio Web UFN.

Promovido pelo curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Franciscana (UFN), ocorreu nesta quinta e sexta-feira, dias 1º e 2 de setembro, o XV Fórum de Arquitetura e Urbanismo. Com o tema “SENSOS: perceber e criar”, estudantes e professores do curso da UFN e de outras instituições de ensino superior foram convidados a participar do evento, que foi realizado no conjunto III da instituição.

O fórum contou com palestras, oficinas e exposição.

O fórum proporciona a troca de experiências entre acadêmicos, arquitetos e urbanistas, fomenta a reflexão crítica a respeito dos processos criativos e produção contemporânea em arquitetura, urbanismo e paisagismo, além de aproximar a comunidade acadêmica de produção arquitetônica contemporânea de qualidade e mostrar aos acadêmicos a realidade da profissão, levando-os a ampliar possibilidades de atuação no mercado de trabalho. O evento recebeu 148 inscrições e alguns convidados. 

A professora do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Franciscana e Coordenadora do XV Fórum, Marina de Alcântara, ressalta a proposta do evento: “O fórum acontece desde 2013 na instituição. Os temas vão mudando à medida que as demandas complementares de formação dos alunos também mudam no cenário profissional. Este ano o tema do evento é “SENSOS – perceber e criar”. A nossa ideia é destacar o processo criativo do fazer projetos de Arquitetura e Urbanismo, entendendo que temos que estimular nossa capacidade de perceber e reconhecer o espaço, para assim poder criar espaços melhores para nós e para o público que atendemos”. 

O primeiro dia de “SENSOS”, quinta-feira, contou com uma cerimônia de abertura, palestras e mesa-redonda. A palestra da manhã trouxe a temática “O Conceito de Projeto”, com o Arquitetura Nacional, um escritório de Porto Alegre que partiu do legado da boa arquitetura brasileira para criar projetos atemporais e vanguardistas. A palestra realizada no turno da tarde teve como tema “O processo de criar”, com o SuperLimão Studio, um escritório de Arquitetura, de São Paulo, composto de um time criativo e multidisciplinar que desenvolve projetos de arquitetura e design. 

A temática da mesa-redonda foi “Produções e processos do Off Arquitetura”, tendo como integrantes egressos do curso. O primeiro dia de evento foi finalizado com a abertura da exposição “Percepções olhares sobre Santa Maria”, na sala de exposições Angelita Stefani, no prédio 14 da UFN. A mostra do curso de Arquitetura e Urbanismo apresenta fragmentos de concepções, ações e soluções criativas de alunos do curso. O acervo instiga interações com os observadores através de elementos visuais, auditivos e táteis que mostram resultados pensados para a apropriação de Santa Maria. 

Produção durante a oficina de arte: da concepção à superfície

A programação da sexta-feira contou com 4 oficinas diferentes. A oficina de Caminhografia, Fotografia de Arquitetura, Arte: da concepção à superfície e Collage: o recorte e a cola no Distrito Criativo. Os participantes puderam escolher qual oficina participar na hora da inscrição no fórum. 

De branco a estudante Giulia Piquini na oficina de Collage.

Giulia Piquini, de 20 anos, aluna do 6º semestre do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFN revela a experiência que a oficina Collage: o recorte e a cola no Distrito Criativo agrega. “De primeira vista a gente imagina que a colagem é uma coisa muito simples, mas a ideia da oficina é mostrar que a colagem vai muito além, tem toda uma configuração. Nossa cabeça funciona de um jeito muito mais plural do que imaginamos, as imagens são um meio de comunicação muito importante. Nas colagens colocamos camadas sobre camadas, imagens que nem imaginamos que fazem sentido e na hora da explicação começa a formar sentido. No final, aquilo pode se tornar muito maior e aprendemos a dar a devida importância”, conta a estudante. 

Imagens: Laboratório de Fotografia e Memória

Para ver o presente, projetar o futuro e registrar “o que tem passado”. Com essa missão, a TV OVO traz sua nova produção, a série documental O Que Tem Passado. O primeiro episódio intitulado Mata foi lançado na última quinta-feira, 25 de agosto. Ao todo são cinco partes que serão apresentadas ao público até dia 03 de setembro. A produção audiovisual visita cinco cidades do Rio Grande do Sul e busca falar das diferentes formas de patrimônio existentes em cada uma delas. Também incentiva a refletir em relação ao abandono de prédios e espaços e pensar em ações de preservação. Para assistir os episódios basta acessar as redes sociais da TV OVO, no Facebook, Instagram e YouTube.

A roteirista, produtora, codiretora, editora dos episódios e professora da UFN, Neli Mombelli, conta qual mensagem a série pretende passar: “O Que Tem Passado busca despertar o olhar das pessoas para a riqueza natural, patrimônios edificados e imateriais e toda a potência que possui a região central. Isso pode fomentar a preservação, o restauro, a constituição de novos locais de memória e o turismo, além de toda uma questão identitária que está presente nesse movimento”.

Gravações na cidade de Agudo Imagem: Arquivo TV OVO

Durante cada episódio conhecemos as diferentes formas de patrimônio existentes em uma das cinco cidades da região central do Rio Grande do Sul, percorridas para a produção da série documental. São elas as cidades de Mata, Silveira Martins, São Martinho da Serra, Agudo e Santa Maria. Os episódios têm duração entre 26 e 30 minutos e serão lançados nos dias 28 de agosto, 30 de agosto, 02 e 03 de setembro. As gravações do audiovisual O Que Tem Passado ocorreram de junho a agosto deste ano.

O idealizador, codiretor, produtor e editor da série Marcos Borba revela os critérios que utilizou para a escolha das cinco cidades, além do projeto ter como delimitação geográfica a cidade ser dentro da Região Funcional 8, do COREDEs: “São várias cidades dentro dessa região, pensamos em fazer Mata porque a cidade já tem o patrimônio histórico e cultural desenvolvido e pela questão da paleontologia. Já São Martinho da Serra era uma rota muito importante de comércio no passado, tem uma história gaúcha muito forte, de formação do Rio Grande do Sul. Escolhemos duas cidades representantes de colonização europeia, Silveira Martins e Agudo. Santa Maria não poderia ficar de fora já que é o local que a equipe parte para visitar as demais cidades e onde fica a sede da TV OVO”.

Manuela, Daniel e João Heitor são os três personagens que narram a série. Imagem: Nathalia Arantes

Para guiar a narrativa pelas cidades, a série conta com três personagens: a jornalista e cronista Manuela Fantinel, o arquiteto e urbanista Daniel Pereyron e o historiador e arqueólogo João Heitor Macedo. Com distintas formações e olhares, cada um agrega à produção de acordo com sua área de conhecimento. O audiovisual foi desenvolvido no estilo Filme de Estrada (road movie), em que os três personagens vão até as cidades selecionadas para ver o que encontram. “Algumas cidades eles já conheciam, mas mesmo assim não deixaram de se surpreender. A câmera que os acompanhava captou conversas e momentos espontâneos, o que deixa a série com um tom muito leve e engajado”, comenta Neli sobre a produção.

A jornalista Manuela Fantinel revela como foi vivenciar as gravações em diferentes cidades: “Foi uma experiência incrível participar da série e um privilégio conduzir a narrativa. Foi como uma viagem no tempo e uma viagem muito bem acompanhada, com pessoas que me ensinaram muito, tanto a equipe quanto o arqueólogo João e o arquiteto Daniel”. Segundo Manuela, a experiência a conectou com suas origens: “Acredito que as pessoas só conseguem se conectar de verdade com aquilo que elas conhecem bem. Agora conhecendo melhor a história do lugar de onde vim me sinto muito mais conectada a Santa Maria, a minha história e aos meus antepassados. É uma conexão que acontece quando se descobre que
existem coisas incríveis ao seu redor, que antes nunca tinha dado atenção”.

O historiador e arqueólogo João Heitor Macedo conta como foi a experiência de guiar a narrativa da série documental: “Foi quase como um presente, como historiador e arqueólogo, formado na cidade de Santa Maria. Quando participei da produção audiovisual aquilo me tocava, um sentimento de pertencimento muito ligado à afetividade. A história que narrei na série é uma história que muitas pessoas de Santa Maria queriam ouvir. Rompe com uma historiografia tradicional, consegue abordar toda uma diversidade cultural e espacial, privilegiando a nossa paisagem cultural, que é mais do que apenas em monumentos, prédios e documentos. Tem a ver com todos esses espaços vividos, narrados, por onde passam os sentimentos daqueles que vivem a história de Santa Maria e da região. A gente consegue pensar o que tem passado, como lugar por onde nós temos passado”, ressalta.

O arquiteto, urbanista e professor do curso de Arquitetura da Universidade Franciscana, Daniel Pereyron, relatou sua participação no projeto explorando patrimônios históricos, sociais e culturais. “Foi incrível, poder conhecer e reconhecer todos estes lugares, que estão, ao mesmo tempo, tão próximos fisicamente e tão distantes por não serem divulgados. São lugares e pessoas singulares, que marcam e contam a nossa história”, disse Pereyron.

Um encontro presencial será realizado no Theatro Treze de Maio, dia 1º de setembro, quinta-feira, às 19h30, intitulado “O que tem passado: conversas sobre audiovisual e patrimônio”. O evento terá falas no formato de uma conversa rápida com convidados, abordando o que tem passado na região quando se fala sobre patrimônio histórico, cultural e natural. Os convidados são Marcos Borba, Daniel Pereyron, João Heitor Macedo, Flavi Ferreira Lisboa Filho, Cátia Ferret e Neli Mombelli. No encontro serão exibidos dois episódios inéditos da série, o da cidade de Agudo e de Santa Maria. O evento é aberto ao público em geral, com entrada franca.

“Convido todo mundo pra assistir a série com a mente e o coração aberto. Tenho certeza que todos vão se surpreender com as belezas naturais, com o patrimônio histórico, a diversidade de culturas e com as pessoas que vivem nessas cidades”, propõe a jornalista Manuela Fantinel. Os episódios contam com recursos de acessibilidade, tradução em Língua Brasileira de Sinais (Libras), audiodescrição e legendas descritivas. O projeto “O Que Tem Passado” foi aprovado no Edital SEDAC nº. 07/2021 – FAC Patrimônio.

Reprodução TV OVO

Link e cronograma de lançamento online dos episódios:
Episódio Mata
Episódio São Martinho da Serra
Episódio Silveira Martins
02/09 (sexta-feira) – Episódio Agudo
03/09 (sábado) – Episódio Santa Maria


O que tem passado: conversas sobre audiovisual e patrimônio
O que: Uma conversa sobre audiovisual e patrimônio, após a conversa haverá a exibição de
episódios inéditos de Agudo e Santa Maria
Quando: 01 de setembro (quinta-feira)
Horário e local: às 19h30min, no Theatro Treze de Maio
Entrada Franca

Entre os trabalhos apresentados na JIMA, na última segunda-feira, alguns se destacam pela criatividade e envolvimento de jovens alunos de ensino fundamental e médio. Hoje ressaltamos dois projetos que você confere abaixo.

Bergacida 

Quatro estudantes do 2° ano do ensino médio, do Colégio Marista Santa Maria, criaram um inseticida natural à base do extrato da casca de bergamota, que auxilia no combate ao Aedes aegypti. As alunas Ana Carolina de Souza, Mariana Gadret, Valentina Fraga e Anthônia Bellochio Goulart tiveram a orientação da professora de química Josiéli Demetrio Siqueira para a produção da proposta. Nomeado de Bergacida, o inseticida elimina as larvas e pupas, que são encontradas no estado de desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti. O projeto visa à produção de uma alternativa sustentável e de baixo custo para o combate. 

Estudantes Valentina Fraga e Ana Carolina Souza participaram do desenvolvimento do inseticida. Foto: Gabriela Flores

  As cascas de bergamota foram escolhidas por conta da facilidade de obtenção e reutilização das cascas, como explica Ana Carolina: “Optamos pela casca de bergamota como matéria prima porque ela tem componentes antifúngicos e antibacterianos e também porque geralmente as pessoas comem a fruta e a descartam. Poucas pessoas fazem a compostagem. Arrecadamos as cascas no colégio e depois decidimos juntar com etanol para produzir o inseticida”.  

A estudante Valentina explica como foi elaborado o inseticida no laboratório: “Fervemos as cascas por 15 minutos e utilizamos o extrato. Retiramos ele e realizamos uma decantação – processo de separação que permite separar misturas heterogêneas – junto com o Etanol. Após a decantação, medimos o PH que deve estar em 5 para ser eficaz. Realizamos vários testes com a pupa e com a larva, ambas morreram””, complementa.  

Bergacida é um inseticida natural. Foto: Gabriela Flores

  O trabalho de pesquisa vem sendo realizado pelo grupo desde julho de 2021. Este ano, as estudantes desenvolveram uma fórmula caseira de fazer o Bergacida, que consiste em ferver 5 cascas de bergamota médias em 500ml de água por 15 minutos, retirar o extrato e adicionar 5 colheres de vinagre de álcool. Depois é só colocar em um borrifador e está pronto. A fórmula caseira tem validade de 20 dias e funciona da mesma forma que o Bergacida original. Para colocar em prática o projeto, o grupo teve o auxílio da Vigilância Sanitária de Santa Maria, que forneceu amostras de larvas do inseto para os testes. O Bergacida é um dos projetos finalistas da Feira Brasileira de Jovens Cientistas, que irá ocorrer em junho.  

Projeto: Vivenciando o ser, saber e fazer do campo, através da educação para o desenvolvimento sustentável 

O projeto Vivenciando o ser, saber e fazer do campo, através da educação para o desenvolvimento sustentável, produzido por cinco estudantes da EMEF José Paim de Oliveira, foi apresentado na Jornada Integrada de Meio Ambiente. A instituição de ensino fica localizada no Alto das Palmeiras, no distrito de São Valentim, e é uma escola núcleo de dias alternados, que se ancora em dinâmicas pedagógicas com tempos de estudo letivo que se alternam entre Vivências e Experiências Escolares e Vivências e Experiências Comunitárias. O projeto objetiva promover uma educação inclusiva, articulando vivências e experiências no contexto escolar, familiar e comunitário, visando potencializar e qualificar as práticas educativas no campo.  

Estudantes Nicolas Medina Nagera e Mariana Souza de Lima. Foto: Gabriela Flores

  “A escola se localiza no campo e nosso objetivo é trazer a cultura do campo para a cidade. Visando preservar nossa cultura como gaúchos e também tratamos da questão da sustentabilidade. Por isso temos os nossos projetos e os subprojetos”, explicou Nicolas Medina Nagera, um dos alunos participantes. Dentro da proposta há os Projetos Integradores e subprojetos, são eles a horta escolar, cultivo de plantas, cozinha experimental, identidade rural, cultura popular, artesanato rural, educação socioemocional e conservação ambiental e jardinagem. Também foram desenvolvidas oficinas pedagógicas.  

Produção do Artesanato Rural. Foto: Arquivo pessoal

 Sentimento de pertencimento, resgate dos valores do campo, reconhecimento e valorização do contexto onde vivem estão entre os resultados percebidos. Um deles é a Feira Pedagógica de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia JPO, que ocorre anualmente e conta com a exposição dos produtos fruto dos projetos desenvolvidos pelos alunos no decorrer do ano.  

A ACS está publicando essa semana uma série de textos sobre a Jornada Integrada do Meio Ambiente. Veja aqui a primeira matéria da série sobre a JIMA. Amanhã a série segue. Fique de olho.

  • Texto e fotos produzidos durante o primeiro semestre de 2022, na disciplina de Jornalismo Especializado do curso de Jornalismo da Universidade Franciscana.