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Isaac Dias

Estudantes do curso de Jornalismo desenvolvem sua primeira produção cinematográfica.
Imagem: Vitória Oliveira/LABFEM

Os acadêmicos do curso de Jornalismo da Universidade Franciscana (UFN) estão produzindo seu primeiro curta-metragem, chamado Desejo Errado, desenvolvido na disciplina de Produção em Cinema, sob coordenação da professora Neli Mombelli. A atividade proporciona aos acadêmicos uma experiência prática na produção audiovisual durante sua formação jornalística, permitindo o contato com o cenário e a ambiência em um espaço de filmagem.

Protagonizado pela acadêmica do curso de Teatro da Universidade Federal de Santa Maria, Vivian Machado, o curta trata sobre a história de Alice, uma adolescente de poucas relações sociais, que percebe uma reviravolta em sua vida após derrubar seu telefone no vaso sanitário. A equipe é composta por 8 acadêmicos e 3 técnicos-administrativos, sob a condução da professora Neli, que acompanha de perto todos os passos referentes ao processo de produção. A direção e roteiro do filme são de competência da acadêmica Maria Eduarda Rossato, tendo Luiza Silveira como assistente de direção. Vitória Oliveira e Yasmin Zavareze estão como responsáveis pela direção de arte. Já Nelson Bofill assume o papel de diretor de produção, e Emily Pilar e Ian Lopes são assistentes. A fotografia do curta fica à encargo do técnico Alexsandro Pedrollo, a edição e finalização de imagem será de Jonathan de Souza e a finalização de som de Clenilson Oliveira. A professora Glaíse Palma, do curso de Jornalismo, faz o papel da mãe da protagonista.

Produção cinematográfica desenvolvida pelos acadêmicos do curso de Jornalismo.
Imagem: Vitória Oliveira/LABFEM

De acordo com Maria Eduarda Rossato, acadêmica do curso de jornalismo e participante do curta-metragem, o processo de criação do curta foi extremamente minimalista. Antes e durante as gravações a equipe dialogava e decidia a organização dos cenários e objetos, as falas, os movimentos de câmera. Os pequenos detalhes foram devidamente ponderados, com intuito de que nada passasse despercebido. Além disso, o maior desafio foi escutar as diferentes opiniões dos colegas, saber selecionar o que era válido, o que fazia sentido, e ser assertivo nas definições.

O curta-metragem Desejo Errado tem previsão de lançamento para o mês dezembro, durante a 11ª edição da Mostra Integrada de Produções Audiovisuais da UFN (MIPA), evento destinado à rememorar as produções audiovisuais realizadas pelos acadêmicos.

Romeiros realizam procissão em reverência à imagem de Nossa Senhora Medianeira
Imagem: Michélli Silveira/LABFEM

A abertura oficial da 81ª Romaria Estadual da Medianeira ocorreu na tarde da última sexta-feira, 8 de novembro, na Basílica Santuário de Nossa Senhora Medianeira. O momento reuniu autoridades e membros da comunidade religiosa para celebrar o início de um dos maiores eventos de devoção mariana no Rio Grande do Sul. Estavam presentes o arcebispo de Maceió, Dom Carlos Alberto Breis, Irmão Alan, Missionário Redentorista, o vigário geral Padre Cristiano Quatrin, o reitor da Basílica do Pai Eterno de Trindade, em Goiás, padre Marco Aurélio Martins, além do Cônsul da Itália no estado, Valério Caruso. 

A celebração, que teve como tema “Maria, Mãe da Igreja, intercedei por nós” foi marcada por cânticos, orações e a mensagem do arcebispo metropolitano, que ressaltou a importância da fé e da esperança em tempos tão difíceis.  Dom Leomar fez uma reflexão sobre o significado da romaria e a importância do tema. Para ele, tanto a coroação quanto a romaria têm em comum a palavra “esperança”. “E esperança no sentido de que está na hora de nós sermos realistas, mas confiar naquele que nos criou”, destacou o arcebispo.  

A irmã Iraní Rupolo, reitora da Universidade Franciscana, instituição que tem sido uma das principais aliadas da arquidiocese, comentou sobre o significado desse evento para a cidade e para a devoção: “A Romaria da Medianeira já vem acontecendo regularmente há 80 anos. Agora, na 81ª edição, podemos ver o quanto o povo gaúcho, especialmente de Santa Maria e região, se dedica a este ato de fé”. A reitora acredita que, ao adotar a imagem da Nossa Senhora da Medianeira como Rainha, a romaria ganhara ainda mais força, tanto em termos de espiritualidade quanto de presença popular. “A devoção à Medianeira como Rainha vai atrair mais a fé, a devoção e a espiritualidade do povo gaúcho. É um movimento que tende a crescer, a se expandir”, afirma. 

Na manhã do dia seguinte, sábado, 9 de novembro, às 6h30min, ocorreu a segunda edição da Rústica da Medianeira, que reuniu 500 corredores em um evento que interligou esporte e espiritualidade pelas ruas de Santa Maria. Organizada pela GOFIT, pela Arquidiocese de Santa Maria e pela Basílica da Medianeira, a prova contou com percursos de 5 e 10 km para corrida e um trecho de 3 km para caminhada.

O ponto de partida foi dado com entusiasmo, sendo iniciado por um atleta cadeirante. Logo em sequência, foi a vez dos corredores se desafiarem nos trajetos de 10 km, 5 km, e, por fim, dos participantes da caminhada, percorrerem os 3 km. O trajeto principal se estendeu pela Avenida Nossa Senhora Medianeira, uma rota simbólica que inspirou e motivou participantes e espectadores como Romeiros da Rainha do Povo Gaúcho.

Para Carlos Alberto Ferreira, participar da Rústica auxilia a manter o bem-estar na rotina: “Eu comecei a correr faz seis meses. É muito gratificante poder participar. Agradeço às pessoas que me incentivaram a começar a correr”. Já Lucas de Andrade, de 34 anos, relatou que a Rústica foi uma ótima experiência: “Fazia muito tempo que eu não corria. O tempo, o dia e o clima de hoje contribuíram para que fosse uma boa corrida”.

A Rústica da Medianeira foi marcada pela presença vibrante do Animador Padre Júnior Lago, que trouxe ainda mais entusiasmo ao evento, apoiando cada corredor que se dispôs a participar dessa jornada especial de superação e devoção.

A programação da manhã do segundo dia de Romaria, 9 de novembro, foi encerrada com uma missa na Basílica da Medianeira, às 10h30. A celebração eucarística foi conduzida pelo Padre Rogério Schlindwein, administrador paroquial da Paróquia São João Evangelista.

Na tarde de sábado, às 15h, também na Basílica da Medianeira, ocorreu a Missa da Saúde. A celebração, que reuniu diversos romeiros e foi presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Santa Maria, Dom Leomar Antônio Brustolin, foi destinada a abençoar toda a comunidade, sobretudo aquelas pessoas que enfrentam problemas de saúde e aguardam pela cura.

Os participantes ainda foram convidados para a Indulgência, um perdão especial para fiéis acima de 65 anos, que ocorrerá no dia 11 de fevereiro. Logo depois, houve o momento de adoração e benção do Santíssimo Sacramento.

Por meio de uma mensagem de esperança e acolhimento, o Arcebispo destacou a importância do cuidado à saúde dos mais jovens e o enfrentamento do sofrimento: “Quando a gente sofre com a sensação de que Deus nos abandona é pelo contrário, é quando estamos apavorados, pode ser sofrimento físico ou mental. Deus está conosco! Está conosco do mesmo jeito que uma mãe faz com um filho doente. A mãe com o filho doente abandona tudo para o filho que mais precisa.”, reiterou.

Na noite de sábado, durante a programação da 81ª Romaria Estadual da Medianeira, um momento cultural saudou o público presente. A banda Os Fagundes, ícones da música tradicionalista gaúcha, uniram a fé e a cultura popular em uma apresentação memorável. Com pipoca, chimarrão e muita alegria, centenas de famílias cantaram e dançaram por mais de uma hora e meia um repertório que transitou entre o gauchesco e o religioso católico, gerando um clima de celebração e devoção.

A banda Os Fagundes, com sua longa trajetória no Rio Grande do Sul, representa a música tradicionalista que valoriza as raízes do povo gaúcho. Dom Leomar, Arcebispo Metropolitano de Santa Maria, ressaltou que a banda foi escolhida para valorizar artistas da região e a relevância da cultura regional no contexto da fé vivida na Romaria. Com harmonia entre o sagrado e o tradicionalista, a noite de sábado se tornou um marco de celebração da cultura, da fé e da união do povo gaúcho em torno da Medianeira.

Durante a homilia, Pe. Rogério destacou que Maria ensina os fieis a ter um coração grato, capaz de transformar seus lares e o ambiente em que vivem. “A mensagem de Deus sempre tem um endereço certo. Com um coração agradecido, Maria canta Magnificat com as maravilhas que Deus fez em seu favor. Ela nos ensina a ter este coração agradecido, que tanto faz falta nos dias de hoje para olhar para o nosso contexto de um jeito mais positivo, assim como Maria fez”, afirmou o Pe. Rogério.

Na manhã de domingo, último dia da Romaria, ocorreu a tradicional procissão de Nossa Senhora Medianeira, que saiu às 8h30 da Catedral Metropolitana, na Avenida Rio Branco. Antes de percorrer cerca de dois quilômetros, até a Basílica da Medianeira, o arcebispo de Santa Maria, Dom Leomar Brustolin, rezou, juntamente com os guardiões da Mãe, que iam carregá-la na procissão, uma Ave-Maria.

De acordo com os números divulgados pela Brigada Militar, a procissão reuniu cerca de 250 mil pessoas de diversas localidades do país. A prática consiste em um espaço de convívio interpessoal, permitindo com que os fiéis explorem as potencialidades de sua fé e que os visitantes desfrutem o momento por meio de experiências marcantes em relação ao conhecimento de rituais e credos praticados pela religião.

Nestor Freitas contou que desde 1975, quando chegou em Santa Maria, participa da Romaria. “A gente sempre comparece, aqui é uma área de graça. A gente se sente agraciado pela nossa Senhora Medianeira. Sempre que eu tenho algum problema eu intercedo a Nossa Senhora, peço a intercessão dela para que ela me dê aquela graça e tenho sempre recebido.”, comentou Freitas.

A procissão teve começou pela Avenida Rio Branco, passando pela Rua do Acampamento e pela Avenida Nossa Senhora Medianeira até Parque da Medianeira, onde chegou por volta das 10h. Após a chegada da imagem de Nossa Senhora Medianeira ao Parque, no Altar Monumento ocorreu a Missa Solene, presidida pelo Arcebispo de Maceió, Carlos Alberto Breis Pereira, pertencente a Ordem dos Frades Menores (O.F.M). A tão aguardada missa principal, caracterizada por ser realizada no ambiente externo do Parque da Medianeira, foi marcada pela concentração massiva de fiéis no entorno do Altar. “Nessa Romaria, o melhor presente para dar a Medianeira é de renovar o nosso compromisso da caminhada com Jesus”, falou Dom Breis aos fiéis.

Dom Breis também destacou três sentidos de “graça” atribuídos a Maria: Dom, Alegria e Beleza. O dom concedido à Virgem foi seu sim ao ser a serva do Senhor, recebendo o privilégio de chamar o Criador do universo de “meu filho”. A alegria do Evangelho, que preenche a vida de quem aceita Jesus e encontra uma nova razão para viver. Por fim, Dom Breis afirmou que Maria é a mulher bela por excelência, não conforme os padrões de beleza que conhecemos, mas sim pela comunhão e solidariedade que demonstrou ao longo do Evangelho.

Imagens: Nelson Bofill, Michélli Silveira, Luiza Silveira e Guilherme Pregardier/LABFEM

Matéria com informações produzidas em conjunto pela Universidade Franciscana e voluntários da Pascom/Arquidiocese de Santa Maria.

Acadêmicos de jornalismo marcam presença em encontro organizado pelo DAJOR. Imagem: Vitória Oliveira/Labfem

Na noite da última quarta-feira, dia 6 de novembro, o Diretório Acadêmico (DAJOR) do curso de jornalismo da Universidade Franciscana, promoveu um bate-papo com o jornalista e Delegado Regional do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (SindJoRS) em Santa Maria, Mateus Azevedo. O evento, destinado aos acadêmicos do curso, tratou da importância da atuação sindical no âmbito jornalístico, trazendo à tona questões pertinentes como direitos, desafios e conquistas intrínsecas ao campo da comunicação no processo de construção da carreira profissional.

O encontro teve o propósito de permitir com que os estudantes, desde o período de formação acadêmica, já tenham acesso a espaços que incentivem o diálogo e a transmissão de conhecimento e, ao mesmo tempo, possam ter contato com relatos de vivências reais que fazem parte do exercício da profissão.

A palestra foi conduzida através de uma perspectiva fundamentada em aspectos históricos, tratando do impacto gerado pelas transformações de cunho social e político que emergiram ao longo do tempo. As mudanças acabaram por atingir o meio sindical e, consequentemente, impuseram alterações estruturais e readaptações.

Mateus não esconde a sensação de satisfação por poder participar do evento: “É um sentimento de muita gratidão e solidariedade, afinal de contas, na época que frequentei o recinto acadêmico, muitas pessoas também compartilharam seu conhecimento comigo. Fico muito honrado de transmitir parte da minha vivência sindical e profissional com os acadêmicos”.

Ele construiu a maior parte da sua trajetória no jornalismo na cidade de Bagé, onde atuou na prefeitura do município, foi assessor de imprensa no ramo político, responsável por criar a revista de agenda cultural “Happy Hour” e trabalhou no já extinto jornal Correio do Sul. Desde 2017, reside em Santa Maria e trabalha na Câmera de Vereadores do município. Em 2021, deu início ao mestrado em Ciências Sociais na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

A diretora de comunicação do DAJOR, Andressa Rodrigues, comenta que o diretório acadêmico foi fundado com o objetivo de auxiliar os alunos durante o processo de formação acadêmica e preparação para a vida profissional, salientando que a promoção de encontros como esse visa fazer com que o aluno usufrua de todas as possibilidades que a universidade tem a oferecer.

Imagens: Vitória Oliveira

Bienal promete pôr em evidência a riqueza da arte na cidade.
Imagem: Divulgação/Prefeitura

A partir de amanhã, 7 de novembro, Santa Maria irá receber a primeira Bienal de Arte e Religiosidade. O evento, que irá ocorrer a cada dois anos, tem o intuito de aprimorar o exercício da cultura a nível municipal, propondo um espaço de integração das expressões artísticas de cunho religioso e contribuindo para potencializar a valoração do saber artístico. De acordo com os organizadores, o evento visa valorizar e promover a cultura material e imaterial, por meio do patrimônio cultural religioso existente na cidade e suas manifestações culturais incutidas na história, memória e pertencimento.

A primeira edição da Bienal na cidade estará aberta ao público a partir desta quarta-feira no Museu de Arte de Santa Maria (MASM). O evento irá contar com uma vasta programação, incorporando diversos locais em Santa Maria. As obras serão oriundas de acervos públicos e privados, coleções, obras de arte, indumentárias, trajes, objetos litúrgicos e mágicos. O material completo será demonstrado ao público através de exposições, mostras, oficinas, palestras e webinários, passando pelos mais variados espaços de educação não formal, institucionalizados ou não, como coletivos, ateliês e espaços de vanguarda.

Peças estarão expostas na Bienal que começa hoje. Imagem: Bebeto Badke/ Assessoria Bienal.

NÚCLEOS DA I BIENAL DE ARTE E RELIGIOSIDADE

MUSEU DE ARTE DE SANTA MARIA – av. Presidente Vargas, 1400
Sala Jeanine Viero
SALÃO INTERNACIONAL DE ARTE E RELIGIOSIDADE DA ASSOCIAÇÃO DOS ARTISTAS PLÁSTICOS DE SANTA MARIA/ Curadoria Luciano Santos
Abertura 07 de novembro

Anexo do MASM
ARTISTA VISUAL CONVIDADO ROGÉRIO LIMA – Cidade de Pelotas
Abertura 07 de novembro

Sala Iberê Camargo
ARTISTAS VISUAIS CONVIDADOS
ARACY COLVERO – Cidade de Santa Maria
IVELISE FLORES – Cidade de Santa Maria
EDUARDO RIBEIRO HALVES – Cidade de Recife

MÚSICO CONVIDADO/ Trilha Sonora
DANIEL ROSA – Porto Alegre
Abertura 07 de novembro

Sala Silvestre Peciar
EXPOSIÇÃO ACERVO MASM
Abertura 07 de novembro

Sala Acervo Permanente
ARTISTA VISUAL CONVIDADO LEONARDO ROAT – de Cruz Alta
Abertura 07 de novembro

Sala de Exposição Temporária
EXPOSIÇÃO ME CONTA A CONTA/ CURADORIA MARCIO FLORES
Abertura 07 de novembro

UNIVERSIDADE FRANCISCANA
Sala Angelita Stefani – prédio 14 do conjunto 3
EXPOSIÇÃO PRESENÇA DE MARIA/ CURADORIA CÍRIA MORO
Abertura 13 de Novembro


SOLAR
Sala de Exposição – Venâncio Aires, 344
EXPOSIÇÃO ORÁCULOS
Abertura 27 de novembro – Curadoria Jane Zofóli

O evento é promovido pela Associação dos Artistas Plásticos de Santa Maria e conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Santa Maria, do Sistema Municipal de Museus de Santa Maria, da Universidade Federal de Santa Maria, da Universidade Franciscana, do Museu de Arte de Santa Maria, da Solar BELGARTE – Ateliê de Arte Marilia Chartune, além de ser patrocinado pelo Hbinato Gráfica Expressa e Comunicação Visual.

Avaliação demanda um nível alto de concentração e persistência dos estudantes Imagem: Nelson Bofill/LABFEM

A primeira prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024 será aplicada no próximo domingo, dia 3 de novembro. Ela será constituída por 90 questões de múltipla escolha mais a redação.
A avaliação irá contar com 45 questões relacionadas à área de Linguagens, códigos e suas Tecnologias e 45 sobre a área de Ciências Humanas e suas Tecnologias. Os conteúdos serão referentes aos componentes de Língua Portuguesa, Literatura, Língua Estrangeira (Inglês ou Espanhol), Tecnologias da Informação e Comunicação, Artes, Educação Física, História, Geografia, Filosofia e Sociologia.

No dia da prova, o candidato deverá portar RG ou outra documentação oficial com foto (documentos digitais também são válidos) e caneta esferográfica transparente com tinta na cor preta. Por precaução, a sugestão é de que o candidato leve ao menos duas para o caso de uma falhar.

Já em relação aos lanches levados para consumo, é aconselhável que o estudante leve alimentos que deem energia, como chocolates, castanhas e barras de cereal, e água em garrafa transparente (a embalagem não deve ter rótulo). O lanche poderá ser vistoriado pelo fiscal de sala.

A prova do ENEM desafia os estudantes de todo Brasil a aplicarem os conhecimentos adquiridos ao longo de toda uma etapa estudantil, possibilitando o tão sonhado ingresso no ensino superior e, consequentemente, a oportunidade de dar o ponto de partida na construção de suas carreiras profissionais.

O professor de física do Colégio Marista Santa Maria, Airton Coelho, opina sobre como o professor de modo geral, deve moldar o seu processo de atuação sob o ponto de vista prático da prova, “Acredito que no preparo para o Enem, o professor deve conhecer a prova quanto as competências e habilidades de sua área. Com isso, o aluno deve ser instruído para que comece uma prova, buscando as questões mais fáceis, depois as médias e por último as difíceis”.

Trata-se de um momento que mexe com os ânimos de muitos jovens. Como é de praxe, o processo de preparação dos estudantes para o exame envolve múltiplos fatores, por isso é preciso haver sintonia entre a boa preparação, no que tange ao repertório de conhecimentos teóricos e técnicas de resolução de questões, e o foco e a tranquilidade, essenciais para impedir que ansiedade tome conta e aflija o estado emocional dos candidatos.

Brasileiros se encontram em uma realidade completamente polarizada atualmente.
Imagem: Portal eventos

O primeiro turno das eleições municipais chegou ao fim nas regiões brasileiras. E como dizia o filósofo pré-socrático Aristóteles, “O homem é por natureza um ser político”, ou seja, a capacidade de se inserir em sociedade e consequentemente participar da vida política consistem em aspectos intrínsecos à existência humana. Segundo ele, seres humanos são seres sociais por essência e a vida política é crucial para a realização plena de suas potencialidades. No momento em que se convive em sociedade, os indivíduos têm a oportunidade de aprimorar suas habilidades, estabelecer laços, vínculos, expor ideais e convicções, além de aprender e buscar conviver da forma mais harmônica possível de modo conjunto.

As disputas de hegemonia são oriundas de uma tarefa política a partir do cotidiano vivido pelos cidadãos que constituem uma determinada comunidade. As iniciativas políticas se fundamentaram perante os inúmeros períodos da história em um conglomerado de ideias e modos de desenrolar as ações dentro da sociedade, sendo assim defendidas e compartilhadas por determinados grupos, materializando-se em dualidades e posições adversas entre partes da população.

Assim, analisando o contexto político brasileiro, quanto mais se aproxima o processo eleitoral, torna-se mais perceptível o fervor mexendo com os comportamentos, discursos e posturas da sociedade brasileira. Cada pesquisa, cada articulação de bastidores, cada discurso exposto por candidatos ou pré-candidatos, traz repercussão nos diversos espaços presenciais e ou virtuais tomados por defesas e posicionamentos eufóricas apaixonadas.

Aliás, o uso de maneira arquitetada e planejada do advento da internet e das redes sociais também têm gerado um reflexo significativo na política contemporânea. A capacidade que o artifício tecnológico tem de impactar o consenso da opinião pública e unir as pessoas em prol de causas de interesse é gigantesca, sobretudo, nos dias atuais.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (PNAD) Tecnologia da Informação e Comunicação, publicada em agosto deste ano, 92,5% dos lares brasileiros possuíam acesso a internet em 2023, aumento de 1 ponto percentual em relação a 2022. Ainda de acordo com o Instituto, os idosos também estão cada vez mais conectados com a internet, a porcentagem subiu de 24,7% para 66% das pessoas com mais de 60 anos que possuem acesso à internet no país entre 2016 e 2023. O acréscimo em relação a 2022 foi de 3,9 pontos percentuais. Além disso, nas zonas rurais, o índice de conectividade aumentou de 78,1% em 2022 para 81 % em 2023.

Questões relacionadas ao meio político, que originalmente eram discutidas em ambientes específicos e se restringiam a representantes, membros e entidades formais, hoje estão ao alcance de boa parte da população. Hoje em dia, a internet permite que as pessoas estabeleçam redes de conexões com quem coaduna dos mesmo princípios e posicionamentos sobre as mais diversas temáticas e no caso da política não é diferente. Por isso, essas transformações próprias da era digital sugerem readaptações no modo de se fazer política e, portanto, surge a necessidade de se reinventar para conseguir atingir a população.

É nítido que nos últimos anos a ideologia de direita ascendeu politicamente no Brasil. A capacidade de mobilização popular das lideranças conservadoras é um fenômeno que vêm crescendo a cada ano no cenário político brasileiro, muito por conta da figura do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi capaz de despertar identificação na população com seus ideais e posicionamentos, consolidando uma rede de apoiadores em grande escala no país. E sim, as mídias sociais possuem papel fundamental em um cenário político cada vez mais permeado pelas batalhas digitais, onde o engajamento de integrantes da direita prepondera em relação à esquerda.

Essas transformações sugerem readaptações no modo de se fazer política. E parece que as lideranças ligadas à direita souberam se reinventar nesse quesito. Prova disso é que o PL, sigla de Bolsonaro, foi o partido que elegeu o maior número de prefeitos nas 103 maiores cidades do país. A legenda fez dez prefeitos nos principais centros urbanos do país, sendo seguida pelo União Brasil, que fez nove.

Conforme levantamento realizado pela Equipe do Observatório das Eleições 2024, em iniciativa do Instituto da Democracia e da Democratização da Comunicação (INCT IDDC), o percentual da direita para o uso do Instagram conta com 105.190 usuários (49,8%), do Facebook, com 87.421 (41,4%), e do TikTok, com 7.971 (3,8%) e é muito similar ao uso das mesmas redes pela totalidade de candidatos das eleições 2024. O fator determinante para essa semelhança se deve, em partes, ao fato de que a maior parte dos candidatos que têm redes sociais se encontram à direita do espectro político. O centro e a esquerda acumulam, cada um, menos da metade do número de redes sociais quando equiparados aos partidos da direita. O maior uso das redes pela direita é ratificado numericamente nas imagens abaixo.

Candidatos às eleições de 2024 com redes sociais por partido político
Imagem: O Globo
O uso de redes sociais com base no espectro político dos partidos
Imagem: O Globo

Em se tratando do panorama das eleições municipais, além da confirmação de força do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que articulou as chapas e apostou na juventude de candidatos a prefeitos, outras candidaturas apresentaram a possibilidade de alternativas políticas para os eleitores de direita nos grandes centros do país. Aliadas com as pautas da direita, mas não apoiadas diretamente pelo ex-presidente, as candidaturas de Cristina Graeml (PMB), em Curitiba, que acabou indo para o segundo turno, e Pablo Marçal (PRTB) que, apesar de ficar de fora do segundo turno em São Paulo, deixa o pleito com capital de votos para 2026, foram destaques dessa primeira etapa da corrida eleitoral.

É importante ressaltar que nos casos de Curitiba e São Paulo, os postulantes ao pleito que receberam o apoio formal do ex-presidente, Eduardo Pimentel (PSD) e Ricardo Nunes (MDB) terminaram o primeiro turno das eleições na primeira colocação. Em Curitiba, Pimentel, teve 33,51% dos votos válidos, já na capital paulista, Nunes terminou o primeiro turno na primeira colocação com 29,48% dos votos válidos.

Além disso, a direita teve resultados significativos em outros dois grandes centros urbanos do país, como em Belo Horizonte, com Bruno Engler (PL), que ficou na dianteira da disputa com 34,38%, muito impulsionado pela influencia do deputado federal Nikolas Ferreira (PL), que inclusive foi o mais votado nacionalmente nas eleições de 2022, e em Fortaleza, uma das principais capitais do nordeste, com André Fernandes (PL), conquistando um reduto onde historicamente não tinha um quadro favorável.

Para vereador, a sigla também obteve votações expressivas na capital paulista, com Lucas Pavanato, que inclusive foi o vereador mais bem votado do país, com 161.386 votos, e no Rio de Janeiro, com Carlos Bolsonaro, que fez 130.480 votos e foi o segundo colocado no quadro geral para o cargo no país.

Com isso, percebe-se que maneiras de atingir a população adotadas pelas lideranças de esquerda são falhas quando aplicadas no cenário político atual e isso se reflete nos resultados. Claramente existe um distanciamento significativo das lideranças de esquerda no país no que se refere ao diálogo e a comunicação com a população de maneira geral. Por outro lado, é possível inferir que o discurso das lideranças de direita busca seguir uma vertente retórica que abrange questões que vão além da politica de etiqueta e que somados a questão estratégica do engajamento nas redes sociais conseguem adentrar com muito mais impacto na filosofia de vida da população brasileira.

A primavera é conhecida como a transição entre os períodos seco e chuvoso no Hemisfério Sul
Imagem: Getty Images

A primavera de 2024 teve início no Hemisfério Sul no dia 22 de setembro, após um inverno com pouca chuva no Sul do Brasil e variações significativas de temperatura, além de queimadas por todo o país. Essa estação, que se estende até 21 de dezembro, é marcada pela transição entre os períodos seco e chuvoso.

Durante a estação, o Brasil deve enfrentar ondas intensas de calor, especialmente no Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste, onde as temperaturas podem ultrapassar a média histórica, trazendo riscos para a saúde pública e para a agricultura. 

Embora, de maneira geral, as chuvas comecem a retornar gradualmente em outubro no país, elas não serão suficientes para eliminar de forma integral os efeitos da seca, particularmente nas fases iniciais do plantio de soja e milho. A evaporação elevada pode agravar os problemas agrícolas nessas regiões.

De acordo como Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o La Niña, fenômeno geográfico que consiste na diminuição da temperatura da superfície das águas do Oceano Pacífico Equatorial, será um fator chave na ocorrência de calor extremo. Com a expectativa de se manifestar até março de 2025, o La Niña irá implicar alterações significativas nos padrões de chuva, resultando em chuvas torrenciais em algumas áreas e secas extremas em outras. Esse cenário surge logo após um dos mais graves episódios de El Niño, fênomeno que se caracteriza pelo aquecimento anormal do Oceano Pacífico Equatorial (efeito reverso do La Niña), e que atingiu mais de 60 milhões de pessoas entre 2023 e 2024.

Segundo o meteorologista da Universidade Federal de Santa Maria, Daniel Caetano, o fenômeno La Niña, tem grande influência sobre o regime de chuvas de grande parte da América do Sul. Ao mesmo tempo em que no Rio Grande do Sul o El Niño gera chuvas acima da média, na região amazônica e central do Brasil as chuvas costumam ficar abaixo da média, afinal nessas regiões há um regime de chuvas bem definido, com estações seca e chuvosa, porém durante o último verão (estação chuvosa), em função da presença do El Niño, as chuvas ficaram bem abaixo do normal e agora no inverno (estação seca) permaneceu seco. Portanto, essa condição prolongada de tempo seco fez com que a vegetação ficasse mais propensa às queimadas.

A Região Norte, sobretudo o sul da Amazônia, atravessará um período marcado pela combinação de calor e baixa umidade, fator que tende a intensificar o fenômeno das queimadas, com outubro sendo o mês mais crítico. Por mais que algumas áreas e estados da região, como o sudoeste do Amazonas, o Acre e Roraima, possam receber volumes de chuvas dentro ou acima da média, ainda estão suscetíveis aos riscos relacionados ao calor prolongado.

Já no Nordeste, os estados que mais devem sofrer os efeitos do fim da estação chuvosa são Piauí e Maranhão, com alto risco de ondas de calor. Entretanto, o sudeste da Bahia deve registrar chuvas mais próximas da média, fator que colabora para amenizar a situação no local.

A Região Sul, por sua vez, terá um regime de chuvas irregular. Paraná e Santa Catarina devem ter precipitações abaixo da média, o que pode comprometer a agricultura. Por outro lado, o Rio Grande do Sul irá passar por chuvas mais regulares, aspecto que favorecerá o processo de desenvolvimento biológico das plantações. No entanto, a chegada de ondas de calor em dezembro pode ameaçar a umidade do solo e impactar a safra agrícola.

Variação de chuva e temperatura em relação à média histórica da estação
Imagem: Instituto Nacional de Meteorologia (INMET)
Vestibular de Verão UFN 2025. Imagem: divulgação UFN.

Estão abertas as inscrições para Vestibular de Verão 2025 da Universidade Franciscana. Estão disponíveis 30 cursos de graduação para ingresso no primeiro semestre de 2025, sendo 25 presenciais, 4 semipresenciais e 1 EaD. As inscrições vão até o dia 11 de novembro.

As provas, que ocorrem de forma presencial, estão agendadas para o dia 25 de novembro. As inscrições podem ser feitas pelo site da UFN (www.ufn.edu.br). Para o curso de Medicina, a taxa de inscrição é de R$ 260, enquanto para os outros cursos é de R$60.

A prova para Medicina será constituída por 50 questões de múltipla escolha, que irão abranger conhecimentos relacionados às disciplinas de língua portuguesa, matemática, física, biologia, língua estrangeira, química, literatura brasileira, geografia, história e filosofia, com 5 questões referentes a cada uma das área áreas, além da prova de redação. A avaliação terá duração de 4 horas, com início às 13h30 e término às 17h30.

As provas para os demais cursos de graduação serão compostas apenas pela redação. Entretanto, terão duração de 2 horas, com início às 13h30, e encerramento às 15h30. Candidatos com necessidades especiais terão direito a 60 minutos adicionais em relação ao tempo determinado para realização da prova em ambas as modalidades. Para isso, é necessário apresentar um laudo, declaração ou parecer que ateste a necessidade do acréscimo de tempo.

O gabarito preliminar da prova de Medicina será divulgado no mesmo dia do exame, às 18h30. Já o gabarito definitivo será disponibilizado até as 18h do dia 26 de novembro. O resultado dos classificados em todos os cursos poderá ser consultado presencialmente no dia 29 de novembro, às 15h, no Hall do prédio 15, do Conjunto III, e às 16h será publicado no site da UFN.

Os candidatos aprovados na primeira chamada devem fazer a matrícula de maneira digital entre o dia 2 e 3 de dezembro. Por sua vez, os candidatos que compuserem a lista de espera poderão ser convocados para a chamada oral no dia 9 de dezembro.

Para mais informações, os interessados podem acessar a página do Vestibular. Além disso, dúvidas podem ser esclarecidas via Whatsapp no número (55) 99956-1275, ou pelos e-mails coperves@ufn.edu.br e comercial@ufn.edu.br.

A UFN oferece na modalidade presencial os cursos de Administração (Diurno e Noturno), Arquitetura e Urbanismo, Biomedicina, Ciência da Computação, Ciências Contábeis, Design, Design de Moda, Direito (Diurno e Noturno), Enfermagem, Engenharia Biomédica, Engenharia Civil, Engenharia Química, Farmácia, Filosofia, Física Médica, Fisioterapia, Jogos Digitais, Jornalismo, Medicina, Nutrição, Odontologia, Psicologia, Publicidade e Propaganda, Radiologia e Sistemas de Informação. No modo semipresencial são ofertados os cursos de História, Letras Português e Inglês, Matemática e Pedagogia. Já em EaD os estudantes podem cursar Gestão de Recursos Humanos.

Imagem 1: Nelson Bofill/LABFEM Imagem 2: Luiza Silveira/LABFEM

Vitória Winckler, à esquerda, e Rodolfo Martins, à direita, em palestra sobre Setembro Amarelo. Imagem: Assessoria de Comunicação/UFN

Na manhã da quarta-feira, 18, no Conjunto III da Universidade Franciscana (UFN), o psicólogo Rodolfo Martins e a assistente social residente em saúde mental da UFN, Vitória Winckler, reuniram-se para debater sobre a campanha Setembro Amarelo, que coloca em evidência um tema que afeta profundamente a sociedade contemporânea: o suicídio.

O evento, denominado “Intencionalidade suicida: da prevenção à pósvenção”, foi organizado pelo Núcleo de Apoio à Diversidade Humana (NADH), em parceria com o Laboratório de Práticas em Psicologia, o curso de Psicologia e a Residência em Saúde Mental da UFN.

O Setembro Amarelo consiste em uma campanha nacional de prevenção ao suicídio, que ocorre todos os anos no Brasil durante o mês. O movimento foi criado em 2015 pelo Centro da Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), com o objetivo de promover a conscientização da população sobre a importância de debater temáticas como a saúde mental e o suicídio, além de oferecer apoio às pessoas que se encontram em estado de sofrimento emocional.

A campanha visa quebrar o tabu em relação ao tema do suicídio, incentivando o diálogo aberto, a escuta ativa e o suporte àqueles que estão passando por momentos difíceis. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é uma das principais causas de morte entre jovens e adultos no mundo. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia, um número alarmante que reforça a necessidade de estabelecer diálogos referentes ao assunto nos mais diversos âmbitos sociais.

De acordo com Vitória Winckler, a realização de eventos como esse proporciona espaços de reflexão, troca e escuta. Esses encontros fazem com que as pessoas tenham a oportunidade de se autoconhecerem e, consequentemente, caso haja necessidade, ir em busca de auxílio profissional. Evitar tratar sobre suicídio não implica na não ocorrência desse fator, por isso é necessário conceder espaços para discussões e trocas.

O suicídio é uma questão extremamente complicada e de suma importância no contexto social. Portanto, a prevenção deve consistir em um ato contínuo. O Setembro Amarelo ressalta que cuidar da saúde mental se trata de uma ação de coragem e amor próprio. O Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece apoio emocional gratuito pelo telefone 188, disponível 24 horas por dia.

Em 2024, o lema da campanha é “Se precisar, peça ajuda!” e diversas ações já estão sendo desenvolvidas.
Imagem: Freepik

Imagens: Maria Eduarda Rossato/Assessoria de Comunicação da UFN

Matheus Frozza, à esquerda, e Iuri Lammel, à direita, em debate sobre as Fake News. Imagem: Maria Eduarda Rossato/Assessoria de Comunicação da UFN

Na noite da terça-feira, 10, os coordenadores dos cursos de Jornalismo e Administração da Universidade Franciscana (UFN), Iuri Lammel e Matheus Frozza, protagonizaram um encontro interdisciplinar para debater sobre um tema que afeta profundamente a sociedade contemporânea e trata-se de um dos maiores desafios da era digital: as fake news.

O evento, denominado “Confluências”, tratou sobre a importância de uma abordagem interdisciplinar no combate às fake news e promoveu a união de diferentes campos de conhecimento, como Jornalismo e Administração. Além disso, trouxe uma análise completa e abrangente dos impactos da desinformação nos âmbitos jornalístico e coorporativo, explicando as consequências que essa prática pode gerar no processo de comunicação com o público alvo e enfatizando maneiras eficazes de combate aos conteúdos e informações falsas.

O encontro ainda debateu sobre alguns métodos praticados para manipulação social em diversos processos de construção histórica da humanidade, ao mesmo tempo em que procurou estabelecer parâmetros com a realidade atual, tratando das novas formas possibilitadas pelo advento tecnológico crescente e como o fenômeno da desinformação acabou se reinventando através da apropriação desses recursos e se consolidou em escala global.

Durante o bate-papo, prof. Iuri Lammel destacou a responsabilidade dos profissionais de comunicação na verificação das informações. Em um contexto em que as notícias circulam de forma cada vez mais rápida e descontrolada, o jornalismo desempenha um papel crucial para garantir que o público tenha acesso a dados confiáveis e bem apurados. Segundo o professor, a difusão das fake news enfraquece o papel social da mídia e pode gerar desinformação em larga escala. Ele ainda realçou a facilidade que consiste o processo de produção das fake news nos dias atuais. “Hoje em dia é muito mais fácil fazer fake news. Antigamente, era necessário todo um aparato para disseminar a notícia. Hoje, uma pessoa no seu quarto, com um computador e internet, pode fazer isso usando robôs, boots e algoritmos. Eles imitam o formato do Jornalismo e se aproveitam de anos de estudo e credibilidade para espalhar informações falsas, fazendo as pessoas acreditarem que é verdade”.

Já o professor Matheus Frozza trouxe para a conversa a perspectiva do administrador e empresário. Segundo o coordenador do curso de Administração, no momento em que o ambiente dos negócios fica incerto, as pessoas não compram, não investem. É possível perceber isso no desemprego, no aumento de preços, e o que está por trás disso é a chamada instabilidade. O filósofo Michel Foucault dizia que a verdade está sempre em disputa. Atualmente, não é mais a verdade que é disputada, e sim os likes e visualizações.

O evento encerrou com um debate aberto, no qual os palestrantes discutiram com os acadêmicos, e compartilharam visões e reflexões em relação a acontecimentos mundanos atuais que, de alguma forma, se encaixam na problemática pautada.

O Confluências é promovido pelo Instituto Franciscano de Espiritualidade e Humanidades (IFEH) e pelo Mestrado em Ensino de Humanidades e Linguagem (MEHL), em colaboração com os cursos que estavam envolvidos na edição.

Imagens: Maria Eduarda Rossato/ Assessoria de Comunicação da UFN