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Isaac Dias

Estudantes da UFN conhecendo os profissionais de jornalismo na redação do Grupo RBS.
Imagem: Divulgação

Na última terça-feira, dia 12 de agosto, o curso de Jornalismo da Universidade Franciscana (UFN) realizou uma viagem de estudos para Porto Alegre. A viagem contou com a supervisão do coordenador e professor do curso de Jornalismo da UFN, Iuri Lammel. Acadêmicos de diferentes semestres participaram da viagem à capital gaúcha.

A viagem teve o objetivo de aproximar os estudantes do contexto de atuação do jornalista em uma empresa de grande porte no cenário comunicacional do Rio Grande do Sul, bem como proporcionar vivências na área esportiva, que desperta interesse em grande parte acadêmicos, nas sedes de Grêmio e Internacional, consideradas as principais equipes de futebol do estado e que possuem relevância a nível nacional.

Durante a manhã, os estudantes visitaram os estúdios e redações do Grupo RBS, dentre eles, a RBS TV, Gaúcha, Zero Hora, Diário Gaúcho, Rádio Gaúcha e Rádio Atlântida. Nesses locais, eles puderam ter contato com profissionais da área e entender a dinâmica de comunicação da empresa. Além disso, os alunos observaram a rotina de trabalho dos comunicadores, como a preparação para participação nos programas, o manejo do aparato tecnológico que dá o suporte na execução das práticas, detalhes que envolvem o processo de produção de conteúdos multiplataforma, além do trabalho em equipe de maneira integrada que ocorre na empresa.

Para Nathaly Penna, acadêmica do 4° semestre do curso de Jornalismo, o momento mais marcante foi a visita ao estúdio da RBS TV. Nathaly ressalta que ter a oportunidade de interagir com jornalistas como Cristina Ranzolin e Marco Matos, que são grandes inspirações para ela, foi uma sensação inexplicável.

Já no período da tarde, os acadêmicos seguiram para Arena do Grêmio e o Estádio Beira-Rio, onde fizeram um tour a fim de conhecer os museus, os vestiários e as salas de imprensa dos clubes. “Gostei muito de conhecer a área de comunicação do Grêmio. Eu sou gremista e adoro jornalismo esportivo. Ver os bastidores e entender como tudo funciona foi muito bom. A viagem para Porto Alegre só reforçou o quanto eu amo o jornalismo e a comunicação. Com certeza vai ficar pra sempre na minha memória”, conclui Nathaly.

O Diretório Acadêmico (DAJOR) do curso de Jornalismo da UFN atuou no processo de organização da viagem, junto ao coordenador do curso e demais professores.

Imagens: Divulgação

Juliana Motta e Lorenzo Franchi, jornalistas do Grupo RBS, conversam com os acadêmicos de Jornalismo da UFN
Imagem: Enzo Martins/LABFEM

Na última quinta-feira, dia 7 de agosto, os jornalistas Juliana Motta, que é editora e apresentadora do Jornal do Almoço Centro-Oeste, na RBS TV, e Lorenzo Franchi, repórter na emissora e egresso do curso de Jornalismo da Universidade Franciscana (UFN), ministraram uma palestra aos acadêmicos do curso de Jornalismo. O encontro ocorreu no ComLab, prédio 14 do Conjunto III da UFN.

Os jornalistas trataram sobre o programa Primeira Pauta RBS, que possibilita aos estudantes de jornalismo de todas as localidades do Rio Grande do Sul que têm mais de 18 anos de idade se inscreverem e concorrerem a uma semana de imersão nas redações do Grupo RBS. Além disso, Juliana e Lorenzo compartilharam suas práticas no ramo jornalístico, os desafios da rotina de trabalho na empresa e a gama de competências que o jornalista deve ter a fim de conseguir atuar no mercado.

O bate-papo teve o propósito de motivar a interação entre os profissionais de jornalismo e os estudantes do curso, favorecendo a troca de experiências e a assimilação de saberes por parte dos estudantes, bem como informar aos futuros profissionais de jornalismo em relação às oportunidades de atuação que o mercado oferece, em especial no contexto do Grupo RBS.

Para Lorenzo, é extremamente valioso retornar à UFN para transmitir seu conhecimento aos estudantes. “Na minha formação participei de inúmeras palestras com diferentes profissionais e todos agregaram em pensamentos, visões e valores. O mercado é dinâmico e desafiador, mas está pronto para acolher quem trabalha de maneira séria, ética e comprometida”. Ele ainda ressalta que procurou incentivar os alunos a persistirem na caminhada da profissão.

Criado em 2009, o Primeira Pauta RBS surgiu no jornal Zero Hora, porém, a partir de 2021, o programa passou a compreender todos os veículos do Grupo RBS, trabalhando em benefício de um jornalismo integrado e multiplataforma que conecta pessoas e contribui para uma vida melhor.

Imagens: Enzo Martins/LABFEM

Foto: Emanuelle Rosa

O Diretório Acadêmico (DAJOR) e os professores do curso de Jornalismo da Universidade Franciscana (UFN) organizaram uma recepção para os calouros recém chegados ao curso, na noite da última terça-feira, dia 29 de julho. O encontro teve o intuito de acolher os novos alunos por meio de diversas atividades de confraternização, oportunizando a inserção dos acadêmicos em um novo espaço de estudos, além de interações com professores, funcionários e demais alunos do curso.

Os docentes se apresentaram e compartilharam detalhes das suas trajetórias no exercício da profissão e vivências no ramo jornalístico. Além disso, foram comaprtilhadas as características do curso, como se dá o processo de ensino e aprendizagem e a gama de possibilidades de atuação do profissional da área. Calouros e veteranos também puderam se conhecer e falar sobre suas áreas de preferência. Como é de costume, outro atrativo da noite foi a famosa pintura de rostos, onde os novos estudantes participaram do tão conhecido momento que representa o ingresso na universidade.

A estudante Eduarda Amorim, que ingressa no curso neste semestre, não esconde a sua satisfação: “Estar no curso de jornalismo significa que atingi um marco na minha vida, um ponto inicial de muitos acontecimentos que vêm pela frente. É muito especial estudar algo que verdadeiramente gostamos”. Ela ainda ressalta que escolheu o jornalismo pois o curso proporciona muitas experiências, tanto na faculdade quanto fora dela e que gosta muito de trabalhar com pessoas. “Saber que futuramente eu vou ser capaz de contar as historias delas (pessoas) é algo que me emociona muito”, conclui ela.

Esse foi o segundo acolhimento aos calouros organizado pelo DAJOR, o primeiro havia ocorrido em fevereiro. Além dos acolhimentos aos novos alunos, o DAJOR já realizou outras iniciativas, dentre elas, o suporte na organização da exposição fotográfica “Olhares Fragmentados” em conjunto com o LABFEM, encontros com profissionais da área do jornalismo, churrascos de confraternização entre professores e alunos, a produção de um programa de rádio especial sobre o Dia dos Namorados no pátio da UFN e uma Festa Junina a fim de reunir os acadêmicos do curso.

Esse é o terceiro período de calor extremo deste verão no território gaúcho. Imagem: Freepik

A nova onda de calor que assola o estado o Rio Grande do Sul está no seu ápice. É o que indica o Climatempo e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), que também mostram temperaturas próximas aos 40ºC em algumas regiões.

Geograficamente, seguindo na contramão das demais localidades do país, os estados da Região Sul do Brasil são caracterizados por possuírem uma grande amplitude térmica, ou seja, temperaturas que variam muito na transição de uma estação climática para outra. Por óbvio, no Rio Grande do Sul não é diferente. Dessa forma, ao mesmo tempo em que o estado é conhecido pelos seus invernos intensos e rigorosos, no verão, as temperaturas tendem a subir de maneira excessiva.

Conforme relatório divulgado pela MetSul Meteorologia no último final de semana, a atual onda será a mais duradoura e deve persistir até o mês de março. Essa será terceira onda de calor já registrada no estado nesse ano. A primeira havia acontecido entre os dias 17 e 23 de janeiro, enquanto a segunda incidiu entre os dias 2 e 12 de fevereiro.

A Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul é uma das regiões gaúchas que mais sentem o impacto do forte calor no verão. No início do mês, a cidade de Quaraí, situada na fronteira com o Uruguai, registrou a temperatura de 43,8ºC, a maior temperatura já vista no estado em 115 anos. Algumas outras cidades da região como Alegrete, Uruguaiana, Rosário do Sul e Santana do Livramento também tiveram temperaturas altas durante o mês.

População busca se hidratar em meio ao calor escaldante que se faz presente no estado.
Imagem: Paulo Ortiz/Nobres Notável Rede de Telecomunicações Ltda (NNTV)

Segundo a Organização Meterológica Mundial (OMM), uma onda de calor é formada quando as temperaturas máximas diárias extrapolam em 5ºC ou mais a média mensal durante pelo menos cinco dias em sequência. A onda de calor terá influência na proeminência das temperaturas em todas as regiões do estado pelo menos até a próxima quinta-feira, dia 27 de fevereiro, com grandes chances de temperaturas chegando em números recordes em alguns municípios.

O professor de meteorologia Daniel Caetano, da Universidade Federal de Santa Maria, afirma que as ondas de calor consistem em um bloqueio atmosférico que acaba inibindo o avanço dos chamados sistemas frontais, que é quando a massa de ar frio se une à massa de ar quente e ocasiona as chuvas. Com isso, tem-se um quadro de chuvas espaçadas e irregularidades no estado.

Diante desse cenário, é de suma importância que as pessoas se atentem aos cuidados básicos em relação à saúde e bem-estar. O Ministério da saúde propõe algumas diretrizes para épocas de calor acentuado como aumentar a ingestão de água ou de sucos de frutas naturais, sem adição de açúcar, mesmo sem ter sede, além de evitar bebidas alcoólicas que possuam elevado teor de açúcar e fazer refeições leves, pouco condimentadas e em intervalos de tempo mais curtos durante o dia.

Alunos e professores participam de encontro que marcou a chegada dos calouros à Universidade. Imagem: Michélli Silveira/LABFEM

O Diretório Acadêmico (DAJOR) e os professores do curso de Jornalismo da Universidade Franciscana (UFN) organizaram uma recepção para os calouros recém chegados ao curso, nas noites de segunda e terça-feira, dias 17 e 18 de fevereiro.

O encontro teve o propósito de acolher os novos estudantes por meio de múltiplas atividades de confraternização, favorecendo a inserção dos acadêmicos em um novo ambiente de estudos e a realização de trocas com professores, funcionários e demais alunos do curso.

Os docentes se apresentaram e compartilharam detalhes das suas trajetórias no exercício da profissão e experiências no ramo jornalístico. Também foram expostas as características do curso e como se dá o processo de ensino e aprendizagem, expondo as peculiaridades e ressaltando a gama de alternativas de atuação do profissional da área. Alunos novos e antigos também se apresentaram e comentaram sobre suas áreas de preferência.

O professor e coordenador do curso, Iuri Lammel, afirma que é de suma importância protagonizar encontros que reúnam os novos estudantes com seus futuros colegas, professores e a equipe do curso de jornalismo, pois a construção da aprendizagem necessita dessa retroalimentação em todos os aspectos da vida estudantil.

Conforme é de praxe, outro atrativo da noite foi a famosa pintura de rostos, onde os novos estudantes puderam participar do tão conhecido momento que simboliza a entrada no mundo universitário.

Por fim, os novos alunos foram direcionados até os laboratórios de Produção Audiovisual (LABSEIS), Fotografia (LABFEM), Mídias Sonora (Rádio Web UFN) e de Mídia impressa e digital (Agência Central Sul de Notícias) do curso, onde puderam conhecer o aparato técnico utilizado para atividades e suas especificidades, além de participarem de dinâmicas conduzidas pelos monitores, bolsistas e voluntários.

O estudante Cristian Braga Barros, que ingressa no curso esse ano, não esconde a sua satisfação: “É uma experiência única, trata-se da realização de um sonho poder fazer parte do curso de Jornalismo. Pretendo me envolver não só na vertente que eu mais me identifiquei e tenho aptidão que é a rádio, mas também explorar outros laboratórios e toda matéria prima que o curso possui”.

Esse foi o quarto encontro organizado pelo DAJOR, que procura sempre fomentar espaços de integração e convívio interpessoal, além de agregar à identidade do curso e expandir seu campo de atuação para além das rotinas acadêmicas. No ano passado já haviam sido realizados dois bate-papos com profissionais da área e um churrasco junto aos professores.

Imagens: Michélli Silveira/LABFEM

 A época escolar é uma etapa de formação individual que, para muitos, está repleta de memórias marcantes. E o mais interessante é que esse processo ocorre dentro de um meio coletivo, que permite realizar trocas com outros indivíduos, estabelecer laços e, ao mesmo tempo,  ter contato com outras mentalidades e estilos de vida. Muitas vezes, é nesses ambientes onde afloram as primeiras amizades, se formam os primeiros grupos e até se descobrem as primeiras paixões. Essas lembranças são frequentemente associadas a uma memória afetiva que caminha em sintonia com o processo de aprendizagem e aquisição de conhecimento. No entanto, ao explorarmos o papel da educação pública nesse cenário, emergem questões que vão além das recordações pessoais e tocam temas sociais e estruturais. A escola é um ambiente que zela pela preparação cognitiva e intelectual das pessoas que integram uma sociedade. Porém, quando se trata das escolas estaduais, muitas vezes não retrata o que se espera para um sistema educacional eficaz.

Em primeira análise, é preciso partir do princípio de que o acesso à educação pública é um direito de todos, garantido pela Constituição. Esse direito é um valor e um objetivo a unir toda a população e que deve ser sustentado pelos formuladores de políticas públicas em todos os níveis geográficos.

 Em Santa Maria, as escolas Manoel Ribas (Maneco), Cilon Rosa e Maria Rocha, da rede estadual de ensino da região, passaram por transformações significativas ao longo das últimas décadas. Ao explorar essas histórias de transformação, busca-se entender como essas escolas não apenas se adaptaram às novas demandas educacionais, mas também como impactam a vida de alunos e educadores. 

Segundo o IBGE, em 2023, cerca de 80% dos estudantes brasileiros do ensino básico estavam matriculados em escolas públicas, fator que reflete a dependência de um sistema educacional acessível por uma grande parcela da população. Para Celma Pietczak, professora e coordenadora na escola Maria Rocha, o maior impacto positivo, com o passar dos anos, foi a formação profissionalizante. Ela exalta os cursos profissionalizantes disponibilizados pela escola, e com isso, a demanda de profissionais que acaba crescendo e impactando a sociedade. Um ponto de fragilidade destacado por Pietczak é a questão estrutural. Para ela as verbas destinadas para a escola não dão conta da demanda que se tem e, por muitas vezes, acaba-se gerindo o colégio com menos dinheiro do que seria o necessário.

Celma Pietczak é coordenadora da escola Maria Rocha. Imagem: Nelson Bofill/LABFEM

Segurança em Risco: O Desafio da Proteção nas Escolas

De acordo com o resultado da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSe), de 2019, conduzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e publicada em 2022, 17,3% dos estudantes consultados relataram que faltaram a alguma aula devido a problemas com segurança. O quadro é alarmante: em 2009, quando teve início a pesquisa, esse número era de apenas 8,6%. O estudo, que tem o apoio do Ministério da Educação, conta com a participação de adolescentes na faixa etária de 13 a 17 anos.

Durante a apuração foi possível observar que a problemática da precariedade da segurança é um ponto em comum que afeta as três escolas. Para Celma, a segurança é um fator preocupante. “Até um determinado horário tem gente na portaria, no entanto, tem horários que a gente não tem ninguém. Se o responsável sai, a gente tem que controlar o portão lá na direção, nós não temos ninguém que possa garantir a integridade desse processo. O entorno da nossa escola também tem complicações com relação a isso. A gente tem a situação de um aluno nosso que saiu e apanhou na quadra. Pessoas que não eram daqui, que eram de outra escola, vieram por causa de um conflito particular e bateram nele no entorno da escola.”, comenta a vice-diretora.

O cenário não é diferente na escola Cilon Rosa. Para a diretora Maribel da Costa Dal Bem, não existe nenhuma segurança nas escolas públicas hoje em dia: “Constantemente envio ofícios para a coordenadoria da escola solicitando melhorias no que diz respeito à questão da segurança pública. É muito difícil. […] O Cilon, como é uma escola com um alto número de alunos, a saída é sempre uma aglomeração, independente do horário. […] Nós precisaríamos de um policiamento aqui. Hoje, nós enquanto escola não conseguimos lidar com isso. […] O governo deveria pensar nessa segurança.”

Já na escola Manoel Ribas (Maneco), o estudante Ernesto Corrêa relata que nunca viu nenhuma briga, mas já ouviu diversos relatos de amigos e colegas. Ele também pontua que é muito raro ver policiamento fazendo a segurança da escola, só em ocasiões mais sérias. Apesar disso, ele diz sentir-se seguro para voltar para casa.

No estado do Rio Grande do Sul como um todo, a segurança nas escolas estaduais tem sido um tema de preocupação crescente. O estado enfrenta desafios específicos relacionados à violência escolar, como agressões físicas entre alunos, furtos e até situações mais graves, como ameaças envolvendo armas. Segundo dados da Secretaria da Educação do Rio Grande do Sul (SEDUC), em 2022, cerca de 10% das escolas estaduais relataram incidentes violentos. 

Desafios da Estrutura Escolar: Necessidades e Melhorias para um Ambiente Adequado

Questões estruturais acabam virando o centro de discussões quando se fala em escola pública e em Santa Maria acontece o mesmo. As três escolas já mencionadas tem suas deficiências estruturais. Recentemente, a escola Manoel Ribas (Maneco) juntamente com uma parceria entre a Secretaria da Educação (Seduc) e o Movimento União BR, com fiscalização da Secretaria de Obras Públicas (SOP), concluíram a reforma do telhado. O investimento foi avaliado em mais de 647 mil reais. 

Infográfico sobre as infraestruturas das escolas de Santa Maria em 2023. Fonte: QEDU

O vice-diretor da escola, Helder Luiz Santini, ressalta que algumas pequenas reformas acabam demorando pelo fato do prédio ser um patrimônio do estado, no qual existem regras que impossibilita algumas mudanças sem passar por uma avaliação antes. Sobre a reforma no telhado, o vice-diretor afirma que foi uma “briga” conseguir a autorização para a reforma. Briga essa que se tornou de extrema importância, tendo em vista que a escola alagava quando chovia, e com as fortes chuvas que assolaram o estado do Rio Grande do Sul em maio, a reforma se tornou necessária. Para o estudante Ernesto Corrêa, a escola tem bastante pontos a serem melhorados, salas com vidros e janelas quebradas, e o telhado esburacado. Ele também conclui que por ser um patrimônio histórico, entende as obras demorarem para serem concluídas.

Hélder Santini é vice-diretor da escola Manoel Ribas, o Maneco. Imagens: Vitória Oliveira/LABFEM

Esse problema também pode ser observado nas escolas Maria Rocha e Cilon Rosa quando aconteceram as chuvas torrenciais de maio. “Realmente alagaram os corredores, laboratórios de informática, teve banheiro que parecia uma cachoeira. Teve gente que subiu no telhado do prédio da escola, que possui 4 andares, para fazer uma limpeza. Não temos verbas para chamar profissionais especializados para exercer essas funções. Então, de fato, em termos de estrutura, na minha opinião, nos sobressaímos em relação às demais escolas da rede estadual, porém, ainda estamos em uma situação bastante deficitária.” diz Celma Pietczak, professora e coordenadora na escola Maria Rocha. 

Segundo a diretora do Cilon Rosa, Maribel da Costa Dal Bem, desde os anos 2000 ela pode perceber um processo de degradação na infraestrutura do colégio. Ela explica que, ao ingressar na instituição no início daquela década, a estrutura já enfrentava problemas frequentes com pichações e com as fortes chuvas, que ocasionaram o alagamento das dependências internas.  Com o passar dos anos foram efetuadas melhorias através de reparos nos espaços internos e externos da instituição, como no pátio, nos corredores e nas salas de aula. 

Maribel conta sobre os desafios enfrentados diariamente pela escola Cilon Rosa. Imagem: Nelson Bofill/LABFEM

Evasão Escolar: Causas, Impactos e Caminhos para a Retenção dos Estudantes
O censo escolar 2023, divulgado no final de fevereiro de 2024 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), apresenta uma tendência de redução do papel da educação pública, enquanto escolas particulares ganham terreno. Isso ocorre também a nível estadual, onde é ainda mais forte o recuo do papel do Estado frente à iniciativa privada. 

Taxas de rendimento por etapa escolar nas instituições estaduais de ensino de Santa Maria – RS

Celma destaca que, apesar do aumento no número de alunos no primeiro ano do ensino médio de 2023 para 2024, se observarmos um recorte mais amplo, englobando a última década, realmente houve uma diminuição drástica no número de estudantes que frequentam a escola. Ela relata que no ano de 2012, quando ingressou na instituição, a escola contava com doze turmas de primeiro ano, sendo possível notar uma nítida retenção em relação aos últimos anos. Celma ainda argumenta que a reforma do ensino médio contribuiu de maneira significativa para a disparidade em relação às instituições de ensino privadas: “A alteração que teve na matriz do ensino médio deixou tudo muito incerto, com isso muitas disciplinas novas foram adicionadas à grade curricular, e a percepção que eu tenho é que não há uma formação profissional adequada para isso, o educador precisa ir se moldando, dependendo muito do esforço dele.” Além disso, ela acredita que o fato dos estudantes vislumbrarem uma preparação mais direcionada aos vestibulares e ao ENEM, contribuiu para esse movimento no contexto educacional, afinal, as escolas privadas possuem mais autonomia no que tange a esse processo do que as escolas públicas, que necessitam seguir a risca o protocolo imposto pelo governo do estado.

No país, a quantidade de matrículas na educação básica da rede pública em 2023 reduziu para 37,9 milhões, frente a 38,4 milhões em 2022 – uma queda de 1,34%. Ao mesmo tempo, as matrículas na rede privada passaram de 9 milhões em 2022, para 9,4 milhões, em 2023.

Essa realidade pôde também ser observada na escola Manoel Ribas. Helder explica que ocorreu uma queda no número de alunos por turma. Ele ainda ressalta que, por muito tempo, as salas estavam completamente lotadas, com mais de 30 alunos, realidade que hoje não existe mais. Ele completou alegando que muitos jovens preferem trabalhar e acabam saindo do ambiente escolar. Outro ponto destacado pelo vice-diretor é de que a evasão escolar não se dá somente pela troca da educação pelo trabalho. Santini alega que cada vez mais no Brasil a taxa de natalidade vai diminuindo, fator esse que acaba justificando a baixa de alunos nas escolas. Dados de 2021 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou um recorde de mortes, o maior desde 1974, e queda de nascimentos, a maior desde 2003.

Maneco faz parte da história da cidade desde 1930

O Colégio Manoel Ribas, popularmente conhecido como Maneco, foi fundado em 1930 e tem uma longa história de contribuição para a educação pública em Santa Maria. Como uma escola estadual, o Maneco foi responsável por formar muitas gerações de estudantes, com destaque para o ensino médio e técnico, focando em uma educação de qualidade e acessível. Com o passar do tempo, o colégio se destacou por sua tradição acadêmica e por sua participação em eventos culturais e esportivos da cidade.

Atualmente a escola conta com aproximadamente, 2.600 alunos, 140 professores e 36 funcionários, divididos em três turnos.

Maneco foi inaugurado em 1930. Foto: Labfem

A Banda Marcial Manoel Ribas foi fundada em 20 de outubro de 1956, a mais antiga em atividade no Rio Grande do Sul. Para participar da banda naquela época, era exigido que os alunos tivessem boas notas. A banda se tornou referência no Rio Grande do Sul e era convidada para viajar por diversas cidades do estado. Em Santa Maria, era presença confirmada em qualquer festividade. Os anos passaram e a tradicional Banda do Maneco não parou no tempo. Após viver seus tempos áureos com grandes apresentações, começou a participar de campeonatos de bandas marciais e de fanfarras, onde fez, e ainda faz bonito. Referência no Rio Grande do Sul, o grupo vem colecionando premiações em diferentes concursos disputados pelo estado, brigando sempre pelas primeiras colocações.

Colégio Cilon Rosa contava com aulas de corte, costura, rendas e bordados em 1946

Fundado em 1946, o Colégio Estadual Cilon Rosa também faz parte do cenário educacional de Santa Maria. Em 26 de agosto foi criada a Escola Artesanal Dr. Cilon Rosa, de Santa Maria, onde eram oferecidos cursos de corte e costura, rendas e bordados, com duração de dois anos. A escola não tinha sede própria e funcionou no prédio do Colégio Manuel Ribas, com total de 36 alunas. Em 1957 a escola passou a ser denominada Escola Industrial Cilon Rosa, quando foi instalado o curso de Aprendizagem Industrial Cilon Rosa. De 1963 a 1967 o número de matriculados chegou a 713 alunos, passando a denominar-se Colégio Industrial Cilon Rosa.

Em 1966 a escola passou a ocupar um pavilhão do prédio da nova sede à Avenida Presidente Vargas. Em 1971, com a conclusão do 2º pavilhão, a escola passou ocupar sua sede própria. 

O Cilon Rosa se destacou ao longo dos anos por promover um ambiente de inclusão e uma educação voltada para o desenvolvimento integral dos alunos, com ênfase no fortalecimento da cidadania e nos valores sociais.

Cilon Rosa começou sua história como uma escola de corte e costura. Imagem: Labfem

Colégio Maria Rocha começou como escola ginasial anexada à escola Olavo Bilac

O Colégio Maria Rocha recebeu esse nome em homenagem à Maria Manuela Rocha, filha de Manoel Marques da Rocha e Bertholina Junqueira Rocha, que era professora. A história da escola tem muitos capítulos que podem ser acompanhados aqui.

Também pertencente à rede pública estadual, o Maria Rocha focou-se no atendimento à comunidade local e na promoção de uma educação de qualidade para crianças e adolescentes. Ao longo de sua história, o Maria Rocha desenvolveu atividades que integravam a escola com a comunidade, promovendo eventos culturais, esportivos e cívicos. Atualmente a escola conta com, aproximadamente, 1200 alunos e cerca de 100 professores e funcionários, divididos em três turnos.

Perspectiva Histórica

Esses colégios são testemunhas da evolução do ensino público em Santa Maria, refletindo as transformações sociais e educacionais da cidade ao longo do século XX. Com a crescente urbanização, as instituições educacionais assumiram um papel central no desenvolvimento das comunidades locais, sendo espaços não apenas de ensino, mas também de formação cidadã e cultural.

Além disso, a história dessas escolas está ligada às políticas educacionais do estado do Rio Grande do Sul e às necessidades emergentes da população em diferentes momentos históricos, como a expansão do ensino médio e técnico, e a busca por uma educação mais inclusiva e de qualidade.

Reportagem produzida por Isaac Brum, Gabriel Deon e Thomás Ortiz na disciplina de Narrativa Multimídia, no 2º semestre de 2024, sob orientação da professora Glaíse Bohrer Palma.

Na noite da última terça, 26 de novembro, ocorreu o 9ª Prêmio Universitário de Jornalismo da Universidade Franciscana (UFN). A cerimônia foi realizada no Salão de Atos do prédio 13, conjunto 3 da instituição, e contou com a presença de alunos, egressos e professores. O tema escolhido para este ano foi o Tempo e a cerimônia contou com apresentação dos jornalistas, radialistas e egressos do curso de Jornalismo, Thays Ceretta e Fabiano Oliveira.

O Prêmio foi organizado de maneira conjunta pelos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda (PP). A iniciativa tem como objetivo avaliar, valorizar e coroar as produções desenvolvidas em atividades acadêmicas vinculadas às disciplinas ou aos laboratórios do curso de Jornalismo. Além disso, o evento é uma forma de promover um ambiente de confraternização entre professores, organizadores e acadêmicos a fim de transcender as rotinas de sala de aula. 

Premiados do 9° Prêmio Universitário de Jornalismo UFN. Foto: Vitória Maicá/LABFEM

O Coordenador do curso de Jornalismo, professor Iuri Lammel, destacou que “O Prêmio é muito importante para o curso. Afinal de contas, a finalidade desse curso é formar bons jornalistas, e esta noite serve para mostrar que a gente produz um bom jornalismo”. Segundo Lammel, o Prêmio promove o serviço de integrar o curso de jornalismo à sociedade demonstrando seu trabalho, assim também como por meio dos jurados que são profissionais formados e com experiência.

Coordenador do curso de Jornalismo, Iuri Lammel, destaca a visibilidade que o Prêmio possibilita aos alunos. Foto: Vitória Maicá/LABFEM

A professora do curso de Jornalismo e coordenadora do LINC (Laboratório de Comunicação Integrada) dos cursos de Jornalismo e PP, Laura Fabrício, que está pela primeira vez à frente do Prêmio, destaca que uma premiação para qualquer tipo de curso universitário é sempre um incentivo para que o aluno se reinvente e acredite no seu potencial. Isso não seria diferente no jornalismo, onde é de suma importância o olhar de profissionais especializados na área sobre aquilo que se elabora. “Foi um processo difícil, corrido e de grande aprendizado que passou por todas as etapas de buscar patrocinadores, jurados, montar todo esse cenário aqui, convidar pessoas para tocar, ir atrás da alimentação. Então, eu que vivenciei todo esse processo, posso dizer que foi um grande aprendizado em que me sinto vitoriosa nisso, pois hoje conseguimos o resultado de tamanho esforço depositado em prol do Prêmio.” , pontua Laura. 

Professora do curso de Jornalismo, Laura Fabrício, destaca a importância do trabalho em equipe para a retomada do prêmio. Foto: Vitória Maicá/LABFEM

Para a professora do curso de Publicidade e Propaganda, Pauline Fraga, “eu e a professora Laura Fabrício trabalhamos juntas no mesmo laboratório, a professora Laura representando o Jornalismo, e eu representando o curso de Publicidade. Acredito que aprendemos juntas. Apesar dos vários desafios a gente foi complementando as nossas habilidades e constituímos uma boa dupla.”

Professora Pauline Fraga integra a equipe do LINC, ao lado da Professora Laura Fabrício e das acadêmicas Vitória Oliveira (Jornalismo), e Ana Paula Guerra(PP). Foto: Vitória Maicá

A acadêmica de jornalismo do 6ª semestre, Vitória Oliveira, destacou que o trabalho de participar da organização do Prêmio foi muito gratificante. Vitória participou da edição de 2022 pela primeira vez como acadêmica e, para ela, esta edição representa uma volta significativa, no sentido de que o prêmio valoriza o trabalho que é produzido pelos alunos sob a supervisão dos professores no ambiente acadêmico . “Nós vemos a importância do que a gente faz aqui, e o quanto isso vai refletir no futuro, quando a gente estiver atuando como jornalistas”, destaca Vitória. 

Acadêmica de Jornalismo e monitora do LINC, Vitória Oliveira foi vencedora de várias categorias. Foto: Vitória Maicá/LABFEM

A acadêmica Michélli Silveira, do 4° semestre, foi ganhadora do prêmio nas categorias Experimentos Radiofônicos, Podcast e Fotografia. Ela destacou a necessidade de iniciativas como esta, pois inspiram os alunos a continuar na trajetória da comunicação “É uma grande felicidade ter conquistado várias colocações na premiação.” , comemorou Michélli. A estudante ainda destacou que a fotografia é uma área incrível de trabalho e aprendizado. “Hoje em dia, vejo que todos somos contadores de histórias, porém nós fotógrafos também contamos a história através de luz e movimento”, pontuou Michélli.

Michélli Silveira ao lado de seus colegas e da professora Laura Fabrício. Foto: Vitória Maicá/LABFEM

A jornalista Thays Ceretta, que apresentou o Prêmio, ressaltou que é sempre bom voltar aos corredores da faculdade para rever os professores, antigos colegas, e que também o Prêmio serve para relembrar os anos de acadêmica. Segundo ela, o mercado de trabalho na área do jornalismo não é fácil, mas também não é impossível. ” É essencial estar aqui nesse momento com vocês, trazendo um pouquinho de alegria e comunicação, falando sobre o jornalismo, e reforçando a importância de vocês continuarem com estes trabalhos”, pontuou Thays.

Fabiano Oliveira e Thays Ceretta, egressos do curso de Jornalismo da UFN, apresentaram o Prêmio este ano. Foto: Ana Borba/LABFEM

O jornalista e radialista da Rádio Atlântida, Fabiano Oliveira,se disse emocionado por estar na condução do Prêmio deste ano, e também comentou sobre como ficou feliz em ver a produção jornalística da melhor qualidade, feita com seriedade e com responsabilidade. “O meu desejo é de ver vocês fazendo os seus trabalhos. Esse Prêmio tem o papel importante de renovar a energia da galera para continuar produzindo nas mais diferentes categorias.”, ressalta Fabiano.

Jurado da noite e egresso do curso, Gabriel Haesbaertht destacou a importância do Prêmio em sua trajetória profissional. Foto: Ana Borba/LABFEM

Um dos jurados da noite, o fotógrafo e egresso do curso de Jornalismo Gabriel Haesbaert, destacou que foi muito especial voltar à instituição, ainda mais sendo jurado em duas categorias de fotografia, que é a sua especialidade. “O Prêmio marcou minha jornada na faculdade e me motivou para seguir fazendo o meu trabalho com cada vez mais excelência. Espero que os vencedores sintam a motivação para seguir buscando fazer um trabalho melhor”, finalizou o jurado.

Conheça os vencedores e suas categorias:

Categoria Audiovisual

Modalidade | Programa jornalístico 

Menção Honrosa: Telejornal Labnews 2ª Edição – Luiza Silveira, Vitória Oliveira, Yasmin Zavareze e Rubens Miola Filho

Bronze: Brasilidade – Rubens Miola Filho e Ian Lopes 

Prata: Telejornal Labnews – Yasmin Zavareze e Rubens Miola Filho

Ouro: De papo COM: Fabiano Oliveira – Ana Cecília Montedo, Nicolas Krawczyk e Yasmin Zavareze 

Modalidade | Reportagem

Ouro: Abrigos: Realidade – Yasmin Zavareze

Modalidade |  Documentário 

Ouro: Ansiedade – Nelson Bofill, Caroline Freitas e Gilvane Amarante

Modalidade – Ficção 

Ouro: A Espera – Luiza da Silva Silveira e Vitória Oliveira

Modalidade – Audiovisual para internet 

Bronze: Labnews: Tarifa dos Ônibus – Yasmin Zavareze

Prata: Registro da comemoração dos 20 anos do curso de Jornalismo e Publicidade e Propaganda – Yasmin Zavareze 

Ouro: Tesouros pré-históricos: As descobertas de dinossauros na região central do Rio Grande do Sul – Vitória Oliveira 

Modalidade – Roteiro de curta metragem

Ouro: Fluxo cinza – Yasmin Zavareze

Categoria Digital 

Modalidade – Perfil ou Entrevista

Prata: Entre colagens e figurinos, prazer Luciano Santos – Michélli Silveira da Silveira

Ouro: Como jornalista sigo escrevendo, contando histórias e questionando sobre tudo – Nelson Bofill 

Modalidade – Reportagem

Menção Honrosa: Feira do Livro que perdura em Santa Maria, de cara nova – Luíza Maicá Gervásio e Aryane Ferrão Machado 

Bronze: Cobertura especial enchentes 2024 – Rian Lacerda

Prata: Os mais de 70 anos de sofrimento argentino – Nelson Bofill

Ouro: Como é o dia a dia de criadores de conteúdo adulto em Santa Maria – Rubens Miola Filho 

Modalidade – Mídia Social

Prata: Cineclub Odisséia – Nelson Bofill, Rubens Miola Filho e Guilherme Pregardier

Ouro: Conexão News – Karina Fontes, Luiza Fantinel e Rian Lacerda

Modalidade – Podcast

Menção Honrosa: Eles que lutem? – Luiza da Silva Silveira e Vitória Oliveira

Bronze: Vida pós-enchente – Maria Eduarda Rossato e Michélli Silveira da Silveira

Prata: O cinema está na moda – Luiza da Silva Silveira, Nelson Bofill e Vitória Oliveira

Ouro: Ciência é Pop – Isaac Brum Dias 

Categoria Fotografia 

Modalidade – Fotojornalismo 

Menção Honrosa: Antes do movimento, o pensamento – Luíza Maicá Gervásio

Bronze: Duelo de Gigantes – Yasmin Zavareze

Prata: A guerra do jogo: Soldiers SM VS Canoas Bulls – Nelson Bofill e Guilherme Pregardier

Ouro: Netuno Contemporâneo – Nelson Bofill e Guilherme Pregardier

Modalidade –  Ilustrativa

Menção Honrosa: Êxtase desportivo: Nelson Bofill

Bronze: Raízes e Renovação – Luíza Maicá Gervásio

Prata: Momento Redação: Vestibular de Inverno UFN 2024 – Michélli Silveira da Silveira

Ouro: Academia: Luz e Movimento – Luiza da Silva Silveira

Modalidade – Fotografia ensaio 

Ouro: Cultura Acadêmica – Nelson Bofill

Modalidade – Fotodocumentário

Menção Honrosa: Bar do Garça – Michélli Silveira da Silveira

Bronze: Memórias do Garça – Luíza da Silva Silveira

Prata: Histórias do Salão Vênito – Yasmin Zavareze

Ouro: Ali na esquina, no Bar do Garça – Vitória Oliveira

Modalidade – Livre

Bronze: O abstrato na palma da mão – Luiza da Silva Silveira

Prata: Abbey Bominable – Nelson Bofill

Ouro: UFN Acromática –  Michélli Silveira da Silveira

Categoria Texto

Modalidade Artigo

Ouro: A influência castelhana na cultura rio-grandense – Nelson Bofill

Modalidade Crônica

Ouro: Preso nas garras da lagosta – Michélli Silveira da Silveira

Modalidade Resenha ou comentário 

Ouro: The Handmaid´s tale – O Brasil será a próxima Gilead? – Michélli Silveira da Silveira

Modalidade Ficção 

Menção Honrosa: Pupila – Karina Devitte Fontes

Ouro: Como eram verdes os meus campos e vermelho o meu tango – Enzo Martins da Silva

Categoria Rádio

Modalidade – Programa

Menção Honrosa: Just Rolling – Rubens Miola Filho e Guilherme Pregardier

Prata: Giro Esportivo – Andressa da Silva Rodrigues, João Henrique da Costa Machado e Samuel Barbosa Marques

Ouro: Conexão News – Karina Devitte Fontes, Luiza Fantinel e Rian Lacerda

Modalidade – Programa radiofônico

Menção Honrosa: UFN News – Rian Lacerda

Prata: Brasilidade – Rubens Miola Filho e Ian Lopes

Modalidade – Experimentos Radiofônicos 

Menção Honrosa: O Acidente  – Andressa da Silva Rodrigues, Gabriel Deõn de Azevedo, Samuel Barbosa Marques e João Henrique da Costa Machado

Bronze: Nave de Histórias/Celular seu Lular – Bernardo Mattos e Thomás de Jesus Aresço Ortiz 

Prata: Nave de História/Cada bicho com cada uma – Aryane Ferrão Machado e Luíza Maicá Gervásio

Ouro: Cabrito Agapito – Maria Eduarda Rossato e Michélli Silveira da Silveira

Categoria Impresso

Modalidade –  Diagramação 

Bronze: Revista Easy Going – Michélli Silveira da Silveira

Prata: Em pauta – Nelson Bofill

Ouro: Speak Now – Vitória Oliveira

Galeria de fotos:

Fotos: Vitória Maicá/LABFEM


Texto produzido com colaboração do acadêmico de Jornalismo Nicolas Krawczyk

Estudantes do curso de Jornalismo desenvolvem sua primeira produção cinematográfica.
Imagem: Vitória Oliveira/LABFEM

Os acadêmicos do curso de Jornalismo da Universidade Franciscana (UFN) estão produzindo seu primeiro curta-metragem, chamado Desejo Errado, desenvolvido na disciplina de Produção em Cinema, sob coordenação da professora Neli Mombelli. A atividade proporciona aos acadêmicos uma experiência prática na produção audiovisual durante sua formação jornalística, permitindo o contato com o cenário e a ambiência em um espaço de filmagem.

Protagonizado pela acadêmica do curso de Teatro da Universidade Federal de Santa Maria, Vivian Machado, o curta trata sobre a história de Alice, uma adolescente de poucas relações sociais, que percebe uma reviravolta em sua vida após derrubar seu telefone no vaso sanitário. A equipe é composta por 8 acadêmicos e 3 técnicos-administrativos, sob a condução da professora Neli, que acompanha de perto todos os passos referentes ao processo de produção. A direção e roteiro do filme são de competência da acadêmica Maria Eduarda Rossato, tendo Luiza Silveira como assistente de direção. Vitória Oliveira e Yasmin Zavareze estão como responsáveis pela direção de arte. Já Nelson Bofill assume o papel de diretor de produção, e Emily Pilar e Ian Lopes são assistentes. A fotografia do curta fica à encargo do técnico Alexsandro Pedrollo, a edição e finalização de imagem será de Jonathan de Souza e a finalização de som de Clenilson Oliveira. A professora Glaíse Palma, do curso de Jornalismo, faz o papel da mãe da protagonista.

Produção cinematográfica desenvolvida pelos acadêmicos do curso de Jornalismo.
Imagem: Vitória Oliveira/LABFEM

De acordo com Maria Eduarda Rossato, acadêmica do curso de jornalismo e participante do curta-metragem, o processo de criação do curta foi extremamente minimalista. Antes e durante as gravações a equipe dialogava e decidia a organização dos cenários e objetos, as falas, os movimentos de câmera. Os pequenos detalhes foram devidamente ponderados, com intuito de que nada passasse despercebido. Além disso, o maior desafio foi escutar as diferentes opiniões dos colegas, saber selecionar o que era válido, o que fazia sentido, e ser assertivo nas definições.

O curta-metragem Desejo Errado tem previsão de lançamento para o mês dezembro, durante a 11ª edição da Mostra Integrada de Produções Audiovisuais da UFN (MIPA), evento destinado à rememorar as produções audiovisuais realizadas pelos acadêmicos.

Romeiros realizam procissão em reverência à imagem de Nossa Senhora Medianeira
Imagem: Michélli Silveira/LABFEM

A abertura oficial da 81ª Romaria Estadual da Medianeira ocorreu na tarde da última sexta-feira, 8 de novembro, na Basílica Santuário de Nossa Senhora Medianeira. O momento reuniu autoridades e membros da comunidade religiosa para celebrar o início de um dos maiores eventos de devoção mariana no Rio Grande do Sul. Estavam presentes o arcebispo de Maceió, Dom Carlos Alberto Breis, Irmão Alan, Missionário Redentorista, o vigário geral Padre Cristiano Quatrin, o reitor da Basílica do Pai Eterno de Trindade, em Goiás, padre Marco Aurélio Martins, além do Cônsul da Itália no estado, Valério Caruso. 

A celebração, que teve como tema “Maria, Mãe da Igreja, intercedei por nós” foi marcada por cânticos, orações e a mensagem do arcebispo metropolitano, que ressaltou a importância da fé e da esperança em tempos tão difíceis.  Dom Leomar fez uma reflexão sobre o significado da romaria e a importância do tema. Para ele, tanto a coroação quanto a romaria têm em comum a palavra “esperança”. “E esperança no sentido de que está na hora de nós sermos realistas, mas confiar naquele que nos criou”, destacou o arcebispo.  

A irmã Iraní Rupolo, reitora da Universidade Franciscana, instituição que tem sido uma das principais aliadas da arquidiocese, comentou sobre o significado desse evento para a cidade e para a devoção: “A Romaria da Medianeira já vem acontecendo regularmente há 80 anos. Agora, na 81ª edição, podemos ver o quanto o povo gaúcho, especialmente de Santa Maria e região, se dedica a este ato de fé”. A reitora acredita que, ao adotar a imagem da Nossa Senhora da Medianeira como Rainha, a romaria ganhara ainda mais força, tanto em termos de espiritualidade quanto de presença popular. “A devoção à Medianeira como Rainha vai atrair mais a fé, a devoção e a espiritualidade do povo gaúcho. É um movimento que tende a crescer, a se expandir”, afirma. 

Na manhã do dia seguinte, sábado, 9 de novembro, às 6h30min, ocorreu a segunda edição da Rústica da Medianeira, que reuniu 500 corredores em um evento que interligou esporte e espiritualidade pelas ruas de Santa Maria. Organizada pela GOFIT, pela Arquidiocese de Santa Maria e pela Basílica da Medianeira, a prova contou com percursos de 5 e 10 km para corrida e um trecho de 3 km para caminhada.

O ponto de partida foi dado com entusiasmo, sendo iniciado por um atleta cadeirante. Logo em sequência, foi a vez dos corredores se desafiarem nos trajetos de 10 km, 5 km, e, por fim, dos participantes da caminhada, percorrerem os 3 km. O trajeto principal se estendeu pela Avenida Nossa Senhora Medianeira, uma rota simbólica que inspirou e motivou participantes e espectadores como Romeiros da Rainha do Povo Gaúcho.

Para Carlos Alberto Ferreira, participar da Rústica auxilia a manter o bem-estar na rotina: “Eu comecei a correr faz seis meses. É muito gratificante poder participar. Agradeço às pessoas que me incentivaram a começar a correr”. Já Lucas de Andrade, de 34 anos, relatou que a Rústica foi uma ótima experiência: “Fazia muito tempo que eu não corria. O tempo, o dia e o clima de hoje contribuíram para que fosse uma boa corrida”.

A Rústica da Medianeira foi marcada pela presença vibrante do Animador Padre Júnior Lago, que trouxe ainda mais entusiasmo ao evento, apoiando cada corredor que se dispôs a participar dessa jornada especial de superação e devoção.

A programação da manhã do segundo dia de Romaria, 9 de novembro, foi encerrada com uma missa na Basílica da Medianeira, às 10h30. A celebração eucarística foi conduzida pelo Padre Rogério Schlindwein, administrador paroquial da Paróquia São João Evangelista.

Na tarde de sábado, às 15h, também na Basílica da Medianeira, ocorreu a Missa da Saúde. A celebração, que reuniu diversos romeiros e foi presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Santa Maria, Dom Leomar Antônio Brustolin, foi destinada a abençoar toda a comunidade, sobretudo aquelas pessoas que enfrentam problemas de saúde e aguardam pela cura.

Os participantes ainda foram convidados para a Indulgência, um perdão especial para fiéis acima de 65 anos, que ocorrerá no dia 11 de fevereiro. Logo depois, houve o momento de adoração e benção do Santíssimo Sacramento.

Por meio de uma mensagem de esperança e acolhimento, o Arcebispo destacou a importância do cuidado à saúde dos mais jovens e o enfrentamento do sofrimento: “Quando a gente sofre com a sensação de que Deus nos abandona é pelo contrário, é quando estamos apavorados, pode ser sofrimento físico ou mental. Deus está conosco! Está conosco do mesmo jeito que uma mãe faz com um filho doente. A mãe com o filho doente abandona tudo para o filho que mais precisa.”, reiterou.

Na noite de sábado, durante a programação da 81ª Romaria Estadual da Medianeira, um momento cultural saudou o público presente. A banda Os Fagundes, ícones da música tradicionalista gaúcha, uniram a fé e a cultura popular em uma apresentação memorável. Com pipoca, chimarrão e muita alegria, centenas de famílias cantaram e dançaram por mais de uma hora e meia um repertório que transitou entre o gauchesco e o religioso católico, gerando um clima de celebração e devoção.

A banda Os Fagundes, com sua longa trajetória no Rio Grande do Sul, representa a música tradicionalista que valoriza as raízes do povo gaúcho. Dom Leomar, Arcebispo Metropolitano de Santa Maria, ressaltou que a banda foi escolhida para valorizar artistas da região e a relevância da cultura regional no contexto da fé vivida na Romaria. Com harmonia entre o sagrado e o tradicionalista, a noite de sábado se tornou um marco de celebração da cultura, da fé e da união do povo gaúcho em torno da Medianeira.

Durante a homilia, Pe. Rogério destacou que Maria ensina os fieis a ter um coração grato, capaz de transformar seus lares e o ambiente em que vivem. “A mensagem de Deus sempre tem um endereço certo. Com um coração agradecido, Maria canta Magnificat com as maravilhas que Deus fez em seu favor. Ela nos ensina a ter este coração agradecido, que tanto faz falta nos dias de hoje para olhar para o nosso contexto de um jeito mais positivo, assim como Maria fez”, afirmou o Pe. Rogério.

Na manhã de domingo, último dia da Romaria, ocorreu a tradicional procissão de Nossa Senhora Medianeira, que saiu às 8h30 da Catedral Metropolitana, na Avenida Rio Branco. Antes de percorrer cerca de dois quilômetros, até a Basílica da Medianeira, o arcebispo de Santa Maria, Dom Leomar Brustolin, rezou, juntamente com os guardiões da Mãe, que iam carregá-la na procissão, uma Ave-Maria.

De acordo com os números divulgados pela Brigada Militar, a procissão reuniu cerca de 250 mil pessoas de diversas localidades do país. A prática consiste em um espaço de convívio interpessoal, permitindo com que os fiéis explorem as potencialidades de sua fé e que os visitantes desfrutem o momento por meio de experiências marcantes em relação ao conhecimento de rituais e credos praticados pela religião.

Nestor Freitas contou que desde 1975, quando chegou em Santa Maria, participa da Romaria. “A gente sempre comparece, aqui é uma área de graça. A gente se sente agraciado pela nossa Senhora Medianeira. Sempre que eu tenho algum problema eu intercedo a Nossa Senhora, peço a intercessão dela para que ela me dê aquela graça e tenho sempre recebido.”, comentou Freitas.

A procissão teve começou pela Avenida Rio Branco, passando pela Rua do Acampamento e pela Avenida Nossa Senhora Medianeira até Parque da Medianeira, onde chegou por volta das 10h. Após a chegada da imagem de Nossa Senhora Medianeira ao Parque, no Altar Monumento ocorreu a Missa Solene, presidida pelo Arcebispo de Maceió, Carlos Alberto Breis Pereira, pertencente a Ordem dos Frades Menores (O.F.M). A tão aguardada missa principal, caracterizada por ser realizada no ambiente externo do Parque da Medianeira, foi marcada pela concentração massiva de fiéis no entorno do Altar. “Nessa Romaria, o melhor presente para dar a Medianeira é de renovar o nosso compromisso da caminhada com Jesus”, falou Dom Breis aos fiéis.

Dom Breis também destacou três sentidos de “graça” atribuídos a Maria: Dom, Alegria e Beleza. O dom concedido à Virgem foi seu sim ao ser a serva do Senhor, recebendo o privilégio de chamar o Criador do universo de “meu filho”. A alegria do Evangelho, que preenche a vida de quem aceita Jesus e encontra uma nova razão para viver. Por fim, Dom Breis afirmou que Maria é a mulher bela por excelência, não conforme os padrões de beleza que conhecemos, mas sim pela comunhão e solidariedade que demonstrou ao longo do Evangelho.

Imagens: Nelson Bofill, Michélli Silveira, Luiza Silveira e Guilherme Pregardier/LABFEM

Matéria com informações produzidas em conjunto pela Universidade Franciscana e voluntários da Pascom/Arquidiocese de Santa Maria.

Acadêmicos de jornalismo marcam presença em encontro organizado pelo DAJOR. Imagem: Vitória Oliveira/Labfem

Na noite da última quarta-feira, dia 6 de novembro, o Diretório Acadêmico (DAJOR) do curso de jornalismo da Universidade Franciscana, promoveu um bate-papo com o jornalista e Delegado Regional do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (SindJoRS) em Santa Maria, Mateus Azevedo. O evento, destinado aos acadêmicos do curso, tratou da importância da atuação sindical no âmbito jornalístico, trazendo à tona questões pertinentes como direitos, desafios e conquistas intrínsecas ao campo da comunicação no processo de construção da carreira profissional.

O encontro teve o propósito de permitir com que os estudantes, desde o período de formação acadêmica, já tenham acesso a espaços que incentivem o diálogo e a transmissão de conhecimento e, ao mesmo tempo, possam ter contato com relatos de vivências reais que fazem parte do exercício da profissão.

A palestra foi conduzida através de uma perspectiva fundamentada em aspectos históricos, tratando do impacto gerado pelas transformações de cunho social e político que emergiram ao longo do tempo. As mudanças acabaram por atingir o meio sindical e, consequentemente, impuseram alterações estruturais e readaptações.

Mateus não esconde a sensação de satisfação por poder participar do evento: “É um sentimento de muita gratidão e solidariedade, afinal de contas, na época que frequentei o recinto acadêmico, muitas pessoas também compartilharam seu conhecimento comigo. Fico muito honrado de transmitir parte da minha vivência sindical e profissional com os acadêmicos”.

Ele construiu a maior parte da sua trajetória no jornalismo na cidade de Bagé, onde atuou na prefeitura do município, foi assessor de imprensa no ramo político, responsável por criar a revista de agenda cultural “Happy Hour” e trabalhou no já extinto jornal Correio do Sul. Desde 2017, reside em Santa Maria e trabalha na Câmera de Vereadores do município. Em 2021, deu início ao mestrado em Ciências Sociais na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

A diretora de comunicação do DAJOR, Andressa Rodrigues, comenta que o diretório acadêmico foi fundado com o objetivo de auxiliar os alunos durante o processo de formação acadêmica e preparação para a vida profissional, salientando que a promoção de encontros como esse visa fazer com que o aluno usufrua de todas as possibilidades que a universidade tem a oferecer.

Imagens: Vitória Oliveira