A Agência CentralSul de Notícias faz parte do Laboratório de Jornalismo Impresso e Online do curso de Jornalismo da Universidade Franciscana (UFN) em Santa Maria/RS (Brasil).
Tenho notado certa esperança nesses últimos dias. Muito disso se deve pelo fato de que inúmeras pessoas estão sendo vacinadas contra o novo coronavírus. Se você ver o noticiário, vai notar alguns acontecimentos atípicos, como repórteres de outros países que agora não precisam mais usar máscaras em determinados lugares públicos. É difícil não criar expectativa de melhora da pandemia com realidades como essa. Já estamos todos ansiosos pelo dia em que essas restrições terão fim. E como será o depois?
É muito comum ouvir a expressão “antes da pandemia” em conversas sobre atividades que anteriormente eram consideradas normais. Ela confirma que, embora as limitações terminem com o tempo, nada será como antes. É provável que não tenhamos mais tanta liberdade e que as marcas deixadas por esse momento irão mudar as relações pessoais, profissionais, financeiras e etc. Tudo o que éramos e tudo o que vivíamos foi modificado.
Lembro-me de quando tudo começou. Estava em uma rotina exaustiva. Era uma correria o dia inteiro, vivia no automático. Aí tudo parou! Deixamos um pouco de lado a vida acelerada. A maioria das pessoas começou a dar importância para coisas que consideravam banais. O “tudo bem?” virou o “como está se sentindo?”. Acabamos nos conectando de formas diferentes, sem que fosse algo corriqueiro e instintivo. Entretanto, aprendemos a acelerar novamente. Além disso, estamos tendo — exceto aqueles que nunca pararam de trabalhar de modo presencial — que lidar com o fato de que nossa vida gira em torno da nossa casa, indo e voltando entre cômodos. Muitas pessoas se encontraram no home office enquanto outras vão demorar para superar os transtornos causados por essa mudança.
Em relação ao vínculo pessoal, ativamos nosso espírito comunitário. No início da pandemia, muitas pessoas ajudaram e foram ajudadas. Mesmo em uma situação ruim, muitos estenderam a mão aos outros. Porém, com o tempo, as coisas foram se modificando. As mesmas ações já não são mais tão comuns e outras que vão na contramão do que se recomenda estão se tornando constância, como as aglomerações, por exemplo. Algumas pessoas deixaram o momento ser tomado pelo egoísmo. Mas, esperamos que colaborações comunitárias continuem ocorrendo, porque sempre existe alguém que precisa de uma ajuda.
Harper Lee, em seu livro “O sol é para todos”, afirmou: “Você só consegue entender uma pessoa de verdade quando vê as coisas do ponto de vista dela.” Se colocar no lugar do outro, que sempre foi algo difícil, se tornou fundamental durante a pandemia. Não vivemos as mesmas coisas e não temos os mesmos problemas. Ainda assim, muitas pessoas se mostraram empáticas com as realidades alheias, aspecto que espero adiante depois da pandemia. É mais fácil sobreviver à tempestade se temos alguém com quem contar nas horas difíceis.
E como será o pós pandemia? Apesar das muitas teorias e tendências para o que vem depois, acredito que, pelo menos, alguns aprendizados devem ser levados para essa nova realidade. Um momento atípico e cheio de dificuldades que nos deu a oportunidade de revermos hábitos e desejos da nossa vida. Qualquer oportunidade, seja boa ou ruim, deve ser refletida e apropriada como experiência para as vivências que virão. O depois da pandemia está quase aí. Vivamos!
Este texto faz parte do Projeto Experimental em Jornalismo, do curso de Jornalismo da Universidade Franciscana, realizado pela acadêmica Lavignea Witt durante o primeiro semestre de 2021, com orientação da professora Neli Mombelli.
No início todos contavam. Dez dias de pandemia. Trinta dias. Sessenta dias. E assim por diante. Até que paramos de contar. Agora que ninguém mais conta, já são mais de 400 dias. Grande quantidade deles carregados de angústia, preocupação, ansiedade, medo. A dúvida também fez parte deles. Muitos continuaram trabalhando normalmente, outros não. As aulas presenciais foram suspensas, depois voltaram e foram suspensas de novo. Algumas práticas foram liberadas e depois de algum tempo foram proibidas mais uma vez. As incertezas quanto às atividades presenciais perduram até hoje.
Esse assunto sempre me lembra uma frase que muitas pessoas já devem ter lido desde que a pandemia começou: “Não estamos todos no mesmo barco, estamos todos sob a mesma tempestade.” Sim, vivemos realidades totalmente diferentes. Alguns precisam sair de casa todos os dias para manter seu sustento, enquanto outros saem em dias específicos para fazer algo que precisam. Agora que algumas escolas estão reabrindo para receber os alunos, fica a incerteza de comparecer às aulas, podendo colocar a saúde de todos no ambiente escolar em risco, ou continuar em casa na tentativa de manter o processo de aprendizagem. Estudantes de algumas faculdades tentam manter suas atividades práticas nas instituições, com vários protocolos sanitários e com o sentimento de que tudo mudou.
E esse sentimento também reverbera nos encontros pessoais. Visitar amigos e familiares é andar com a insegurança ao lado. É preferível não colocar em risco a vida das pessoas que mais amamos. Então, muitos continuam com as reuniões virtuais, buscando suprir o afeto que antes era algo rotineiro. Pensar que é uma reclusão momentânea promove um certo conforto. É melhor estar em casa do que em um leito de hospital, sem poder receber visitas e com várias incertezas dentro de um quarto.
Díficil. Árduo. Talvez essas sejam as palavras que mais chegam perto do que é viver essa situação. Conviver com pessoas é essencial, é o que todo ser humano faz. O exercício da vida é a convivência. Somos instantes, momentos, rodeados de pessoas que cruzam o nosso caminho. Pessoas essas que ficamos por anos abraçando, apertando a mão, conversando frente a frente. O que era realidade, se tornou lembrança. Estamos onde devemos estar e querendo algo inviável — por enquanto.
Nos resta a esperança. Esperança de que estamos a poucos passos de que conviver com muitas pessoas seja algo comum de novo. De juntar toda a família no almoço de domingo. Sair com os amigos no fim do expediente para ir naquele restaurante especial. Comemorar o aniversário com todas as pessoas importantes da nossa vida. Viajar para qualquer lugar sem medo da experiência. Há pessoas que dizem que nada vai voltar a ser igual como antes, mas que bom que podemos sempre recomeçar. O importante agora é realizar o que podemos e esperar por uma nova contagem de dias.
Este texto faz parte do Projeto Experimental em Jornalismo, do curso de Jornalismo da Universidade Franciscana, realizado pela acadêmica Lavignea Witt durante o primeiro semestre de 2021, com orientação da professora Neli Mombelli.
Lembro de quando ganhei o meu primeiro computador. Foi em 2010, eu tinha 12 anos. Não entendia muita coisa na época, mas precisava dele para fazer meus trabalhos da escola. Com o tempo, eu fui aprendendo sobre as outras funcionalidades e, depois de alguns meses, já entendia melhor os recursos da internet. O que eu mais gostava era jogar online, mas, com a influência dos meus amigos, logo entrei para o mundo das redes sociais. Comecei no Orkut e logo fui para o Facebook. Naquele tempo, a maioria das pessoas usava as redes sociais para conversas em grupo, jogos e publicação de fotos. Conforme as transformações na sociedade, tudo foi se modificando no mundo virtual. Logo começou a criação de conteúdo e a era da influência digital chegou com tudo. Hoje são poucas as pessoas que não fazem parte desse universo, seja para uso pessoal ou profissional.
Voltamos ao início de 2020. Antes da pandemia, o fluxo nas redes sociais era intenso, agora é gritante. Encontramos uma válvula de escape nessa estrutura social composta de pessoas que se relacionam de diversas maneiras e compartilham conteúdos com valores comuns. Como estamos em meio a uma pandemia e as relações físicas estão temporariamente restringidas, buscamos conforto ao enviar e receber mensagens instantâneas através desse recurso. E, além das mensagens, vemos e compartilhamos conteúdos das mais diversas categorias. Mas como diz aquele velho ditado de vó, nem tudo são flores.
Nesta altura, todo mundo já deve ter se sentido esgotado ou pressionado demais em algum momento desde que a pandemia começou. Não tem como se sentir a pessoa mais positiva do mundo dentro de uma rotina desgastante e com uma enxurrada de informações todos os dias. Mas a vida nas redes sociais é outra. É como se você entrasse em um mundo paralelo onde há vidas perfeitas, rotinas muito bem planejadas e pessoas sempre bem apresentadas. Há sim pessoas que compartilham suas vidas de maneira real, mas nem todo mundo quer aparecer mostrando os contratempos, não é mesmo? E o problema não está totalmente no conteúdo postado, mas em como as pessoas levam para si. Por isso insistimos em nos comparar a algo inexistente: uma vida perfeita.
No início da pandemia todo mundo parecia ser produtivo. Alguns faziam exercícios físicos em casa, outros estavam aprimorando seu inglês e a maioria parecia estar com a vida profissional sob controle. E ver esse tipo de conteúdo circulando nas redes sociais tem nos tornado cada vez mais imediatistas. A autocobrança desnecessária se tornou algo normal. Também queremos ser felizes, produtivos e saudáveis o tempo todo. E existe um porém, isso não é possível.
Uma vez eu li em um livro de autoajuda que nunca teremos uma vida sem contrariedades, elas sempre existirão de alguma forma e a chave da nossa felicidade é conseguir solucionar cada uma delas. Ou seja, segundo o autor, uma pessoa é feliz — em certos momentos porque a felicidade é um estado de espírito e não uma condição — se resolver suas questões e continuar vivendo aquilo que é possível para ela. Sem comparação, sem pressão. Agora imagine uma outra vida se todos buscassem por esse ideal.
Mas, a realidade é que estamos vivendo uma epidemia virtual dentro de uma pandemia. Resultado da busca de querer amarrar a vida em um estado perfeito criado através da internet. Nossa vacina teria que ser a liberdade. Liberdade dos status publicados nas redes sociais e da pressão imposta por si mesmo. Há sempre tempo de viver conquistas e objetivos, o segredo é respeitar seu próprio percurso. Era isso que eu queria que meu eu de 2010 pudesse ter ouvido antes de entrar nesse mundo virtual.
Este texto faz parte do Projeto Experimental em Jornalismo, do curso de Jornalismo da Universidade Franciscana, realizado pela acadêmica Lavignea Witt durante o primeiro semestre de 2021, com orientação da professora Neli Mombelli.
No geral, me considero sortuda por algumas coisas. E uma delas é por lembrar da minha infância. Como é bom reviver alguns momentos na minha memória, em especial os tempos de escola. Lembro de muitas ocasiões. Dos dias de aula, das brincadeiras, das tarefas em casa. Como era bom poder ir para escola e viver toda a experiência do aprendizado com meus colegas e professores. Infelizmente, essa não é a realidade de milhares de alunos desde março de 2020. Com o surgimento da pandemia, as aulas presenciais foram suspensas e gestores e educadores do mundo inteiro buscam os melhores caminhos para tentar manter a troca de conhecimento e as relações sociais entre todos. A maioria dos alunos participa das aulas através de videochamadas. Outros recebem as atividades impressas em casa ou buscam na escola. E muitos não conseguem usufruir de nenhuma das opções. O que era básico, agora é privilégio.
Apesar de lembrar da minha infância de modo feliz, não tenho somente lembranças boas do meu tempo de escola. Lembro também das minhas dificuldades. Matemática era algo terrível para mim. Aquela mistura de números e letras me assusta até hoje. Além das aulas presenciais, tentava sanar todas minhas dúvidas em casa, com a ajuda dos meus pais ou de professores particulares. Hoje, um estudante do ensino fundamental, que tem dificuldade em alguma matéria, soube que precisa de muita dedicação e organização para aprender através do universo digital. E se não possui acesso à internet, o trabalho é dobrado. Os professores precisam adaptar novas formas de ensinar e novas formas de fazer o conteúdo chegar até esses alunos. Uma crise que ‘forçou’ milhares de estudantes e professores a se abrirem para o novo.
E essa batalha não é somente de dois lados. Os pais, que dispõe do privilégio de trabalhar em home office, vivem essa rotina junto com eles. Mas nem tudo é vantajoso. Trabalhar, cuidar da casa e ajudar os filhos. Parece algo simples, mas demanda muito esforço. A suspensão das aulas presenciais devido ao isolamento criou novos hábitos e comportamentos dentro das relações familiares. A sobrecarga de atividades e as preocupações do dia a dia tem contribuído para angústias e aflições. Parece que estacionamos em março de 2020.
Olhando para esse panorama de dificuldades, podemos assegurar que muitos efeitos desse momento permanecerão. E não me refiro apenas às estruturas ou processos de aprendizagem, mas sim à valorização. Ir à escola era rotina, e agora, assim como quase tudo, terá um novo sentido. Quando o ensino voltar a ser presencial, o hábito irá dar lugar a ressignificação. A forma de aprender não será mais a mesma, assim como a relação entre todos que se envolvem com o ambiente escolar. É certo afirmar que a pandemia também proporcionou e proporciona momentos de reflexão.
Em seu livro, “O Mundo Assombrado pelos Demônios”, Carl Sagan afirmou: “Num mundo em transição, tanto os estudantes como os professores precisam ensinar a si mesmos uma habilidade essencial — precisam aprender a aprender.” A chave está aí. Não sabemos o que nos espera pela frente. O importante será aproveitar os ensinamentos que esse momento tem imposto para saber lidar com os imprevistos da melhor maneira. E que esses alunos tenham a mesma sorte de lembrar dos seus tempos bons de escola assim como eu.
Este texto faz parte do Projeto Experimental em Jornalismo, do curso de Jornalismo da Universidade Franciscana, realizado pela acadêmica Lavignea Witt durante o primeiro semestre de 2021, com orientação da professora Neli Mombelli.
A palavra distanciamento sempre foi só mais um substantivo masculino presente no vocabulário dos brasileiros. Aí 2020 chegou, a pandemia do novo coronavírus se instalou no mundo, e o que parecia ser uma palavra inofensiva passou a ser uma expressão utilizada em todas as mídias sociais e em conversas aleatórias sobre o cotidiano. Mais do que isso, tornou-se parte de nossas vidas, nos impactando profundamente. Ter lugares delimitados no chão em lojas, farmácias, supermercados e em tantos outros lugares virou algo comum. Todo mundo sabe: são necessários de 1,5 a 2 metros. Pensando assim, até parece pouco. Apenas 2 metros. Contudo, esses 200 centímetros foram capazes de mudar a vida de todas as pessoas ao redor do mundo.
Ninguém poderia imaginar que atividades, consideradas normais no dia a dia, precisariam de tantas regras para acontecerem. Foi como se a pandemia tivesse jogado um balde de água fria em todas as relações. Os encontros com pessoas precisaram ser adaptados para o mundo virtual. Aquela festa de aniversário agora acontece por videochamada. A conversa entre os amigos, também. As aulas, que antes enchiam uma sala qualquer com vozes e expressões, agora dependem quase que totalmente da tecnologia para ocorrer. E mais do que mudar a forma como nos encontramos com as pessoas, a pandemia gerou reflexões sobre como a vida era antes e como ficou depois da prática do distanciamento social.
Em outro tempo, era normal subestimar a interação física com as pessoas. Quem nunca escapou de um convite para encontrar amigos? A conexão com os outros se reduzia a um aperto de mão e ao contato visual. Havia a necessidade de delimitar cada expressão física ao socialmente aceito. Na atual circunstância, o contato físico nunca foi tão importante para o bem-estar. E é difícil abrir mão, de uma hora para a outra, de todas as atividades que envolviam estar fora de casa e conviver com outras pessoas. A verdade é que estamos todos vivendo um luto, em relação a tudo que deixamos para trás. Uma vez, ouvi de uma profissional da psicologia que luto não refere-se só a perda de um ente querido. O luto também é tudo aquilo que, por consequência de uma situação, precisamos mudar ou deixar de fazer. E, na atual conjuntura, quase tudo mudou.
A rotina, a convivência com pessoas de fora, a maneira de estudar e trabalhar, as relações entre amigos e até uma ida ao supermercado. Muita coisa precisou ser adaptada, mas tudo precisou ser ressignificado. Um simples abraço não é mais um simples abraço. Ir ali com os amigos faz muita falta. Ter conversas produtivas com colegas e professores na faculdade nunca foi tão significativo. Ou seja, é necessário transmitir emoções que vão além do que se comunicar apenas verbalmente. E quando a pandemia acalmar, as relações sociais voltarão a ser presenciais com algumas marcas e novos sentidos deixados pelo distanciamento. Mas que essas ressignificações permaneçam como uma forma de aprendizado pelo tempo difícil que passou.
Este texto faz parte do Projeto Experimental em Jornalismo, do curso de Jornalismo da Universidade Franciscana, realizado pela acadêmica Lavignea Witt durante o primeiro semestre de 2021, com orientação da professora Neli Mombelli.
Quando surgiu, em meados dos anos 90, a internet revolucionou a forma de comunicação entre as pessoas. Com o aprimoramento dessa ferramenta tecnológica de informação e para facilitar ainda mais a conexão entre usuários, em 1995 surgiram as redes sociais. Já nos anos 2000, as redes sociais começaram a ser conhecidas como “sites de relacionamento”, onde visavam a conexão entre pessoas que tinham interesse em se relacionar virtualmente. Hoje, as redes sociais servem para manter uma estrutura relacional seja a partir de pessoas, empresas ou qualquer tipo de serviço. Assim, as redes tem a função de ser uma ligação social e de conexão entre pessoas.
As redes sociais estão cada vez mais presentes em todo o mundo, e no Brasil isso não é diferente. Cerca de 66% — 140 milhões de pessoas — da população brasileira pertence à esse mundo virtual. Entre as mais utilizadas estão Instagram, Facebook, Youtube e Twitter. O Relatório Digital In 2019, feito pela We Are Social em parceria com a Hootsuite, aponta que a rede social com mais usuários ativos no país é o Facebook, com cerca de 2,271 milhões de pessoas.
Vida real X Vida virtual
As redes sociais já viraram “acessórios” das pessoas, visto que hoje servem para muitas coisas além de conectar uns aos outros. O principal uso é como de fonte de informação, não apenas a partir de meios de comunicação, mas também via perfis de pessoas famosas. Uma rede social é como um amplo espaço que reúne pessoas com ideias, gostos e opiniões diferentes e, com isso, há a ação de ser “influenciado digitalmente”. Vive-se em um momento em que conceitos como “vida real” e “vida virtual” se misturam quase que por completo.
Segundo a psicóloga Carla Storck, o perigo se encontra em conteúdos que não passam por algum filtro próprio do que é certo ou errado. “O que antes uma pessoa pensava, fazia ou acreditava ser certo, pode ser escanteado sem pensar duas vezes, tomando aquilo que aquela pessoa importante – como um influenciador digital – disse como verdade. Se um conteúdo vai trazer benefícios ou malefícios para alguém, vai depender do que é passado e como é passado por quem produz, e também como a pessoa que recebe esses conteúdos vai lidar com o que leu/ouviu”, ressalta Carla.
Se de um lado o uso das redes sociais é importante para estreitar relações, por outro é responsável pela criação de diversas síndromes. Segundo dados disponibilizados pelo site TechTudo, 41% dos jovens brasileiros sentem sintomas como tristeza, ansiedade ou depressão ao usarem as redes sociais. Os números são do Indicador de Confiança Digital (ICD) (2019), levantamento contínuo feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) que avalia as perspectivas dos brasileiros em relação à tecnologia.
A estudante de Radiologia da UFN, Marianne Menezes, 18 anos, que utiliza as redes sociais desde os 10 anos de idade, conta que é bem seletiva quanto a conteúdos publicados na internet. “Procuro me deixar influenciar por aquilo que acho que irá acrescentar. Acredito que, se não for visto com cautela, o conteúdo pode ser prejudicial àqueles que se deixam influenciar em qualquer âmbito. Por vezes se vê influencers ditando padrões e “apoiando” uma vida não real. Deve ser visto com cuidado aquilo que vale ou não a pena se “deixar influenciar””, relata.
O contraponto da comunidade virtual
Mas nem tudo são más notícias. Há possibilidade de criar e compartilhar informação, expor opiniões, criar movimentos sociais, de forma que não ofenda as individualidades e subjetividade de cada um. A psicóloga Ana Luiza Toniazzo comenta sobre a internet estar abrindo muitas portas para o acesso a novas fontes de informações, o que pode ter facilitado a muitas pessoas se aproximarem de certos conteúdos de seu interesse. “Nem sempre todos têm recursos financeiros para pagar por certas informações. Nesse sentido tem-se, por exemplo, pessoas que produzem e divulgam tutoriais ou cursos, conteúdos educativos, conteúdos relacionados à saúde e bem-estar, dentre outras informações que circulam nesse meio e que podem ajudar muitas pessoas que não têm acesso a isso de outras formas”, explica a psicóloga.
Há influenciadores digitais que divulgam conteúdos sobre ideias e gostos que não são como uma verdade única. É a disseminação de opiniões, priorizando a liberdade que o público tem e quebrando padrões já impostos nas redes sociais. É o caso da digital influencer Tayla Francine, 19 anos. Tayla conta que começou no ramo em 2016, quando ainda fazia vídeos para o Youtube. Em 2018 ela migrou para o Instagram, e hoje oferece dicas sobre maquiagens, cabelo, moda, voltadas mais para o público feminino. Segundo ela, a prioridade é trazer dicas com bom custo benefício, para que todos os seus seguidores possam usar ou fazer. Para ela, o maior incentivo é trazer conteúdos que possam ajudar as pessoas que possuem interesse nesses assuntos, colaborando no crescimento do bem estar físico e mental dos seus seguidores.
A responsabilidade para avaliar o quanto se conhece sobre determinado assunto, para repassar a outras pessoas que acompanham o conteúdo, é um ponto importante citado pela Ana Luiza Toniazzo. Segundo ela, muitas pessoas não possuem propriedade suficiente para falar sobre determinados assuntos, divulgando muitas vezes informações errôneas. “O trabalho dos influenciadores digitais é bom até o ponto em que leva informações genuínas e de forma responsável a quem os acompanha”, esclarece a psicóloga.
Dicas para fazer bom uso das redes sociais
É inegável o crescimento das redes sociais no âmbito digital. Podem ser usadas de forma benéfica, para facilitar a comunicação entre usuários, assim como seu uso excessivo pode desencadear síndromes como ansiedade e depressão. Com isso, a psicóloga Luciana Ruffo, do Núcleo em Pesquisa em Psicologia e Informática da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (NPPI-PUC/SP), criou recomendações para o bom uso das redes sociais:
Monitore seu uso de rede sociais
Observe quando e com que frequência você acessa as redes sociais; entenda quanto elas tomam do seu tempo e como afetam sua vida pessoal.
Preste atenção nos alertas dos amigos
Ouça quando pessoas ao seu redor – sejam amigos ou familiares – te dizem que você dedica mais tempo às interações digitais que às interações reais.
Observe suas mudanças de humor
Note o seu estado emocional antes, durante e depois de usar suas redes sociais; elas geram bem-estar ou são gatilhos para angústia e ansiedade?
Lembre-se: nas redes, a realidade é editada
Entenda que todas as postagens são recortes – geralmente positivos – das vidas das pessoas e que, por isso, não faz sentido fazer comparações.
Evite se expor e se poupe de discussões
Atente sobre o quanto você expõe a sua vida online; se você não quer ouvir opiniões ou comentários, evite postagens que deem margem a isso.
Texto produzido na disciplina de Jornalismo III, no 2º semestre de 2019 e supervisionado pela professora Glaíse Palma.
O Grupo de Teatro Todos ao Palco, nascido de um Projeto de Extensão da Universidade Franciscana e formado por um elenco de egressos, alunos e membros da comunidade, fez a sua primeira apresentação idealizada para as festividades natalinas, no último domingo, 8. A intervenção cênica ocorreu no Mercado da Vila Belga, às 18h, com entrada gratuita, e reuniu diversos espectadores.
Segundo o coordenador do projeto, Bebeto Badke, a apresentação fala sobre o direito de todos poderem comemorar o natal, como as pessoas em situação de rua, por exemplo. “É o momento da união, das pessoas se reencontrarem. A ideia é exatamente essa, por isso é uma intervenção curta. Esse espetáculo tem muito a ver com a realidade não só da nossa cidade, como a do Brasil atualmente. As pessoas que moram na rua também tem o direito de ter o seu natal comemorado”, destaca o coordenador.
O espetáculo está previsto para ser apresentado em lugares afastados do centro da cidade como centros comunitários, igrejas e associações de moradores, além dos pátios da UFN. As próximas apresentações serão no dia 11 na Casa de Saúde pela manhã e no dia 13 será no pátio do Conjunto III da UFN, às 20h. Ainda esse mês no dia 20 também terá apresentação, na Rua 24 horas, e no dia 22 na Paróquia Santo Antônio no Patronato, às 19h30. Para 2020, o espetáculo a ser montado é Menina, Feminina e Cientista, que teve o projeto aprovado na Lei de Incentivo à Cultura de Santa Maria.
Confira abaixo, as fotos da intervenção cênica:
A tradicional Caminhada e Corrida Beneficente Vai Totó acontece mais uma vez em Santa Maria no domingo, no dia 8 de dezembro, das 9h às 17h, no Parque da Medianeira. O evento beneficente e voluntário arrecada ração para o Projeto 4 Patas e promove a adoção de cães além da qualidade de vida animal e bem-estar humano. As inscrições podem ser feitas através da compra da camiseta do evento nas lojas da Cia dos Bichos no valor de R$29,90 ou pelo site da Vai Totó.
Segundo seu fundador, a ideia é de que muitas pessoas possam participar para doar ração e participar de diversas atividades como corrida com cachorro para crianças, desfile pet, show de adestramento, sorteios e a cãominhada. A Vai Totó acontece desde 2016 e já foram doadas mais de 7 mil kg de ração, centenas de pares de tênis para crianças carentes e dezenas de cães foram adotados.
Mais informações, com o fundador do evento Maurício Pinzkoski pelo telefone (51) 99941.1144.
A Associação dos Artistas Plásticos de SantaMaria (AAPSM) convida a todos para visitarem sua “Mostra Anual 2019” que será apresentada na Sala Jeanine Vieiro, no Museu de Arte de Santa Maria (Masm). A abertura será na próxima quinta-feira, 5, às 19h e contará com a apresentação do projeto Orquestrando Arte e participação especial da artista Camila Vermelho, conhecida como Irina Chernobyl.
A mostra reúne obras de 20 artistas e exibe pinturas, esculturas, instalações, fotografias, artes vestíveis e objetos artísticos em diferentes materiais e suportes. O objetivo é apresentar uma produção artística significativa, enfatizando a diversidade de linguagens e temáticas e construir diálogos entre a arte, o público e o artista.
A mostra pode ser visitada de segunda à sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h às 16h, até o dia 31 de dezembro. Nos dias 24 e 31 de dezembro, o horário de visitação será das 9h às 13h. A curadoria da exposição é de Susane Kochhann e a montagem está sob a responsabilidade de Max Stopp, Maíra Callegaro Velho e Pedro Henrique de Carvalho. A mostra tem entrada gratuita e livre para todas as faixas etárias.
Os artistas cujas obras estarão expostas são Angelina Moraes, Carlos Rangel, Carmem Denardin, Carmen Irion, Carmen Portugal, Elena Dalla Favera, Fabiane Aires, Liane Marques, Márcia Binato, Márcia Vendrúsculo, Marilene Nunes, Marília Chartune, Neiva Comarú, Patrícia Felden, Susane Kochhann, Teruko Mezzomo, Umilda Fernades, Vanuza Coelho, Yann Ziegler e Zuleica Moutinho
Na semana próxima, entre os dias 02 e 13 de dezembro, acontece a I Mostra de Jornalismo da Universidade Franciscana. A mostra tem como objetivo exibir todos os trabalhos que foram produzidos no curso durante o semestre. Também entre os dias 02 e 03 acontece a XXII Jornada Científica de Jornalismo, no hall do Prédio 15 no Conjunto III da instituição. A jornada, que ocorre das 18h20 às 22h, reúne a apresentação dos projetos de TFG I desenvolvidos pelos alunos do 7º semestre. Já nos dias 04, 05 e 06, ocorrem as apresentações do TFG II, nas salas 601 e 602 do prédio 14, das 17h30 às 22h, onde os acadêmicos apresentarão seus trabalhos finais de graduação. As defesas são abertas ao público e valem presença aos acadêmicos dos outros semestres.
A ordem das apresentações, podem ser conferidas no site do Laboratório de Pesquisa em Comunicação (LAPEC).
Ainda entre 04 e 12 de dezembro, no 6º andar do Prédio 14, Conjunto III da UFN, acontece a mostra dos banners que reunirá a produção deste semestre, relativa às disciplinas, laboratórios e pesquisa do curso. E no dia 13 vai ocorrer a 7ª edição do MIPA (Mostra Integrada de Produções Audiovisuais), que ocorrerá no salão de atos do Conjunto III.