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Rubens Miola Filho

Rubens Miola Filho

Professora Ail Meirelez Ortiz apresentando o cronograma de espaços culturais de Santa Maria.

Foto: Helen Andrade

Na tarde de terça-feira (20) a Universidade Franciscana (UFN) sediou pela primeira vez a Mostra de Extensão com a Comunidade. O evento teve como objetivo apresentar projetos realizados pelos acadêmicos da instituição em prol da comunidade. O encontro contou com oito ateliês de diversos temas, nos quais as pessoas presentes puderam se aprofundar ainda mais nos temas propostos.

Um desses ateliês foi o Circuito Lúdico para todas as idades: Santa Maria e o bairro do Nossa Senhora do Rosário, que propôs diversas atividades de forma lúdica com foco no Bairro do Rosário. A escolha deste bairro se deu pois um dos projetos dos cursos de licenciatura é a definição do bairro como um território educativo e esse foi o recorte selecionado para as ações extensionistas.

Educação através do lúdico

Além de trazer o resgate do bairro Nossa Senhora do Rosário como um espaço educativo da cidade, o ateliê também buscou trazer conceitos sobre a educação de uma forma mais atrativa e descontraída para as pessoas. Para a professora e coordenadora do projeto Ail Meirelez Ortiz, o conhecimento dos espaços com que convivemos cotidianamente na cidade é importante para construirmos uma consciência de pertencimento ao espaço vivido: “Esse sentido de pertencimento só é possível a partir do momento em que as pessoas conhecerem a memória e qual as marcas indentitárias que aquele local tem para as pessoas. Então, a partir disso, as pessoas vão se apegar e vão passar a valorizar e transformar aquele local”

Crianças conhecem espaços culturais da cidade através da educação lúdica

Foto: Helen Andrade

Futuro das ações

As ações do circuito lúdico, de acordo com a professora Ail, possuem um poder transformador que se estende do curto ao longo prazo. Quando as crianças têm acesso a esses recursos desde cedo, desenvolvem um senso de pertencimento a esses locais que, quando adultas, lhes permite reavaliar e valorizar esses espaços, contribuindo para seu aprimoramento. Para Simone Xavier, estudante do sétimo semestre do curso de Pedagogia EAD, a importância desses projetos é levar o conhecimento das salas de aula para a comunidade: “esse tipo de ação contribui muito para minha formação, pois não é somente no estágio que estaremos em contato com a comunidade e com as crianças”.

Alunos da escola Nossa Senhora da Conceição junto a diretora Valéria Haag e os acadêmicos de jornalismo responsáveis pelo projeto.
Foto: arquivo Nossa Senhora da Conceição

Universidade Franciscana promove a 1ª Mostra de Extensão com a Comunidade na terça-feira, 20 de junho. O evento tem como público-alvo universitários, estudantes de escolas, representantes de secretarias municipais e todos aqueles que estão envolvidos com projetos de extensão nas comunidades locais.

Um desses projetos é o dos acadêmicos de Jornalismo, que colaboraram com os alunos do quinto ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Nossa Senhora da Conceição, situada no bairro Caturrita, para desenvolver o Jornal Conceição. Esse jornal engloba temas relevantes da comunidade e da própria escola, apresentando matérias elaboradas pelos próprios alunos. Esse projeto de extensão foi desenvolvido dentro das disciplinas de Projeto de Extensão em Comunicação Comunitária I e II, que faz parte do currículo do curso de Jornalismo.

A concepção do projeto nasceu da identificação de desafios relacionados à escrita e leitura entre os alunos da Escola Conceição. A partir dessa percepção, foram organizadas oficinas embasadas em técnicas jornalísticas, abordando os fundamentos de uma notícia e o processo de realização de entrevistas. Além disso, foram desenvolvidas atividades específicas com o intuito de aprimorar as habilidades de escrita e leitura dos alunos, ao longo de um período de 15 semanas. Segundo a professora e orientadora do projeto, Sione Gomes, o jornalismo e a comunicação podem contribuir para gerar impactos significativos na sociedade. “Não é possível formar um profissional para trabalhar em comunicação, sem ter uma percepção clara da sociedade onde a gente vive”, explica.

“Ao sentir orgulho do processo de “fazer um jornal”, automaticamente as crianças levam adiante a importância de interagir e agir” relata Valéria Haag, diretora da escola.
Foto: Vitória Gonçalves

O projeto contou com os alunos Caroline Freitas, Heloisa Helena Canabarro, Luiz Paulo Favarin e Vitória Gonçalves, que puderam colocar em prática os conhecimentos que aprenderam durante o curso e aprimorarem novas técnicas jornalísticas. Para Caroline, o projeto foi uma experiência muito rica para sua formação jornalística e ampliou os seus conhecimentos sobre iniciativas sociais. “Poder compartilhar nossos conhecimentos com quem não tem acesso a isso, é muito gratificante”, relata. Ela acrescenta que projetos como esse desempenham um papel fundamental na transformação de vidas dentro das comunidades em que são implementados: “Esse tipo de ação proporciona um conhecimento amplo da realidade das comunidades e pode ser um gerador de desenvolvimento de políticas públicas.”.

O trabalho prestado pelos acadêmicos de Jornalismo trouxe um papel transformador para os alunos da Nossa Senhora da Conceição. Segundo a diretora, Valéria Haag, as crianças, de modo geral, demonstraram uma evolução durante o período em que o projeto estava sendo realizado. “Eles demostraram uma maior autoestima por estarem participando de um projeto, maior preocupação com as questões da escola e comunidade. Melhoraram na leitura e desinibição, orgulho e engajamento na produção do Jornal escolar, entre tantos aspectos positivos”. Ela ainda relata que esse tipo de iniciativa é muito importante para “comunidades tão esquecidas” e que o projeto leva referências importantes para a sociedade. “São projetos como estes que realmente contribuem para com a educação. Ficaram na história e no coração de nossa escola e comunidade”, conclui.

Participação no SIC fortalece preparação dos alunos para o TFG e enriquece sua experiência acadêmica.
Foto: Nelson Bofill

Nos dias 13 e 14, a Universidade Franciscana sediou o Salão de Iniciação Científica – SIC, um evento que teve como propósito promover a divulgação, integração e avaliação das pesquisas científicas, tecnológicas e de extensão realizadas na instituição.

Durante o evento, foram apresentadas diversas pesquisas, sendo uma delas o trabalho da aluna do quinto semestre de Publicidade e Propaganda, Géssica de Moraes, que trouxe um estudo intitulado “Inteligência artificial no ensino: uma revisão bibliográfica sobre as aplicações e perspectivas na educação”. A pesquisa aborda o uso da inteligência artificial, desde as séries iniciais até o doutorado, como uma abordagem personalizada para o ensino de diversas áreas, visando o desenvolvimento das habilidades individuais de cada aluno. “Nós pesquisamos muito e debatemos bastante. Pensamos em como iríamos abordar o assunto já que a inteligência artificial é um tema intimidante para muitas pessoas. Porém, é muito importante apresentar o que tem vindo de retorno, principalmente nessa área da educação” relata a estudante.

“Já temos um pré-projeto dentro do campo da inteligência artificial. Quanto mais estudarmos sobre o tema mais saberemos sobre ele.”, relata Géssica
Foto: Nelson Bofill

Nos últimos meses a inteligência artificial tem ganhado cada vez mais espaço dentro dos debates, principalmente até que ponto deveríamos fazer o uso da mesma. O Chat GPT talvez seja o maior exemplo disso. A ferramenta é um sistema de conversação baseado em inteligência artificial que utiliza modelos de linguagem avançados para interagir com usuários e fornecer respostas e informações relevantes em diversos contextos. Nesse sentido, há um intenso debate sobre a substituição do trabalho humano, por exemplo, em relação ao seu uso nas redações jornalísticas, levantando a possibilidade de substituir o papel do jornalista e deixá-lo apenas na produção de conteúdo. Géssica acredita que isso é um mito e não há motivos para as pessoas se preocuparem: ”A inteligência artificial não vai dominar o mundo, pois elas precisam de alguém com sentimentos e emoções para realizar os comandos. Então, a forma não é o que você pergunta, mas sim, como pergunta. Desse modo, não tem chance disso acontecer, porque elas apenas replicam aquilo que a gente ensina para elas”.

Para Taís, o momento dos alunos apresentarem seus trabalhos é uma forma de compartilhar saberes.
Foto: Luiza Silveira

Para Taís Ghisleni, professora responsável pelo Laboratório de Pesquisa em Comunicação do curso de Publicidade e Propaganda(Lapec), um dos pontos principais do evento é socializar esses pensamentos, para ajudar outros alunos a também conhecer essas pesquisas, não partindo do mesmo ponto, mas sim em um avanço do mesmo. “ Estamos pesquisando sobre inteligência artificial, aliado com a publicidade e também a educação. Essas pesquisas, vão ajudar outros professores a usarem esses aplicativos e ferramentas para deixar suas aulas mais interessantes”. conclui.

Nos últimos anos, o crescimento explosivo da internet trouxe consigo uma transformação significativa na indústria do entretenimento adulto. Cada vez mais pessoas estão se aventurando como produtores de conteúdo +18, utilizando plataformas online para compartilhar suas criações com o público. Em fevereiro último a cantora Mirella afirmou, no podcast Creators, que já faturou R$ 2 milhões em menos de um ano na plataforma Privacy. Essa tendência só vem aumentando no Brasil e muitas pessoas estão usando este método para fazer um dinheiro extra no final do mês. Mas como é o dia a dia dos criadores de conteúdo adulto em Santa Maria?

Ana Rodrigues(@aninhapattyro), de 35 anos, estudante de Educação Física e criadora de conteúdo desde 2021 afirma: “sempre gostei de trabalhar a sensualidade por meio da fotografia. Creio que nosso corpo é arte e quando surgiu a chance de lucrar com isso, pensei: ‘por que não?”‘. Atualmente, Ana trabalha na plataforma Privacy, que, segundo ela, oferece uma forma simples e segura de se tornar um criador de conteúdo. Ela afirma que para abrir uma conta na plataforma, você recebe privacidade e proteção, além de contar com o auxílio da empresa para o recebimento dos pagamentos. A distribuição dos lucros é feita de forma em que o criador receba 80% da receita final, enquanto a plataforma retém 20% “Comecei anunciando no Instagram e rapidamente consegui muitos seguidores. Um retorno financeiro significativo”, relata. 

“Mãe de uma filha maravilhosa e dois Pets . Crio minha filha sozinha e com muito amor! Ela é minha melhor amiga e apoiadora dos meus sonhos.” , relata Ana.
Foto: Fabricio Lima

Plataformas de conteúdo

A prática de vendas de fotos adultas teve um aumento significativo durante a pandemia de COVID – 19, onde as pessoas buscaram novas maneiras de ganhar dinheiro online. No entanto, o OnlyFans, site mais famoso de venda desse conteúdo, começou em 2016 na cidade de Londres, Reino Unido. A ideia do site é permitir aos criadores de conteúdo cobrar uma assinatura mensal para poder acompanhá-los. Após pagar a taxa de assinatura, o usuário tem acesso ao conteúdo exclusivo do criador.
No Brasil a plataforma Privacy é a que mais se destaca, tendo cerca de 1 milhão de assinantes e mais de 40 mil criadores. Fundada em 2020 na cidade de São Paulo, a empresa tem presença em vários países da América Latina e desempenha um papel importante na representatividade social e no bem-estar dos criadores de conteúdo.

Para o porto-alegrense e morador de Santa Maria há 10 anos, João Narcizo (@joaonarcizoo), tudo surgiu a partir de uma brincadeira no Instagram “Fiz um link no story, onde as pessoas clicavam, caindo em um meme da Mônica, do Maurício de Sousa, dizendo: “vai orar, imunda”. Quando parei para verificar quantas pessoas haviam clicado, fiquei perplexo. Isso me motivou a começar”. Além de produtor de conteúdo, João também é barbeiro, ator e influenciador digital. Ele afirma que o conteúdo adulto serve como uma renda extra e que os valores são significativos: “enquanto trabalho durante o dia todo, a plataforma vai trabalhando por mim, os lucros são dobrados […] vem um extra generoso, e tem assinantes frequentes que enviam presente e, quando menos se espera, vem bônus” 

Recepção da família

Ao entrar em um mercado como este é normal que surja a curiosidade da família, e, em alguns casos, o preconceito enraizado. No entanto, João afirma que foi recebido de braços abertos e com muito bom humor: “o pessoal levou super na boa. Atualmente brincam bastante sobre o assunto. Nos dias de hoje as pessoas enviam fotos, a diferença é que tem gente que ganha dinheiro com isso.”

Para Ana, a recepção da família também não foi um impedimento: “minha família não é muito grande e isto faz com que sejamos uma rede de proteção uns com os outros. É um ofício como qualquer outro.”

São 10 anos na cidade trabalhando as redes sociais e fazendo diversos jobs, crescendo de forma orgânica. Foi tudo uma escalada, nada foi da noite para o dia”, afirma João.
Foto: Victor Mostajo

Tabu e desafios

Dentro do mercado de conteúdo adulto, assim como em qualquer outra profissão, também existem desafios. Uma das principais preocupações dos criadores de conteúdo é o vazamento de material e o preconceito generalizado da sociedade, que enxerga a criação de conteúdo adulto como uma forma indigna e fácil de ganhar dinheiro. Para João, uma das principais denúncias é a confusão e assédio por parte de alguns clientes em suas redes sociais: “o desafio é orientar as pessoas que confundem as coisas, na plataforma é um personagem, o Gingerfox, não o João Narcizo. Na plataforma existe um chat onde se pode falar com o personagem, tem pessoas que não sabem diferenciar e chegam enviando fotos  ou “propostas” no direct do Instagram, aí convido estas pessoas a se retirarem.” Para Ana, uma das formas de acabar com esse preconceito é tratar a criação de conteúdo com normalidade: “Algumas pessoas ficam enviando suas fotos gratuitamente, a única diferença é que as mais espertas veem uma oportunidade de negócio, basta ver desta forma.”

Marketing pessoal

Um dos pontos principais nessa área é o marketing pessoal e divulgação do trabalho, é o que diferencia o sucesso desses criadores de conteúdo. Ana relata que, após dois anos de trabalho contínuo, o marketing flui naturalmente no Instagram e grupos do Telegram, sendo que os clientes vão indicando uns aos outros o perfil. João relata que, primeiramente, estudou o público que queria atingir e, depois. como realizar o lançamento: “hoje em dia conto com um fotógrafo e um social mídia que cuidam das minhas artes de lançamento de campanhas. A plataforma é alimentada com conteúdo novo no mínimo duas vezes por semana. (fotos, vídeos e bônus inbox para assinantes)”. 

Expectativas para o futuro

À medida que se avança em direção ao futuro, é muito importante ter um plano de carreira bem estabelecido, principalmente não estando em uma área convencional e sujeita a mudanças repentinas no mercado. Ana afirma que sempre foi sonhadora e tem expectativas: “após formada em Educação Física, com certeza irei atuar na área, ajudar a mudar a vida de muita gente. E sim, continuar com o conteúdo, pois é uma ótima renda extra”. João encara o futuro com um conselho sábio de sua mãe: “a gente pode fazer tudo, ser o que quiser se tiver força de vontade” Sobre as expectativas de futuro: “viver fazendo tudo o que amo e que nada impeça de ser várias coisas ao mesmo tempo. Sobre o conteúdo… Nunca se sabe o dia de amanhã, estou realmente vivendo o agora.” conclui. 

Os alunos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda fizeram a cobertura do Vestibular de Inverno e puderam colocar em prática as técnicas aprendidas dentro das salas de aula.

Para alguns alunos, é a primeira vez atuando no processo jornalístico. Segundo Nicolas Krawczyk, aluno do primeiro semestre do curso de Jornalismo e repórter pela Agência Central Sul de Notícias, a experiência é positiva pois é uma maneira de visualizar como é a rotina dentro de uma redação: “é uma experiência transformadora que me prepara para o mercado profissional e para o jornalista que eu quero ser um dia”. O aluno relata que esse é um dos diferenciais da Universidade Franciscana, em colocar os alunos para produção de um conteúdo prático, mesmo estando no primeiro semestre: “a instituição tem essa capacidade de trazer o jornalismo como ele realmente é. Podendo colocar os alunos dentro de coberturas jornalísticas, experimentar como é o dead-line e o todo o preparo emocional. Todos os requisitos que precisamos para nos tornar bons profissionais”.

Raphael é aluno do curso de Publicidade e Propaganda e está participando pela primeira vez da cobertura do vestibular. Imagem: Julia Buttignol

A cobertura do vestibular proporciona experiências diferentes para cada aluno. Para Julia Buttignol, estudante do quinto semestre de Publicidade e Propaganda e fotógrafa pelo Laboratório de Fotografia e Memória (Labfem) a experiência serve para aprimorar a prática de foto imprensa e foto jornalística, que dentro do curso de Publicidade não é tão trabalhada. “Por mais que seja corrido, nós vemos como funciona na prática e verificamos como é trabalhar sob pressão. Pra mim é muito bom porque consigo aplicar a teoria à prática”, relata a estudante.

Para a cobertura e edição de vídeos para as redes sociais, o Laboratório de Produção Audiovisual (LabSeis) esteve presente na cobertura. Raphael Sidrim, aluno do quarto semestre do curso de Publicidade e Propaganda, esteve presente realizando a edição de vídeos da entrada dos candidatos, fala da reitora e outros materiais para as redes e conta que essa vivência foi desafiadora, pois é a primeira vez do estudante na cobertura de um vestibular. Raphael relata que apesar da correria, o ambiente é amigável e todos estão dispostos a ajudar quando surge uma dúvida. “Eu não tinha ideia de como ia ser. Eu vim com a mente aberta. Mas estou gostando muito desta experiência”.

Para alguns, a cobertura do Vestibular não é novidade. Lucas Acosta, aluno do sétimo semestre do curso de Jornalismo e voluntário no evento pela quarta vez, a evolução é o principal ponto de mudança, segundo o estudante. “No início sentia um pouco de insegurança e nervosismo, mesmo estando com amigos e colegas do lado. Hoje, no meu quarto vestibular, esse nervosismo não existe e sinto muita tranquilidade para fazer a pergunta que quiser, para meus entrevistados.”

Raquel de Souza é uma artista de rua que encontra inspiração e trabalho nas ruas.

Foto: Arquivo Lab Seis

Quantas vezes você já parou para observar ou conversar com um ou uma artista de rua? O quinto episódio do Provoc[A]rte traz Raquel de Souza, que tem a rua como seu local de inspiração e de trabalho. Em contraposição à correria das ruas, a conversa flui pelos caminhos da calmaria e da profundidade que o fazer arte de rua carrega.

O Provoc[A]rte vai ao ar na terça-feira (09), às 19h, com reprise às 22h, na UFN TV, pelo canal 15 da NET, no sábado, às 19h, e no domingo, às 19h30min. E também pode ser visto na TV Câmara, canal aberto 18.2, na sexta-feira, às 21h, e sábado, a partir das 19h. Acompanhe a temporada Que Arte é Essa? na íntegra! Ao todo, serão 8 episódios. 

Quinta temporada do programa questiona o status de arte com a vida humana e suas subjetividades.

Foto: Arquivo Lab Seis

Que Arte é Essa? é o tema da quinta temporada do programa que busca inspiração em atividades e práticas que chamamos de arte, mas cujo status de Arte – essa com A maiúsculo, pode ser questionado. Busca refletir sobre fazeres diversos e imbricados com a vida humana e suas distintas subjetividades. O programa é produzido pelo Lab Seis, laboratório de produção audiovisual dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Universidade Franciscana (UFN) e disponibilizado no canal do YouTube da UFNT TV e do Lab Seis. A equipe é formada por Beatriz Ardenghi e Petrius Dias no roteiro e apresentação, João Pedro Ribas na direção de arte e na divulgação nas redes sociais, Raphael Sidrim na edição, Alexsandro Pedrollo na gravação, Jonathan de Souza na finalização, e coordenação e direção da professora Neli Mombelli.

Texto: Neli Mombelli

Voluntárias da Sobre Nós foram às ruas em defesa da dignidade menstrual
Foto: Arquivo Sobre Nós

Estamos em 2023, e falar sobre menstruação ainda é um assunto considerado tabu e que deixa muitas pessoas desconfortáveis ao ser comentado. Imagine o seguinte cenário: você é uma mulher, está fora de casa e de repente a menstruação desce, você não tem um tostão no bolso para comprar um absorvente, o que você faz? Talvez essa simulação eventualmente possa ter acontecido com muitas mulheres, mas e quando essa realidade é corriqueira?

Em Santa Maria, uma ONG chamada Sobre Nós tem como objetivo evitar que esse tipo de situação aconteça. O projeto tem como objetivo promover a saúde menstrual e a igualdade de gênero por meio de ações e projetos que visam garantir o acesso a produtos de higiene íntima, informação e apoio psicológico para mulheres e pessoas que menstruam e que estejam em situação de vulnerabilidade socioeconômica. O trabalho é desenvolvido em Santa Maria e em alguns outros estados do país. 

O Sobre Nós realiza suas ações mensais com base em doações e contando com a colaboração de pessoas que se interessam pela causa. Foto: Arquivo Sobre Nós

Taís Fleck, que exerce o cargo de coordenadora na filial de Santa Maria e atua na coordenação nacional, explica que “a partir do momento que a pessoa do gênero feminino não tem produtos básicos para conter o sangue menstrual, ela tem uma desigualdade em uma necessidade fisiológica básica. Então, fornecer itens básicos de higiene feminina pode contribuir para a promoção da igualdade entre os gêneros, classes e raças.” 


Atualmente, a ONG atende em três bairros de Santa Maria: Cerrito, Vila Renascença e Vila Brenner. O grupo atua na cidade de maneira consistente desde setembro de 2020. Os produtos oferecidos compõem um kit de higiene menstrual, que inclui um pacote com 16 unidades de absorventes, um rolo de papel higiênico e um sabonete.

No dia 25/03 houve distribuição de kits e uma roda de conversa sobre saúde sexual, acompanhada por uma lembrança para cada mulher. Foto: Arquivo Sobre Nós

Jocelaine Rodrigues, de 44 anos, moradora da Vila Brenner, recebeu o auxílio do grupo e hoje faz parte do projeto, ajudando na distribuição e disponibilização da sua casa para serem realizadas as entregas. Ela relata que, desde que a ONG começou a atuar no bairro, houve um aumento da dignidade das pessoas, pois há muitos residentes em situação de necessidade. “Com a ajuda do grupo, dá para perceber que as pessoas estão mais felizes e buscando se informar mais sobre o tema. Eu gosto de ajudar as meninas, porque acredito que esse projeto não pode parar, espero que ele se expanda para outras regiões da cidade, pois a necessidade de diálogo é muito importante em locais de vulnerabilidade social”, afirma ela.

No dia oito de março deste ano, foi assinado o Projeto de Lei de Dignidade Menstrual, liderado pela vereadora Marina Callegaro (PT), na Câmara de Vereadores. A lei prevê medidas para garantir o acesso gratuito a produtos de higiene menstrual em escolas, postos de saúde, abrigos e presídios municipais. Taís explica que a aprovação da lei significa que este é um problema que o estado, em tese, deveria resolver e que é uma pauta importante de ser debatida, o que torna a dignidade menstrual um fator relevante. No entanto, ainda há alguns desafios sobre a questão da lei estar sendo aplicada efetivamente: “enquanto não existir uma execução correta da lei e fornecimento de itens menstruais corretos, o Sobre Nós acaba suprindo essa demanda. Então, até possuir uma forte rede de distribuição, nós vamos nos manter nessa frente. Essa é uma perspectiva que talvez leve um tempo ainda para ser executada de maneira efetiva, mas idealizamos que, futuramente,  todas as pessoas que menstruam tenham acesso a esses itens ”

As voluntárias do Sobre Nós participaram da assinatura do Projeto de Lei de Dignidade Menstrual.
Foto: Arquivo Sobre Nós

A ONG sobre nós atua de maneira nacional em sete estados do Brasil, e a expectativa para o futuro é que essa atuação seja de maneira efetiva em todos os 26 estados. Em Santa Maria, a expectativa é aumentar ainda mais o número de regiões onde atua o projeto. Segundo Taís, até o final do ano a expectativa é de aumentar essa atuação em dois locais, a Aldeias SOS e a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC). Para que essa ação seja consolidada, a ONG depende de doações, voluntários e pessoas que se interessem em participar desta causa. Para doar para o Sobre Nós de Santa Maria basta acessar ao instagram @sobrenos_brasil, clicar no link da bio (linktr.ee/sobrenosbrasil), e doar um valor que pode ser o estabelecido para a compra de kits de higiene menstrual ou um valor personalizado. 

Alunos do 2º ano do ensino médio do Colégio Sant’Anna tiveram uma tarde diferente nesta quinta-feira (13). Eles fizeram uma visita aos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Universidade Franciscana (UFN).

Os alunos visitaram a Agência Central Sul Notícias e receberam orientações sobre as atividades e práticas desenvolvidas no curso de Jornalismo.
Foto: Júlia Buttignol

O objetivo da visita foi conhecer um pouco mais sobre as áreas para estarem aptos a escolherem os cursos que desejam fazer no futuro. Os alunos fazem parte dos itinerários formativos do Ensino Médio do Colégio Sant’Anna, e solicitaram apoio da UFN para desenvolver atividades que compõem essa agenda.

Ao longo do semestre, os estudantes estão visitando diferentes cursos da UFN e participando de práticas laboratoriais e palestras com os professores e alunos dos cursos. Ao todo, cerca de 60 alunos estão participando das atividades, divididos em grupos.

Os alunos visitaram o laboratório de televisão para conhecer os equipamentos e tecnologias utilizados na produção diária.

Foto: Júlia Buttignol

Além dos cursos de PP e Jornalismo, os alunos também estão fazendo visitas aos cursos de Direito, Psicologia, Fisioterapia, História, Engenharia Biomédica, Engenharia Química, Arquitetura, Design, Farmácia e Biomedicina.

Essa iniciativa do Colégio Sant’Anna em parceria com a UFN visa oferecer aos alunos a oportunidade de conhecerem diferentes áreas de atuação antes de decidirem qual curso desejam seguir no futuro. Com isso, eles poderão fazer escolhas mais informadas e conscientes sobre o seu futuro acadêmico e profissional.

Nos dias seis e sete de abril são celebrados os dias mundiais da atividade física e da saúde, respectivamente. As datas têm como objetivo conscientizar as pessoas sobre a importância de manter hábitos saudáveis e de praticar exercícios físicos regularmente.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca que a saúde não é apenas a ausência de doenças, mas um estado de completo bem-estar físico, mental e social. João Gabriel Gomes, professor de educação física e personal, conta que deixa claro para o aluno, desde o primeiro dia, a importância de hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, qualidade do sono e saúde mental, independente do objetivo. “Esses hábitos influenciam a qualidade de vida das pessoas e são importantes aliados para quem busca resultados com a atividade física.”, relata.

O Dia Mundial da Atividade Física, por sua vez, tem como objetivo incentivar as pessoas a praticarem exercícios físicos regularmente, independentemente da idade ou condição física. Em Santa Maria, o Serviço Social do Comércio (SESC), tem um programa que se chama Maturidade Atividade, projeto que é um serviço social destinado às pessoas com 50 anos ou mais. O programa  funciona como um grupo de convivência entre as pessoas, com momentos de planejamento, oficinas, palestras, eventos, viagens com intuito educativo, ação, atividades físicas e campanhas sociais. Segundo o  Auxiliar de Cultura e Lazer do Sesc, Maique Argenta Ribeiro, datas como o Dia Mundial da Saúde e o Dia Mundial da Atividade Física são importantes para “relembrarmos às pessoas que o cuidado com a saúde deve ser permanente, diário e no sentido de prevenção. Dar ênfase a essas datas ajuda a acender um alerta de autocuidado, principalmente para quem não se cuida muito.”

Os jogos de Câmbio são realizados todas às terças e quintas às 09h15 no SESC em Santa Maria

Foto: reprodução arquivo SESC

Para Rosemeri Paim, de 55 anos, participante do programa Maturidade Ativa, o programa é importante pois, além de ser uma forma de interação com outras pessoas, atividades como o câmbio (voleibol adaptado para pessoas idosas) promovem bem-estar e amizade, além de incentivar que todas as pessoas pratiquem exercícios, independente da idade. “Eu sempre fiz atividade física. Além do câmbio, eu faço musculação na academia do SESC. A atividade ajuda a manter minha saúde mental e física em dia”, afirma Rosemeri. Ela ainda relata que possui artrite reumatoide, no entanto, isso não a impede de competir nos campeonatos promovidos pelo SESC da categoria câmbio, onde, no ano passado, o grupo ficou em terceiro lugar. “Hoje eu sinto que posso realizar tudo que quiser, a idade só está nos números. Não existe terceira idade, existe a melhor a idade” conclui.

A 23° edição do Festival traz novidades para o público, uma delas é que o festival será em formato híbrido, tanto digital como presencial. A transmissão irá ocorrer na Box Brazil Play. “A segunda novidade, é que nesse ano o evento vai ocorrer em lugares diferentes no centro de Gramado. Visando ocupar mais espaço para produzir uma programação mais rica”, afirma Alexandre Felix, assessor de imprensa do Festival. 

Em 2022, a influenciadora  Bianca Andrade (Boca Rosa) foi uma das principais atrações do festival. Imagem do banco de dados do Festival.

Criado em 1976, com diversas oficinas para o ramo da Publicidade e Propaganda, o Festival tem como objetivo gerar uma troca de informações sobre as atualizações dentro da publicidade, trazer especialistas que estão participando de fóruns internacionais e encontros com influenciadores digitais. É o terceiro maior evento da área, no mundo, em número de participantes, e o maior na América Latina. No festival deste ano, são esperados mais de 1500 espectadores, 40 especialistas e palestrantes, entre eles estão:  Edu Simon — CEO do Conar, Gabi Lopes — Atriz e Influenciadora, Flávio Santos — CEO da Mfield, Beatrice Jordão — Gerente Sênior de Marketing da Heineken.

Como participar?

O evento é aberto para todos os públicos e quem quiser participar basta acessar o site oficial  do festival www.festivalgramado.com.br e escolher entre os três lotes disponíveis. Para João Lucas Oliveira, embaixador do festival e estudante de jornalismo, a importância do evento é: “Poder aprender e adquirir conhecimento com grandes nomes. Nomes esses que são de referência no mercado publicitário, no meio jornalístico e também de gestão. É algo que eu definiria como uma oportunidade única.”  

Serão três dias de evento e os alunos da Universidade Franciscana (UFN)  que tiverem interesse em participar terão descontos, podendo chegar a 50%, dependendo do número de interessados. Também está sendo organizado transporte para que todo o grupo da UFN possa ir junto.

Em 2022, o evento voltou a ocorrer após cinco anos em hiato. Imagem do banco de dados do Festival

Quais as expectativas de quem vai?

Para a estudante Júlia Dutra, do 5° semestre do curso de Publicidade e Propaganda, da UFN, essa vai ser a primeira vez que ela comparece ao Festival. “Busco tentar absorver tudo possível de todos os palestrantes. Além de ter a oportunidade de conversar com eles pra ter essa visão de como tudo funciona na prática e não só na teoria” relata.
Como o Festival incentiva o encontro de influenciadores digitais com o seu público, Júlia relata que: “as grandes influências me chamam muita atenção pelas áreas que atuam e por elas mesmas. Gabi Lopes é uma influenciadora que acompanho há bastante tempo, fiquei muito interessada pra saber o que ela tem a dizer”.