A Agência CentralSul de Notícias faz parte do Laboratório de Jornalismo Impresso e Online do curso de Jornalismo da Universidade Franciscana (UFN) em Santa Maria/RS (Brasil).
Para encerar o último dia do 12º Fórum de Comunicação com o tema “Mídia, Democracia e Novas Possibilidades”, o Cineclube exibe o filme O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias (2006), do diretor Cao Hamburger. O longa-metragem retrata a ditadura militar através do olhar sensível e ingênuo de uma criança de 12 anos.
Mauro (Michel Joelsas) é um garoto mineiro que adora futebol e jogo de botão. Um dia sua vida muda completamente, já que seus pais saem de férias de forma inesperada e sem motivo aparente para ele.
Esta foi a produção nacional escolhida para disputar uma vaga na categoria Melhor Filme Estrangeiro no Oscar 2008.
Confira o trailer de “O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias”
O filme será exibido às 18h30min no Salão Acústico – Prédio 14 – Conjunto III.
Após a partir das 20h30min, no Salão Acústico do Prédio 14 (Conjunto III da Unifra), haverá a Palestra “Movimentos Sociais e mobilização via internet”, com Claudia Schulz.
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Nessa quarta-feira, 27, o longa-metragem exibido pelo Cineclube é “Batismo de Sangue” (2007), do diretor Helvécio Ratton. O filme que se passa em São Paulo,no fim dos anos 1960, é baseado em fatos reais e é uma adaptação do livro de Frei Betto, vencedor do Prêmio Jabuti.
O convento dos frades dominicanos torna-se uma trincheira de resistência à ditadura militar que governa o Brasil. Movidos por ideais cristãos, os freis Tito (Caio Blat), Betto (Daniel de Oliveira), Oswaldo (Ângelo Antônio), Fernando (Léo Quintão) e Ivo (Odilon Esteves) passam a apoiar o grupo guerrilheiro Ação Libertadora Nacional, comandado por Carlos Marighella (Marku Ribas). Eles logo passam a ser vigiados pela polícia e, posteriormente, são presos, passando por terríveis torturas.
Confira o trailer de “Batismo de Sangue”
O cineclube é uma das atrações do 12º Fórum de Comunicação, com o tema “Mídia, Democracia e Novas Possibilidades. As sessões acontecem às 18h30min no Salão Acústico – Prédio 14 – Conjunto III.
Após a partir das 20h30min, no Salão Acústico do Prédio 14 (Conjunto III da Unifra), haverá a Palestra “A Ditadura no Cinema Brasileiro″, com o Prof. Dr. Prof. Dr. Diorge Konrad – UFSM, que vai continuar os debates sobre o tema do evento.
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“Mídia é poder!” Essa foi a frase que deu início à palestra da noite de terça-feira, 26, sobre as relações entre a mídia e o Golpe de 64. Ministrada pelo professor e Álvaro Larangeira, da Universidade Tuiuti, do Paraná. Em 2013, ele realizou uma pesquisa sobre o Golpe de 64. Segundo o pesquisador, a singularidade da pesquisa é a relação com as cidades estudadas, que foram Rio de Janeiro, Porto Alegre, São Paulo, Belo Horizonte, Juiz de Fora, Recife e Santa Maria, sobretudo, o posicionamento de Santa Maria durante a ditadura Militar.
Ao falar sobre os 50 anos do Golpe Militar e uma das motivações do estudo, Larangeira destaca “A mídia não se coloca como protagonista do Regime Militar, ela se coloca como intermediária em fazer a ligação entre público e a história”.
O profissional da comunicação trabalha com poder e deve ter consciência que o sentido de informar gira em torno de 20% a 30%, sendo todo o restante determinado, tanto política, quanto economicamente. E foram esses aspectos que o professor Doutor Larangeira destacou durante a exposição do tema, dividindo a fala em quatro eixos: perspectiva econômica, perspectiva politica ideológica, perspectiva identitárias e projeções e questões.
Ao finalizar, o pesquisador coloca em pauta a seguinte questão: “Será o destino da mídia estar sempre do lado dos lobos?
Alunos e professores do Curso de Jornalismo do Centro Universitário Franciscano acompanharam interessados à sessão de tema tão denso e relevante que ultrapassou às dez horas da noite, no Salão de Atos, e também pela cobertura instantânea da CentralSul no Facebook/centralsul, no twitter @centralsul e também na Fanpage especial do Fórum 2014.
Uma das atrações do 12º Fórum de Comunicação, com o tema “Mídia, Democracia e Novas Possibilidades, é o Cineclube. As sessões acontecem às 18h30min no Salão Acústico – Prédio 14 – Conjunto III.
O filme de estreia, na terça-feira, dia 26, é “Cabra Marcado Para Morrer”, do renomeado diretor brasileiro Eduardo Coutinho, morto em fevereiro de 2014. O documentário foi lançado em 1985, porém as filmagens começaram em 1964 e foram interrompidas devido ao golpe militar ocorrido no mesmo ano no Brasil. Vinte anos depois, foram reunidos os mesmos técnicos, locais e personagens reais para que o filme fosse retomado.
A obra é uma narrativa semidocumental da vida de João Pedro Teixeira, um líder camponês da Paraíba, assassinado em 1962.
Após a sessão, no Salão Acústico do Prédio 14 (Conjunto III da Unifra), haverá a Palestra “A Mídia e o Golpe de 64”, com o Prof. Dr. Álvaro Larangeira, da Universidade Tuiuti/PR, que vai continuar os debates apresentados no documentário do Cineclube.
Confira o trailer de Cabra Marcado Para Morrer
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[dropshadowbox align=”none” effect=”lifted-both” width=”450px” height=”” background_color=”#ffffff” border_width=”1″ border_color=”#dddddd” ]“Permita-me apresentar. Meu nome é Ana. Felizmente nós podemos nos tornar grandes parceiras. No decorrer do tempo, eu vou investir muito tempo em você, e eu espero o mesmo de você. No passado você ouviu seus professores e seus pais falarem sobre você. Diziam que você era tão madura, inteligente, e que você tem tanto potencial. E eu pergunto aonde tudo isso foi parar? Absolutamente em lugar algum! Você não é perfeita, você não tenta o bastante! Você perde muito tempo pensando e falando com amigos! Logo, esses atos não serão mais permitidos. Seus amigos não te entendem. Eles não são verdadeiros. No passado, quando inseguramente você perguntou a eles: ‘Estou gorda?’ E eles te disseram: “Não, claro que não!”, você sabia que eles estavam mentindo! Apenas eu digo a verdade! E sem falar nos seus pais! Você sabe que eles te amam e se importam com você, mas uma parte é porque eles são pais, e são obrigados a isso. Eu vou te contar um segredo agora: Bem no fundo, eles estão desapontados com você. A filha deles, que tinha tanto potencial, se transformou em uma gorda, lerda, e sem merecimento de nada! Mas eu vou mudar isso. Eu espero muito de você.”[/dropshadowbox]
Ana é como a Anorexia é chamada pelas pessoas que sofrem o transtorno alimentar. Essa apresentação da doença foi escrita por uma pessoa com anorexia e tornou-se um texto comum entre as pessoas com distúrbios alimentares. Ele é facilmente encontrado em blogs e grupos relacionados a doença.
Anorexia nervosa é um distúrbio alimentar resultado da preocupação exagerada com o peso corporal, que pode provocar problemas psiquiátricos graves. A pessoa se olha no espelho e, embora esteja extremamente magra, se enxerga obesa. Com medo de engordar ainda mais, exagera na atividade física e no jejum.
Mia é o codinome da Bulimia. Um distúrbio que se caracteriza por episódios recorrentes e incontroláveis de grandes quantidades de alimentos, geralmente com alto teor calórico, seguidos de reações inadequadas para evitar o ganho de peso, tais como indução de vômitos, uso de laxativos e diuréticos.
Ana e Mia no Facebook
“Meninas, eu estou sofrendo demais, me sinto tão sozinha, sinto que não tenho ninguém NO MUNDO. Eu queria muito me matar, pelo menos eu sei que tenho vocês, o que me faz ficar um pouco menos pior.”Esse é o depoimento de Rita* em grupo secreto do Facebook.
O Facebook virou ponto de encontro para várias trocas de informações e discussões de vários assuntos, os mais diversos que você imaginar. Inclusive de incentivo para doenças sérias, como a Anorexia e Bulimia.
Ao escrever está matéria, eu solicitei a participação em três grupos fechados de Ana e Mia, fui aceita e “entrei” para um novo universo. Um lugar paralelo à minha realidade, cheio de siglas, termos novos e meninas doentes implorando por uma fuga.
Apenas observei e cada dia que eu acessava eu ficava mais deprimida e desacreditando naquilo que estava lendo. Pessoas ficam de NF por dias, o que significa no food, não comer. Elas almejam ter corpo Thinspo – quando os ossos já começam aparecer, principalmente a clavícula – e miam – forçar vômito depois das refeições – com frequência.
Nesses grupos em que todos os membros têm o mesmo pensamento, eles pedem amparo, mas não para curar-se ou iniciar um tratamento. Eles pedem ajuda para emagrecerem mais. Querem saber qual dieta está funcionando com colegas de grupo, qual remédio usar, como forçar vômito e o mais importante, como enganar os pais e driblar aqueles que começam a desconfiar dos transtornos alimentares dos filhos.
O psicólogo Marcos Daou explica que a Anorexia e a Bulimia têm funções psicossociais, e ocorrem não somente por questões biológicas e genéticas. Algumas pessoas têm predisposição, outras crescem em ambientes específicos, por exemplo, com pais muito rígidos, muitas cobranças e altos padrões de exigências. Tudo isso vai contribuir para alguns traços nas características de personalidade.
As características psicológicas nesse tipo de distúrbio são introversão, perfeccionismo, autoconceito negativo e distorcido de um autocontrole. Também nessas características está relacionada a baixa autoestima com o peso. Ou seja, eu sou aquilo que peso. Quanto menos peso a pessoa tiver, melhor vai ser, mais irão gostar dela, vai ser melhor no que faz, entre outras expectativas. “Normalmente, estas questões estão relacionadas em como os filhos enxergam os pais. Obcecados com alimentação, os pais contam as calorias dos alimentos na frente dos filhos”, comenta o psicólogo.
Outra forte característica é se a pessoa já sofreu bullying, quando mais jovem, em relação ao peso. Se a pessoa é mais magra ou mais gorda, isso contribui para os traços. Tudo está inter-relacionado com a doença.
Anorexia e Bulimia estão dentro do DSM – Manual de Diagnósticas e Estatísticas das Perturbações Mentais, da Psicologia.
A nutricionista Ana Paula Barbosa explica que as pessoas com transtornos alimentares conseguem ficar sem comer, mas só por um determinado tempo. “Depende do estágio que a pessoa se encontra. Se estiver muito magra isso pode ser bem complicado e ocasionar até uma internação hospitalar. Mas se estiver no início elas ficam sem comer, apenas bebendo líquido”, comenta.
Os distúrbios alimentares ocorrem dez vezes mais em mulheres do que em homens, mas a tendência é ir aumentando. Por diversas consequências, como questões de beleza, saúde, esporte. Por exemplo, há práticas esportivas que exigem da pessoa ser altamente regrada e disciplinada com o seu peso. Como, balé, ginástica, judô. Isso reforça a ideia de regular tudo que ingere.
No grupo online, que incentiva os distúrbios alimentares, encontrei Pedro*, um rapaz de 16 anos que publicou seu depoimento na rede social.
[dropshadowbox align=”none” effect=”lifted-both” width=”350px” height=”” background_color=”#ffffff” border_width=”1″ border_color=”#dddddd” ]“Tudo começa com apelidos dado por amigos e familiares, apelidos do tipo fofinho, gordinho, bolinha, bochechudo, etc. Aí, tu quer ficar com uma pessoa e ela diz que só gosta de pessoas magras e isso vai virando uma tortura na tua mente. Na hora tu fica com raiva, deprimido e começa a comer sem ter ideia do que tu vai começar a fazer. Então tu vai para frente do espelho e vê que de fato tu está gordo, e tu te arrepende de ter comido tudo aquilo. Diz para ti mesmo que tu vai começar a fazer dieta. Tu te surpreende com o resultado. Então tu fica sem comer e quando come, corre paro o banheiro rapidamente e vomita tudo aquilo que comeu. E aquilo vai virando um vício. Meu nome é Pedro*, tenho 16 anos, 1,75 de altura e antes de entrar no mundo da Ana e Mia, eu pesava 85 kg. Hoje estou com 63 kg e ainda quero emagrecer mais”.[/dropshadowbox]
Anorexia e Bulimia fora da internet
A história de Clarissa, 35 anos, é diferente das meninas dos grupos Pró Ana e Mia, ela não sabia que estava com anorexia e nem da existência da doença. Ela começou a emagrecer com 16 anos. “Eu sempre fui muito auto exigente e ia bem no colégio, só que naquele ano eu tirei sete. Cheguei em casa e pensei: já que não sou a mais bonita, não sou a mais inteligente, eu quero ser a mais magra”, relata. Ela também conta que não sentia fome e diminuiu 10kg em menos de 20 dias.“Teve uma época em que eu comi uma maçã em quatro dias”.
As irmãs de Clarissa descobriram que ela estava com anorexia, porém ela se enxergava bem. Tempo depois ela desenvolveu a bulimia e engordou 20kg. Começou o tratamento com psiquiatra, mas não adiantou. Nesse meio tempo, ela começou a faculdade e o trabalho, o que estabilizou a doença. Hoje com 35 anos, Clarissa afirma que não está curada. “Tenho a consciência de que não estou curada e nem vou me curar. Eu sinto prazer em não comer, sei que tenho que me alimentar para me manter bem. Mas para mim ser magra é questão de ser feliz”, afirma.
Diagnóstico e Tratamento
Segundo a nutricionista Elisângela Copo, o diagnóstico é realizado por um médico especialista. Ele poderá fazer o diagnóstico a partir de dois instrumentos: o DSM-IV: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais e o CID-10: Classificação Estatística Internacional de Problemas e Doenças Relacionadas à Saúde. Porém, muitas vezes é difícil da família detectar o problema, porque alguns doentes escondem a magreza excessiva dos pais, por exemplo, usando roupas largas.
“Nos casos mais extremos mais fácil de detectar e mais difícil de tratar, por que elas se encontram já debilitadas e o cuidado tem que ser maior”, comenta a nutricionista Ana Paula Barbosa.
No caso da Bulimia, os pacientes não apresentam emagrecimento repentino e é mais complicado ainda de detectar a doença. Muitas vezes ela é descoberta através de outras enfermidades, como por exemplo problemas estomacais, causados por vomitar excessivamente .
O tratamento deve ser prioritariamente multidisciplinar, com médico psiquiatra, psicólogo, nutricionista, além de enfermeiro e terapeuta ocupacional quando requer internação. Tratar os distúrbios alimentares é uma questão de longo prazo, é comum ter negação dos pacientes e muitas recaídas.
A diferença entre as duas doenças:
No decorrer da produção da reportagem eu consegui me colocar no lugar dos doentes, principalmente das meninas. A maioria delas são da minha idade, têm os mesmos interesses. Muitas delas também estão na faculdade. Elas carregam um problema. Os transtornos referidos na reportagem realmente são um peso na vida delas. Sair deles não é tão simples assim como prescrever tratamentos e soluções. O pensamento e o corpo delas vão bem além disso, e não cabe a nós julgá-las.
*os nomes foram alterados.
Reportagem realizada para disciplina de Jornalismo Especializado II.
Música e literatura marcaram o Livro Livre de hoje, 30, na Praça Saldanha Marinho. Duca Leindecker, vocalista, guitarrista, escritor e compositor, foi o convidado para um bate-papo descontraído. Sem a presença de um mediador a interação do artista e com público ocorreu de maneira natural. O líder da Cidadão Quem, banda com 20 anos de estrada, veio à Feira do Livro para conversar sobre suas publicações literárias e responder as perguntas da plateia.
Pontualmente as 19 horas, Duca saudou os presentes de forma inusitada, pedindo pra todo mundo gritar junto com ele. “Agora que estabelecemos a comunicação, podemos começar”. Quem esperava uma palestra sobre a carreira do músico, se surpreendeu.
Duca conduziu uma conversa sobre as diferentes formas de se fazer arte e a complicada fase da escolha profissional. Já no início, o artista abriu espaço para perguntas e conduziu toda a conversa com essa dinâmica. Nas respostas, emitia suas opiniões sobre o cenário atual da música, o papel da vocação e da persistência, seus métodos de inspiração,e tudo o mais que a plateia quisesse saber.
Sempre muito centrado e crítico, mas sem perder o bom humor, o artista se mostrou naturalmente confortável no palco – local onde passou grande parte dos seus quase 30 anos de carreira. No final, atendendo ao pedido de uma fã que estava na plateia, o músico pegou um violão emprestado e deu uma palhinha da sua consagrada carreira. Assim como começou, o público terminou interagindo com Duca. Dessa vez, porém, não gritando, mas transformando a Feira do Livro em uma só voz, ao som de sucessos como Um Dia Especial e Girassóis.
A equipe da Agência Central Sul conversou com o músico sobre a indústria fonográfica no Brasil:
ACS – Qual a importância de eventos, como a Feira do Livro, que fomentam a cultura?
Duca – “Tem toda a importância, as coisas só acontecem dentro de seus ambientes de discussão. A gente só percebe as coisas que estão acontecendo. E aqui está acontecendo, está acontecendo o nosso papo, depois vou conversar com o público. E vamos falar sobre livros, muitos vão conhecer títulos e vão entrar em contato com a literatura, com a arte. Isso é fundamental”.
ACS – Como você percebe o incentivo à cultura em nosso país?
Duca L.- “Eu sou muito crítico em relação à forma como se da o incentivo a cultura no Brasil. As leis que existem são muito assistencialistas. Elas não exigem que o que for feito seja realmente bom. Elas só fazem por fazer, em um país que não faz nada bem. E quando vamos fazer um show, o público quer que tu toques de graça e a tua família diz que ser músico não é profissão. A revolução para o incentivo à cultura tem que partir de casa, tem que partir de uma realização cultural da sociedade de valorizar a arte. Não só uma lei que vai pagar para o cara fazer um filme. Eu nunca tive nenhum tipo de incentivo. Faço show, as pessoas pagam o ingresso e eu ganho meu dinheiro. Isso tem que acontecer com mais pessoas”
ACS – O que você nos diz sobre o retorno da Cidadão Quem?
Duca L.- “O Cidadão Quem é uma banda que teve a sua historia, nos seus sete discos, e voltou para comemorar isso, para atender as pessoas que queriam nos ver e para atender nós mesmos, que queríamos revivê-lo. Mas o Cidadão Quem não é um projeto de conteúdo novo. Não tem como ser uma banda nova, e nem queremos que seja. A gente tá celebrando isso, tocando as músicas de todos os discos e um single novo. Quando tu vai pra um show do Cidadão Quem, as pessoas não deixam tu não tocar Pinhal, tu não tocar Dia Especial, o Fim de Tudo, Os Segundos, Música Inédita, entendeu? É um repertório que fica engessado. Se a gente for fazer um show só de música inédita, as pessoas não querem ver. E nem a gente quer fazer. Agora, num trabalho solo, aí sim, acho que comporta isso. Como nos meus trabalhos solo e o trabalho do Luciano na banda Mani Mani.”
Por Gustavo Pedroso, Karine Kinzel, Joana Gunther e Silvana Righi, estudantes de jornalismo.
No último sábado, 24, o Theatro Treze de Maio recebeu o músico Esteban e seu público fiel. Mesmo com chuva e frio não deixou de enfrentar fila para garantir uma poltrona na primeira fileira e assistir ao show que faz parte da carreira solo do ex-baixista da banda Fresno. A apresentação foi lançamento do seu novo EP, “Smokers in Airplanes”. Tavares conversou com ACS antes do show.
ACS: Como foi retornar a Santa Maria, oito meses depois do último show?
Esteban: “É muito bom estar de volta em Santa Maria, principalmente para lançar a turnê desse projeto em inglês. Acho que é a cidade onde mais gostam de mim, mais que Porto Alegre e São Paulo e a que mais me sinto bem recebido”.
ACS: Quais as expectativa para o show do “Smokers in Airplanes”?
Esteban:”Vou tocar todas as músicas do disco ¡Adiós Esteban! e todas do novo EP. Não quero cortar música do setlist. Se a galera tá aqui para me ver e conhece todas as músicas, vou tocar tudo. Antes eu tocava cover porque eu gostava, alguns covers que tocava eu conheciamais que o público. E agora tem o EP. Daqui a pouco sai outro EP, dirigido pelo Aaron Marsh”.
ACS: Qual a ideia do novo EP dirigido pelo Aaron Marsh?
Esteban: “O Smokers in Airplanes saiu porque o Aaron não conseguiu produzir em tempo o meu outro EP. Ele está pronto, mas não chegou ainda, a previsão é chegar no final de outubro. Então, acabei lançando o Smokers, produzido em uma semana”.
ACS: O que representa a participação do Stephen Christian (Anberlin) na música “Follow”?
Esteban: “Primeiro eu sou feliz por ser fã dos caras, segundo eu sou feliz por ter tocado com os caras, depois sou feliz por ter virado amigo dos caras. A gentileza com que ele me tratou e recebeu esse trabalho que ele participou. Nem um brasileiro foi tão simpático comigo, nem amigo meu. Eu mandei um email para ele dizendo que precisava lançar o EP do Aaron não deu tempo de ficar pronto e eu tinha cinco dias para lançar e pedindo para me ajudar. Queria que ele escrevesse a parte dele na música. Mandei a música para ele, dez minutos depois ele tinha mandado pronta”.
ACS: Então foi como a realização de um sonho…
Esteban: “Meu objetivo não é ter fãs nos Estados Unidos, mas o Stephen foi um cara que impulsionou meu trabalho lá. É difícil de dizer que o teu ídolo é teu amigo, mas ele é, me trata muito bem. É realização de um sonho. A coisa mais forte que aconteceu foi ele ter tocado junto comigo, se tu for pensar como eu conheci o Anberlin e como eu divulguei a banda. Até o Stephen já falou em entrevista que o sucesso deles no Brasil eles devem a mim e o Lucas. É pretensioso dizer que sim, mas é verdade. Vou no show do Anberlin e eles me convidam pra cantar. Sou muito grato”.
ACS: Qual é a sua relação com o guitarrista do Humberto Gessinger?
Esteban: “Eu toco com o Humberto e isso é muito louco. É difícil ficar nessa prepotência de eu toco com ele porque cheguei aqui. Eu toco com ele porque eu sou fã dele. Eu fico mais admirando ele de longe, fico mais me divertindo tocando com ele, do que absorvendo o momento. Eu sou fã do cara e ainda tenho a regalia de não tocar com ele quando tenho os meus shows”.
ACS: E como anda a vida pessoal do músico?
Esteban: “Vou mudar para o Rio de Janeiro mês que vem. Eu tava em São Paulo por causa da Titi (namorada do Tavares, que saiu da MTV e agora está no Multishow). O escritório do Humberto Gessinger é no RJ. Estou fazendo o que quero na vida, quero ter um filho. O que acontece agora na minha vida, não aconteceu em seis anos de Fresno. Nunca tive um momento tão tranquilo e sereno como agora. Estou tocando sozinho, toco com meu ídolo, tenho a minha família. Mudou bastante coisa desde que sai da Fresno. Não que a saída da banda tenha melhorado a minha vida, mas eu estou tri bem. Voltei a falar com Lucas (vocal e guitarra da Fresno), tenho uma boa relação com a Fresno, as coisas que passaram, passaram”.
ACS: Você tem carreira solo, mas é ainda citado como ex-baixista da Fresno. Isso incomoda você?
Esteban: “Não me importo de ser reconhecido com o ex-Fresno, não me importo porque de fato eu sou o ex-baixista da Fresno, eu cheguei em muitos lugares por causa da banda. Inclusive eu ganhei prêmios no Multishow e na MTV, por causa da banda. Mas ao mesmo tempo agora eu sou guitarrista do Humberto. Esse é meu o presente e eu sou o Esteban. A vida é assim”.
A tarde dessa quarta-feira, 21, foi marcada pela presença das egressas Bianca Zasso, Mariana Silveira e Elisa Fonseca, que falaram no assunto do qual ela mais gostam: cinema. A temática do encontro foi a produção de audiovisual. As egressas da Instituição contaram suas experiências e dificuldades de relacionar cinema com jornalismo.
Mariana, conta que sempre soube que não iria trabalhar na área de jornalismo, apesar de durante a faculdade ter se exercitado na profissão. “Nunca conciliei, porque eu entrei no curso sabendo que não sairia jornalista”, declara a diretora e roteirista do curta-metragem Valentina.
Elisa já soma em seu currículo a produção de um longa-metragem e de alguns curtas-metragens, incluindo Valentina. Ela explicou as dificuldades de produzir filmes e apresentou seus trabalhos de audiovisual. Elisa atualmente faz especialização na área.
Já Bianca, gosta de considerar-se a mediadora do filme. Fazer a relação entre as câmeras e o público. “Sempre quis ser jornalista, acreditava que o jornalismo iria me levar para o cinema, seria o meio para começar minha pesquisa em cinema”, relatou. Ela trabalhou como repórter de variedades e precisou passar pelo mercado pra descobrir que não queria ser repórter. “Mas, o jornalismo me ajudou para escrever críticas cinematográficas. Cinema é uma forma de linguagem e tem tudo a ver com o jornalismo”, contextualiza a pesquisadora.
Cantor e multi-intrumentista Esteban volta para o palco do Theatro Treze de Maio. O espetáculo que acontece dia 24 de agosto (sábado), conta com a presença do cantor Pirisca Grecco. A abertura fica por conta da banda gaúcha DoYouLike?
O show é lançamento de seu novo EP “Smokers in Airplanes”, produzido no The Vanguard Room, nos Estados Unidos. Rodrigo Tavares ficou responsável pela composição e letras das músicas, enquanto o resto ficou por conta de Aaron Marsh (ex-vocalista do Copeland). Neste mês Esteban divulgou o clipe de sua música nova “Follow”, com participação de Lucas Lima e Stephen Christian, vocalista da banda norte-americana Anberlin
O artista gaúcho apresentou-se em janeiro deste ano em Santa Maria e empolgou a plateia com seus hits Sophia e Canal 12.
O show inicia as 20h. O valor do ingresso é R$35,00 vendidos na bilheteria do Theatro.
O quê? SHOW ESTEBAN
Quando? 24 DE AGOSTO, AS 20H
Quanto? R$35,00. PULSEIRA VIP ACESSO CAMARIM R$45,0 (VENDA SEPARADA DOS INGRESSOS, SOMENTE COM PROMOTERS)
Onde? THEATRO TREZE DE MAIO
É dando que se recebe. No último mês Catarina Migliorin, 20 anos, virou notícia e repercutiu no mundo inteiro, melhor explicando, seu hímen ficou exposto na mídia. A catarinense participou do documentário australiano Virgins Wanted. Colocou sua virgindade em leilão que aconteceu pela internet (onde tudo é vendido) e quem deu o lance maior foi um japonês, comprando por R$1,6 milhões. A primeira vez de Catarina vai acontecer nos ares, em um avião particular para não causar problemas com leis de qualquer país.
Que o brasileiro quer dinheiro fácil não é novidade, mas valorizar algo que é tão natural passa dos limites. Afinal, há limites para o consumismo? A virgem alega que com o dinheiro irá construir casas em Santa Catarina e cursar Medicina na Argentina. O argumento de Catarina é que isso não é prostituição, é apenas um negócio.
O “negócio” de Catarina repercutiu tanto que ela foi convidada para desfilar no Fashion Rio, para a marca TNG, porém sua participação na pasarela foi vetada pelos clientes da marca.
Acredito que ela conseguiu o que queria, ficou conhecida no Brasil, tornou-se uma subcelebridade instantânea. E se esse “lance” virar moda? E se as naturalidades da vida começarem a ganhar preços? Seria uma catástrofe – que não está muito longe e logo virá dar o ar da graça.
O consumo já predomina, já move nossas vida. Só não vale leiloar a dignidade, porque não há devolução.