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Últimos dias de inscrição para o XVI InLetras

Encerram-se nesta quinta-feira,17, as inscrições para o XVI InLetras e Seminário Interdisciplinar PIBID. Com o tema “Ensino, Linguagens e tecnologias”, o seminário tem como objetivo promover reflexões sobre o ensino, as linguagens e as tecnologias nos

XV InLetras: o futuro da literatura em debate

A discussão sobre o futuro da literatura dominou as discussões na terceira noite do XV InLetras, durante a mesa temática das doutoras  Fabiane Verardi Burlamaque (Universidade de Passo Fundo), Ana Claudia Munari (Universidade de Santa Cruz do

O lugar das diferentes linguagens no processo de comunicação

Na última quarta – feira, 26 de agosto, a mesa temática “Modalidades” trouxe ao Centro Universitário Franciscano um discurso baseado na experiência de professores de áreas distintas. O XV Seminário Internacional de Letras  compôs a mesa com a

Manhã de literatura no XV In Letras

As apresentações de trabalhos desta manhã quinta-feira, 27 de agosto, no XV Seminário Internacional de Letras (Inletras), ocorreu em três salas do prédio 16, do conjunto III. Os projetos foram elaborados por acadêmicos, professores, mestrandos e

Seminário debate o desafio do multiletramento

Pela 15ª vez o Centro Universitário Franciscano sedia o InLetras, neste ano, com o tema Múltiplas Linguagens e Letramentos. O evento iniciou na última terça-feira (28) com a proposta de promover reflexões sobre as diversas linguagens

Encerram-se nesta quinta-feira,17, as inscrições para o XVI InLetras e Seminário Interdisciplinar PIBID. Com o tema “Ensino, Linguagens e tecnologias”, o seminário tem como objetivo promover reflexões sobre o ensino, as linguagens e as tecnologias nos contextos das Letras e das Ciências Humanas e Sociais.

As inscrições só podem ser feitas pelo site da Unifra e podem acabar antes da data caso as 400 vagas destinadas sejam preenchidas. A inscrição no evento contempla: a participação na programação técnico-científica e cultural; participação em duas oficinas opcionais e a apresentação de 2 trabalhos, em modalidades diferentes (oral, pôster e/ ou oficina), por inscrição.

As palestras e oficinas acontecerão entre os dias 22 e 24 deste mês. Os valores da inscrição variam entre R$50,00 e R$ 110,00.

Mais informações pelo telefone (55) 3220-1219 ou no email: inletras@unifra.br

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Foto: Fernando Rodrigues Cezar, Lab. Fotografia e Memória.

A discussão sobre o futuro da literatura dominou as discussões na terceira noite do XV InLetras, durante a mesa temática das doutoras  Fabiane Verardi Burlamaque (Universidade de Passo Fundo), Ana Claudia Munari (Universidade de Santa Cruz do Sul) e a norte-americana Jennifer Sarah Cooper (Universidade Federal do Rio Grande do Norte).  A mediadora da mesa temática foi a professora Vera Elizabeth Prola Farias, do Centro Universitário Franciscano.

A abertura ficou por conta da professora Fabiane Verardi Burlamaque, que falou sobre a importância de apresentar precocemente os livros às crianças, para que tenham prazer em ler desde cedo. A doutora em teoria literária incentivou os colegas presentes mostrando a importância do professor frente à sala de aula para ensinar o que chamou de a “arte da literatura”.

Fabiane também afirmou que cabe à escola incentivar seus alunos à leitura, porém, acredita que as instituições não estão cumprindo o seu papel. A professora defendeu que há diversas formas de ensinar nessa era de multiletramentos, por exemplo, com séries, jogos, aplicativos de celular, entre outras plataformas. Como exemplo, citou o Skoob, rede social de leitores, que possibilita que os usuários criem uma estante virtual de livros com comentários pessoais sobre a obra, visando o compartilhamento de experiências; e os Booktubers, como são denominados os leitores que criam canais de vídeos na internet com o objetivo de comentar obras literárias.

Enquanto muitos alunos não querem ler as obras obrigatórias para o vestibular, o livro Game of Thrones bate recorde de vendas. Essa questão também esteve presente no debate. Sobre isso, Fabiane disse que as leituras de dentro e de fora da escola diferem, porém, ambas são de indispensáveis para o aprendizado.“Precisamos utilizar dessas estratégias para falar sobre os textos que os alunos estejam lendo. Pode ser que não sejam os textos preferidos do professor, porém, a partir dessa obra é possível chegar até algum texto que se deseja ensinar”, finalizou a professora.

A segunda parte da noite foi conduzida por Ana Claudia Munari, doutora em Letras. O tema abordado por ela não poderia faltar: o futuro do livro. Para deixar claro sua posição, em letras garrafais, em um dos slides apresentados, a frase “o livro não morreu” fazia professores e alunos sorrirem no auditório. Ela afirmou também que a obra em papel nada mais é que uma história sem fim. Ana Claudia defendeu sua posição ao dizer que a cada surgimento de uma nova mídia ameaçando o livro, uma nova linguagem também se cria. Disse ainda que com o surgimento dos Ebooks, rumores da extinção dos livros também começaram. Porém, conforme a professora, a internet ajudou na disseminação das obras de papel, já que lojas virtuais, publicidades, book trailers encurtaram o caminho do leitor. A professora acredita que a mudança na literatura não é de agora. Esse processo estaria acontecendo desde que ela surgiu. Ela acredita que a literatura também se transforma quando o mundo muda.

“E para onde vai a literatura? O comportamento do leitor é o que vai dizer o que vai acontecer com ela. Mas, uma coisa é certa. Pode ser que lá no futuro vamos ter alguma coisa que não será igual a hoje, porém, com certeza, continuaremos contando histórias” concluiu a professora.

A norte-americana Jennifer Sarah Cooper teve o compromisso de encerrar a terceira noite de InLetras. Com um sotaque carregado, ela tentou explicar a importância do professor na inserção da literatura no ensino de língua inglesa. “Esse é o grande desafio” disse. Ela defendeu que de todos os sistemas que uma cultura tem para se representar, a língua é a mais completa e gratificante.

A professora promoveu uma reflexão nos participantes do seminário para a promoção das literaturas tradicionais da região, que podem ser trabalhadas em aula. Como forma de exemplo, ela citou as linguagens Pidgins e Creoles e as literaturas pós-coloniais. Jennifer disse que no Brasil, as literaturas de cordel é um dos gêneros discursivos que mobilizam povos. Ela defendeu que uma outra forma de incluir o ensino do inglês é por meio da música, como em corais.

Em sua fala breve, a professora afirmou que é preciso redimensionar o que consideramos como literatura. “A partir das necessidades, do contexto social linguístico e cultural local precisamos trazer benefícios para um projeto que pretende utilizar literatura na aula de línguas estrangeiras de uma forma que dar conta das multiplicidades envolvidas e uma pedagogia relevante e critica” encerrou.

O evento encerra hoje com duas presenças internacionais. A conferência dos professores Charles Bazerman (Universidade da Califórnia em Santa Bárbara) e Carolyn Rae Miller (Universidade Estadual da Carolina do Norte) inicia às 19h.

Por Lucas Leivas Amorim, matéria produzida para a disciplina de Jornalismo Especializado II.

Na última quarta – feira, 26 de agosto, a mesa temática “Modalidades” trouxe ao Centro Universitário Franciscano um discurso baseado na experiência de professores de áreas distintas. O XV Seminário Internacional de Letras  compôs a mesa com a Prof.ª Drª. Angela Paiva Dionísio, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPe); Prof.ª Drª. Elsbeth Leia Spode Becker, do Centro Universitário Franciscano, Prof. Ms. Adriano da Silva Falcão, também do Centro Universitário Franciscano, com mediação da Profª. Drª. Valeria Iensen Bortoluzzi, da Unifra.

Profa. Angela Paiva Dionísio.Foto: Roger Haeffner. Lab. Fotogradia e Memória
Professora Angela Paiva Dionísio (Foto: Roger Haeffner/Laboratório de Fotografia e Memória)

Os três professores da noite de quarta vieram de áreas e pesquisas diferentes, porém, propõem a mesma reflexão quando apresentam as multimodalidades aliadas à tecnologia como forma para a construção de um texto. As fotos, os vídeos, os mapas, assim como outras ilustrações e maneiras de inserir esses elementos simbólicos na composição textual.

A professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Angela Paiva Dionísio, articulou reflexões sobre as possibilidades que as ferramentas tecnológicas permitem desenvolver no trabalho do profissional de letras. Segundo ela, não existe na UFPE uma disciplina que impulsione a criação de enunciados de exercícios.Por exemplo, ela incorporou então à sua fala a experiência na produção de verbetes enciclopédicos e enunciados de, utilizando desses recursos.Os verbetes são os fragmentos descritivos normalmente encontrados em enciclopédia e dicionários. Eles têm o caráter informativo e agora, gozam de mapas, fotografias e ilustrações os acompanhando em sua interpretação.

Os mapas também foram os principais exemplos da professora Elsbeth Becker, da área da geografia. Para ela os mapas fazem parte da linguagem visual, e os mapas não apenas comunicam um dado, já que eles são fruto de pesquisas consistentes. Eles a registram, a trata e somente depois a comunicam.

Prof. Adriano Falcão. Foto: arquivo
Prof. Adriano Falcão. Foto: arquivo

Adriano Falcão, professor do curso de arquitetura do Centro Universitário Franciscano dimensionou o poder da linguagem visual, já que algumas sociedades e civilizações se comunicavam através de desenhos e figuras. A reflexão que surgiu a partir disso foi: será que sua comunicação era mesmo efetiva? Segundo ele é assim que a multiplicidade de linguagens consolidam-se juntas, na procura do comunicação efetiva.

O conceito de multimodalidade baseia-se na Teoria da Semiótica. A multimodalidade discursiva tem sido amplamente estudada e investigada nos últimos anos. Trata-se da utilização de diversos elementos e ferramentas distintas na hora da construção textual. A compreensão textual é estimulada através de todas essas modalidades, oral, visual e textual.

Por Julia Machado. Matéria produzida na disciplina de Jornalismo Especializado II.

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Só não lê quem não quer.

As apresentações de trabalhos desta manhã quinta-feira, 27 de agosto, no XV Seminário Internacional de Letras (Inletras), ocorreu em três salas do prédio 16, do conjunto III. Os projetos foram elaborados por acadêmicos, professores, mestrandos e doutorandos de universidades de Santa Maria e região.

Dentre os temas abordados,  se destacou a temática literária. O professor de Literatura da Universidade Estadual de Ponta Grossa, Fábio Augusto Steyer foi o primeiro a exibir seu trabalho, que se tratava de um estudo feito por ele e um grupo de alunos, sobre a participação do escritor Gonçalves de Magalhães na formação da identidade nacional literária, ou seja, o quão foi importante suas obras para que a literatura brasileira começasse a assumir um caráter nacional, porque anteriormente, a maioria das obras feitas no país, não abordava nenhum tema de cunho pátrio. Fábio ainda salienta que Gonçalves de Magalhães foi um dos pioneiros no romantismo brasileiro e que o autor afirma ter a poesia surgido na época dos indígenas, chegando a compará-los com os trovadores medievais.

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Profa. Vera Prola e a literatura africana. Fotos: Fernanda Gonçalves . Lab. de Fotografia e Memória

A professora do Centro Universitário Franciscano, Vera Elizabeth Farias nos apresentou seu trabalho sobre a Literatura Africana, com o título de Construção Identitária Ficcional: Cabo Verde de Chiquinho, que se trata de um estudo sobre a influência da obra do escritor português Baltazar Lopes da Silva, Chiquinho, na formação da identidade cultural cabo-verdiana. O romance é considerado uma das mais conhecidas obras de Cabo Verde e marca o início da literatura do país e temas locais como a cultura crioula, marcando um início de da revista cultural Claridade, que fazia parte de um movimento de liberação cultural, social e política da nação.

Já o professor de literatura, Lucas Zamberlan trouxe um estudo muito atual com o título, Os (não) lugares da São Paulo, de Luiz Ruffato, a Metrópole Esterilizada. A questão dos não lugares, tratados pelo professor, se faz referência aos lugares passageiros, ou seja, que possuem um grande fluxo e pessoas e não se caracterizam por possuir nenhum laço histórico com a cidade, como por exemplo, aeroportos, rodoviárias, estações de trem, metros, meios de transporte, hotéis, supermercados e etc. Essa temática cai no mundo em que se vive atualmente, por exemplo,
em São Paulo, metrópole rodeada de prédios, shoppings, empresas particulares, ou seja, nada mais importa, a história não é mais lembrada, quase ninguém mais faz questão que algo seja construído no lugar de algo histórico. O não lugar também se remete ao fato de não se poder distinguir as grandes metrópoles hoje em dia, segundo Lucas, para quem olha de dentro de um carro ou do alto de um prédio, não saberá decifrar em qual grande cidade ele está, pois a semelhança entre elas é cada vez mais gritante.

Por Guilherme Motta, matéria produzida na disciplina de Jornalismo Especializado II.

Pela 15ª vez o Centro Universitário Franciscano sedia o InLetras, neste ano, com o tema Múltiplas Linguagens e Letramentos. O evento iniciou na última terça-feira (28) com a proposta de promover reflexões sobre as diversas linguagens nos diferentes contextos da sociedade atual.

A mediação da mesa temática ficou por conta da doutora Angela Paiva Dionísio da UFPE. Fotos: Júlia Trombini, Lab. Fotografia e Memória.
A mediação da mesa temática ficou por conta da doutora Angela Paiva Dionísio da UFPE. Fotos: Júlia Trombini, Lab. Fotografia e Memória.

Com o Salão de Atos do Conjunto III cheio de alunos e professores, foi realizada a mesa temática sobre multiletramento, e que contou com as exposições de três importantes nomes da graduação de Letras/Inglês da Universidade Federal de Santa Maria: a Profª Drª Desirée Motta-Roth, a Profª Drª Gabriela Rabuske Hendges e a Profª Drª Luciane Kirchof Ticks. A mediação do tema ficou por conta da Profª Drª Angela Paiva Dionisio, da Universidade Federal de Pernambuco.

A primeira expositora da noite foi Désirée Motta-Roth, professora e doutora em linguística, que iniciou revelando alguns dados preocupantes: grande parte da população brasileira de 15 anos apresenta resultado insatisfatório no aprendizado de matemática, linguagens e outras ciências. Além disso, ela revelou que o conhecimento e interesse por letramento é mínimo nessa faixa etária. Dados apontam também que a consciência das consequências de se aprender novas linguagens praticamente inexistem.

Para que isso mude, Désirée defendeu durante sua fala que o consumo de textos em um universo acadêmico multilinguístico é muito importante, bem como a formação e atualização constante dos professores. “A licenciatura está sob ataque e isso precisa mudar” disse a professora. Ela também deixou claro sua defesa de que deve haver algumas uma revisão do modo como o ensino é feito dentro das salas de aula, já que passamos por uma época de discursos variados e linguagem plural.

Para comprovar esta teoria, a doutora Graciela Rabuske Hendges, segunda expositora da noite, aproveitou para dizer que vivemos em uma era em que surgem novas tecnologias rapidamente, gerando assim a possibilidade de novas relações entre professor-aluno. Segundo ela, as imagens e o audiovisual estão assumindo o lugar da comunicação tradicional e precisa ser reconhecida a diversidade linguística e cultural dentro das salas de aula. Gabriela apresentou algumas pontos que estão atravancando a implantação dessas mudanças no ensino.

Ela afirma que desde 1996, quando iniciaram os primeiro debates sobre Multiletramentos, o sistema educacional ignora as novas tecnologias e novas formas de comunicação. Além disso, professores são de outra geração e por não serem usuários das novas tecnologias, temem o uso na sala de aula. “A formação do aluno hoje deixa a desejar” afirmou a professora, que deu algumas dicas de como mudar esse cenário. Gabriela reconhece que o novo é difícil, mas diz que é necessário iniciar com pequenos projetos dentro de sala e não é obrigatoriedade da escola estar atualizada tecnologicamente.

Luciane Kirchof Ticks, doutora, durante a mesa temática. Foto: Júlia Trombini. Lab. de Fotografia e Memória.
Graciela Rabuske Hendges, doutora, durante a mesa temática.

Luciane Kirchof Ticks, professora e doutora, encerrou a primeira noite de mesa temática ligando essa última fala da professora anterior, quando apresentou um projeto de pesquisa realizado entre os anos de 2012 e 2014 em uma escola estadual de Santa Maria. Ela conta que foi desenvolvido a pedido da escola um projeto focando nas diferentes práticas de letramento envolvendo alunos do curso de Letras e cerca de 17 professores de diversas disciplinas. Foram propostas algumas atividades conjuntas a fim de pensar em soluções ou formas de auxiliar no aprendizado dos alunos.

A professora explica que foram propostas atividades alusivas à Copa do Mundo do Brasil, fazendo com que os docentes pesquisassem mais as diversas questões para lançar aos alunos de suas disciplinas com essa temática e ainda fazer o aluno se apropriar das informações que giravam à época sobre este tema.” Não basta saber ler e escrever” afirma Luciane.

As considerações finais da professora encerraram o primeiro dia de atividades do InLetras. O evento segue até sexta-feira (28) no Centro Universitário Franciscano. Hoje as exposições da mesa temática iniciam às 20h30 com o tema Multimodalidade. Leia mais no blog Noticiência.

Por Lucas Leivas Amorim, matéria produzida na disciplina de Jornalismo Especializado II.