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A coletividade sob as lentes da TV OVO

O que encontramos quando saímos a procurar? A resposta para essa pergunta é muito particular, afinal, quando observamos o mundo através das lentes de uma câmera tomamos decisões. Apesar da subjetividade contida em cada uma das

TV OVO realiza colóquio sobre audiovisual e questões socioambientais

Acontece hoje, 17, o colóquio Audiovisual e Questões socioambientais promovido pela TV OVO como parte do projeto Narrativas em Movimento, e será transmitido a partir das 19h, via Facebook e Youtube. O encontro será totalmente online e contará

TV OVO realiza Colóquio Identidades no Audiovisual

Na próxima quinta-feira, 21, a TV OVO realiza o Colóquio Identidades no Audiovisual, com a presença de Marcia Paraiso. Márcia é documentarista, roteirista e diretora, integrante da Plural Filmes, com sede em Florianópolis e no Rio

Encerram hoje, dia 21 de novembro, as inscrições para o Workshop Direção de Arte Cinematográfica. As atividades serão realizadas nos dias 25 e 26 de novembro e integra o projeto Narrativas em Movimento 2022, da TV OVO. Ministrado pela diretora de arte Adriana Nascimento Borba, o encontro irá explorar a composição visual para o cinema e as percepções estéticas desenvolvidas nas produções.

O workshop contará com apresentação de filmes, vídeos e fotos de bastidores de filmagens, introduzindo um panorama das produções realizadas no Rio Grande do Sul. A atividade também tratará dos diversos tipos de filmes de época, métodos de trabalho e a apresentação do longa ‘Legalidade’ (2019) como exemplo para mostrar soluções e desafios do trabalho da Direção de Arte.

A atividade ocorrerá de forma presencial, na sede da TV OVO, nos dias 25 de novembro (19h às 22h) e 26 de novembro (09h às 12h e 13h às 16h). O workshop terá duração total de 9h e vagas limitadas a serem preenchidas pelo público em geral. O investimento é de R$ 40,00 para entrada inteira e R$ 20,00 para meia (idosos, estudantes, pessoas com deficiência e jovens de baixa renda de 15 a 29 anos). Haverá certificado de participação para aqueles que obtiverem, no mínimo, 75% de presença no workshop.

Sobre Adriana Nascimento Borba

Adriana Nascimento Borba trabalha com audiovisual desde 1984 tendo experiência em diversas produções, entre elas, Legalidade (2019), A Casa das Sete Mulheres (2003), O Tempo e o Vento (2013) e Netto Perde Sua Alma (2001).

Pela trajetória, foi Homenageada Nacional com Troféu Vento Norte no 13º Festival de Vídeo e Cinema de Santa Maria, em 2019. Com notoriedade no cenário estadual e nacional, Adriana recebeu diversos prêmios por melhor direção de arte, com destaque para o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e Festival de Recife pelo longa-metragem ‘Netto Perde Sua Alma’ (2001). No Rio Grande do Sul, a diretora foi agraciada com o Prêmio José Lewgoy do Cinema Gaúcho pelo longa ‘Concerto Campestre’ (2004). Em 2019 recebeu prêmios por Legalidade no Festival Guarnicê de Cinema (São Luís, MA) e no Encontro Nacional de Cinema e Vídeos dos Sertões (Piauí).

Este não é o primeiro workshop que a TV OVO realiza este ano. Nos dias 25, 26, 27 e 28 de outubro, houve o Workshop Narrativas Sonoras, ministrado por Bianca Martins, cineasta e sonidista. Estas atividades fazem parte do Projeto Cultural Narrativas em Movimento 2022, financiado pela Lei de Incentivo à Cultura de Santa Maria – LIC/ SM.

O que encontramos quando saímos a procurar? A resposta para essa pergunta é muito particular, afinal, quando observamos o mundo através das lentes de uma câmera tomamos decisões. Apesar da subjetividade contida em cada uma das pessoas que estão ou passaram pela TV OVO nos mais de 26 anos de existência, o coletivo eterniza a história de Santa Maria e sua gente. 

Petrius Dias entrevistando Marcos Borba. Imagem: Neli Mombelli

Marcos Borba, convidado do quinto episódio do Provoc[A]rte da temporada Arte Coletivo, tem uma história que se cruza, separa e se complementa com a da TV OVO. De oficinas de audiovisual à produções documentais, o coletivo registra o presente, lembra o passado e ajuda na construção do futuro da região central do Rio Grande do Sul.
O Provoc[A]rte vai ao ar nesta terça-feira (03), às 19h, com reprise às 22h, na UFN TV, pelo canal 15 da NET, e reprisa no sábado, às 19h, e no domingo, às 19h30min. E também pode ser visto na TV Câmara, canal aberto 18.2, na sexta-feira e sábado, a partir das 20h.

Marcos Borba é um dos integrantes mais antigos da TV Ovo. Imagem: Neli Mombelli

E se você ainda não viu, não deixe de conferir os episódios anteriores sobre a Escola de Samba Vila Brasil, com Sergio Silva; Orquestrando Arte, com Mírian Machado; Sarau dxs Atrevidxs, com  Karina Maia; e sobre o Coletivo Memória Ativa, com Orlando Fonseca, no YouTube do LabSeis.

O programa é produzido pelo Lab Seis, laboratório de produção audiovisual dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Universidade Franciscana (UFN). A equipe é formada por Beatriz Ardenghi e Petrius Dias no roteiro e apresentação, João Pedro Ribas na produção e na divulgação nas redes sociais, Gabriel Valcanover na edição, com suporte dos técnicos Alexsandro Pedrollo na gravação e Jonathan de Souza na finalização, e coordenação e direção da professora Neli Mombelli.

Texto: Petrius Dias

Para ver o presente, projetar o futuro e registrar “o que tem passado”. Com essa missão, a TV OVO traz sua nova produção, a série documental O Que Tem Passado. O primeiro episódio intitulado Mata foi lançado na última quinta-feira, 25 de agosto. Ao todo são cinco partes que serão apresentadas ao público até dia 03 de setembro. A produção audiovisual visita cinco cidades do Rio Grande do Sul e busca falar das diferentes formas de patrimônio existentes em cada uma delas. Também incentiva a refletir em relação ao abandono de prédios e espaços e pensar em ações de preservação. Para assistir os episódios basta acessar as redes sociais da TV OVO, no Facebook, Instagram e YouTube.

A roteirista, produtora, codiretora, editora dos episódios e professora da UFN, Neli Mombelli, conta qual mensagem a série pretende passar: “O Que Tem Passado busca despertar o olhar das pessoas para a riqueza natural, patrimônios edificados e imateriais e toda a potência que possui a região central. Isso pode fomentar a preservação, o restauro, a constituição de novos locais de memória e o turismo, além de toda uma questão identitária que está presente nesse movimento”.

Gravações na cidade de Agudo Imagem: Arquivo TV OVO

Durante cada episódio conhecemos as diferentes formas de patrimônio existentes em uma das cinco cidades da região central do Rio Grande do Sul, percorridas para a produção da série documental. São elas as cidades de Mata, Silveira Martins, São Martinho da Serra, Agudo e Santa Maria. Os episódios têm duração entre 26 e 30 minutos e serão lançados nos dias 28 de agosto, 30 de agosto, 02 e 03 de setembro. As gravações do audiovisual O Que Tem Passado ocorreram de junho a agosto deste ano.

O idealizador, codiretor, produtor e editor da série Marcos Borba revela os critérios que utilizou para a escolha das cinco cidades, além do projeto ter como delimitação geográfica a cidade ser dentro da Região Funcional 8, do COREDEs: “São várias cidades dentro dessa região, pensamos em fazer Mata porque a cidade já tem o patrimônio histórico e cultural desenvolvido e pela questão da paleontologia. Já São Martinho da Serra era uma rota muito importante de comércio no passado, tem uma história gaúcha muito forte, de formação do Rio Grande do Sul. Escolhemos duas cidades representantes de colonização europeia, Silveira Martins e Agudo. Santa Maria não poderia ficar de fora já que é o local que a equipe parte para visitar as demais cidades e onde fica a sede da TV OVO”.

Manuela, Daniel e João Heitor são os três personagens que narram a série. Imagem: Nathalia Arantes

Para guiar a narrativa pelas cidades, a série conta com três personagens: a jornalista e cronista Manuela Fantinel, o arquiteto e urbanista Daniel Pereyron e o historiador e arqueólogo João Heitor Macedo. Com distintas formações e olhares, cada um agrega à produção de acordo com sua área de conhecimento. O audiovisual foi desenvolvido no estilo Filme de Estrada (road movie), em que os três personagens vão até as cidades selecionadas para ver o que encontram. “Algumas cidades eles já conheciam, mas mesmo assim não deixaram de se surpreender. A câmera que os acompanhava captou conversas e momentos espontâneos, o que deixa a série com um tom muito leve e engajado”, comenta Neli sobre a produção.

A jornalista Manuela Fantinel revela como foi vivenciar as gravações em diferentes cidades: “Foi uma experiência incrível participar da série e um privilégio conduzir a narrativa. Foi como uma viagem no tempo e uma viagem muito bem acompanhada, com pessoas que me ensinaram muito, tanto a equipe quanto o arqueólogo João e o arquiteto Daniel”. Segundo Manuela, a experiência a conectou com suas origens: “Acredito que as pessoas só conseguem se conectar de verdade com aquilo que elas conhecem bem. Agora conhecendo melhor a história do lugar de onde vim me sinto muito mais conectada a Santa Maria, a minha história e aos meus antepassados. É uma conexão que acontece quando se descobre que
existem coisas incríveis ao seu redor, que antes nunca tinha dado atenção”.

O historiador e arqueólogo João Heitor Macedo conta como foi a experiência de guiar a narrativa da série documental: “Foi quase como um presente, como historiador e arqueólogo, formado na cidade de Santa Maria. Quando participei da produção audiovisual aquilo me tocava, um sentimento de pertencimento muito ligado à afetividade. A história que narrei na série é uma história que muitas pessoas de Santa Maria queriam ouvir. Rompe com uma historiografia tradicional, consegue abordar toda uma diversidade cultural e espacial, privilegiando a nossa paisagem cultural, que é mais do que apenas em monumentos, prédios e documentos. Tem a ver com todos esses espaços vividos, narrados, por onde passam os sentimentos daqueles que vivem a história de Santa Maria e da região. A gente consegue pensar o que tem passado, como lugar por onde nós temos passado”, ressalta.

O arquiteto, urbanista e professor do curso de Arquitetura da Universidade Franciscana, Daniel Pereyron, relatou sua participação no projeto explorando patrimônios históricos, sociais e culturais. “Foi incrível, poder conhecer e reconhecer todos estes lugares, que estão, ao mesmo tempo, tão próximos fisicamente e tão distantes por não serem divulgados. São lugares e pessoas singulares, que marcam e contam a nossa história”, disse Pereyron.

Um encontro presencial será realizado no Theatro Treze de Maio, dia 1º de setembro, quinta-feira, às 19h30, intitulado “O que tem passado: conversas sobre audiovisual e patrimônio”. O evento terá falas no formato de uma conversa rápida com convidados, abordando o que tem passado na região quando se fala sobre patrimônio histórico, cultural e natural. Os convidados são Marcos Borba, Daniel Pereyron, João Heitor Macedo, Flavi Ferreira Lisboa Filho, Cátia Ferret e Neli Mombelli. No encontro serão exibidos dois episódios inéditos da série, o da cidade de Agudo e de Santa Maria. O evento é aberto ao público em geral, com entrada franca.

“Convido todo mundo pra assistir a série com a mente e o coração aberto. Tenho certeza que todos vão se surpreender com as belezas naturais, com o patrimônio histórico, a diversidade de culturas e com as pessoas que vivem nessas cidades”, propõe a jornalista Manuela Fantinel. Os episódios contam com recursos de acessibilidade, tradução em Língua Brasileira de Sinais (Libras), audiodescrição e legendas descritivas. O projeto “O Que Tem Passado” foi aprovado no Edital SEDAC nº. 07/2021 – FAC Patrimônio.

Reprodução TV OVO

Link e cronograma de lançamento online dos episódios:
Episódio Mata
Episódio São Martinho da Serra
Episódio Silveira Martins
02/09 (sexta-feira) – Episódio Agudo
03/09 (sábado) – Episódio Santa Maria


O que tem passado: conversas sobre audiovisual e patrimônio
O que: Uma conversa sobre audiovisual e patrimônio, após a conversa haverá a exibição de
episódios inéditos de Agudo e Santa Maria
Quando: 01 de setembro (quinta-feira)
Horário e local: às 19h30min, no Theatro Treze de Maio
Entrada Franca

Amanhã, sexta-feira 19 de novembro, às 19h,  a TV OVO estará no bairro Nova Santa Marta, zona oeste de Santa Maria, na Escola Marista Santa Marta, com uma programação de curtas gaúchos para a plateia acompanhar, refletir e debater no pátio da escola. É a última sessão aberta ao público dentro do projeto Cine em Movimento 2021.

A sessão de cinema faz parte da programação dos 30 anos da Nova Santa Marta. O projeto Cine em Movimento tem financiamento do Pró-Cultura RS Fundo de Apoio à Cultura – FAC, que tem como objetivo movimentar a produção cultural do Estado

Segundo os organizadores, “a  iniciativa busca promover troca de ideias com o público da sessão, valendo-se da metodologia do movimento cineclubista de formação de plateias. As produções audiovisuais a serem exibidas possuem gênero, temática, narrativa e linguagem livres. A classificação indicativa também é livre conforme o Ministério da Justiça”.

Devido à pandemia da Covid-19, os organizadores alertam a necessária  utilização de máscaras e de álcool em gel e o respeito ao distanciamento e demais medidas de proteção. É necessário levar cadeiras.

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Na noite de ontem, 8 de setembro, às 20h, uma live realizada pela disciplina de Comunicação Comunitária no Instagram do curso de Jornalismo, teve como convidado  o  educador social, Paulo Tavares,  da TV OVO de Santa Maria. Paulo  também coordena, produz e ministra oficinas e cursos de formação na área do audiovisual, e é responsável pela produção e apresentação do podcast Programa Ponto de Cultura.

Num bate papo mediado pela professora Rosana Zucolo, Tavares  falou sobre a gênese da  TV, em 199O, durante sua atuação como diretor de Comunicação do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e região, e de como o movimento cineclubista contribuiu para a formação da TV OVO.

A TV OVO, também conhecida como Oficina de Vídeo Oeste, nasceu dentro da realidade dos anos 90 com uma forte influências dos movimentos da Igreja e sindicais.

Tavares fez parte do movimento da juventude da Igreja Católica,  lembrou das discussões sobre as rádios comunitárias e da preocupação dos grupos de jovens que, naquele momento, debatiam sobre o quê as comunidades proporcionavam aos  adolescentes da periferia, que não tinham  acesso aos bens culturais. Começou então com as oficinas.  Em 1º de maio de 1996, houve o primeiro encontro de oficinas, onde se ofereceu uma de teatro, que durou 2 anos, e outra de audiovisual. Os participantes trabalhavam com a operação de câmera e a linguagem visual, e as oficinas ocorriam no salão da Igreja ou na garagem da casa de Tavares. Começavam com a testagem,  gravavam imagens e com entrevistas, depois de dois meses de realização, houve a apresentação para a comunidade que acolheu com muito orgulho a produção dos adolescentes.

O educador social falou também da transformação da TV OVO em Ponto de Cultura, das parcerias com a TV Educativa do RS e, posteriormente, com o Canal Futura, ressaltando o impulso profissionalizante que isto significou para o grupo.

Relatou também os projetos desenvolvidos junto à comunidade e empresariado local como o TV OVO no ônibus e da produção de documentários vinculados ao projeto Por onde passa a memória da cidade. Além de ter participado  da produção, dirigiu dois deles: o documentário sobre os Distritos de Arroio Grande e o de Santa Flora. Foram 9 documentários, que formaram a série que demorou 5 anos para ser finalizada.

Ao ser questionado sobre quem é a TV OVO nos dias atuais, Tavares destacou a importância  da TV para a cidade, uma vez que é uma instituição cultural que atua em três eixos: o da  formação audiovisual, o da preservação da memória e o da circulação das produções audiovisuais por meio do cineclubismo.

Segundo ele, atualmente acontece a formação voltada às escolas municipais e também estaduais, onde se trabalha o NEI e os Olhares da Comunidade (web série) que são desenvolvidas em escolas públicas.

Para o ano que vem, 2022, querem voltar a desenvolver os Olhares da Comunidade nas escolas municipais, pois devido a pandemia não puderam continuar. Ele ressalta que não se trata de uma formação formal, mas sim colaborativa. Logo, não é recomendada para aqueles que querem trabalhar em uma grande emissora, mas para aqueles dispostos a seguir esse caminho do investimento no resgate da memória e da cultura. A TV OVO é uma oportunidade se abre no horizonte.

Acontece hoje, 17, o colóquio Audiovisual e Questões socioambientais promovido pela TV OVO como parte do projeto Narrativas em Movimento, e será transmitido a partir das 19h, via Facebook e Youtube. O encontro será totalmente online e contará com a presença dos convidados Estêvão Ciavatta, Thais Lazzeri e Neli Mombelli, como mediadora.

Estêvão Ciavatta é diretor, roteirista, produtor e sócio-fundador da Pindorama Filmes, referência em questões sociais e ambientais. Ciavatta escreveu e dirigiu dezenas de programas de televisão, incluindo Brasil Legal, Central da Periferia e Programa Casé. Amazônia Sociedade Anônima é seu primeiro longa-metragem.

Já Thais Lazzeri é jornalista, documentarista, roteirista e diretora. Cobre direitos humanos e meio ambiente há mais de uma década. Ganhou 12 prêmios de jornalismo. Dirigiu o documentário “O Amanhã É Hoje”, lançado na COP24. Em 2020 fundou a FALA – histórias para não esquecer, produtora de conteúdo e de filmes.

Neli Mombelli é documentarista, produtora cultural e professora de audiovisual na Universidade Franciscana, com mestrado e doutorado em Comunicação pela Universidade Federal de Santa Maria. Integra o coletivo audiovisual TV OVO há 12 anos onde atua na elaboração de projetos, como oficineira de realização audiovisual e na direção, produção e montagem de filmes. Dentre as principais produções audiovisuais estão Quando Te Avisto (2020), Feminino Substantivo (2019), Depois Daquele Dia (2018), Frequências do Interior (2015), Poeira (2015) e A Semi-lua e a Estrela (2013).

Os interessados em participar e ter certificação, devem fazer sua inscrição através Sympla.

Fonte: TV OVO

O documentário Quando te Avisto,  produzido pela TV OVO neste ano de 2020,  será lançado amanhã, quarta-feira, 30 de setembro,  às 19h, via canal da TV e na  sua página no facebook.

O doc integrou a Mostra de Curtas Gaúchos do Festival de Gramado deste ano e registra a presença indígena em Santa Maria, sua participação na formação histórica da cidade e a  resistência dos povos indígenas na busca pela manutenção da sua cultura.

O lançamento será acompanhado de uma live com a participação da cineasta indígena Patrícia Ferreira, do advogado indígena Rodrigo Kuaray e do fotógrafo indígena Yago Queiroz. O debate vai discutir o  lugar do audiovisual na representação dos povos indígenas.

A mediação é das diretoras do filme, Denise Copetti e Neli Mombelli, e a live poderá ser acompanhada pelo YouTube e Facebook da TV OVO.

Sinopse do filme[dropshadowbox align=”none” effect=”lifted-both” width=”auto” height=”” background_color=”#ffffff” border_width=”1″ border_color=”#dddddd” ]O que acontece quando dois olhares se cruzam? E se esses olhares compartilham de um mesmo espaço, mas se constituem em mundos próprios? O que afasta e aproxima indígenas e não indígenas? Entre colonizações e apagamentos históricos, disputas de territórios, presença e invisibilidade, o legado das comunidades indígenas é o da existência através da resistência ancorada na sua espiritualidade, no respeito às diferenças e no vínculo com a natureza. [/dropshadowbox]

Saiba mais aqui.

Fonte: TV OVO

 

Em execução há 20 anos, a Lei de Incentivo à Cultura de Santa Maria (LIC-SM) beneficia atualmente 40 projetos culturais em diversas áreas na cidade. Através do incentivo fiscal, propostas como o Livro Livre da Feira do Livro de Santa Maria, o Brique da Vila Belga e o projeto Royale – Arte e Cidadania da Royale Escola de Dança e Integração podem ser realizados, contribuindo para o desenvolvimento cultural do município. Confira a seguir como funciona a LIC-SM.

Lei de Incentivo à Cultura de Santa Maria foi instituída em 1996. Foto: PMSM

 Incentivo à Cultura no Brasil

A história do incentivo à cultura no Brasil perpassa períodos como a Nova República, a Ditadura Militar e a República Populista. Foi em 1937, durante a Era Vargas, que o Estado passou a reconhecer efetivamente a cultura. Durante o governo de Vargas foram criados inúmeros institutos culturais, como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e o Instituto da Música e do Livro. 

Se no regime de Getúlio Vargas foram realizadas as primeiras ações notórias relacionadas à cultura no cenário pós-império, foi durante os anos de 1950 e 1960 que o incentivo privado começou a se desenvolver. Entretanto, o desenvolvimento foi interrompido pela chegada dos militares ao poder em 1964. Já a primeira Lei de Incentivo à Cultura no Brasil surgiu durante a redemocratização e ficou conhecida como Lei Sarney. A partir daí foram instituídos mecanismos de incentivo fiscal às manifestações artísticas. Na mesma época foi criado o Ministério da Cultura que, junto com a Lei Sarney, atuou durante quatro anos, até o início do governo Collor, quando ambos foram extintos.

Sem o apoio do governo federal para cultura, começaram a surgir as primeiras leis estaduais e municipais de fomento às produções culturais. A primeira lei municipal de incentivo cultural surgiu em 1991 na cidade de São Paulo e é conhecida como Lei Mendonça. No mesmo ano foi criada a Lei Rouanet, lei nacional de incentivo à cultura. Em 1992, dois anos após sua extinção, o Ministério da Cultura ressurgiu já no governo de Itamar Franco. O Minc seguiu atuando durante 27 anos no fomento e incentivo às produções culturais, até ser extinto em 2019 pelo presidente Jair Bolsonaro.

Lei de Incentivo à Cultura de Santa Maria

Criada em 1996 e implementada em agosto de 1999, a LIC (Lei de Incentivo à Cultura de Santa Maria) busca através do incentivo fiscal estimular o desenvolvimento de projetos culturais locais. A contribuição se dá por meio do recolhimento de até 30% do valor dos impostos de ISSQN (Imposto sobre serviços de qualquer natureza), taxa cobrada de empresas prestadoras de serviços e profissionais autônomos, IPTU (Imposto predial e territorial urbano), taxa cobrada de imóveis e terrenos localizados na cidade, e ITBI (Imposto de transmissão de bens e móveis) taxa cobrada pela venda e compra de imóveis.

Segundo Marcia Gasparini da Rocha, responsável pela LIC-SM, a lei tem como principais finalidades estimular e incentivar o desenvolvimento da cultura na cidade através do apoio à criação, produção e valorização das manifestações culturais. Além disso, a LIC visa  promover ações de preservação e recuperação do patrimônio material e imaterial do município e oportunizar o acesso da população aos serviços culturais.

Jornalista e escritora Eliane Brum discursa durante Livro Livre de 2019. Foto: Thayane Rodrigues/ LABFEM/ Feira do Livro SM

Como funciona a adesão à LIC

Produtores culturais interessados em receber o incentivo fiscal devem possuir  Cadastro de Empreendedor Cultural na PMSM (Prefeitura Municipal de Santa Maria), residir na cidade há pelo menos dois anos e estar em regularidade fiscal com o município, estado e união. Segundo a responsável pela LIC, os produtores também devem possuir currículo com qualificação técnica ou experiência na área.

Já para as organizações com ou sem fins lucrativos, Marcia destaca que devem possuir sede em Santa Maria há pelo menos dois anos e terem como objetivo a realização de projetos culturais. Estarem em regularidade fiscal com o poder público, possuirem alvará e CNPJ atualizado e apresentarem um relatório de atividades na área também estão entre os requisitos.

Os empreendedores que contemplarem essas condições poderão inscrever seus projetos para a capacitação de recursos pela LIC. Após inscritos, os projetos são analisados pela coordenação da lei seguindo regras como relevância cultural e exequibilidade. Posteriormente, os projetos aprovados passam para a etapa de capacitação de verba. Nessa fase, o produtor cultural deve partir em busca de empresas e/ou pessoas que estejam dispostas a direcionar parte do valor dos impostos para o projeto aprovado.

O que dizem os produtores culturais

Para a produtora e relações públicas Fabiana Pereira, a LIC-SM oferece benefícios tanto para as empresas, no que se refere a destinação de recursos, como para os produtores culturais.“Ela vem para democratizar questões como capacitação de recursos de diversidade de projetos”, comenta Fabiana. Contudo a produtora cultural salienta alguns pontos que considera deficientes na lei. Entre essas questões, estão os problemas enfrentados durante as negociações entre produtores e empresas: “algumas empresas têm dificuldade de entender que na verdade o dinheiro da LIC é um dinheiro público porque ele é parte de um imposto que a empresa ia pagar para o governo municipal e opta por destinar diretamente para um projeto”. Além disso, Fabiana relata que o excesso de burocracia acaba por afastar os investidores: “a burocracia às vezes afasta um pouco as empresas. Para diminuir este problema, já foram feitas várias campanhas tanto pela PMSM, como pela Secretaria de Turismo e pela própria equipe da LIC”. 

A relações públicas ainda destaca que é necessário que as comissões de análise da LIC reconheçam a caminhada dos produtores para que projetos bem executados não sejam prejudicados. Uma das considerações da produtora é acerca de projetos que anualmente tem o valor solicitado indeferido pela coordenação, enquanto outros conseguem aprovar altos valores mas não realizam a captação do mesmo. “Parece que, ano a ano, não há um olhar com a pessoa do produtor, que é quem encabeça esse processo e que vai ter uma caminhada na LIC”, finaliza.

Uma das instituições beneficiadas pela LIC-SM em 2019 é a TV OVO, associação sem fins lucrativos que visa a formação e a produção audiovisual santa-mariense. Para o integrante da TV OVO, Marcos Borba, a existência de uma lei de incentivo à cultura própria do município é de extrema importância. Borba também enfatiza a relevância do Fundo de Apoio à Cultura: “o Fundo de Apoio a Cultura é recurso onde o produtor apresenta um projeto e, se houver aprovação, os valores são diretos do poder público”, ou seja, não há necessidade de captação junto a iniciativa privada.

Neste ano, três projetos da TV OVO estão sendo executados com apoio da LIC, um deles destinado a produção de documentários relativos a presença indígena em Santa Maria. Outro projeto promove oficinas audiovisuais nas escolas públicas da cidade. Até agora foram produzidos mais de dez produtos audiovisuais com alunos do ensino fundamental. O terceiro projeto, Narrativas em Movimentos, surgiu em 2016 e tem como objetivo a produção de oficinas e debates com convidados importantes no cenário audiovisual.

Casarão onde será construído o Sobrado Centro Cultural da TV Ovo a partir da LIC-RS. Ao fundo, a sede da TV Ovo. Foto: Denzel Valiente/LABFEM

Dificuldade para novos produtores culturais

Segundo a produtora Fabiana Pereira, novos empreendedores culturais seguidamente enfrentam dificuldades em captar recursos pela LIC. Isso se dá pela necessidade de negociação dos produtores com as empresas: “negociações entre produtores e empresas são complicadas porque o produtor precisa ter um reconhecimento, ele tem que ter uma entrada pra chegar no diretor de uma grande instituição”. 

Para os que estão iniciando no universo da produção cultural, Fabiana aconselha que: “primeiro façam uma caminhada com produtores reconhecidos para que sejam conhecidos e para que, depois, possam apresentar os seus projetos e tenham credibilidade”. O produtor Marcos Borba, da TV OVO, esclarece que o Fundo de Apoio à Cultura é a melhor opção para os novos empreendedores: “ele pode fomentar muitos projetos que estão iniciando, o empreendedor cultural pode mostrar o trabalho e desenvolver o projeto dentro de um edital específico”.

Para saber mais informações sobre a LIC, produtores culturais e colaboradores você pode acessar o portal oficial da lei.

Lista de projetos apoiados pela LIC em 2019

1. Projeto: A Hora do Conto nas Escolas Municipais de Santa Maria – 2019
2. Projeto: Contando a História da Cultura Italiana – 2019
3. Projeto: Coral Nativista Gaúcho – 2019
4. Projeto: Brique da Vila Belga – 2019
5. Projeto: Mostra CTG Maneco Rodrigues – 2019
6. Projeto: Banda Marcial Manoel Ribas – Transformação Social Através da Música – 2019
7. Projeto: Espaço Cultural da Feira do Livro – 2019
8. Projeto: Ilumina – 2019
9. Projeto: Gaitaço – Oficina de Gaiteiros – 2019
10. Projeto: Carrossel Cultural – Férias Divertidas – 2019
11. Projeto: A Fubica da Vovó – 2019
12. Projeto: Livro Livre – 2019
13. Projeto: Oficina de Percusão Social Atoque – 2019
14. Projeto: 23º Mercocycle – Encontro de Motociclistas do Mercosul
15. Projeto: Super Ação Através da Arte – 2019
16. Projeto: VII Festa dos Carreteiros e VII Carreteada da Canção e Poesia
17. Projeto: XXXV Festival de Música Carnavalescas “Luizinho de Grandi”
18. Projeto: 25º Rodeio Internacional do Cone Sul
19. Projeto: Treze: O Palco da Cultura – 13º Edição
20. Projeto: Manutenção e Melhorias da Infraestrutura do Theatro Treze de Maio – 2019
21. Projeto: Em Cartaz – 2019
22. Projeto: Mundo Infantil – 2019
23. Projeto: Música Mista – 2019
24. Projeto: Por Onde Passa a Memória da Cidade – 2019
25. Projeto: Narrativas em Movimento – 2019
26. Projeto: Olhares da Comunidade – 2019
27. Projeto: Organização e Preservação do Fundo Documental do Jornal A Razão, Custodiado pelo Arquivo Histórico Municipal
28. Projeto: Otimização do Processo de Digitalização do Acervo da Casa de Memória Edmundo Cardoso
29. Projeto: Festival Internacional de Cinema Estudantil – CINEST – 2019
30. Projeto: Serata Cultural AISM – 2019
31. Projeto: Concertos Didáticos – 10ª Edição
32. Projeto: Viva a Vida – 2019
33. Projeto: AKI SOM – 2019
34. Projeto: Da Rua pra Roda – 2019
35. Projeto: A Caminho da Cidadania: Cantando, Dançando e Tocando em Frente – II
36. Projeto: XXII FESTXIRU – Festival Artistico Cultural de Invernadas Xirus – 2019
37. Projeto: XXV – FESTMIRIM – Festival Artistico Cultural de Invernadas Mirins
38. Projeto: Passageiros da Alegria – 2019
39. Projeto: 2ª Mostra Retalhos de Teatro
40. Projeto: Royale – Arte e Cidadania – 2019

Texto produzido na disciplina de Jornalismo III, no 2º semestre de 2019 e supervisionado pela professora Glaíse Palma.

Na próxima quinta-feira, 21, a TV OVO realiza o Colóquio Identidades no Audiovisual, com a presença de Marcia Paraiso. Márcia é documentarista, roteirista e diretora, integrante da Plural Filmes, com sede em Florianópolis e no Rio de Janeiro.

Lua em sagitário, filme de Marcia Paraiso.

O evento será realizado na Cesma, às 20h. Mas antes, às 18h, será exibido o filme Lua em Sagitário (2016), dirigido por Márcia. O longa conta a história de Ana, uma jovem de 17 anos que vive em uma cidade fronteiriça entre o Brasil e a Argentina. Seu único refúgio é visitar a lan house conhecida como “A Caverna”. É lá que, certo dia, conhece Murilo. Começa então um amor proibido que a faz fugir na aventura de cruzar o estado de moto para participar de um festival musical.  Lua em Sagitário aborda preconceitos e luta de classe a partir da perspectiva juvenil, e conta com a participação de Elke Maravilha no elenco.

A entrada é gratuita. Para aqueles que desejam receber certificado, a inscrição pode ser feita na hora ou por formulário no sympla. A atividade faz parte do projeto Narrativas em Movimento, financiado pela LIC/SM.

 

Com informações da TV OVO.

 

Ilustração com informações sobre o evento. Foto: TV OVO

Promovido pela TV OVO, o Cineclube da Boca estará de volta em conjunto com o Colóquio Memória e Territórios no Audiovisual, em mais uma atividade do Projeto Narrativas em Movimento 2019. Na quarta-feira, 18, será exibido o documentário “Martírio” de Vincent Carelli, Ernesto de Carvalho e Tatiana Almeida. A atividade ocorrerá no auditório do prédio 67 da Universidade Federal de Santa Maria, às 18h, de maneira gratuita. As atividades se estendem até quinta-feira, 19, no auditório da Cesma, com o Colóquio Memória e Territórios no Audiovisual, recebendo a presença de Vincent Carelli, às 19h, também com entrada franca.

Segundo divulgação, o Colóquio tem como objetivo promover a discussão sobre o papel do audiovisual no registro das memórias e identidades de sujeitos ligados a territórios geográficos e simbólicos, formando uma reflexão a respeito da relação dos brasileiros com a natureza, seus habitantes e como o audiovisual pode dar uma visibilidade maior para isso, principalmente, após o Brasil virar manchete no mundo todo por conta das queimadas na Amazônia.

Chamada para exibição do documentário “Martírio”. Foto: TV OVO

Vincent é antropólogo, indigenista, documentarista e idealizador do Vídeo nas Aldeias – projeto audiovisual que visa mostrar a realidade dos indígenas no Brasil. Em meio à diversas produções, muitas já foram premiadas em eventos nacionais e internacionais como o Prêmio UNESCO na 6ª Mostra Internacional do Filme Etnográfico, por conta de uma produção sobre a diversidade cultural e a busca pelas relações de paz.

Dessa vez Vincent trás “Martírio“, um documentário que promove uma análise da violência que o grupo Guarani Kaiowá sofre. O grupo é um dos maiores no número de componentes que vivem no país atualmente. Habitando nas terras do centro-oeste brasileiro, acaba entrando em constante conflito com as forças de repressão e opressão, organizadas pelos latifundiários, pecuaristas e fazendeiros que circulam na região.