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Administração pública

Feira do Livro e seus quase 50 anos de história

A 49ª Feira do Livro de Santa Maria, aberta desde o  dia 29 de abril, está com extensa programação cultural e artística reunindo personalidades da área e população santa-mariense. Lançamento de livros, peças de teatrais, debates de

Feira da Praça dos Bombeiros completa 4 anos

A Feira de produtos coloniais, que ocorre todas as terças e sextas  na Praça João Pedro Menna Barreto, mais conhecida como Praça dos Bombeiros, completa hoje 4 anos de atividades. O ponto de venda destes produtores

Aumento de casos de leishmaniose em Santa Maria preocupa

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Candidaturas Coletivas ganham força no interior

Uma forma de representatividade ganhou força nas eleições municipais de 2020. Apesar de não ser novidade, as Candidaturas Coletivas chamam atenção ao aproximar a população das tomadas de decisões, pautando maior legitimidade e aprimoramento da cultura

Bituca no chão: como justificar esse mau hábito?

Nesta quarta-feira, 4, no Calçadão Salvador Isaia, foi observado a quantidade de bitucas de cigarros jogadas no chão. Nota-se que a maioria dos fumantes tem o costume de não fazer uso das lixeiras. Segundo a Organização

Santa Maria: uma infração de trânsito por minuto

Dados oficiais da Secretaria de Mobilidade Urbana de Santa Maria registraram, em 2019, quase 25 mil multas nas ruas da cidade. E neste ano, pelo pouco que se pode observar pelas ruas, as coisas não mudaram.

Falta de estrutura no Parque Itaimbé preocupa moradores

Com a chegada do verão, as pessoas tendem a sair mais de casa para lazer, tomar mate e praticar exercícios físicos em parques. De acordo com o estudo realizado pela revista PLoS Medicine, que trata sobre sobre saúde

Caçapava do Sul se tornou o berço da olivicultura gaúcha, após ser pioneira no plantio de olivais no Rio Grande do Sul, e agora irá promover uma imersão nesta cultura que envolve o azeite de oliva. A  1ª Festa do Azeite de Oliva, evento que ocorrerá nos dias 27,28 e 29 de maio, no Largo Farroupilha aguarda mais de 10 mil pessoas.

A cidade possui atualmente cinco  das 40  marcas que existem no estado e o solo gaúcho gera 75% dos olivais brasileiros. A produção da região já foi premiada mundialmente e a consolidação da cultura está sendo celebrada nestes três dias. O projeto está sendo gerenciado por produtores locais, Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva) e  pela Prefeitura Municipal de Caçapava do Sul, no intuito de incentivar e divulgar na região este produto que tem grande importância  na gastronomia. A iniciativa está sendo financiada pelo Pró-Cultura RS e Governo do Estado do RS.

Gustavo Lima, produtor de azeite de oliva, nos conta de onde veio a motivação para produzir este produto: “Em 2005, quando foi comentada a questão de plantar oliveiras no município, nós resolvemos entrar com o plantio, para diversificação da propriedade. De lá para cá vimos a necessidade desse plantio se transformar em azeite, dando agregação de valor, tendo um retorno muito interessante e valorizando mais o produto”. A festa, para ele, trará visibilidade para as marcas desta mercadoria, atraindo mais consumidores tanto regionais quanto de outros lugares do país.

A festa contará com uma Vila do Artesanato, em que estarão presentes 8 estandes com artesãos locais. Rosa Ruschel, dona do ateliê Rosa Biscuit, nos fala porque decidiu participar da Vila: “acho importante, porque nosso artesanato nunca esteve tão bem selecionado, organizado e disposto a participar das feiras que acontecem no nosso município. Especialmente agora que nós temos o dossiê do geoparque Caçapava, onde eu faço parte da comissão organizadora. Sou geoproduto e iniciativa parceira dentro desse projeto, acho muito importante para o desenvolvimento das pessoas que têm pouca renda”. Ela acredita que muitos artesãos caçapavanos ainda temem a burocracia na hora de expor seus trabalhos, mas ela relata que, “temos uma movimentação muito grande de artesãos em Caçapava, nós temos um trabalho muito bonito”. 

A 2ª Capital Farroupilha está com o projeto do geoparque, onde o comércio trabalha a flora e fauna local. Mas com a Festa do Azeite de Oliva eles tiveram que modificar seu foco de trabalho, “eu trabalho muito a preguiça gigante, agora vou trabalhar oliveiras”, explica Rosa. As expectativas dela para a os 3 dias não são de grandes vendas, mas sim de divulgação do trabalho que está sendo feito em Caçapava.

Uma eleição foi realizada para a escolha das soberanas da Festa, com 172 mil votos, onde foram eleitas como rainha, Karine Trindade, como princesa, Ana Constante e como Miss Simpatia, Bruna Meireles.

Soberanas da Festa do Azeite de Oliva entregam convite para governador no Piratini - Jornal do Comércio
As soberanas da Festa. Imagem: divulgação

Entre as atrações, haverá deck gastronômico, com sommelier de azeites, oferecendo degustação, Vila do Artesanato, atrações nacionais e locais, como Chimarruts e Comunidade Nin-Jistu, além do cantor e compositor Dante Ledesma.

Programação

Dia 27/05 – Sexta-Feira

17h30 – Solenidade de abertura com autoridades

18h15 – Apresentação Coral Caçapavano – Palco principal

19h30 – Apresentação Banda Municipal – Palco principal

Dia 28/05- Sábado

15h30  – Pra ti Vê – pagode – Palco gastronômico

17h30 – Duda e Pety – MPB – Palco gastronômico

18h – Grupo  Rolêzin – pagode – Palco principal

18h45 –Estela La Bella – sertanejo- Palco principal

20h – Comunidade Nin-Jitsu – Palco principal

21:15 – Mfunk- Palco Principal

22h15 – Chimarruts – Palco principal

Dia 29/05 – Domingo

11h30 – Tela Class  – rock – Palco Gastronômico

13h – Pra ti Vê – pagode – Palco gastronômico

14h30 – Invernada no CTG do Forte

15:30h Bonecos da Montanha – teatro infantil  – Palco Principal

16h15 – Jairo Lambari Fernandes –  nativista – Palco Principal

17h30 – Dante Ramon Ledesma – nativista – Palco Principal

18h45 – Lênin e William -sertanejo – Palco Gastronômico

Entrada franca

A 49ª Feira do Livro de Santa Maria, aberta desde o  dia 29 de abril, está com extensa programação cultural e artística reunindo personalidades da área e população santa-mariense. Lançamento de livros, peças de teatrais, debates de temáticas contemporâneas estão ocorrendo diariamente e movimentando o universo intelectual da cidade. O evento, que é uma tradição na cidade, teve seu início no ano de 1973, tendo como idealizadores a primeira turma de Jornalismo de Universidade Federal de Santa Maria.

Feira do Livro de Santa Maria. Imagem: Luiza Silveira

O jornalista Luiz Recenna, que participou na fundação da Feira, conta que “foi fácil entrar na campanha da Feira. Além disso tínhamos contatos com Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo, o que ajudou muito. Estávamos sem livrarias em Santa Maria. Um espaço a preencher e ganhar pessoas.  Veio muito romance da época, no meio livros de história e política. Deu certo a receita, vendemos quase tudo”. Quando nos fala sobre as adversidades  da época ele não deixa de citar a ditadura militar. Em meio a um momento turbulento da história do país, jovens inovadores conseguiram montar um dos maiores eventos da cidade: “vendemos livros para o povo ler e pensar, essas são alegrias inesquecíveis”. O aprendizado que ele teve com esse evento foi de muita importância para sua vida pessoal e profissional: “com as leituras só crescemos e com as pessoas que foram a praça só melhoramos nossos rumos, no jornalismo e na vida.”.

A jornalista Pricila Barreto, que também colaborou na época, nos conta como foi participar deste movimento: “Éramos jovens com sede de cultura e disposição para criar um novo ambiente que motivasse a cidade a valorizar cada vez mais a leitura. Inspirados na maravilhosa Feira do Livro de Porto Alegre – acontecimento que anualmente nos levava à capital – nos perguntávamos: por que não também em Santa Maria?A partir daí, um grande grupo de alunos das primeiras turmas do curso de Comunicação Social da UFSM, e onde me incluo com alegria, arregaçamos as mangas e fomos à luta! As ‘forças vivas da cidade’ (como falávamos naquela época) nos apoiaram e conseguimos! Os livros disseram ‘presente’ pela primeira vez nesse belo encontro na Praça Saldanha Marinho! A maior alegria é a Feira existir até hoje e ser um dos principais eventos culturais da minha cidade!”.

Atualmente, os cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Universidade Franciscana atuam com alunos e professores. Para Thaís de Almeida, estudante de Publicidade e Propaganda: “É uma experiência única, aprendizado todos os dias. Minha vida acadêmica muda por conta da visão que tenho sobre como é projetar algo, como é estar na produção, realmente estando por trás das câmeras”.

Thaís de Almeida é estudante de Publicidade da UFN. Imagem: Luiza Silveira

O acadêmico de Jornalismo Ian Lopes relata que “é muito interessante colocar em prática a profissão logo no início do curso dessa forma. No início fiquei nervoso para ir lá, fiquei dois dias pensando direto no que ia falar, o que ia perguntar, o que ia fazer. Mas quando cheguei lá, depois da primeira entrevista, é muito bom o exercício da profissão, é muito reconfortante voltar para casa e pensar que entrevistou uma pessoa ou que fez “tal” coisa”.
Para ele, fazer parte do processo de cobertura jornalística tráz um impacto de saber que está trabalhando com o que realmente gosta. Ian conta que quando entrou no curso não tinha certeza se gostava, mas acabou se apaixonando pela profissão. Referente ao aprendizado adquirido durante o trabalho o estudante destaca:”O professor Bebeto é excelente, me ensina não só a parte do rádio, como também a escrita, porque ele corrige e produz textos, escrevemos na hora, tiramos fotos do evento, matérias variadas, orientações sobre como produzir a pauta, como promover o evento da maneira que a assessoria de comunicação quer. É muito bom participar”.

Ian Lopes cursa Jornalismo na UFN. Imagem: Luiza Silveira

Colaboração : Luiza Silveira

A Feira de produtos coloniais, que ocorre todas as terças e sextas  na Praça João Pedro Menna Barreto, mais conhecida como Praça dos Bombeiros, completa hoje 4 anos de atividades. O ponto de venda destes produtores foi realocado para este lugar por conta da localização anterior que não favorecia as vendas. Então, a pedido dos agricultores a prefeitura os realocou na Praça dos Bombeiros no dia 3 de maio de 2019.

Feirão da Praça dos Bombeiros. Fonte: Santa Maria 24 horas

Márcio Rodrigues é agricultor e participa da Feira há três anos. Rodrigues não vende apenas na praça, mas também no Projeto Esperança Coesperança, que ocorre aos sábados atrás da Basílica da Medianeira.  Com a produção feita totalmente por meio da agricultura familiar, o produtor relata que: “Eu adoro o que eu faço, sou feliz com o que faço”.

Márcio Rodrigues e sua produção. Imagem: Luiza Silveira

O feirante Jeferson Sousa realiza venda de seus produtos na Feira da Praça dos Bombeiros desde seu início. Segundo ele: “Quase tudo aqui é produzido por nós, a única coisa que não produzimos é o mamão e a banana”. Em relação ao seu trabalho com a comunidade, ele afirma que há engajamento entre produtores e seus consumidores, “fazemos muitos amigos, não existe tristeza, os clientes vêm, conversam e brincam”, afirma ele. Em dias chuvosos poucos produtores participam do projeto,  “em dias chuvosos como hoje era para vir mais comerciantes, mas ficam com receio da chuva”, conclui ele.

Produtor Adão Rodrigues durante atendimento. Imagem: Luiza Silveira

Há 30 anos Adão Rodrigues trabalha como feirante, e está presente no local desde seu começo. Inicialmente a Feira era localizada na Gare, porém o mercador relatou que o local não era oportuno para as vendas, “falamos com o prefeito, aí eles conseguiram nos reposicionar para um local mais propício”, afirma ele. Com seu trabalho focado na agricultura familiar ele conta um pouco de sua rotina trabalhando às terças e sextas na Praça dos Bombeiros e às segundas realizando a entrega de suas produções em colégios para a merenda escolar, “saio daqui agora e vou fazer as coisas na lavoura, arrumar a horta e realizar outras tarefas. Estando sempre na correria, porque se não, não tenho ganho”, completa ele.

O comerciante também menciona a qualidade dos produtos que são vendidos e como é importante o tratamento que é dado àqueles que os compram, “se estou atendendo e chega outro cliente, lhe alcanço uma vasilha para ele ir se servindo e depois poder atender com mais atenção. É isso que o pessoal quer, que o vendedor seja atento com ele. Assim, ninguém passa sem ser atendido”, conclui ele.

Durante todos estes anos a Feira ocorre as terças-feiras e sextas-feiras no período da manhã, dando espaço à agricultura familiar na cidade e criando laços entre mercadores e a comunidade santa-mariense.

Colaboração: Luiza Silveira

Nos últimos meses nota-se crescimento nos casos de leishmaniose em animais em Santa Maria. A doença é uma infecção parasitária que pode ser transmitida para seres humanos. Apesar de relativamente silenciosa no início, a doença tende a evoluir para quadros mais graves, podendo, inclusive, levar ao óbito.

Cadela resgatada pelo Projeto Akiles. Imagem: Thais Cesar

O município de Santa Maria faz a busca ativa de casos de leishmaniose visceral desde 2011. A equipe da prefeitura entra em contato com o proprietário do animal, após receber notificações de casos feitas por médicos veterinários do setor privado, para que uma inspeção zoosanitária seja feita. Nela é coletado o sangue do suspeito e dos outros cães que convivem no mesmo local. Orientações e informações relacionadas à enfermidade e à forma como deve ocorrer o tratamento são oferecidas, como a necessidade de encoleiramento (com coleiras impregnadas de inseticidas) dos cachorros.  Foram realizados 107 coletas de testes para leishmaniose em 44 residências pela Prefeitura de janeiro a junho de 2021, em que 10 resultados positivaram e os outros 92 foram descartados. Em seres humanos apenas dois casos foram registrados na cidade.

Mesmo com as buscas da Prefeitura, no ano de 2022 não foram divulgados dados sobre o aumento de casos na cidade. De acordo com Thais Cesar,  do Projeto Akiles, que resgata e procura lares para animais em situação de rua, desde janeiro nota-se o crescimento de animais com a doença. Hoje a protetora de animais está com três positivados em tratamento continuo. O processo de diagnóstico é feito através de um exame de sangue e um teste de leishmaniose. Após positivado o animal passa por tratamentos com medicação manipulada e exames periódicos.

Cachorro resgatado pelo Projeto Akiles. Imagem: Thais Cesar

Maria, (codinome, pois a fonte não quis ser identificada) do Projeto Quatro Patas, também notou que os casos de leishmaniose tiveram um aumento significativo nos últimos meses. Médicos veterinários da cidade também relatam o aumento no número de casos. Segundo Liselene Seixas, médica veterinária, o crescimento é enorme e constante, porém os casos são subnotificados.

A infecção é dada através da picada do mosquito palha. O aumento registrado pode estar relacionado com o mal cuidado dos locais em que transitam os animais, já que o mosquito se prolifera em localidades com grande acúmulo  de lixo, umidade e fezes.

Colaboração: Vitória Oliveira

Passados 8 meses do decreto estadual de calamidade pública, o executivo municipal se mobiliza para frear avanço da pandemia. Fotos: João Alves (PMSM)

O primeiro caso positivo de coronavírus em Santa Maria ocorreu em 21 de março de 2020. Foi de um homem que adquiriu o vírus em viagem para Joinville, em Santa Catarina. Comparada com o estado do Rio Grande do Sul, que teve o primeiro caso confirmado no dia 10 do mesmo mês, na cidade de Campo Bom, nota-se que a pandemia não demorou a chegar no quinto maior município do estado. De lá para cá, diversas medidas, ações, decretos e protocolos foram e estão sendo tomados para que a disseminação da covid-19 seja freada.

Em conversa com o chefe de gabinete da Secretaria de Município de Santa Maria, Matheus Marafiga, uma das principais medidas adotadas pelo executivo no combate à disseminação do coronavírus foi a criação do Centro de Referência Municipal da Covid-19. Trata-se de um local em que a Prefeitura reuniu uma equipe de multiprofissionais com o objetivo de centralizar informações e decisões para minimizar o avanço do vírus no Município. Vale destacar que o Centro não é um local para atendimento à população, e sim um espaço onde a Vigilância em Saúde e demais profissionais possam atuar para melhor definir fluxos, organizar dados, discutir casos.

O Secretário de Saúde, Guilherme Ribas, conta que além do Centro de Referência, também foi criado o Comitê Estratégico de Covid-19. “É no Comitê onde são tomadas as decisões sobre as medidas de combate à covid. Conta com a presença da Secretaria de Saúde, da Casa Civil e da Controladoria. Recebemos os protocolos com todas as orientações do Ministério da Saúde e buscamos adaptá-los para nossa realidade”, destaca Guilherme.

Equipe atua na fiscalização do cumprimento da legislação protetiva

Em relação às Unidades Básicas de Saúde (UBSs) foram realizadas alterações na legislação sanitária para os atendimentos dos serviços de saúde, onde, além de contar com a utilização obrigatória dos equipamentos de proteção individual, também foi alterado os fluxos de trabalho dos servidores, a maneira como são realizados os atendimentos nos locais e adotado o distanciamento social. Todos os profissionais receberam os EPIs da Superintendência Administrativa e Financeira, que faz parte da Secretaria de Saúde.  Além dessa Superintendência, a Secretaria também conta com outras três. São elas: Superintendência de Atenção Básica, que cuida das questões relacionadas às unidades de saúde, Superintendência Especializada que trata de questões hospitalares e do pronto atendimento e a Superintendência de Vigilância em Saúde.

Sobre os testes RT-PCR para covid-19, quem realiza a aplicação e disponibiliza para a população é o município, porém a aquisição é feita via verba do Ministério Público do Trabalho (MPT-RS). Segundo o Chefe de Gabinete, se fez todo um termo de cooperação entre os órgãos e a Secretaria de Saúde por parte da Prefeitura, para o recebimento dos testes e valores para compra de EPIs. Ainda sobre a aplicação dos testes, o único local que os realiza é a Unidade de Pronto Atendimento, a UPA. As Unidades Básicas de Saúde fazem o acolhimento dos pacientes e os encaminham para lá, onde, dependendo dos sintomas, são realizados os testes e as internações.

Outra iniciativa foi a criação do Disque Covid, por meio do número (55) 3220-0390. Através do telefone, a pessoa entra em contato com o Centro Covid e é inserida no sistema como caso suspeito. Conforme disponibilidade, o Centro Covid entra em contato com a pessoa para realizar o agendamento do teste, que pode inclusive ser feito na casa da própria pessoa. Além disso, por meio da Coordenação de Atenção Psicossocial da Secretaria de Saúde, a Prefeitura disponibiliza, via telefone (55) 3219-2333, acolhimento e orientação aos santa-marienses em saúde mental. O objetivo é acolher, prevendo ansiedade e agitação entre a população diante do isolamento social devido à COVID- 19.

Patrulha da Máscara atuando na cidade.

Junto aos esforços da Secretaria de Saúde, outros repartimentos da Prefeitura também atuam no combate, como a Secretaria de Meio Ambiente, através das sanitizações de locais públicos como ruas, avenidas, praças e pontos de ônibus, e também por parte das equipes de fiscalização da Guarda Municipal, que recebem denúncias da população e também fiscaliza o cumprimento dos decretos no comércio. Também existe a colaboração da Secretaria de Gestão e Modernização, por meio da Patrulha da Máscara. Ela é uma iniciativa que tem como objetivo orientar a população sobre higiene, distanciamento e o uso da máscara de proteção. Os servidores percorrem pontos de maior concentração de pessoas e realizam uma fiscalização educativa, abordando e orientando as pessoas sem máscara ou utilizando a mesma de forma incorreta.

Na última atualização do boletim epidemiológico da Prefeitura de Santa Maria, a Secretaria de Saúde confirmava 6.878 casos positivos de coronavírus e 1.284 casos suspeitos. Outra informação é o número de óbitos que chegou a 106, e o de curados que chegou a 6.349 casos. Todas as informações são divulgadas diariamente no site da Prefeitura, pelo link http://www.santamaria.rs.gov.br/coronavirus/.

Matéria produzida na disciplina de Jornalismo Científico

Candidaturas coletivas aproximam a população da tomada de decisões. Imagem: StartupStockPhotos por Pixabay

Uma forma de representatividade ganhou força nas eleições municipais de 2020. Apesar de não ser novidade, as Candidaturas Coletivas chamam atenção ao aproximar a população das tomadas de decisões, pautando maior legitimidade e aprimoramento da cultura política. No Brasil, ganharam expressão com a “Bancada Ativista”, que em 2018 conquistou uma cadeira na maior Assembleia Legislativa do país, e esse não é um mero detalhe: São Paulo é o maior estado da federação, o que naturalmente contribui para uma maior visibilidade. No interior do Rio Grande do Sul, ganharam proporção nas eleições de 2020, com candidaturas presentes na capital e no interior do estado, propondo a intervenção direta da população nas tomadas de decisões nos próximos quatro anos.

Mas como funciona um mandato coletivo? Bruna Gubiani, titular da Candidatura Coletiva pelo PCdoB, é presidente do DCE da UNIJUÍ, há 9 anos no movimento estudantil e acredita na política construída de forma coletiva. Para isso se uniu com Ana Carolina Monteiro, Luciana Bohrer, Tarcila  Padilha e Etienne Raseira,  quatro outras “co-candidatas”, de diferentes setores de atuação, que ingressaram no campo político pautadas pela responsabilidade social de participação popular. A ideia foi bem recebida na comunidade, apesar de ainda ser uma novidade para a maioria dos eleitores.

Pela constituição brasileira a candidatura é vista como um ato individual. Dessa forma, nem mandato e nem a candidatura coletiva existem oficialmente. Sendo assim, no modelo atual, as co-candidatas, se eleitas, participam no gabinete da parlamentar titular e lá atuam nos bastidores, nas discussões e debates políticos, além de reforçarem os elos com a comunidade. Cada coletivo divide as tarefas a sua maneira, estabelecendo estatutos, onde se organizam por acordos para tratar das divisões salariais e também das tarefas de cada membro.

No entanto, a ideia é vista com receio pelos que possuem um olhar mais pragmático do ofício legislativo. Pela ausência de previsão legal, apenas o titular, inscrito com seu CPF e imagem na urna eletrônica, pode discursar e votar no parlamento. Porém, segundo Bruna, o voto individual é apenas uma questão de responsabilização jurídica pois, independente disso, a decisão do mandato é tomada coletivamente. Nesse sentido, a PEC 379/17 é um projeto de emenda constitucional que visa legitimar os mandatos coletivos. Contudo, ela está parada na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) desde 2017.

Crise de representatividade

O sentimento – e a necessidade – de renovação no espaço de debate público é bem conhecido entre os brasileiros na última década. Rafael Lapuente, mestre e doutor em História das Sociedades Ibéricas e Americanas e especialista em História Política do Rio Grande do Sul Republicano pela PUC-RS, faz uma análise sobre o cenário político que,  tomado por instabilidades e escândalos, acarretou, segundo ele, no descolamento entre a política “de gabinete” e a política “de rua”.

Parte desse descrédito com as instituições vêm das complexidades impostas para que os cidadãos possam exercer efetivamente a participação e a contestação exigidas em uma democracia saudável. As enormes dimensões continentais do Brasil fazem com que a representação indireta facilite a tomada de decisões em torno de leis e demandas relativas ao meio público: em vez de toda a população ter de participar do processo, um grupo muito menor fará isso por ela.  Entretanto, a comunicação horizontal alterou as formas de relação entre o Estado e a sociedade, emergindo a necessidade de maior presença da população no debate.

Nesse sentido, Lapuente comenta que esses acontecimentos acarretam no surgimento de movimentos que ocupam, em algum grau, o esvaziamento da representação partidária para uma parcela significativa da população, e que, por outro lado, busquem um método de fazer política concatenado com a demanda, já antiga, de “nova política”, mas fazendo disso um sentido mais concreto do que o tradicional, abstrato, que na prática não passa de um discurso vazio.

O velho e o novo

A formulação dos parlamentos atuais, estruturados nos partidos políticos e seus interesses, embarga dificuldades às propostas de aproximar as tomadas de decisão da comunidade. Bruna defende a criação de um aplicativo que possa colocar a população a par das questões que estão sendo votadas no âmbito legislativo. Nesse ponto, se ampliam as divergências com os interesses fisiológicos pois agremiações, que visam atuar de forma independente do partido, podem vir a ter problemas em partidos que visam construir um programa, uma linha de ação. No entanto, segundo o professor Lapuente, é um caso que parece ser diferente, pois a sintonia com o partido vem antes.

Ao ser questionado se as candidaturas poderiam ser algum mecanismo para angariar votos de um número maior de eleitores, além de serem formas de aproveitar a onda de rejeição à política tradicional, utilizando o coletivo como uma tática eleitoral, o professor afirma que “ao votar na candidatura coletiva, passa-se a impressão de que está se votando em um conjunto de pessoas que trabalharão juntas, e, além disso, o fator ‘novidade’ desse modelo também atrai a atenção dos eleitores. Porém, isso não pode ser visto como algo negativo. A luta política é uma luta por representação, por disputas de representação, e ser visto e reconhecido é um fator fundamental no campo político – portanto, nunca pode ser visto como ilegítimo”.

A vontade de participar

A difusão da internet, de alguma forma, contribuiu para a organização dos debates políticos. Podemos falar da questão da qualidade desse debate, entretanto, a presença dessas discussões é cada vez maior. O desafio, nesse sentido, é encontrar um meio em que a relação real política versus eleitorado não caia em outro problema, comum quando há esse descolamento, que é o do populismo.  No cenário atual, presenciamos uma política de baixa intensidade.

Prof. Lapuente lembra que os plebiscitos, tão usados na Europa, poderiam ser mais praticados no Brasil. Segundo ele, eles seriam uma forma de dividir o poder decisório do parlamento e do Executivo. Entretanto, é um mecanismo usado de forma absolutamente esporádica. O Brasil teve uma experiência riquíssima na década de 1990: o Orçamento Participativo. Por meio de plenários, a população definia, por região, onde o município alocaria verbas. Era a população, organizada, que participativa do Orçamento. Muitos asfaltos, escolas, obras de saneamento, regularização fundiária, entre outros, foram definidos pelo OP.

De fato, é necessário que haja alterações no Estado brasileiro, com vistas a entender as profundas mudanças na sociedade a emergência de novos indivíduos, mais conectados. As democracias contemporâneas tendem a ser um espaço coletivo de diálogo e deliberação, e não somente devem permanecer em um contexto formal de instituições das quais emerge uma “vontade geral”. Para que amplie a legitimidade do poder, é preciso que haja mais transparência na tomada de decisões, pois não basta apenas uma “vontade de todos”, mas sim a participação efetiva de todos os interessados nas soluções aos problemas do Estado e da sociedade.

Texto de autoria de Petrius Dias, produzido na disciplina de Produção da Notícia.

Apesar de onze lixeiras disponíveis, bitucas seguem jogadas nas vias. Foto: Vitória Gonçalves

Nesta quarta-feira, 4, no Calçadão Salvador Isaia, foi observado a quantidade de bitucas de cigarros jogadas no chão. Nota-se que a maioria dos fumantes tem o costume de não fazer uso das lixeiras.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil ocupa o oitavo lugar no ranking de número de fumantes, com cerca de onze milhões de homens e sete milhões de mulheres. A reportagem realizada em Santa Maria RS, observou que entre dez pessoas, apenas três jogaram suas bitucas no lixo e os sete restantes jogavam no chão. O público era dividido entre jovens e idosos, e durante 1h a repórter fez a comparação entre as faixas etárias e chegou à conclusão, que o ato era mais cometido por pessoas entre 20 e 30 anos.

Observou-se também fumantes que minutos antes de entrar em uma loja, jogaram seu cigarro no chão, e até durante uma conversa entre amigos, ambos atiraram a bituca no gramado. Vale ressaltar que há lixeiras distribuídas em todo calçadão e, tendo conhecimento de como a atitude é prejudicial ao meio ambiente e à sociedade, fica o questionamento do porquê o hábito ser comum entre usuários de cigarros.

Flagrantes nas ruas de Santa Maria evidenciam a falta de locais para estacionar. Foto:Vinícius Lorensi

Dados oficiais da Secretaria de Mobilidade Urbana de Santa Maria registraram, em 2019, quase 25 mil multas nas ruas da cidade. E neste ano, pelo pouco que se pode observar pelas ruas, as coisas não mudaram.

A reportagem deu uma volta rápida por algumas ruas no centro de Santa Maria, olhando com atenção o movimento do trânsito. Foram percebidas várias infrações em uma rápida caminhada de aproximadamente doze minutos, saindo do Conjunto III da Universidade Franciscana (UFN), passando pela Rua Duque de Caxias até a Rua Doutor Bozano, e voltando pela Rua Conde de Porto Alegre. Nesse trecho, foram contabilizadas 12 infrações de trânsito considerando-se apenas estacionamentos irregulares, numa média aproximada de uma transgressão por minuto.

Dessas 12 infrações, seis são por estacionar próximo a esquinas – a lei estabelece que se deve estacionar a partir de três metros das mesmas. Três delas foram por estacionar em frente às garagens, o que é expressamente proibido e resulta em recolhimento do veículo por guincho. E as três restantes foram por estacionamento em local proibido pela placa de carga e descarga, devido ao horário previsto nela.

Segundo dados do Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran-RS), em fevereiro de 2020, a frota de Santa Maria somou quase 164 mil veículos, sendo deles, cerca de 100 mil carros. O que explica uma infraestrutura municipal defasada, que não comporta a quantidade enorme de veículos na cidade, visto que é uma média de quase 1,80 habitante por veículo.

Das quase 25 mil multas registradas em Santa Maria ano passado, 5.659 foram por estacionamentos irregulares, que são: “estacionar nas vagas reservadas às pessoas com deficiência ou idoso” e “estacionar em desacordo com a regra específica pela sinalização”. Esta última foi a que teve mais multas registradas, com 5.368 ocorrências.

Parque Itaimbé não apresenta boas condições.

Com a chegada do verão, as pessoas tendem a sair mais de casa para lazer, tomar mate e praticar exercícios físicos em parques. De acordo com o estudo realizado pela revista PLoS Medicine, que trata sobre sobre saúde e bem-estar, exercícios de lazer aumentam a expectativa de vida em até sete anos. O estudo foi elaborado com mais de 650.000 participantes de 12 a 90 anos, sendo sua grande maioria acima dos 40 anos. Os resultados mostram que um pequeno nível de atividade física pode resultar em um crescimento de 75 minutos a mais a longevidade por semana e que isso acrescentaria 1,8 ano em sua expectativa de vida.

No entanto, aproveitar parques em Santa Maria não é tarefa simples. Um dos nossos parques mais conhecidos, o Itambé, se encontra com uma cratera na pista de caminhada logo após a ponte da R. Pinheiro Machado. Não muito distante, vemos algumas árvores que caíram após uma chuva forte, mas que ainda não foram retiradas do local. A falta de iluminação também é um fator que desfavorece quem quer desfrutar do local já que pela noite não há condições e nem segurança.

Desníveis na pista dificultam a locomoção.

O Parque Itambé concentra quatro quadras sendo duas delas de basquete e o outras duas de vôlei e futebol de areia. Em julho deste ano, a Prefeitura de Santa Maria investiu na reforma do Centro de Atividades Múltiplas Garibaldi Pogetti, o “Bombril”. Foram investidos R$271,1 mil e o espaço foi reinaugurado, podendo agora abrigar shows, peças e palestras. Uma das frequentadoras do Itambé e moradora da cidade, Maria Luiza Gusmão, de 45 anos, conta que sempre passa pelo local e vê um pouco de desdenho por parte da prefeitura a respeito do parque: “Tem momentos que não tem condições de passar por aqui, são muitos buracos pelo caminho e tem ainda mais uma cratera no meio da pista. Isso me incomoda horrores. Como que vou trazer minha filha por aqui sendo que pode correr o perigo de cair em um desses buracos enormes. ”

Manutenção do Parque deixa a desejar.

Muitos gostam de praticar esportes como futebol, vôlei ou também andar de bicicleta. A bicicleta traz um vasto benefício para a saúde, tanto física quanto mental. Muitos praticam o exercício acompanhados de amigos ou família dando um sentido a mais para a atividade. Um dos estudantes da UFSM, Gustavo Treter, de 22 anos, anda de bicicleta e comenta o sacrifício que é percorrer o Itambé: “Não faz muito tempo que frequento o Itambé para andar um pouco de bicicleta, mas parei pois sempre tenho que desviar de algum buraco e assim atrapalha minha experiência de pedalar. Sempre tenho que cuidar por onde passo com perigo de cair. Sinto que não poderia estar assim nesse estado o parque, pois é muito bom para lazer e ficar com os amigos. É lamentável mesmo.”

Até o fechamento dessa reportagem, em 21 de novembro, não obtivemos retorno da prefeitura.

Texto e fotos produzidos pelo acad. Luiz Paulo Favarin na disciplina de Jornalismo III, no 2º semestre de 2019, e supervisionado pela professora Glaíse Palma.

Técnico da Emater/RS está no Centro de Pesquisa em Florestas com o grupo para orientá-los sobre o objetivo do projeto. Foto: João Alves / PMSM

Dando continuidade ao projeto que promete garantir a reinserção de apenados na sociedade por meio do trabalho, a Prefeitura de Santa Maria e a Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) deram início, na manhã desta terça-feira (17), à capacitação aos 10 selecionados para integrar o programa, que também tem a participação da Vara de Execuções Criminais Regional.

Os apenados foram levados ao Centro de Pesquisa em Florestas (antiga Fepagro), no Distrito de Boca do Monte, onde estão sendo instruídos pelo técnico da Emater/RS Marciano Loureiro Filho. As orientações de conhecimentos básicos sobre produção de mudas, qualidade do solo, substrato, poda, entre outros temas, ocorrem até quarta-feira (18), no Centro de Pesquisas. Posteriormente, os participantes do projeto receberão orientações de uma psicóloga da Prefeitura.

Assim que concluídas essas etapas, os 10 homens poderão começar a trabalhar na limpeza e no paisagismo da Praça General Osório, popularmente conhecida como Praça do Mallet. O delegado da Delegacia Penitenciária Regional, Anderson Prochnow, participou da ação inicial nesta terça-feira, ressaltando a oportunidade que os apenados estão tendo para garantir a reinserção na sociedade. Na manhã de segunda-feira (16), foi firmado o convênio entre as instituições. Na ocasião, o prefeito Jorge Pozzobom ressaltou a inovação do projeto e a oportunidade de emprego e de qualificação às pessoas que estão cumprindo suas penas.

Destaca-se que os apenados trabalharão seis horas por dia e receberão 75% do salário mínimo nacional. Para dar início às atividades práticas na Praça, a Prefeitura aguarda, ainda nesta semana, a chegada dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), bem como equipamentos de ajardinamento, máquinas para corte e poda, enxadas, pás, tesouras, entre outros objetos para o desenvolvimento do trabalho.

Com texto de Maurício Araujo – Prefeitura Municipal de Santa Maria