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Caçapava do Sul

Projeto Geoparque Caçapava recebe avaliadores da UNESCO

Começou hoje a avaliação do projeto Geoparque Caçapava do Sul. O geólogo e paleontólogo, Mahito Watanabe, do Japão, e o graduado em Ciências Ambientais Antonino Sanz Matencio, da Espanha estão em visita à cidade para avaliar

Festas Juninas retornam após dois anos de pandemia

As festividades do mês de junho são tradicionais em todo o país. Desde 2020 elas deixaram de ser realizadas para grandes públicos por conta da pandemia de Covid-19. Neste ano, a diminuição das restrições referentes a

Começou hoje a avaliação do projeto Geoparque Caçapava do Sul. O geólogo e paleontólogo, Mahito Watanabe, do Japão, e o graduado em Ciências Ambientais Antonino Sanz Matencio, da Espanha estão em visita à cidade para avaliar o local. 

A localidade de Capão das Galinhas é um dos geossítios avaliados pelos pesquisadores. Imagem: Juliano Porto

 Os geoparques são territórios reconhecidos mundialmente pela UNESCO, desde suas superfícies a sítios e paisagens de relevância geológica internacional. São administrados com base em um conceito holístico de proteção, educação e desenvolvimento sustentável.  Caçapava já está há dez anos neste processo, a partir de um estudo científico que foi realizado na região, apontando as características geológicas necessárias para se tornar Geoparque Mundial da UNESCO. Estes atributos constam, por exemplo, da presença de rochas muito antigas de mais de 5000 anos. Foram encontrados fósseis de animais extintos da megafauna, dando destaque às preguiças-gigantes., além de existirem também espécies vegetais raras e endêmicas do bioma pampa.

O secretário de Cultura e Turismo de Caçapava do sul, Stener Camargo, conta que “a equipe da missão vem se preparando há vários meses, montamos um roteiro em conjunto com os avaliadores que vai ser percorrido ao longo desses 5 dias. Estamos trabalhando na mobilização da comunidade local e com boas expectativas visto o grande número de pessoas envolvidas no Geoparque Caçapava”. Ele também relata como o Geoparque pode influenciar no desenvolvimento econômico do município: “temos relatos de outros Geoparques que a previsão é de triplicar o número de visitantes no primeiro ano após o reconhecimento. Com isso obviamente atrairemos novos investidores, principalmente na área de gastronomia e hotelaria o que, consequentemente, aumentará a geração de emprego e renda no município”. O projeto Geoparque está realizando interações com as escolas da cidade e pretende seguir com estas atividades, pois “Um Geoparque é um território de interesse internacional pela sua geologia mas também por uma estratégia pautada na educação, conservação e desenvolvimento social, cultural e econômico do território através da mobilização das comunidades nele inseridas”, acrescenta o secretário.

O coordenador científico e professor da Universidade Federal de Santa Maria, André Borba, explica que a importância de ter o selo de geoparque em Caçapava é estratégica para o seu desenvolvimento: “É uma oportunidade de financiamento externo. Os projetos geoparque estão sendo muito bem vistos pelo ministério do turismo e pela secretaria estadual de turismo. A UNESCO não provê recursos, mas sabemos  que ser um território UNESCO é um fator muito importante para alavancar recursos financeiros para o cidade”. Ele também expõe a importância de Santa Maria, pois é uma porta de entrada para os dois projetos de geoparque, o de Caçapava e o da Quarta Colônia.  O coordenador relata que é um sonho se realizando, pois desde 2010 ele está no projeto: “Apresentei a ideia em eventos internacionais, junto com o ex-prefeito, Otomar Vivian, fizemos uma movimentação na capital gaúcha da geodiversidade. Certificamos Caçapava por lei estadual, como capital gaúcha da geodiversidade. Criamos eventos como o geodia que já é tradicional no município e eu fui uma das pessoas que começou isso em 2010”.

 A visita dos avaliadores da UNESCO é obrigatória para a certificação do território, mas antes disso foi necessário o envio de uma carta de intenção,  um dossiê  de 50 páginas, além de relatórios sobre patrimônio geológico: “A vinda deles é uma oportunidade de um trabalho em rede com outros geoparques ao redor do mundo”. Borba também ressalta que, se Caçapava for aprovada, há uma necessidade de investimento em infraestrutura no município e divulgação “mas em termos de comunidade que nos apoia  e acolhe sempre”.

A dona do ateliê Rosa Biscuit, Rosa Ruschel, conta quais são suas expectativas para a vinda dos avaliadores: “As minhas expectativas para essa semana são que todas as pessoas que apostaram e acreditaram no geoparque e no que ele pode se tornar vejam que vai se tornar realidade”.  Ela também comenta sobre a importância do geoparque para a população que trabalha com o artesanato: “o geoparque vai influenciar no desenvolvimento do artesanato da comunidade após a certificação”.  O artesanato e a agricultura familiar do município já estão sendo influenciados pelo projeto, pois, “todos conseguiram transformar as belezas de Caçapava em produtos. Tanto no croché, no amigurumi, no biscuit, no patchwork , no bordado, em todas as técnicas de artesanato. Não esquecendo também da agricultura familiar”, comenta Rosa. Ela expõe que, desde que souberam da vinda da comissão, começou o processo de organização e que “começou a dar um frio na barriga pois dependemos dela para termos a certificação oficial. Queremos esquecer a palavra aspirante”.

Cronograma de visitas dos avaliadores no Geoparque Caçapava:

Dia 1 – Segunda-feira (7)

8h – Pórtico de Caçapava do Sul

8h30min – Jardim da Geodiversidade Professor Maurício Ribeiro

9h30min – Secretaria de Cultura e Turismo

10h – Centro Histórico e Forte Dom Pedro II

14h – Geossítio Caieiras

15h – Empreendimento Don José, produtora de azeite de oliva, e Geossítio Toca das Carretas, com vista para o geossítio Cerro da Angélica

Dia 2 – Terça-feira (8)

8h30min – Geossítio Mirador Capão das Galinhas

9h30min – Parque Municipal Natural da Pedra do Segredo, localizado no geossítio Serra do Segredo

13h30min – Casa de Cultura Juarez Teixeira, espaço de arte e memória

15h30min – Clube Recreativo Harmonia, local de história e preservação da cultura afro-brasileira

20h30min – Geossítio Guaritas e observação do céu noturno

Dia 3 – Quarta-feira (9)

8h30min – Geossítio Minas do Camaquã, cidade mineradora do século 20

9h – Apresentação sobre Minas do Camaquã, por alunos da Escola Gladi Machado Garcia, e feira de educação na escola

10h30min – Prédios históricos de Minas do Camaquã

14h30min – Fazenda e Novelaria Santa Marta e passeio com trilha ligando feições geomorfológicas

17h – Mirador Guaritas

Dia 4 – Quinta-feira (10)

8h30min – Reunião final entre equipe da missão, avaliadores e comitê gestor no campus da Universidade Federal do Pampa (Unipampa)

16h – Reunião oficial com o Governo do Estado do Rio Grande do Sul no Palácio Piratini, em Porto Alegre

As jovens Marilia Valmarath, 14 anos, e Maria Luisa Dias, 13, foram impedidas de jogar os próximos jogos do campeonato estadual de futsal sub-15 do Rio Grande do Sul. Elas são jogadoras da Associação Caçapavana de Futsal (ACF), equipe de Caçapava do Sul, interior do RS. A ACF recebeu a notícia de maneira informal, do representante da Liga Gaúcha de Futsal, dizendo que as meninas não poderiam jogar. Como medida de precaução, a escola decidiu afastar as atletas e agora aguarda um pronunciamento oficial para então fazer a apelação.

Manifestação em prol das atletas. Imagem: Farrapo

Seguindo o regulamento da organização, as inscrições foram efetuadas e elas participaram de sete rodadas da competição , pois não havia cláusula proibindo a participação de meninas. Foi então que o representante da liga entrou em contato com a ACF e informou que não seria mais possível a participação das jovens nos próximos jogos.   

Nilberto Barbosa, vice-presidente da ACF, conta que: “Recebemos um contato informal do representante da Liga Gaúcha informando que as meninas não podiam jogar o Gaúchão Sub-15 de Futsal por se tratar de um campeonato apenas masculino, o que nos pegou de surpresa, pois a própria liga recebeu os documentos de inscrição das meninas e as liberam para jogar no BID da competição, e assim escalamos elas nas 7 rodadas que foram realizadas até então. Assim, aguardamos se haverá alguma formalização referente ao impedimento das meninas em jogar, o que ainda não ocorreu”. Caso a decisão formal seja negativa à volta das atletas a Associação pretende recorrer pois: “quem autorizou elas a jogarem até aqui foi a própria liga, revisaram os documentos e viram que eram meninas e as liberaram”, afirma Barbosa.

Foi então que indignação tomou conta das famílias, amigos e colegas das atletas. A campanha “Lugar de mulher é onde ela quiser” tomou conta dos grupos de Whatsapp, Facebook e Instagram.

A Associação apoia as manifestações, “achamos válido, pois acreditamos que se não há competição feminina na idade sub-15 elas não podem ser impedidas de jogar na masculina. A ressalva que fizemos é que não recebemos de forma oficial o impeditivo, apenas afastamos as meninas de forma preventiva”, Barbosa.

Marília Valmarath tem 14 anos, é estudante do 9º ano do ensino fundamental e joga de ala da ACF. A atleta conta que, “me senti bem mal (com a proibição) pois eu estava me esforçando bastante e treinando muito para eu jogar”. A jovem espera que possa continuar jogando, “estou botando bastante expectativas nisso”. Ela conta que sentiu-se muito feliz perante as manifestações e acolhida da comunidade.

Marilia Valmarath, atleta da ACF. Imagem: arquivo pessoal.

Maria Luisa Dias tem 13 anos, é estudante do 8º ano do ensino fundamental e é goleira da ACF. A jovem ficou muito chateada com a decisão: “eu iria jogar um pouco na próxima partida e aí aconteceu tudo isso”. “Teve um grande movimento não só das mulheres mas como dos homens também, fizeram uma camiseta e estão fazendo uma campanha”, relata a jovem. Suas expectativas são que a Liga reconheça o erro e que ela e Marilia voltem a jogar o campeonato.

Maria Luisa Dias, atleta da ACF. Imagem: arquivo pessoal.

Tentamos entrar em contato com a Liga Gaúcha de Futsal, porém não houve resposta.

As festividades do mês de junho são tradicionais em todo o país. Desde 2020 elas deixaram de ser realizadas para grandes públicos por conta da pandemia de Covid-19. Neste ano, a diminuição das restrições referentes a pandemia possibilitou a retomada de grandes festas e cidades da região trouxeram essa tradição de volta. É o caso da cidade de Formigueiro, RS, que tem como padroeiro São João Batista, um dos santos presente nas comemorações do mês. Para o festeiro Rosalino Moreira, a experiência de voltar, após dois anos, está sendo muito boa. Ele relata que encontra dificuldades em conciliar os horários entre as festividade e seu trabalho, porém “está sendo gratificante, porque as vendas de nossos doces já passaram de 15 mil, só nesses dias”. A programação das festividades juninas na cidade de Formigueiro voltaram sem restrições em relação ao Covid-19, prevendo cinco dias de comemorações, incluindo baile e bingos. 

Bingo da comunidade em Formigueiro. Imagem: Miguel Cardoso

O acadêmico de Jornalismo da UFN Miguel Cardoso participa das festividades de Formigueiro desde criança. Para ele, a festa é o evento mais importante da cidade, “porque reúne todas as comunidades do município”. Ele conta que a festa do padroeiro envolve muitas brincadeiras como  jogo de bingo e nesse ano, em especial, um sentimento de alegria também pelo fato de poder trabalhar dando assessoria a prefeitura. A festa é esperada o ano inteiro por toda a sociedade e todos gostam de participar. As atividades desse período arrecadam fundos para a paróquia São João Batista.

As festas juninas também estão presentes nas escolas. Em São Gabriel, o Colégio Tiradentes da Brigada Militar promove sua tradicional festa todos os anos para alunos, militares e a comunidade em geral. De acordo com o auxiliar do corpo de alunos do colégio, Sargento Cesar Volnei, a festividade é importante para a comunidade escolar, para a união de familiares, alunos e militares. Para ele o sentimento de voltar com as comemorações é de grandes expectativas, “pois vamos recuperar estes dois anos perdidos e manter a união e motivação dos alunos”.

Apresentação da quadrilha dos alunos do Colégio Tiradentes. Imagem: Colégio Tiradentes

Professores e alunos também se envolvem diretamente na organização da festa. Para a professora de Filosofia e Sociologia, Cássia Bairros que participa das festas há 10 anos, o sentimento de voltar é muito positivo, “pois estou vendo a organização dos alunos, dos militares, então o sentimento é de esperança, de que agora estamos retomando aos poucos nossas festas. Ver o entusiasmo dos alunos está sendo incrível”.

A festa esta prevista para sábado, 25 de junho. As expectativas dos alunos são grandes como conta Henrique Silva, que está no terceiro ano do ensino médio e é a segunda vez que participa: “Não me envolvi em 2019 e agora está sendo muito legal poder ver que tudo está voltando ao normal, todos estão querendo participar e ajudar mais esse ano”. Para ele a festa contribui para a união de todos, “tem muitas tarefas que envolvem o apoio coletivo, então as turmas estão se unindo, professores e alunos estão sempre se ajudando”. Também Maria Clara Vianna, estudante do segundo ano do ensino médio, está participando pela primeira vez e cheia de expectativas.

Em Caçapava do Sul, a Escola Estadual de 1º e 2º Grau Nossa Senhora da Assunção também retoma suas atividades festivas neste mês, no dia 23 de junho. A diretora, Daniela Evangelho, conta que está muito feliz com esta volta: “Estou muito animada por poder reunir todos e é isso que a gente deseja, oportunizando a participação dos estudantes de forma saudável com brincadeiras, apresentações e comidas tradicionais. O que eu mais gosto é a alegria de estar com toda gurizada jovem aqui junto da gente”.

Festa Junina da Escola Estadual de 1º e 2º Grau Nossa Senhora da Assunção em Caçapava. Imagem: Carlos Dias

Da mesma forma, a professora da disciplina Projeto de Vida, Jianny Moreno relata a sua expectativa com a programação da festa junina no colégio: “O retorno nos deixa mais felizes e nos dá a oportunidade de colocarmos toda a energia positiva em cima da festa, compartilhando essa junção com as pessoas maravilhosas tanto da escola quanto da comunidade externa”. A estudante do terceiro ano do ensino médio Manuela Ricalde acredita que o evento é bom para movimentar o financeiro da escola e faz com que os alunos se aproximem mais. “Isso movimenta toda a escola para um lado bom, o que eu mais gosto da festa junina além das comidas é a função das roupas típicas, da organização da quadrilha e da galera toda reunida”, completa a estudante.

Colaboração: Vitória Oliveira e Miguel Cardoso

Caçapava do Sul se tornou o berço da olivicultura gaúcha, após ser pioneira no plantio de olivais no Rio Grande do Sul, e agora irá promover uma imersão nesta cultura que envolve o azeite de oliva. A  1ª Festa do Azeite de Oliva, evento que ocorrerá nos dias 27,28 e 29 de maio, no Largo Farroupilha aguarda mais de 10 mil pessoas.

A cidade possui atualmente cinco  das 40  marcas que existem no estado e o solo gaúcho gera 75% dos olivais brasileiros. A produção da região já foi premiada mundialmente e a consolidação da cultura está sendo celebrada nestes três dias. O projeto está sendo gerenciado por produtores locais, Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva) e  pela Prefeitura Municipal de Caçapava do Sul, no intuito de incentivar e divulgar na região este produto que tem grande importância  na gastronomia. A iniciativa está sendo financiada pelo Pró-Cultura RS e Governo do Estado do RS.

Gustavo Lima, produtor de azeite de oliva, nos conta de onde veio a motivação para produzir este produto: “Em 2005, quando foi comentada a questão de plantar oliveiras no município, nós resolvemos entrar com o plantio, para diversificação da propriedade. De lá para cá vimos a necessidade desse plantio se transformar em azeite, dando agregação de valor, tendo um retorno muito interessante e valorizando mais o produto”. A festa, para ele, trará visibilidade para as marcas desta mercadoria, atraindo mais consumidores tanto regionais quanto de outros lugares do país.

A festa contará com uma Vila do Artesanato, em que estarão presentes 8 estandes com artesãos locais. Rosa Ruschel, dona do ateliê Rosa Biscuit, nos fala porque decidiu participar da Vila: “acho importante, porque nosso artesanato nunca esteve tão bem selecionado, organizado e disposto a participar das feiras que acontecem no nosso município. Especialmente agora que nós temos o dossiê do geoparque Caçapava, onde eu faço parte da comissão organizadora. Sou geoproduto e iniciativa parceira dentro desse projeto, acho muito importante para o desenvolvimento das pessoas que têm pouca renda”. Ela acredita que muitos artesãos caçapavanos ainda temem a burocracia na hora de expor seus trabalhos, mas ela relata que, “temos uma movimentação muito grande de artesãos em Caçapava, nós temos um trabalho muito bonito”. 

A 2ª Capital Farroupilha está com o projeto do geoparque, onde o comércio trabalha a flora e fauna local. Mas com a Festa do Azeite de Oliva eles tiveram que modificar seu foco de trabalho, “eu trabalho muito a preguiça gigante, agora vou trabalhar oliveiras”, explica Rosa. As expectativas dela para a os 3 dias não são de grandes vendas, mas sim de divulgação do trabalho que está sendo feito em Caçapava.

Uma eleição foi realizada para a escolha das soberanas da Festa, com 172 mil votos, onde foram eleitas como rainha, Karine Trindade, como princesa, Ana Constante e como Miss Simpatia, Bruna Meireles.

Soberanas da Festa do Azeite de Oliva entregam convite para governador no Piratini - Jornal do Comércio
As soberanas da Festa. Imagem: divulgação

Entre as atrações, haverá deck gastronômico, com sommelier de azeites, oferecendo degustação, Vila do Artesanato, atrações nacionais e locais, como Chimarruts e Comunidade Nin-Jistu, além do cantor e compositor Dante Ledesma.

Programação

Dia 27/05 – Sexta-Feira

17h30 – Solenidade de abertura com autoridades

18h15 – Apresentação Coral Caçapavano – Palco principal

19h30 – Apresentação Banda Municipal – Palco principal

Dia 28/05- Sábado

15h30  – Pra ti Vê – pagode – Palco gastronômico

17h30 – Duda e Pety – MPB – Palco gastronômico

18h – Grupo  Rolêzin – pagode – Palco principal

18h45 –Estela La Bella – sertanejo- Palco principal

20h – Comunidade Nin-Jitsu – Palco principal

21:15 – Mfunk- Palco Principal

22h15 – Chimarruts – Palco principal

Dia 29/05 – Domingo

11h30 – Tela Class  – rock – Palco Gastronômico

13h – Pra ti Vê – pagode – Palco gastronômico

14h30 – Invernada no CTG do Forte

15:30h Bonecos da Montanha – teatro infantil  – Palco Principal

16h15 – Jairo Lambari Fernandes –  nativista – Palco Principal

17h30 – Dante Ramon Ledesma – nativista – Palco Principal

18h45 – Lênin e William -sertanejo – Palco Gastronômico

Entrada franca

Fazenda de oliveiras entre as cidades de Caçapava do Sul e São Sepé, RS. Foto: arquivo/ cedida pela AI da prefeitura de São Sepé.

Devido ao clima e solo propício, o Rio Grande do Sul tem capacidade para produzir azeite extravirgem de alta qualidade. Considerado um alimento essencial na mesa de quem preza uma boa alimentação, o azeite extravirgem cada vez mais cai no gosto dos gaúchos. No município de Pinheiro Machado, localizado a 355 km de Porto Alegre, é produzido o azeite Batalha, focado no cuidado do seu azeite e na beleza das embalagens de suas garrafas. O azeite foi incluído entre os 500 melhores azeites de oliva do mundo, no mais prestigiado Guia Internacional de Azeites, o “Flos Olei” da Itália.   

Na região central do Estado, temos dois exemplos dessa produção. Localizada na cidade de Cachoeira do Sul, desde o ano de 2006, existe a Olivas do Sul Agroindústria Ltda, considerado o primeiro azeite de oliva extravirgem do mercado a ser produzido em escala comercial no Brasil. Além da comercialização do azeite, a Olivas do Sul desenvolve um projeto para o investidor que tem interesse em entrar no ramo da olivicultura. A empresa disponibiliza muda de oliveiras, sem custos e toda a assessoria técnica necessária para o plantio.

Produzido integralmente no Rio Grande do Sul, o Prosperato Premium, foi o primeiro azeite de oliva extravirgem brasileiro a receber a medalha de ouro no New York International Olive Oil Competition em todas as suas edições. Este é considerado o mais importante concurso de azeite de oliva do mundo fora da Europa. Na região, a variedade é plantada e cultivada entre os municípios de São Sepé e Caçapava do Sul. A produção do azeite começou em 2011, no canto de um viveiro da Tecnoplanta, em Barra do Ribeiro. A publicação do Evoowr (Ranking Mundial dos Azeites Extravirgens), que compilou todos os prêmios distribuídos pelo mundo no ano de 2017, colocou o Prosperato Premium como o 83º melhor azeite do mundo, único brasileiro na lista de 253 azeites de todo o mundo.

Rafael Marchetti, um dos sócios-diretores e filho de um dos fundadores da empresa entrou na Tecnoplanta no mesmo ano em que o novo negócio surgiu como alternativa em um período de baixa na indústria florestal. Marchetti fala que está sempre se atualizando e se especializando em cursos de extração e análise sensorial de azeites, fora do país. Ele ainda fala sobre as dificuldades de competir com azeites importados. “Não se compete, primeiro pelo preço, mas também por quantidade. Temos um produto de baixa escala”, comenta ele.

Por ser um assunto novo, talvez o grande desafio dos produtores seja mostrar aos consumidores a gama de possibilidades do produto. O grande diferencial do azeite produzido no Brasil é o frescor, pelo fato de ter o produto mais próximo para o consumo. Para Rafael o segredo é vender direto ao público. Hoje, a empresa conta com 300 hectares próprios, em Caçapava do Sul, São Sepé, Barra do Ribeiro e Sentinela do Sul, que é o plantio mais recente.

Em 2017, a produção final foi de mais ou menos 13 mil litros de azeite, com as vendas iniciadas em março e finalizadas em outubro. Para 2018, Marchetti acredita ficar em torno de 10 mil litros.

Apesar de todas as dificuldades a procura tem sido alta. No entanto, Marchetti é cauteloso. “É uma cultura de longo prazo, não vai começar a produzir logo, nem produzir todos os anos. A oliveira não é assim, em qualquer lugar do mundo ela é demorada. Leva tempo para atingir uma forma adulta e o negócio se tornar mais rentável. Aqui elas dão os primeiros frutos com 3 ou 4 anos, mas não é uma produção comercial ainda, leva tempo, mas lá adiante é recompensador”, finaliza ele.   

*Reportagem  de Fabian Lisboa,  produzida na disciplina de Jornalismo Científico

Seu Osório revela como ficou o seu caixão. Foto: Priscilla Souza

O pedreiro Osório Oliveira da Rosa, 73 anos, morador de Caçapava do Sul, que ergueu um túmulo de três andares para ser enterrado de pé, terminou na semana passada a construção do próprio caixão.

A ideia pode parecer mórbida, mas há argumentos para sustentar esta bizarra iniciativa. Seu Osório declarou que resolveu construir o próprio caixão para poupar no enterro.

Feito de madeira e pintado nas cores amarelo, verde, vermelho e branco, o caixão acolchoado mede um metro e sessenta e seis centímetros (1,66 m).

Questionado sobre o motivo de querer ser enterrado de pé, seu Osório revela: “Porque já fiquei muito tempo deitado. A gente passa metade da vida deitado. Outra coisa que peço aos meus familiares e amigos é que no meu velório não tenha choro e nem vela. Desejo muito perfume e música. Adoro música”, avisou seu Osório.

O Túmulo – No túmulo de nove metros de altura no Cemitério das Catacumbas, em Caçapava do Sul, o primeiro andar é distinto as orações. O segundo abrigará o seu caixão e quando sua companheira morrer, o caixão dela ficará ao lado do seu. O terceiro é um terraço com churrasqueira para festas de familiares e amigos. A obra que demorou três anos para ficar pronta, custou o mesmo que a construção de uma casa, “Em torno de 60 mil reais”.

 RBS transfere exibição de reportagem com seu Osório –  Na noite de domingo, dia 14 de julho de 2013, centenas de caçapavanos ficaram acordados até tarde para acompanhar a reportagem no Teledomingo com o pedreiro. O repórter da RBS Tv Bernardo Bortolloto esteve em Caçapava para gravar com seu Ósorio dia 5 de julho. No programa, seu Osório mostrou o túmulo com dois andares, decoração e a churrasqueira. Ele também mostrou o caixão feito por ele, pintado com as bandeiras do Rio Grande do Sul. Veja no link

Seu Osório concede entrevista ao SBT Brasil  – O caçapavano concedeu entrevista ao programa SBT Brasil. O repórter Andrei Rossetto esteve em Caçapava no dia 16 de junho e matéria foi ao ar na sexta-feira, dia 5 de julho deste ano. Veja no link

Seu Osório grava para o quadro Giro Domingão com Carol Nakamura – Sexta-feira, dia 06 de setembro, a repórter e assistente de palco do Domingão do Faustão, Carol Nakamura, junto com a equipe de produtores do programa, esteve em Caçapava do Sul para gravar uma matéria sobre o pedreiro caçapavano para o quadro Giro Domingão. A gravação para o programa do Domingão do Faustão começou por volta das 15h no Cemitério das Catacumbas, teve música com Banda Municipal Dr. Cyro Carlos de Melo, dança com dois casais da invernada artística do CTG Sentinela do Forte e um gaiteiro. A matéria foi ao ar no dia 29 de setembro de 2013.

 Por Priscilla Souza

Investimento em pastagens para maior rendimento do gado leiteiro. Foto: Maurício Nascimento

Em Caçapava do Sul, no ano de 2009, os criadores de gado leiteiro holandês se uniram para desenvolver um projeto de melhoramento genético da raça. A partir daí, houve um aumento de 23% na produção leiteira da cidade. Taxas de reprodução também subiram – cerca de 9% – assim como os índices de gordura do leite, o que resultou numa elevação do valor de mercado do produto.
O processo de reestruturação do gado em Caçapava começou pela otimização na alimentação do rebanho e estudos de solo, com a finalidade de descobrir a viabilidade do plantio das pastagens existentes. Depois da escolha das pastagens mais adaptáveis, foi feito um levantamento sobre as qualidades nutricionais de cada planta. Aliado a isso, foi desenvolvida uma ração balanceada que supria as necessidades nutritivas do animal e aumentasse seu potencial produtivo. Após tomar todos os cuidados com a alimentação, o rebanho já estava pronto para que fosse iniciada a segunda etapa do programa: homogeneizar o cio das vacas para que elas tivessem seu pico produtivo nas épocas do ano em que o produto tem mais valor de mercado. Para isso, foi utilizado um dispositivo colocado no cólon do útero das vacas que em determinado período forçava o animal a entrar no cio. Por fim, a última etapa é a alteração morfológica que permite a correção de defeitos genéticos que comprometiam a produção leiteira das matrizes. O processo escolhido foi o casamento genético, que consiste em analisar as qualidades que o touro e suas crias trazem em seu DNA com a probabilidade de sanar os defeitos morfológicos das matrizes. Leia a matéria completa no blog Noticiência.

Por Maurício Nascimento e Raul Kurtz, acadêmicos curso de Jornalismo da Unifra.