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Doses homeopáticas de fuga artística

Não há necessidade de contextualizar a sensação de desespero que parece rodear a todos. Individualmente, a busca pela informação está fazendo o retorno e se transforma em fuga. Tem sido impossível passar um dia sequer sem

Festa Literária recebeu Letícia Wierzchowski

Encerrando a noite de quinta-feira,12, a Festa Literária de Santa Maria recebeu a autora de “A Casa das Sete Mulheres”, Letícia Wierzchowski, para contar ao público sobre a alegria da escrita na sua carreira. O encontro

Festa Literária de Santa Maria começa quarta-feira

A Festa Literária de Santa Maria (FLISM) ocorre de 11 a 13 de setembro no auditório da CESMA – Coperativa dos Estudantes de Santa Maria. Durante a festa, o público pode participar de debates abertos, lançamentos de

1ª Maratona de Leitura em Santa Maria

  A cidade de Santa Maria irá receber no próximo dia 16 de agosto, a 1ª Maratona de Leitura. A ação visa envolver a cidade com 24 horas ininterruptas de leitura, e quer reforçar a identidade de

Concurso de Literatura Infantil está com inscrições abertas

Estão abertas as inscrições para o IX Concurso de Literatura Infantil Ignez Sofia Vargas promovido pela Academia Santa-mariense de Letras (ASL). Até o dia 31 de julho os interessados poderão inscrever seus trabalhos. Este tem como

Mania de Rita

Muito “roquenrou”. Assim pode-se resumir o que é o livro “Rita Lee, uma autobiografia”, lançado pela Globo Livros em 2016. Relato íntimo das vidas pública e privada da cantora, compositora, multi-instrumentista, atriz, escritora e ativista. Mulher

A dona da Livraria Space Gospel, Andreia Batista, participa desde 2019 divulgando o trabalho evangélico: “é muito pouco divulgado, eu vim pra Feira com esse intuito de mostrar que ainda existe uma livraria evangélica na cidade e o público tem buscado”. Ela nos conta que o livro que mais sai em sua banca é a Bíblia, mas que outros livros também de cunho religioso têm sido muito vendidos. “A Feira é importante, tem várias livrarias que dizem ser da cidade e eu não conheço, na Feira temos a oportunidade de ver quantas livrarias tem na nossa cidade e não sabemos. Aqui as pessoas têm a oportunidade de escolher uma variedade de livros”, argumentou ela. A comerciante fala que adquiriu o hábito da leitura há 16 anos: “Gosto da parte evangélica, não só da Bíblia mas também dos autores, as outras leituras também, cada um acaba encontrando o seu lugar e respeita seu lugar. Acho importante saber respeitar”. 

Andreia Batista é proprietária da Livraria Space Gospel. Imagem: Luiza Silveira

Já Lorenzo Brezolin participa da Feira desde 2015. Ele trabalha na banca da Cesma, onde vende livros dos mais variados tipos, desde literatura estrangeira a botânica. Para ele é muito importante o incentivo à leitura em uma era digital. Ele também ressalta que: “ é importante para a cidade, ainda mais que trás alguns autores de fora, ter  a oportunidade de ver eles pessoalmente“. Brezolin conta que lê muitos livros desde pequeno pois “meus pais são professores, eu cresci no meio dos livros”.

Lorenzo Brizolin é vendedor da Cesma. Imagem: Luiza Silveira

Colaboração: Luiza Silveira

Um romance. Em três partes. Escrito por uma dama. Foi com essa assinatura que Jane Austen publicou Orgulho e Preconceito na Inglaterra, no século XIX. Nessa época, os pseudônimos e as assinaturas anônimas deveriam ser adotados pelas escritoras que publicavam livros. Porém, não somente na Europa essa prática era comum. O primeiro romance abolicionista da literatura brasileira foi escrito por uma mulher. Maria Firmina dos Reis identificava-se como uma maranhense, e publicou Úrsula em 1859. O romance recebeu uma segunda edição, com o nome da autora, apenas em 1975. 

Livros escritos por mulheres. Foto: Denzel Valiente/LABFEM

“As mulheres entram na literatura com nomes masculinos para depois se revelarem. A sociedade não enxergava com bons olhos, pensava que eram mulheres muito avançadas, e, na verdade, eram!”, comenta Haydée Hostin Lima, poeta. Apesar da resistência e da presença das mulheres no ramo literário diminuir a adoção de pseudônimos e assinaturas anônimas, hoje ainda é possível perceber resquícios dessa prática. “Muitas mulheres assinam com pseudônimos masculinos para obterem mais aprovação do público e editoras. Ou seja, não é tão fácil ser mulher e fazer literatura, porque é como se não quisessem nos ouvir, mas a nossa voz é forte e poderosa”, relata Luciana Minuzzi, produtora editorial. 

Um exemplo é a autora de Harry Potter, Joanne Rowling, que foi orientada a identificar-se como J.K. para evitar que sua saga fosse restringida apenas a meninas. “Não há uma literatura própria deste ou daquele. Penso que uma das coisas que nos mostrou isso foi Harry Potter, pois meninos e meninas leram e se identificaram”, conta Nikelen Witter, escritora.

O espaço da mulher na literatura 

A identificação das autoras com seus respectivos nomes é apenas uma das formas de resistência das mulheres na literatura. A busca por espaço e voz em um ambiente predominantemente masculino ainda encontra diversos obstáculos. 

Segundo dados da Universidade de Brasília (UNB), mais de 70% dos livros publicados por grandes editoras brasileiras foram escritos por homens. A pesquisa compreende o período de 1965 a 2014 e foi realizada pelo Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea. Além disso, cerca de 90% dos livros publicados foram escritos por pessoas brancas. Outros dados que o levantamento apurou foram acerca do protagonismo das personagens, que são na maioria homens, brancos e heterossexuais. 

As mulheres ainda não são maioria também nos espaços dedicados à literatura. No Brasil, apenas oito mulheres compõem a Academia Brasileira de Letras. Até os anos 70, uma prerrogativa do estatuto da academia impedia que mulheres fossem aceitas, pois exigia membros apenas do sexo masculino. Duas escritoras, Amélia Beviláqua e Dinah Silveira Queiroz foram rejeitadas com base nesse artigo. 

Rachel de Queiroz, primeira integrante da Academia Brasileira de Letras. Foto: Acervo Instituto Moreira Salles

A primeira mulher aceita foi Rachel de Queiroz, em 1977, precedida por Dinah Silveira de Queiroz, em 1980; Lygia Fagundes Telles, em 1985; Nélida Piñon, em 1989; Zélia Gattai, em 2001; Ana Maria Machado, em 2013; Cleonice Berardinelli, em 2009; e, por fim, Rosiska Darcy, em 2013. 

Do mesmo modo, nas premiações as mulheres são ofuscadas. O Prêmio Nobel de Literatura, existente desde 1901, contemplou apenas quatorze mulheres. A última premiada, em 2013, foi a escritora bielorrussa Svetlana Aleksiévitch, autora de A guerra não tem rosto de mulher, Vozes de Tchernóbil, O fim do homem soviético, entre outros livros. 

Diante do espaço reduzido das mulheres na literatura, em 2014, a escritora e ilustradora britânica Joanna Walsh criou a hashtag #readwomen2014. A iniciativa tinha o objetivo de fomentar a leitura de livros escritos por mulheres e tornou-se um movimento global. No Brasil, a ideia de Joanna foi adaptada para uma versão presencial em livrarias e espaços culturais. Assim, surgiu um dos maiores clubes de leitura do país, o Leia Mulheres, que visa a leitura de obras escritas por mulheres, das clássicas às contemporâneas. 

Escritoras santa-marienses: quantas você já leu? 

Em Santa Maria, mulheres escritoras estão conquistando cada vez mais espaço no universo literário. Luciana Minuzzi considera que para as mulheres, ocupar um espaço na literatura é um ato político. “Acredito que tenham mulheres escrevendo nos mais diversos ramos da literatura. Vemos desde as formas mais tradicionais de publicação até nos slams de poesia na rua. Nos eventos literários, também vejo muitas mulheres na organização e no público. Ou seja, estamos aí e estamos criando”, expõe a escritora.

Luciana, que já publicou contos com temática de terror e suspense em antologias, ressalta ainda que  é preciso incentivar que mais mulheres escrevam. Contudo, entende que ainda é um processo complicado: “para que escrevam, precisam de tempo e é algo que muitas mulheres não têm em razão das jornadas triplas de trabalho”. 

Escritora, historiada e professora Nikelen Witter. Foto: Denzel Valiente/LABFEM

A ficção científica e o fantástico fazem parte da escrita de Nikelen Witter, autora de três romances: Territórios Invisíveis, Guanabara Real e a Alcova da Morte, e Viajantes do Abismo. A professora da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) acredita que o maior papel da mulher na literatura hoje “é romper com filtros que contam a história da literatura, que marcam o que é cânone, e os que dizem que o leitor homem não vai se identificar com uma protagonista mulher”. 

A historiadora, que tem como inspiração Ursula Le Guin, Octavia Butler e Margaret Atwood, reforça que é necessário incentivar a escrita das mulheres. Segundo ela, “historicamente, as mulheres sempre leram mais. Penso que é um momento para se apoderar desse espaço. Não estou dizendo que as mulheres escreviam menos, pelo contrário, as mulheres sempre escreveram muito, mas nós nunca chegamos ao cânone porque temos uma tradição de apagar, silenciar e esquecer as mulheres”. 

A literatura produzida por Tania Lopes é diversificada e envolve livros infantis, romances, contos e crônicas gaúchas. A escritora e artista plástica conta que desde criança escrevia pequenos versos. Natural de Itaqui, publicou o primeiro livro quando se mudou para Santa Maria. Integrante da Academia Santa-Mariense de Letras, acredita que existe uma representação forte das mulheres escritoras na cidade, tanto na universidade, quanto na parte criativa, de romances. 

Escritora e artista plástica Tania Lopes. Foto: Denzel Valiente/LABFEM

Tania, que foi patronesse da Feira do Livro de Santa Maria em 2004, relata que sempre escreveu em conjunto com homens: “Fui convidada a escrever um livro sobre os dez mandamentos, no qual era a única mulher. O livro era coletivo, um começava e passava para o outro. Quando recebi, os protagonistas, até então, eram advogado e professor de universidade. Pensei que estava muito elitista, então coloquei uma faxineira de protagonista”. 

Além disso, a artista plástica revela que o papel da mulher é essencial na literatura. “Ninguém escreve isenta de alguma coisa que viveu. Então, é necessário que as mulheres escrevam. A mulher cria, sofre, ama, desama, porque não colocar essas realidades na literatura?”, questiona a escritora. 

A poeta Haydée Hostin Lima é representante da Academia Santa Mariense de Letras e da Casa do Poeta. Autora de quatro livros, Coração Guepardo, O Telhado de Vidro, Tatuagem, Birds e diversas antologias, em 2015 foi patronesse da Feira do Livro de Santa Maria. Sobre as entidades, Haydée relata que ambas realizam encontros mensais (Academia) e semanais (Casa do Poeta). Enquanto todo o anos a Academia organiza o livro Prosa em Verso, na Casa do Poeta é estruturado o Elas por Elas, livro exclusivo com poesias das mulheres que fazem parte da Casa.

Livros de Tania Lopes. Foto: Denzel Valiente/LABFEM

Outras perspectivas sendo lidas em conjunto 

Aliando a prática da leitura e a representatividade da mulher na literatura, Monalisa Dias e Débora Leitão criaram o clube de leitura Bem Ditas. A diversidade de autoras, temas e estilos literários permeia a política de escolha dos livros do clube, que promove encontros desde 2017, no terceiro sábado do mês, no Salu’s Casa e Café. Até o momento, foram lidas 29 escritoras. Os encontros são organizados pelo grupo no Facebook (Bem Ditas – Clube de Leitura) e são abertos ao público que tem interesse. 

29º encontro do Bem Ditas sobre o livro Mamãe & Eu & Mamãe, de Maya Angelou. Foto: Bem Ditas Clube de Leitura.

Monalisa acredita que o papel da mulher na literatura é trazer outras perspectivas. “Tivemos durante tantos anos uma história que é contatada por homens brancos e europeus. Penso que mulheres de diferentes lugares do mundo têm contado suas histórias a partir de outros pontos de vista. Então, é importante que tenhamos outras escritas e outras histórias contadas, e que as mulheres consigam espaço na sociedade para escrever, publicar e serem lidas”, esclarece a antropóloga. 

A pesquisadora e professora da UFSM ainda relata que o principal benefício do clube é conseguir incluir um tempo de leitura de literatura na rotina e conhecer mulheres que escrevem de diversos lugares do mundo. “O clube é uma motivação, porque é muito bacana você ler um livro e querer falar sobre ele, e chegar em um lugar e encontrar vinte, trinta pessoas que leram, e trocar uma ideia. As pessoas podem conhecer mais mulheres e verem toda a potencialidade que a gente tem para escrever. E também criar mais um espaço de sociabilidade em Santa Maria”, alegra-se Monalisa. 

Se você tem interesse em ler mais livros escritos por mulheres pode começar pela  Coleção Folha Mulheres na Literatura. Renomadas escritoras compõem a coleção, como Clarice Lispector, Lya Luft, Mary Shelly, entre outras do Brasil e do mundo. Também pode acessar a Livraria Africanidades, especializada em literatura afro-brasileira, e encontrar títulos de Alice Walker, Angela Davis, Bell Hooks, entre outras. 

Texto produzido na disciplina de Jornalismo III, no 2º semestre de 2019, e supervisionado pela professora Glaíse Palma.

Não há necessidade de contextualizar a sensação de desespero que parece rodear a todos. Individualmente, a busca pela informação está fazendo o retorno e se transforma em fuga. Tem sido impossível passar um dia sequer sem que alguma notícia catastrófica alimente a dose de dores diárias que temos vivido. E se não bastasse o desgoverno, há também aqueles dias em que perdemos pessoas que carregavam o poder de fazer arte.

No dia 25 de agosto último, morreu Fernanda Young. Atriz, escritora, roteirista, bordadeira, mãe, polêmica e amada, visto que, naquele dia não se falou em outra coisa que não o vazio artístico que fica. É em tempos de dor e perda, de artistas especialmente, que nasce a sede e a necessidade de consumir arte. A gente precisa encontrar beleza em algo. Por isso, este mês decidi compartilhar “doses homeopáticas de fuga artística”. Segue a lista:

“Grande Magia – Vida Criativa Sem Medo”, de Elizabeth Gilbert, é um livro daqueles que a gente começa a ler e esquece do tempo. Nesse texto a autora discorre sobre o processo de escrita e criatividade. Recomendo para quem ama ler, quer se aventurar no mundo da escrita e para quem tem curiosidade sobre como funciona o processo criativo. Sim é a mesma escritora de “Comer, rezar e amar”.

“Só garotos” não é exatamente uma leitura leve, mas Patti Smith sabe colocar doses de inspiração e doçura até nas histórias mais difíceis.

Que não dá para fugir da realidade nós sabemos. Uma possibilidade para contornar a realidade seja trazer um pouco de magia e fantasia. Por isso, a terceira recomendação também é literária. “Cem anos de solidão”, de Gabriel García Márquez, dispensa apresentações e é perfeito por ser um clássico do gênero realismo fantástico.

No Instagram o perfil da Obvious (@obviousagency) publica diariamente conteúdo sobre autoestima, vida real, mulheres, astrologia, etc. O compilado de tudo transforma o feed em um lindo mural de inspirações.

Não foi fácil pensar em conteúdos mais leves para compartilhar aqui. A verdade é que está bem difícil para todo mundo. Cadê as pessoas escrevendo poesia? Cadê as histórias de amor? Não sei. Se alguém encontrar, por favor, compartilhe.

Este texto não pretende negar a realidade ou fingir que toda dor não existe. Tem muita coisa que precisa ser feita e dita, sim! Mas a gente esquece que não é só o smartphone que precisa ser recarregado. Nós também precisamos de descanso, de motivos para continuar e de momentos para recarregar as baterias.

 

 

Arcéli Ramos é jornalista egressa da UFN. Repórter da Agência Central Sul em 2015. Com pesquisas na área jornalismo literário e linguagem, hoje também estuda “Pesquisa de tendências”. É colaboradora na New Order, revista digital na plataforma Medium, e produz uma newsletter mensal

 

Encerrando a noite de quinta-feira,12, a Festa Literária de Santa Maria recebeu a autora de “A Casa das Sete Mulheres”, Letícia Wierzchowski, para contar ao público sobre a alegria da escrita na sua carreira. O encontro estava marcada para às 19 horas, na Cesma e foi mediado por Gérson Werlang. 

Escritora e roteirista, Letícia é uma das grandes vozes do romance contemporâneo no nosso estado. Gaúcha, nascida em Porto Alegre, é a grande mulher por trás da obra que fez sucesso e encantou o Brasil inteiro, A casa das Sete Mulheres.

Escritora Letícia Wierzchowski encerrando a noite de quinta-feira da FLISM. Foto: Lavignea Witt

A escritora contou de onde surgiu a origem da ficção que fez sucesso e de onde saiu toda sua inspiração para escrever o livro que antes mesmo de chegar ao fim, estava confirmado como minissérie na rede globo. 

Letícia ainda participou no trabalho do roteiro que originou a minissérie ‘O tempo e o Vento”, de Érico Veríssimo – do qual é “super” fã – em conjunto com Tabajara Ruas. Totalizando 28 títulos lançados, entre romances, contos e literatura infanto-juvenil, a escritora relata na FLISM o início de sua carreira e como nasceu o amor que tem em escrever e criar histórias. 

Ainda pequena com seis anos aprendeu a ler. Embora sua família tivesse pouco contato com a leitura, sempre buscou ler muito. Após várias escolhas que não o trouxeram amor profissional, achou na escrita o seu futuro ideal. Com 22 anos ficcionou pela primeira vez. Foi quando viu que era o que realmente gostava e dedicou-se fortemente àquilo. Letícia fala que no início recebeu muitos “não”.  Embora na época não existisse internet e contato era mais complicado, ela nunca desistiu de correr atrás de seu sonho. Após receber o sim, Letícia não parou mais e seu crescimento veio à tona quando escreveu a obra baseada na literatura gaúcha e na voz feminina, A Casa das Sete Mulheres. 

A autora, ainda fala na importância da persistência que os jovens devem ter para com seus sonhos realizar. Além de expressar o quanto gosta de escrever ficções ambientadas nas sua terra, assim criando personagens e fatos que embora não existam, transmitem sentidos aos que leem e passam a existir na memória.  Ao final da noite, houve o lançamento do mais novo livro de Letícia, “O menino que comeu uma biblioteca”, com seção de vendas e autógrafos.

A Festa Literária de Santa Maria (FLISM) ocorre de 11 a 13 de setembro no auditório da CESMA – Coperativa dos Estudantes de Santa Maria.

Durante a festa, o público pode participar de debates abertos, lançamentos de livros e sessões de autógrafos. Neste ano, dez escritores brasileiros lançam suas obras no evento, além disso a FLISM promove discussões sobre literatura feminina, santa-mariense e fantástica.

Para esta edição, os painéis destacam escritores como Machado de Assis, Fernando Pessoa, Mário Quintana e Jack Kerouac. Entre os autores confirmados: Letícia Wierzchowski, Ignácio de Loyola Brandão e Leonel Caldela.

O evento é gratuito, ainda dá tempo de fazer sua inscrição neste link e participar da Festa Literária.

A Festa é uma promoção da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e idealizado pelos professores Raquel Trentin, Enéias Tavares e Gérson Werlang, com o objetivo de incentivar a leitura e propor conhecer novos autores.

Confira a programação

QUARTA-FEIRA . 11 DE SETEMBRO

19h – Abertura

Ignácio de Loyola Brandão 

Com as manhas que meus professores me ensinaram foi fácil ser escritor. Ou como quase me casei e fiquei em Santa Maria.

20h . Lançamento do Livro

Dessa terra nada vai sobrar, a não ser o vento que sopra sobre ela – De Ignácio de Loyola Brandão

 

QUINTA-FEIRA . 12 DE SETEMBRO 

14h . Fernando Pessoa “Tenho em Mim Todos os Sonhos do Mundo” 

Andrea do Roccio Souto & Raquel Trentin

15h . Narrativas transmídia: histórias do futuro? 

Enéias Tavares & Christopher Kastensmidt

16h . Machado de Assis: as multifaces do feminismo 

Eni Celidônio & Lucas da Cunha Zamberlan

17h . Jack Kerouac: 50 anos da morte do autor de On The Road

Gérson Werlang & Márcio Grings

18h . A crônica em Santa Maria

Marcelo Canellas & Candinho Ribeiro

19h . Letícia Wierzchowski 

A alegria da escrita

20h . Lançamento do Livro 

O menino que comeu uma biblioteca – De Letícia Wierzchowski

 

SEXTA-FEIRA . 13 DE SETEMBRO 

14H . Sherlock Holmes ontem e hoje

AZ Cordenonsi & Emanuele Coimbra

15h . Mario Quintana: 15 anos sem o anjo poeta

Pedro Brum Santos & Escobar Nogueira

16h . Literatura Fantástica e RPG: o universo de tormenta 

Leonel Caldela

17h . Ficção latino-americana de autoria feminina 

Anselmo Peres Alós & Renata Farias de Felippe

18h . Literatura de (em) Santa Maria

Leonardo Brasiliense & Vitor Biasoli

19h . ENCERRAMENTO

 

O evento é gratuito! Ainda dá tempo de fazer sua inscrição e participar da Festa Literária. Veja como, aqui.

Oficina de Pardais. Fotos: Pablito Diego/Há Cena

Os livros “Oficina de Pardais” e “Todos os Pardais do Mundo” serão lançados simultaneamente no próximo dia 12 de setembro, na Flism, Festa Literária de Santa Maria. A primeira obra é protagonizada por alunos de Escola de Ensino Fundamental Sérgio Lopes, de Santa Maria, e integra um projeto social desenvolvido pelo escritor Márcio Grings. Já o segundo livro trata de um conjunto de poemas assinados por Grings.

O haicai, denominação dada a um tipo de poema originário do Japão e expresso em versos curtos e objetivos, é o ponto de partida para os dois livros organizados pelo escritor santa-mariense Márcio Grings.  Grings explica que o haicai é marcado pela economia de palavras aplicada em poemas precisos e com uma estrutura diferente. Entre alguns representantes da técnica aqui no país estão Paulo Leminski, Guilherme de Almeida, Millôr Fernandes, Olga Savary, Matsuo Bashô e Mario Quintana. “Os temas trabalhados no haicai buscam a simplicidade, aparentemente até banais, mas tratam da fugacidade das coisas, de assuntos do cotidiano ou da natureza. É incrível poder dizer tanto em apenas três linhas”, explica Márcio Grings.

Coletânea de haicais explora a técnica japonesa em “Todos os Pardais do Mundo”

O sétimo livro assinado por Márcio Grings reúne 260 haicais produzidos em grande parte durante 2016 e 2017. A obra será publicada pela editora independente Memorabilia e, de acordo com o autor, a simbologia dos pardais, um dos mais urbanos habitantes do mundo animal, norteia a publicação. A obra conta com ilustrações da artista plástica Fran Culau e está sendo lançada em versão bilíngue (português/inglês). A intenção do escritor é fazer com que o livro atinja públicos mais distantes.

“O pardal é um intruso na terra dos homens, podemos dizer que trata-se de um autêntico personagem Dickensiano dos céus. Tal como um Oliver Twist do Mundo dos Pássaros, há uma insígnia de resistência em sua figura parda. Ele é a personificação de liberdade e adaptação às dificuldades que o viver proporciona”, afirma Márcio Grings.

Antes de “Todos os Pardais do Mundo”, o escritor lançou “Saindo da Linha” (2002), “Rock & Roll” (2004), “Vivendo À Sombra dos Gigantes” (2006), “A Nós, o Clube dos Descontentes”(2006), “Drive-In” (2013), “O Caminho Mais Longo” (2013), além de ter participado e organizado a coletânea “Santa Invasão Poética” (2002).

Oficina literária foi o berço do livro “Oficina de Pardais”

“Oficina de Pardais” nasceu como resultado de oficinas realizadas com crianças e adolescentes de 11 a 15 anos, todos alunos da EMEF Sérgio Lopes, localizada na Vila Renascença, região Oeste de Santa Maria. Durante as atividades, realizadas de abril a agosto de 2019 e coordenadas por Márcio Grings, os estudantes produziram haicais que agora serão apresentados no livro.

Porém, o embrião do livro “Oficina de Pardais” foi concebido em 2018, quando Grings participou da semana literária da escola. Na ocasião, a professora Daniela Barbosa fez a ponte entre o escritor e os alunos para estimulá-los a produzirem seus próprios haicais. Assim, o escritor orientou o processo autoral dos estudantes, apresentando a origem do gênero poético, estimulando a leitura e auxiliando a escrita de seus próprios poemas.
Um detalhe interessante durante o processo de produção do livro “Oficina de Pardais” é o fato de que parte dos poemas de “Todos os Pardais do Mundo” foi utilizada e retrabalhada como ferramenta didática durante as oficinas.

As publicações contam com recursos do Fundo Estadual de Cultura (FAC) e da Prefeitura Municipal de Santa Maria. O lançamento das obras literárias será na Cooperativa dos Estudantes de Santa Maria (Cesma), no dia 12 de setembro, às 18h, com entrada franca.

Por Ana Bittencourt, jornalista

1ª Maratona de Leitura em Santa Maria.

 

A cidade de Santa Maria irá receber no próximo dia 16 de agosto, a 1ª Maratona de Leitura. A ação visa envolver a cidade com 24 horas ininterruptas de leitura, e quer reforçar a identidade de Santa Maria como uma cidade cultura, que promove eventos voltados à formação de leitores. Além disso, tem como objetivo estimular a produção criativa de crianças, adolescentes e jovens em idade escolar — melhorando os índices de leitura e reconhecendo-a como um fator importante para a melhoria da educação formal.

Pode participar qualquer pessoa, de todas as idades, e a inscrição é feita previamente por meio do Formulário de Inscrição disponível na página da Maratona. A escolha dos textos/livros é livre, para que sejam divulgados e cada participante pode informar o texto/livro no ato da inscrição. As leituras vão acontecer em diferentes locais, como Biblioteca Municipal, escolas, empresas, praças, lares de idosos, etc. As programações oficiais serão divulgadas antecipadamente nas redes sociais e no site da Maratona. Elas podem ser feitas individualmente ou em grupo, em períodos a partir de 15 minutos.

 

Divulgação PMSM

Estão abertas as inscrições para o IX Concurso de Literatura Infantil Ignez Sofia Vargas promovido pela Academia Santa-mariense de Letras (ASL). Até o dia 31 de julho os interessados poderão inscrever seus trabalhos. Este tem como objetivo contribuir para a valorização da arte literária e sua leitura, incentivando a criação de obras de Literatura Infantil.

O concurso se divide em duas etapas: na primeira acontecem as inscrições dos textos, em que pessoas brasileiras natas ou naturalizadas, residentes de Santa Maria, e que não tenham publicado obras infantis de sua exclusiva autoria podem participar.

Os textos, em prova ou verso, deverão ter extensão mínima de 45 e máxima de 60 linhas, e dirigir-se a crianças na faixa dos 6 aos 10 anos. Cada participante poderá concorrer com até dois textos, encaminhando cinco (5) cópias de cada original, obedecendo à seguinte formatação: Word, fonte Times New Roman, corpo 12, entrelinhas com espaçamento duplo. As páginas deverão ser todas numeradas e impressas em papel A4, grampeadas ou encadernadas.

Os originais deverão ser inéditos e não ilustrados. A identificação dos concorrentes deverá ser feita por meio de pseudônimos. Dentro de um envelope lacrado e identificado externamente com o pseudônimo, deve conter digitados, assinados e datados, um documento com os dados pessoais do participante e o termo de compromisso, garantindo que o vencedor irá estar presente na próxima Feira do Livro para o lançamento do seu.

As inscrições devem ser entregues na Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer da Prefeitura de Santa Maria, e a premiação acontecerá no dia 12 de agosto de 2019, quando a entidade dará conhecimento do resultado aos inscritos, através de seus e-mails ou número telefônico. O prêmio de 1º lugar será a publicação de seu texto em livro ilustrado, o recebimento de 50 exemplares e o valor de R$ 1.000,00. No 2º e 3º lugares recebem menção honrosa, e todos os inscritos ganham livros publicados por autores da ASL.

Em um segundo momento, as inscrições de ilustradores devem ser feita no período de 20 de agosto a 2 setembro, onde será fornecido um formulário a ser preenchido e assinado no ato, junto a uma cópia impressa do texto vencedor. A proposta da ilustração deverá ser encaminhada até o dia 16 de setembro, e o resultado será divulgado até o dia 23 de setembro, também por e-mail. O vencedor da ilustração terá até o dia 18 de outubro para encaminhar prontas todas as ilustrações do livro.

O vencedor do 1º lugar para ilustração irá ter seu trabalho publicado no livro,a  ser editado com a história vencedora, o recebimento de 50 exemplares e o valor de R$ 1.000,00, com seu nome escrito na capa da obra. A entrega de ambas as premiações e o lançamento do livro vencedor acontecerão em jantar festivo da ASL, no dia 6 de dezembro, com a participação de representantes das entidades de patrocínio, dos inscritos e de convidados dos vencedores.

O restante da edição total de 600 exemplares será destinado à doação para escolas e professores da área de Educação Infantil, bibliotecas de entidades socioculturais e para as entidades patrocinadoras.

Começou na última quarta-feira, dia 22 de maio, o 1º Congresso de Literatura InfantoJuvenil de Santa Maria. A fim de promover o livro e a leitura, possibilitando o debate entre professores, autores e pesquisadores,  foram proporcionadas oficinas, sessões de autógrafos, leitura compartilhada, saraus de leitura, minimaratonas de leitura nas escolas, mesas redondas e espetáculos.

A realização trouxe à tona o ensino através da leitura, a qualidade da produção dos livros infantis e juvenis, e a importância da literatura infantil, buscando construir um espaço de reflexão e debate e repensar o processo de formação de leitores no âmbito educacional.

A abertura oficial contou com o espetáculo No fundo da mata ouvi… do músico, ator e contador de histórias Roberto Freitas no Theatro Treze de Maio. Ele é pesquisador da cultura popular e se apresenta em todo o Brasil em congressos e festivais de literatura.

Roberto Freitas ministrando a oficina Os Pontos de Quem Conta e Lê um Conto. Fotos: Ronald Mendes

Convidando a plateia a fazer uma viagem pelo mundo imaginário, Freitas narra histórias de humor, terror, amor e dor. Ele explica que histórias são libertas e não podem ser aprisionadas. Elas acontecem, de certa forma, por ele e as pessoas  estarem lá naquele momento e daquele jeito. “A vida é assim, é passageira, e a preciosidade da história é exatamente isso, é o respeito a esse momento único que nunca mais se repetirá”, afirma Freitas.

Durante os dias 23 e 24, na Antiga Reitoria da UFSM, estavam sendo ministradas oficinas no turno da manhã e da tarde. Entre as seis oficinas, Roberto Freitas ministrou a Os Pontos de Quem Conta e Lê um Conto, onde ele fala das possibilidades da história como uma ferramenta pedagógica. “Eu estimulo os professores a usarem a história como um canal para comunicar conceitos e torná-los mais interessantes e instigantes”, aponta.

Já a oficina do pernambucano Luciano Pontes chamava-se Narrativa Visual e Caminhos da Leitura. Ele, que é escritor, ator, diretor teatral e contador de história já recebeu o Prêmio APACEPE de Teatro com o espetáculo Seu Rei Mandou. Em sua oficina, busca ensinar sobre estratégias de construção práticas de uma narrativa visual, a partir de exercícios simples, também trabalhando a questão do olhar, da apreciação e da leitura de imagens como um todo.

A oficina de Luciano Pontes sobre Narrativas Visuais e Caminhos da Leitura.

Os livros de imagem são narrativas que não tem a presença da palavra verbal impressa, exigindo um certo nível de comprometimento na leitura, que por não ter a palavra que explica ou descreve alguma coisa, pode distanciar o leitor. Porém, Pontes defende que “essas imagens convidam o leitor aquela sequencial de forma diferente, é uma contribuição na formação do olhar desse leitor”.

O escritor e ilustrador André Neves conta que começou sua carreira fazendo livros visuais, em que a narrativa é toda visual. “Eu comecei a perceber que a força da imagem é muito importante pra narrar uma história, e que a imagem está, cada vez mais, tendo uma função maior”. Neves relata que um livro sem palavra tem o mesmo potencial que um com, mas é preciso que se olhe atentamente para estas imagens. “Ele alimenta a linguagem visual das pessoas, além do imaginário da história, da própria percepção que a pessoa vai ter da leitura e do aprendizado que vai ter”. Ainda comenta que a ilustradora polonesa, Kveta Pacovska diz que o livro para infância é o primeiro museu da criança, sua primeira exposição de arte.

Neves tem livros publicados no Brasil e no exterior, participa de mostrar e exposições de ilustrações, além de ser professor de cursos dedicados à leitura, literatura e ilustração. É o escritor homenageado do Congresso, e sua oficina se chama Esses Livros para a Infância. Nela, Neves procura trazer conhecimentos sobre a literatura contemporânea e suas grandes possibilidades narrativas, usando a leitura de textos e imagens como ponto de partida para a aquisição do conhecimento e pensamento crítico.

A oficina Esses Livros para a Infância foi ministrada por André Neves.

Luciano Pontes e André Neves, que já colaboraram em livros como Ouvindo as Conchas do MarUma História sem Pé nem Cabeça, ainda contaram sobre seu próximo projeto. A partir de uma provocação das ilustrações de Neves, o Luciano Pontes e o pernambucano, Fábio Monteiro escreveram textos. “Isso é a inversão do processo de criação, porque, geralmente, o ilustrador parte da palavra”, explica Pontes. Também divulgam que o livro é uma homenagem ao poeta Fernando Pessoa e são duas histórias distintas que dialogam entre si.

Para o encerramento do 1º Congresso de Literatura Infantojuvenil, o espetáculo Seu Rei Mandou será apresentado no dia 24 de maio, às 19h no Theatro Treze de Maio. Ele aborda um universo fabuloso da realeza por meio de releituras cômicas e poéticas de contos populares, como: A Lavadeira Real, O Rato que Roeu a Roupa do Rei de Roma, e O Rei Chinês Reinaldo Reis. É necessária a retirada de convites na bilheteria do Theatro.

Muito “roquenrou”. Assim pode-se resumir o que é o livro “Rita Lee, uma autobiografia”, lançado pela Globo Livros em 2016. Relato íntimo das vidas pública e privada da cantora, compositora, multi-instrumentista, atriz, escritora e ativista. Mulher que mais vendeu discos no país, cerca de 55 milhões, e conhecida como a “Rainha do Rock Brasileiro”.

A obra nos transporta naturalmente ao passado de Rita, indo desde sua infância no subúrbio da capital paulista até a velhice, passando por diversas fases que marcaram sua vida pessoal e carreira. Podemos deitar e rolar com seus relatos espirituosos. A sensação é de que estamos sentados ao lado da autora, conversando com ela como se fosse uma de nossas amigas mais íntimas.

Nesse bate-papo, a auto-intitulada ovelha negra da família não faz discurso de Madalena arrependida, pelo contrário. Assume que, nos sessenta e nove anos relatados no livro, passou por praticamente todos os vícios em substâncias que poderia. Começando com o gosto pelo açúcar, quando criança, até chegar ao alcoolismo, que afirma ter sido a pior.

 

Nome: Rita Lee, uma autobiografia.

Autora: Rita Lee.

Editora: Globo Livros.

Ano: 2016.

Número de Páginas: 296.

País de origem: Brasil.

Onde encontrar: Livraria Saraiva.

Preço: 26,90.

Revela o fascínio por Peter Pan e James Dean, seus primeiros crushes, conflitos que levaram ao fim suas parcerias com as bandas “Os Mutantes” (1968 a 1972) e “Tutti Frutti” (1973 a 1978). Somos apresentados aos bastidores não apenas desses grupos musicais, ou da carreira solo de Rita, mas também ao contexto histórico, político e social que representou e sofreu a Tropicália. Importante movimento musical que surgiu durante a ditadura militar e da qual a cantora fez parte, juntamente com figuras do calibre de Gilberto Gil e Caetano Veloso, ambos exilados por um tempo na Europa.

Vemos uma declaração de amor à Hebe Camargo, bem como uma inesperada e sincera amizade com Elis Regina. Já se perguntou porque o nome da filha da pimentinha é Maria Rita? O relacionamento profissional e passional primeiro com Arnaldo Baptista e depois Roberto de Carvalho, o doce vampiro com quem é casada até hoje. Passagens como o abuso sexual que sofreu na infância e a prisão quando estava grávida do primeiro filho emocionam, mostrando, mais do que uma artista que abusou de drogas, uma mulher feminista, que não teve medo de se impor em um meio dominado por homens em uma época de repressão. Como chegou a declarar em entrevistas, ao ouvir que rock é coisa de homem, “peguei meu útero, meus ovários e fui fazer roquenrrou”.

 

Texto produzido no primeiro semestre de 2018, para a disciplina de Jornalismo II, sob a orientação do professor Carlos Alberto Badke.