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Andrea Dip ressalta importância do jornalismo independente

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Andrea Dip explicou como a Agência Pública atua e como se mantém (Foto: Eduarda Garcia/Especial Multijor)

Olhares atentos, caneta e bloco de anotações na mão. Foi assim que na noite fria desta quinta-feira (12), ocorreu o Colóquio 100/20 – Jornalismo na era da internet. O evento, que lotou o Theatro Treze de Maio com estudantes de jornalismo de diversas cidades, foi organizado pela TV Ovo em parceria com o Curso de Jornalismo do Centro Universitário Franciscano e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Santa Maria. A TV Ovo é uma associação sem fins lucrativos criada em 1996 pelo professor Paulo Tavares e adolescentes participantes das oficinas de audiovisual.

O colóquio, realizado em formato de mesa-redonda, foi mediado pelo jornalista Marcelo Canellas, repórter especial do Fantástico, e contou com a presença de alguns jornalistas renomados em dois momentos do dia: o primeiro teve início às 16h e contou com a participação de Moisés Mendes, ex-colunista da Zero Hora, Francisco Karam, professor de Jornalismo na UFSC e especialista em ética jornalística, e Lúcio Flávio Pinto, jornalista independente e fundador do Jornal Pessoal. Flávio não veio devido ao agravamento em sua labirintite, mas enviou um vídeo sobre sua trajetória. O assunto da tarde foi: “Novas plataformas, debate público e agendamento na era da internet”.

Em um segundo momento, às 19h, começou a segunda etapa com o tema “Novas plataformas, investigação e grande reportagem na era da internet”. Os convidados foram o jornalista Mauri König, que atuou na Gazeta do Povo de Curitiba e hoje escreve para Folha de São Paulo, Humberto Trezzi, repórter da Zero Hora, e Andrea Dip, repórter da Agência Pública de Reportagem e Jornalismo Investigativo.

Repórter da Agência Pública comenta como investigar com independência

Andrea Dip é vencedora na categoria “repórter de site de notícias” no 11º Troféu Mulher Imprensa, e do prêmio Tim Lopes de Jornalismo Investigativo, por seu trabalho de 2014, antes da Copa do Mundo, uma HQ sobre a prostituição infantil no Ceará.

Especialista em grandes reportagens investigativas, Andrea falou sobre a importância do jornalismo independente no momento atual, reiterando que nesse tipo de jornalismo “é de fato produzido um conteúdo melhor”. Segundo a jornalista, “é uma fórmula mais simples, quando o repórter não tem que prestar contas nem satisfação pra anunciantes ou tem que deixar de abordar um assunto de alguma maneira porque isso pode de alguma forma prejudicar a relação do veículo com o financiador, isso enriquece muito o jornalismo”.

A repórter também afirma que quando os jornalistas partem para o ramo independente, já buscam qualidade, no sentindo de que “têm total liberdade pra fazer uma reportagem verdadeira e aprofundada”. Isso, segundo Andrea, não significa que a reportagem será boa, pois é preciso ter paixão e gosto pelo que se faz e é isso que vai garantir a qualidade final do produto.

Sobre o Colóquio 100/20, Andrea ficou muito feliz com o que viu e ouviu. “Foi ótimo. Eu gosto muito quando o público participa e pergunta. Todo mundo ficou do início ao fim, até passamos da hora programada. Acho que esse é o objetivo”, ressalta.

Ela ainda reforçou a importância de eventos como o colóquio para o jornalismo investigativo e independente: “Eu fico muito, muito feliz de fazer parte de eventos como esse. Eles renovam as minhas esperanças por saber que existem pessoas que estão pensando reportagem e jornalismo investigativo e independente. Isso dá um alívio porque a gente entende que novas forças vão se somar a nós em breve, e todos vamos juntos no mesmo barco. Então, temos que remar pro mesmo lado!”

A Agência Pública, onde Andrea é repórter, é uma empresa jornalística independente, sem fins lucrativos, criada por três mulheres. “A gente acredita que toda informação deve ser compartilhada e replicada pelos grandes e pequenos veículos”, explica a importância do Copy Left.

Por fim, Andrea deixou uma mensagem aos estudantes que acompanharam o colóquio: “Eu também gostaria de dizer pra os estudantes terem muita paciência, muita força pra lutar porque esse vai ser um momento difícil pra nossa história, um momento de retrocesso em nossos direitos já conquistados, que são poucos. Então, força! E vamos pra cima deles!”

Por Andrielle Hoffmann, Fernando Cezar e Thayane Rodrigues para a disciplina de Jornalismo Digital I

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Andrea Dip explicou como a Agência Pública atua e como se mantém (Foto: Eduarda Garcia/Especial Multijor)

Olhares atentos, caneta e bloco de anotações na mão. Foi assim que na noite fria desta quinta-feira (12), ocorreu o Colóquio 100/20 – Jornalismo na era da internet. O evento, que lotou o Theatro Treze de Maio com estudantes de jornalismo de diversas cidades, foi organizado pela TV Ovo em parceria com o Curso de Jornalismo do Centro Universitário Franciscano e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Santa Maria. A TV Ovo é uma associação sem fins lucrativos criada em 1996 pelo professor Paulo Tavares e adolescentes participantes das oficinas de audiovisual.

O colóquio, realizado em formato de mesa-redonda, foi mediado pelo jornalista Marcelo Canellas, repórter especial do Fantástico, e contou com a presença de alguns jornalistas renomados em dois momentos do dia: o primeiro teve início às 16h e contou com a participação de Moisés Mendes, ex-colunista da Zero Hora, Francisco Karam, professor de Jornalismo na UFSC e especialista em ética jornalística, e Lúcio Flávio Pinto, jornalista independente e fundador do Jornal Pessoal. Flávio não veio devido ao agravamento em sua labirintite, mas enviou um vídeo sobre sua trajetória. O assunto da tarde foi: “Novas plataformas, debate público e agendamento na era da internet”.

Em um segundo momento, às 19h, começou a segunda etapa com o tema “Novas plataformas, investigação e grande reportagem na era da internet”. Os convidados foram o jornalista Mauri König, que atuou na Gazeta do Povo de Curitiba e hoje escreve para Folha de São Paulo, Humberto Trezzi, repórter da Zero Hora, e Andrea Dip, repórter da Agência Pública de Reportagem e Jornalismo Investigativo.

Repórter da Agência Pública comenta como investigar com independência

Andrea Dip é vencedora na categoria “repórter de site de notícias” no 11º Troféu Mulher Imprensa, e do prêmio Tim Lopes de Jornalismo Investigativo, por seu trabalho de 2014, antes da Copa do Mundo, uma HQ sobre a prostituição infantil no Ceará.

Especialista em grandes reportagens investigativas, Andrea falou sobre a importância do jornalismo independente no momento atual, reiterando que nesse tipo de jornalismo “é de fato produzido um conteúdo melhor”. Segundo a jornalista, “é uma fórmula mais simples, quando o repórter não tem que prestar contas nem satisfação pra anunciantes ou tem que deixar de abordar um assunto de alguma maneira porque isso pode de alguma forma prejudicar a relação do veículo com o financiador, isso enriquece muito o jornalismo”.

A repórter também afirma que quando os jornalistas partem para o ramo independente, já buscam qualidade, no sentindo de que “têm total liberdade pra fazer uma reportagem verdadeira e aprofundada”. Isso, segundo Andrea, não significa que a reportagem será boa, pois é preciso ter paixão e gosto pelo que se faz e é isso que vai garantir a qualidade final do produto.

Sobre o Colóquio 100/20, Andrea ficou muito feliz com o que viu e ouviu. “Foi ótimo. Eu gosto muito quando o público participa e pergunta. Todo mundo ficou do início ao fim, até passamos da hora programada. Acho que esse é o objetivo”, ressalta.

Ela ainda reforçou a importância de eventos como o colóquio para o jornalismo investigativo e independente: “Eu fico muito, muito feliz de fazer parte de eventos como esse. Eles renovam as minhas esperanças por saber que existem pessoas que estão pensando reportagem e jornalismo investigativo e independente. Isso dá um alívio porque a gente entende que novas forças vão se somar a nós em breve, e todos vamos juntos no mesmo barco. Então, temos que remar pro mesmo lado!”

A Agência Pública, onde Andrea é repórter, é uma empresa jornalística independente, sem fins lucrativos, criada por três mulheres. “A gente acredita que toda informação deve ser compartilhada e replicada pelos grandes e pequenos veículos”, explica a importância do Copy Left.

Por fim, Andrea deixou uma mensagem aos estudantes que acompanharam o colóquio: “Eu também gostaria de dizer pra os estudantes terem muita paciência, muita força pra lutar porque esse vai ser um momento difícil pra nossa história, um momento de retrocesso em nossos direitos já conquistados, que são poucos. Então, força! E vamos pra cima deles!”

Por Andrielle Hoffmann, Fernando Cezar e Thayane Rodrigues para a disciplina de Jornalismo Digital I