Alunos do curso de Jornalismo da UNIFRA estão desenvolvendo dois curtas-metragens. O curta da vez é “Laços”, uma trama com engajamento social que fala de preconceitos e drama psicológico. O trabalho é feito na disciplina de Cinema II, sob a orientação da professora Kitta Tonetto, quando a turma de 6° semestre é dividida em duas equipes para serem elaborados os projetos.
A aluna Victoria Debortoli, roteirista, conta um pouco sobre a história da bailarina Bia, “ela é muito cobrada pela mãe por ser acima do peso dito como padrão, Bia sofre muito por isso. Mas, um dia antes do espetáculo, ela tem um sonho… O final o pessoal precisa assistir para saber.” “Toda a pressão psicológica, tanto de alguém de fora quanto de ti mesmo, causa efeitos e tu ser diferente não te impede de fazer aquilo”, disse Victoria.
O processo de preparação começou ainda na disciplina de Cinema I. Em Cinema II foi composta uma banca, por professores e profissionais, onde foram escolhidos os dois roteiros. A partir daí, foram divididas as equipes e os alunos buscaram atores, figurinos e patrocínios.
A diretora é a aluna Tisa Lacerda. “Para termos subsídios para fazermos o curta, assistimos muitos filmes como referências desde a cadeira de Cinema I, discutíamos as ações e planos para que tivéssemos subsídios para gravar o curta”, disse Tisa.
São dois dias intensos de gravação e muitos ajustes. Os alunos contam com o apoio técnico do cinegrafista Alexsandro Pedrollo e, para as edições, alguns profissionais da UNIFRA, o resto fica por conta do grupo.
Bia, a personagem principal, é interpretada pela atriz Nizer Fontoura, santa-mariense formada em artes cênicas. Ela conta que se sente honrada por ter sido convidada a fazer parte deste trabalho. “Está muito organizado, maravilhoso… Estou muito feliz com este projeto por tratarem de uma temática que luta contra o preconceito. Me acrescenta muito como atriz e pessoa”, diz Nizer.
“É um trabalho bem onírico e sensível, estamos nos dedicando ao máximo e espero que toquemos os corações das pessoas, desta forma, o curta é uma ferramenta de poder. Desde pequenos sempre sofremos com esses padrões impostos pela sociedade, é cruel e nos sufoca. Cada pessoa tem sua beleza, devemos ter empatia, nos colocarmos no lugar das pessoas, além de buscarmos direitos iguais e quebra de discriminação, é pelo o que luto desde pequena, porque eu sofria com isso. O público, através desta maneira diferente de mostrar a realidade que são as produção cinematográficas, pode se identificar no lugar de Bia. Essa personagem é muito linda e emponderada, estou muito feliz por fazê-la”, declara Nizer.
“E sobre o balé, é uma dança bem exigente e rigorosa, duas meninas do grupo, que são bailarinas, me orientaram e ensinaram alguns passos, elas me deram todo o apoio. Tive muita vontade de ser bailarina quando era criança, mas, como meu biotipo sempre foi acima do peso, nunca tive a oportunidade. Palavras não conseguem expressar o quão bom e importante esse papel é para mim por causa da minha vida”, fala Nizer.
A estréia do curta-metragem está prevista para o dia 23 de novembro. Para quem quiser saber mais e conferir cada passo desse processo de criação, será criada uma página no Facebook especialmente para o curta.