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Cronistas debatem sobre a crônica no Flism

A crônica, apesar de ser um gênero menor da prática literária, ainda assim chamou a atenção dos santa marienses para o Flism, na noite de quinta feira, 12. Para falar e debater sobre esse gênero textual, foram convidados os cronistas Orlando Fonseca, Marcelo Canellas e Candinho Ribeiro. O jornalista Marcelo Canellas, por não poder adiar compromissos, não pode comparecer ao evento.

Candinho Ribeiro e Orlando Fonseca presentes no Flism. Foto: Emanuely Guterres/ Agência CentralSul.

Antonio Candido Ribeiro, conhecido como Candinho, começou o painel contando um pouco sobre sua trajetória com a crônica. Formado em Direito pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), começou a escrever para o Jornal A Razão e, um tempo depois, para o Diário de Santa Maria. Conhecido como o mais rígido dos cronistas Santa Marienses, fala com prazer sobre o gênero que tanto gosta de escrever. ”A crônica tem um papel fundamental no jornal, seja ele qual for — para atrair leitores. É por isso que em meus textos, busco sempre dialogar com o leitor, trazer ele para o texto. Posso afirmar que traz bons resultados”, explicou Candinho. Quando questionado sobre a produção da crônica, disse que qualquer um pode escrever, desde que não desista no primeiro obstáculo e que permaneça com um mínimo de qualidade. Muitos nomes da crônica no Brasil foram abordados, como Machado de Assis, Rubem Braga, mas o que o escritor mais admira é Luiz Fernando Veríssimo. ”Não tenho palavras para descrever Veríssimo”, contou.

Orlando Fonseca lembra que começou a escrever neste mesmo gênero, quando ingressou no curso de Letras, pois sentia necessidade de refletir sobre seu trabalho e, por consequência, praticar o seu texto. Os cronistas locais e seus periódicos foi o assunto mais abordado pelo escritor, como nomes de Roque Callage, João Belém, Romeu Beltrão e Carlos Drummond de Andrade. Ele comenta que esta prática literária nasce do cotidiano, coisas simples, que geralmente não são noticiadas pelos meios de comunicação. ”O cronista busca as coisas mais simples da vida, as experiências das pessoas. Então, precisamos de disponibilidade para ser observador, não podemos ser impassivos diante daquilo que vimos. O cronista responde imediato às notícias do cotidiano, e faz uma crônica de imediato”, explica.

Nas perguntas do público se pode  notar o entusiasmo dos cronistas em dar dicas e conselhos para quem deseja seguir esta carreira. Para os escritores, o leitor precisa ser persuadido logo nas primeiras frases, para então sentir vontade de continuar lendo o texto. Para Candinho Ribeiro, a crônica se alimenta de tudo, por isso, o cronista possui liberdade suficiente para inventar a sua ‘saída’. ”Ele é provocado por algo que vê, que sente, que ouve e por isso escreve crônicas”, finalizou Orlando.

 

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A crônica, apesar de ser um gênero menor da prática literária, ainda assim chamou a atenção dos santa marienses para o Flism, na noite de quinta feira, 12. Para falar e debater sobre esse gênero textual, foram convidados os cronistas Orlando Fonseca, Marcelo Canellas e Candinho Ribeiro. O jornalista Marcelo Canellas, por não poder adiar compromissos, não pode comparecer ao evento.

Candinho Ribeiro e Orlando Fonseca presentes no Flism. Foto: Emanuely Guterres/ Agência CentralSul.

Antonio Candido Ribeiro, conhecido como Candinho, começou o painel contando um pouco sobre sua trajetória com a crônica. Formado em Direito pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), começou a escrever para o Jornal A Razão e, um tempo depois, para o Diário de Santa Maria. Conhecido como o mais rígido dos cronistas Santa Marienses, fala com prazer sobre o gênero que tanto gosta de escrever. ”A crônica tem um papel fundamental no jornal, seja ele qual for — para atrair leitores. É por isso que em meus textos, busco sempre dialogar com o leitor, trazer ele para o texto. Posso afirmar que traz bons resultados”, explicou Candinho. Quando questionado sobre a produção da crônica, disse que qualquer um pode escrever, desde que não desista no primeiro obstáculo e que permaneça com um mínimo de qualidade. Muitos nomes da crônica no Brasil foram abordados, como Machado de Assis, Rubem Braga, mas o que o escritor mais admira é Luiz Fernando Veríssimo. ”Não tenho palavras para descrever Veríssimo”, contou.

Orlando Fonseca lembra que começou a escrever neste mesmo gênero, quando ingressou no curso de Letras, pois sentia necessidade de refletir sobre seu trabalho e, por consequência, praticar o seu texto. Os cronistas locais e seus periódicos foi o assunto mais abordado pelo escritor, como nomes de Roque Callage, João Belém, Romeu Beltrão e Carlos Drummond de Andrade. Ele comenta que esta prática literária nasce do cotidiano, coisas simples, que geralmente não são noticiadas pelos meios de comunicação. ”O cronista busca as coisas mais simples da vida, as experiências das pessoas. Então, precisamos de disponibilidade para ser observador, não podemos ser impassivos diante daquilo que vimos. O cronista responde imediato às notícias do cotidiano, e faz uma crônica de imediato”, explica.

Nas perguntas do público se pode  notar o entusiasmo dos cronistas em dar dicas e conselhos para quem deseja seguir esta carreira. Para os escritores, o leitor precisa ser persuadido logo nas primeiras frases, para então sentir vontade de continuar lendo o texto. Para Candinho Ribeiro, a crônica se alimenta de tudo, por isso, o cronista possui liberdade suficiente para inventar a sua ‘saída’. ”Ele é provocado por algo que vê, que sente, que ouve e por isso escreve crônicas”, finalizou Orlando.