Foi em março desse ano que vi uma luz no fim do túnel. Quando meus avós receberam a primeira dose da vacina. Seu Ari, meu avô, saiu bem brincalhão: “vou contar pra minha mãe que não doeu”. Dona Edir, minha avó, foi maquiada, unhas feitas, máscara combinando com a roupa, toda produzida para ser vacinada. Um momento feliz para nós. Um momento muito importante para eles. Os dois passaram por momentos difíceis, contraíram o maldito vírus. Passaram o natal por chamada de vídeo com a família. Mas passaram por essa, mais vivos do que nunca.
Minha família sofreu. Inúmeras famílias sofreram. Porém, vemos hoje uma corrida da vacina. Uma corrida do bem, os pilotos são os governadores, as equipes, todo o estado. Correndo para vacinar toda população até determinado mês. Na pista, alguns obstáculos, que as vezes possuem mais poder que os pilotos. Mas, ainda assim governadores habilidosos conseguem desviar e fazer boas voltas nesse trajeto longo. Parecido com a pista de Nurburgring, na Alemanha, um dos maiores circuitos da F1. Até agora, nosso estado corre igual ao heptacampeão Lewis Hamilton, a equipe com boas estratégias de corrida, se destacam bastante. Outras equipes estão nessa, outros estados correm contra o tempo (perdido).
Mas, nessa corrida da vacina não esperamos ter perdedores. Queremos que todos ultrapassem a linha de chegada juntos, com voltas rápidas e excelentes. Sem muitos obstáculos na pista. Para isso, a paciência do torcedor daquela equipe é necessária. A luz no fim do túnel irá chegar para todos. Mesmo aqueles que torcem contra. Porque você não troce contra seu próprio time, não é? Contra sua própria equipe? Então, todo mundo merece cruzar a linha de chegada, enxergar a bandeira quadriculada balançando e sentir a felicidade e a esperança de ser vacinado.
Por Lucas Saraiva, acadêmico do curso de Jornalismo na UFN e repórter-aprendiz na Agência Central Sul de Notícias.
Uma resposta
na torcida pelo teu SUCESSO.SUCESSO.Agora que li a reportagem.Tu és o nosso orgulho!!!!