Santa Maria, RS (ver mais >>)

Santa Maria, RS, Brazil

egressos

O jornalismo faz parte da minha vida

Como parte da programação dos 18 anos do curso de Jornalismo da UFN, a série Celeiro de Talentos apresenta o perfil do jornalista  Rodrigo Gonçalves, formado em dezembro de 2014. Essa bem sucedida trajetória profissional não

Projeto cultural Maria Cult lança financiamento coletivo

Santa Maria, além de ser conhecida como o “coração” do estado do Rio grande do Sul por sua localização geográfica, também é reconhecida por seus muitos artistas talentosos. Pensando nisso, dois jornalistas e ex-alunos do Curso

Rômulo D´Avila: bate-papo com jornalista egresso da UFN

Nessa quarta-feira, 29, o jornalista Rômulo D’Avila estará conversando com os alunos do curso de Jornalismo da Universidade Franciscana, onde se formou no ano de 2013. Rômulo estagiou na UFN e no grupo RBS, antes de

Cotidiano, jornalismo e opinião: você encontra aqui

A aposta da Agência Central Sul para 2019, além da produção semanal de conteúdo realizada por alunos do curso de Jornalismo da UFN, é contar com a colaboração de articulistas e cronistas egressos do curso e

Com capacidade de se conectar com as pessoas e sendo empática, esta é a jornalista formada desde 2018 pela Universidade Franciscana (UFN), Tisa de Oliveira, natural de Tapera. O jornalismo a escolheu logo em seu primeiro emprego. Com uma boa escrita e uma boa interpretação, ela conseguiu se consolidar na profissão, criando até mesmo seu próprio site de notícias.

Tisa terminou a graduação em 2018. Imagem: Arquivo pessoal

Iniciou sua trajetória na carreira, por indicação de seu professor de inglês, na década de 90. “O filho deste professor se formou e abriu um jornal na minha cidade. Como sempre me destaquei nesta questão da leitura e da escrita, eles foram até a minha casa me convidar para integrar a equipe deste novo empreendimento”, explica ela. Seu primeiro trabalho no ambiente foi como secretária, mas em questão de semanas já estava fazendo pequenas pautas. Ela relembra que: “Eu saía para apurar as informações, depois voltava para a redação, escrevia e salvava as matérias no disquete”. Para Tisa, foi aí que começou sua relação com o jornalismo. 

Em 2005, a jornalista mudou-se para Caçapava do Sul, onde esteve durante um período sem trabalhar por conta de estar cuidando de sua filha, que tinha apenas um ano. Mas não conseguiu ficar muito tempo parada, logo foi contratada pelo Jornal Gazeta de Caçapava, pois já tinha experiência na área. Ana Júlia Lacerda, filha de Tisa, ressalta que: “A mãe começou a trabalhar com o jornal em 2010, que é uma das minhas primeiras lembranças dela nessa profissão. Por mais que ela tenha começado a trabalhar até tarde no jornal, descobriu que era aquilo que ela gostava e que era aquilo que ela queria fazer. Ela tem uma capacidade de se conectar com as pessoas, é muito empática e eu acho que isso faz dela uma ótima jornalista, porque se coloca no lugar das pessoas”. Neste mesmo período, incentivada por seu chefe, Tisa iniciou o curso de Letras, no Centro Universitário da Região da Campanha (Urcamp), porém nunca concluiu. 

Ela atuou em jornais de Caçapava do sul. Imagem: Arquivo pessoal

Quando ingressou na UFN, em 2015, ela estava trabalhando no portal de notícias Farrapo. “Eu entrei mais madura. Eu já tinha uma experiência na área da comunicação, a prática, e eu fui em busca da teoria”, comenta a egressa. Por trabalhar durante o dia em Caçapava do Sul, ela acabava viajando todos os dias para Santa Maria, onde à noite estudava na instituição. Ela expõe que: “Eu não tinha como fazer os laboratórios. Isso é uma coisa que eu senti muita falta. Pois era uma forma de ter mais contato com os professores na universidade. O único momento que eu tinha esta oportunidade era à noite. Os laboratórios ofereciam uma área diferente daquela que eu tinha prática, que era o impresso e online. Sempre tive muita curiosidade, muita vontade de fazer, mas infelizmente a minha condição não me permitia participar”.

Tisa analisou em seu trabalho final de graduação (TFG) A construção do capital social do deputado Paulo Pimenta a partir da publicação de lives no Facebook.  Ela explica que, no terceiro semestre da graduação, já sabia qual tema queria desenvolver sua pesquisa. “No meu trajeto de trabalho, de vida profissional e vida universitária, eu fui parar na Câmara de Vereadores. Por isso, escolhi abordar a área política”, destaca a ex-aluna.  O projeto também foi desenvolvido com base nas redes sociais, pois, era um tema que a encantava por ser “uma ferramenta extraordinária, que tem uma força muito grande, desde que seja bem aproveitada”. E complementa: “Isso me intrigava, sim, porque as pessoas públicas, não só os políticos, não utilizavam essas ferramentas para divulgar os seus projetos e as suas ações. Claro que a gente sabe que em outras cidades, assim, capitais, isso já acontecia, mas em cidades pequenas ainda não. Por isso, eu fui estudar essa questão de como o Pimenta constituiu o capital social através das redes sociais dele, que era, e, continua sendo, Facebook e Instagram”.

Ela também recorda que sugeriu algumas pessoas para a orientação de seu TFG,  o escolhido para a acompanhar no desenvolvimento do trabalho foi a sua última opção, no caso o professor Bebeto Badke. “Ele até brincou, que eu não queria ele, mas ele foi maravilhoso. O meu texto ficou muito rico. O Bebeto contribuiu bastante, pois exigiu muito de mim e aí deu tudo certo. Tirei uma nota boa e a apresentação também foi tranquila. Mas porque estava muito certa e confiante de que era aquilo que queria escrever”, argumenta ela. A egressa também relata que não foi cansativo desenvolver o trabalho, a única parte que exigiu um pouco mais foi a leitura, mas: “Foi gratificante, para falar a verdade”.

Tisa já atuou no jornal impresso e online, e na assessoria de comunicação. A jornalista explica que todos os trabalhos que eu já tive me marcaram de alguma forma. “ Eu acho que o jornalismo impresso e online, você produz matérias que exigem mais apuração, que exigem muita pesquisa, conversar com mais pessoas, ouvir fontes técnicas. Quando você consegue colocar isso no papel de uma forma que afete o seu leitor, que quando o leitor vai ler aquilo, ele se enxerga no teu texto, isso é muito gratificante”, destaca a ex-aluna. 

A egressa também relembra uma situação curiosa em que quando ainda trabalhava com jornalismo impresso, o jornalista Euclides Torres, que era professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), lhe entregou um livro de obituários do The New York Times. “Então ele disse assim, você vai ler esse livro para aprender a escrever o obituário. Eu achei aquilo muito engraçado, mas enfim, eu li o livro e comecei a escrever. É extremamente difícil escrever este tipo de texto, porque a família está enterrando a pessoa e tu tem que estar lá questionando. Tinham pessoas que depois vinham e me falavam assim, eu chorei quando li o obituário no jornal. Ou então, outra vez uma pessoa também comentou o seguinte, essa pessoa que morreu nem era tão especial assim, mas o jeito que tu falou sobre ele, a gente sentiu, quem não conheceu com certeza sentiu vontade de conhecer. Então são comentários que te dão satisfação e alegria e tu, ufa, cumpri com o meu papel”, relata Tisa.

  Outra história que a marcou foi quando escreveu uma matéria sobre a Associação do Banco da Amizade (ABA), associação beneficente localizada em Caçapava do Sul e que era administrada por Onilady Pires, Tia Lady. O espaço estava precisando de doações, e quando a matéria saiu no jornal, várias arrecadações chegaram na ABA. “Então, isso é bem bacana, sabe, poder contribuir com a sua comunidade. É uma coisa assim que não tem preço, não tem o que pague isso”, evidencia a jornalista. Para ela são tantas histórias que ela deseja que um dia eu possa escrever um livro sobre os bastidores do jornalismo, pois elas são bem mais interessantes do que aquele pequeno recorte da notícia.

A jornalista também comenta que foi bem complicado administrar a vida durante a universidade, pois era casada e tinha uma filha pré-adolescente na época. Ana Júlia também comenta que: “Quando ela decidiu fazer a faculdade, acho que eu tinha 13 anos. Foi uma mudança para mim, o pai e a mãe. Eu a via pouco. Nos víamos aos finais de semana e no almoço. Foram quatro anos muito doidos, mas acho que trouxe experiências e memórias muito boas, porque eu sempre convivi muito com os colegas de trabalho dela. Tive oportunidades até de ver ela na faculdade e isto foi muito lindo”. Já Tisa expõe que: “Sabe aquele meme, aquelas frases de rede social que a janela de ônibus é o melhor psicólogo. Então, muitas vezes era assim. Geralmente, na volta eu pensava muito, porque na ida eu ia dormindo a viagem toda, morta de canseira. Às vezes, eu acordava já pensando, não vejo a hora de embarcar no ônibus para poder dormir e descansar. Mas, na volta, eu vinha divagando, assim, e a janela do ônibus, aquela paisagem correndo, e eu vinha pensando, meu Deus, o que eu estou fazendo”. Ela teve que iniciar duas vezes o curso, porém quando realmente se comprometeu  consigo mesma terminou a graduação. 

“Eu acho que, quando a gente ama o que faz, a gente sempre encontra o que fazer. Sempre tem portas te esperando. Como eu amo fazer comunicação, eu acho que eu me dou bem em tudo aquilo que eu me proponho. Tudo que surge na minha vida, eu me realizo. Então, depois que eu me formei, eu fui trabalhar com uma assessoria de comunicação, que é o que eu amo fazer. Foi muito bom essa experiência, esse período”, fala a egressa. 

Atualmente ela não está mais trabalhando nesta área, pois está empreendendo na área do turismo, onde é dona do Sítio Pedra Furada em Caçapava do Sul. “Eu acho que, nessa mudança que teve agora na minha vida, fez com que eu entendesse que tenho que me dedicar às coisas que a gente quer desenvolver. Estou me entregando da mesma forma que eu me entreguei aos meus outros trabalhos. Eu acho que tudo que eu aprendi na faculdade e na vida vão servir agora, nesse momento, que é isso que eu estou vivendo, que é empreender e poder colocar em prática também a questão da comunicação”, comenta. Para ela este é o momento em que pode se dar ao luxo de escolher se quer escrever ou não, por mais que ame muito a escrita. Quando tem este tempo foca em colocar todas as ideias de uma vez no papel. “Eu acho que, como jornalista, eu sou aquela bem clichê, que tem vontade de mudar o mundo e que ainda acredita que a comunicação é uma arma poderosa para que isso aconteça”, completa ela.

Perfil produzido no 1º semestre de 2023, na disciplina de Narrativa Jornalística, sob orientação da professora Sione Gomes.

Naiôn atua como repórter da Rádio Gaúcha. Imagem: Arquivo pessoal.

Dando continuidade à série de matérias do Celeiro de Talentos, trazemos o perfil do jornalista Naiôn Curcino. O egresso já estava ligado ao jornalismo desde a infância. Seu pai trabalhava com a comunicação desde muito cedo, tendo passado até mesmo por rádios e alguns jornais. Entretanto, foi apenas ao final do ensino médio que ele decidiu seguir este ramo, em parte devido ao esporte. “Acho que como 99% da gurizada, as mulheres tem crescido nessa área, mas principalmente os homens entram no curso de comunicação com o sonho de trabalhar com o jornalismo esportivo”, afirma.

Foi com cerca de 15 anos que ele começou a trabalhar com reportagens esportivas no jornal da família. Posteriormente, passou a assumir outras editorias como política, economia e saúde. Após um tempo, ele também começou a trabalhar com a diagramação. Naiôn alega que “isso foi muito importante para o meu crescimento como profissional e também me abriu muitas portas. Muito da grande mídia do estado quando tinha alguma pauta importante no município de Restinga Seca, me demandavam com informação, fontes e fotos”.

Ainda que morasse em Restinga Seca e se deslocasse diariamente até Santa Maria para acompanhar as aulas, sempre houve um aproveitamento do conhecimento adquirido. Mesmo que a distância não lhe tivesse permitido participar dos laboratórios do curso, suas faltas nas aulas eram muito raras.

Ao fim do curso, surgiu a chance de participar do projeto da RBS chamado Visita à Redação. Era feito uma prova onde, dependendo do desempenho, era possível ingressar em um estágio não remunerado de três meses em um dos veículos de comunicação disponíveis em Santa Maria. “Eu nunca tive muita experiência na TV. Quando eu tive a oportunidade de escolher, minha primeira opção foi a TV”, segundo o jornalista. Durante este período, Naiôn visitava semanalmente a RBS TV para acompanhar a rotina produtiva e fazer gravações testes de reportagens. Após esta experiência, houve um convite para estágio no Diário de Santa Maria: “a partir disso, em 2014, eu vim embora para Santa Maria para conseguir conciliar o estágio com a reta final da faculdade e os dois últimos semestres”.

Com estas portas abertas, Naiôn foi chamado para continuar no Diário logo após se formar. Tendo atuado profissionalmente pela empresa desde o início de 2015 até 2019, ele naturalmente passou por diversas editorias, tendo até assumido o cargo de editor do esporte. Ao final de 2019, ele migrou para a Rádio Gaúcha, onde trabalha até o momento.

“As pessoas costumam entrar no curso com uma ideia de editoria em mente. No mercado de trabalho, principalmente nos primeiros meses após o ingresso, é necessário ter a capacidade de passar por todos os assuntos. Hoje todas as editorias são muito interligadas. Futebol conversa com segurança, que conversa com política…”, afirma o jornalista. Entre outras características importantes atualmente para atuar no campo, ele ressalta que “é necessário ser multimídia. Ainda que se tenha mais conforto com um veículo de comunicação, tu vai ser frequentemente chamado para fazer trabalhos tanto na TV, quanto na rádio e no impresso”.

Ao longo do 1º semestre de 2022 alunos já graduados no curso de Jornalismo da Universidade Franciscana estiveram presentes em diversos momentos, seja para dialogar com os alunos ou fazer cobertura do vestibular.

Allysson Marafiga e Natalie Aires atuam como social mídia na prefeitura de Santa Maria e participaram da disciplina de Linguagem das Mídias. Allysson  comenta que foram 5 anos de muito esforço dedicado ao curso de jornalismo. Para ele, retornar às salas de aula para debater sobre o papel do jornalista na sociedade e a atividade que desempenha hoje foi uma experiência única: “Poder conversar com a nova geração de profissionais, que logo estarão no mercado de trabalho, foi uma troca nostálgica e esperançosa com o futuro da profissão”.

Allyson Marafiga (de jaqueta jeans) e Natalie Aires (ao meio de casaco marrom) com os alunos do curso de Jornalismo. Imagem: Allysson Marafiga

Durante todo o curso Marafiga circulou pelos laboratórios, participou das mais diversas coberturas jornalísticas da instituição e afirma que isso moldou o profissional que é hoje, pois, além do conhecimento compartilhado em sala de aula, é fundamental a experiência prática da profissão. ”Costumo dizer que dentro da faculdade deixei um pouquinho de mim em cada uma das cadeiras e laboratórios do curso. Hoje em dia não desempenho uma função igual a um jornalista de uma redação que escreve uma matéria ou que grava uma entrevista ao vivo para a televisão, mas a essência do cuidado e responsabilidade com a informação sempre me acompanha. Acredito que independentemente da ocupação que o jornalista desempenhe o dever de informar e zelar pela informação correta é algo que nunca mudará por mais que a nossa profissão viva se adaptando”, acrescenta Allysson. O seu papel como jornalista é realizado com muito êxito, por mais que surjam desafios.  “O jornalismo é uma profissão que passa por mudanças constantes na rotina de trabalho do jornalismo, e se adaptar a elas é uma consequência que precisamos vencer todos os dias”, conclui Marafiga.

Cassiano Cavalheiro se formou no curso de Jornalismo da UFN e hoje é editor de cultura do Diário de Santa Maria.

Aprender com as experiências dos colegas  também foi uma das lições trabalhadas na disciplina de Jornalismo Especializado no primeiro semestre de 2022. Três egressos do curso, hoje profissionais da imprensa de Santa Maria, visitaram a turma. Em 15 de março, o convidado foi Maurício Barbosa, do portal Bei, do Grupo Diário, que abordou o jornalismo focado na cobertura policial. A mesma temática, porém a partir do prisma da atuação feminina na reportagem de Polícia, foi desenvolvida por Laiz Lacerda, em 19 de abril. Ela foi colega de Maurício no Bei e hoje é repórter da UFN TV. Já em 31 de maio, os estudantes do 5º semestre receberam Cassiano Cavalheiro. Editor de Cultura do Diário, ele falou sobre as peculiaridades e os desafios que fazem parte da editoria.

O jornalista Mateus Ferreira também é um egresso do curso de jornalismo, e atualmente  trabalha na rádio Medianeira.  Sua experiência como acadêmico foi, segundo ele, a melhor possível: “me preparou bem para o mercado de trabalho, apresentou mestres que levo pra vida e colegas que viraram irmãos. O jornalismo da UFN é realmente fascinante e principalmente nas cadeiras práticas, é ali que você realmente abraça o curso e não quer mais soltar. Diria até que essa experiência eu poderia viver novamente”.  Para ele as cadeiras de radiojornalismo foram decisivas para sua escolha acerca de qual área do jornalismo iria seguir. “Na época que eu fiz as cadeiras eu já estava fazendo um estágio na rádio Imembuí, que é uma rádio local aqui de Santa Maria. Eu era estagiário do comunicador Fernando Adão Schimidt, conhecido por Schimitão. Ele é o radialista mais antigo em atividade na cidade. O rádio sempre foi o foco dentro da faculdade, quando fiz a cadeira eu sabia que ali era meu chão, a zona de conforto. A experiência no curso tem uma dose também, o ambiente das aulas de rádio pra mim eram ótimos, fazendo aquela cadeira eu sabia que o rádio seria meu trabalho após me formar”, acrescenta Mateus.

Mateus está sempre presente na cobertura dos vestibulares da Universidade: “Entrar na UFN formado, cobrindo a prova e, principalmente, representando um grande veículo da comunicação de Santa Maria, como tem sido nas últimas coberturas, para mim é realmente gratificante demais”. O jornalista afirma que a cada dia cresce mais, acertando  e errando, trilhando sua carreira com ética, respeito e muita valorização. “Não me vejo em outra profissão que não seja no jornalismo e claro que sonho alto, quem sabe um dia sair de Santa Maria”, finaliza ele.

Já os jornalistas Deivid Pazatto e Larissa Rosa participaram da disciplina de Projeto de Extensão em Comunicação comunitária I para compartilhar a experiência do desenvolvimento e da execução do projeto de extensão de quando eles estavam na disciplina.  Larissa desenvolveu um projeto com seu grupo na EMEF Castro Alves para produção de uma fotonovela. Já Deivid e o grupo do qual fazia parte se envolveram com uma proposta na Escola Aberta do Brasil Paulo Freire, que previa oficinas de texto e acabou se transformando em acolhimento.

Thays Ceretta bateu um papo com os acadêmicos sobre sua experiência no mercado de trabalho. Imagem: Glaíse Palma

Thays Ceretta hoje atua no grupo Diário de Santa Maria e participou de uma aula com as turmas de Fundamentos da Comunicação e Jornalismo Audiovisual, para compartilhar um pouco de sua trajetória e experiência especialmente a frente da TV Diário.

A escritora Bibiana Iop, egressa do curso de jornalismo da UFN, veio fazer uma visita ao curso durante o primeiro semestre de 2022. Para ela, o sentimento de voltar para a instituição é nostálgico: “Eu estava com muita saudade das professoras.”. Ela relata que amou cada parte da sua vida acadêmica e que aproveitou cada momento. Durante a graduação Bibiana se reencontrou com a escrita. Atualmente ela é escritora e trabalha no meio digital.   “Acabo usando muita coisa que eu aprendi aqui das mídias. Tive uma cadeira focada no Instagram que é o aplicativo que eu uso para publicar muitas coisas sobre ser escritora e livros”, afirma Bibiana. O livro Uma poesia para cada noite, que Bibiana participou, foi lançado na Bienal do Livro de São Paulo e para ela  é emocionante. “Eu nunca imaginei que eu iria para lá. É a 5ª antologia que eu estou participando e a 2ª desta editora. Quando eles disseram que iríamos para a Bienal e que eu poderia ir com o crachá dizendo que sou escritora foi um sonho realizado”, concluiu ela.

Colaboração: Luiza Silveira

Rodrigo é da turma de 2014 do curso de Jornalismo da UFN.

Como parte da programação dos 18 anos do curso de Jornalismo da UFN, a série Celeiro de Talentos apresenta o perfil do jornalista  Rodrigo Gonçalves, formado em dezembro de 2014. Essa bem sucedida trajetória profissional não foi planejada; “Posso afirmar que o jornalismo me escolheu” comenta o jornalista, explicando  que não tinha motivos concretos para essa escolha, mas sempre foi muito comunicativo.  No ensino médio se destacava por suas redações e era incentivado a seguir em uma área em que pudesse escrever. “Desde pequeno eu já perguntava para os meus pais, como eu entrava na TV? Mas confesso que nunca imaginei em seguir nessa área. Na faculdade pensava em trabalhar com impresso ou online. Mas a vida me levou para o mundo da televisão e nunca mais saí.” conta Rodrigo Gonçalves.

Egresso do curso de jornalismo da UFN,  Rodrigo Gonçalves é categórico; “o Curso  foi fundamental para  minha formação como  profissional em todos os sentidos – técnicos, éticos e culturalmente também”, pois conforme explicou,  na UFN a uma ênfase na preparação do estudante para o mercado de trabalho. “Então posso dizer com todas as letras, que a formação que recebi dos professores do curso de jornalismo da UFN foi fundamental. para abraçar as oportunidades que surgiram no mercado de trabalho”, complementa Rodrigo.

O jornalista recorda que no Curso de Jornalismo as aulas são complementadas por  laboratórios de práticas jornalísticas, como de fotografia, radio, televisão e digital  que colaboram na formação dos estudantes. Rodrigo Gonçalves comenta que gostava muito das aulas práticas, pois eram nesses momentos que os estudantes sentem um pouco do gosto da profissão. “Lembro que na época tinham muitas atividades que a gente saía pra rua mesmo. Pela assessoria de imprensa, por exemplo, participei de todo o projeto de assessoria da Feira do Livro de Santa Maria e da Feisma. Ficávamos todo o tempo produzindo, escrevendo e divulgando os eventos à imprensa. Também lembro das aulas práticas de Fotografia pelas ruas do centro. Em jornalismo ambiental, fomos até a Cohab Santa Marta conversar com os moradores.” conta o jornalista sobre as experiências vividas no Curso.

Rodrigo Gonçalves, hoje é repórter da NDTV, afiliada da Record TV em Santa Catarina. O jornalista conta que uma frase durante uma aula do Curso foi essencial para ele, “Sempre falo que jamais imagina trabalhar em televisão. Mas durante as aulas de telejornalismo, a professora Neli Mombelli olhou pra mim e disse: “tu leva jeito!”. Uma simples frase que mudou de vez a minha trajetória na profissão.” Depois, com estágios para ganhar experiência, Rodrigo foi evoluindo na área e chegou a cobrir a tragédia na Boate Kiss, em 2013. “Uma das coberturas mais marcantes da minha vida” relata Rodrigo.

Rodrigo em Auckland, Nova Zelândia.

Para viver novos desafios, se mudou em 2017 para Santa Catarina e logo trabalhou como repórter do SCC, afiliada do SBT no estado, onde cuidava de todo litoral norte de Santa Catarina. Trabalhou também como apresentador e repórter da TVBE, afiliada da TV Brasil, um canal aberto. Lá, Rodrigo teve a oportunidade de ir até a Nova Zelândia, em cobertura internacional em 2018. Foi para Auckland, acompanhar o evento Volvo Ocean Race, a volta ao mundo dos barcos a vela, as equipes iriam até Itajaí, único ponto na América Latina, por isso Rodrigo cobriu as etapas dos dois países, Nova Zelândia e Brasil. Já em 2019, o jornalista se mudou para o oeste catarinense, onde está atualmente trabalhando na NDTV em Chapecó. “A vida foi tão generosa comigo em me levar para esse mundo, que não consigo mais sair dele. Tudo graças aquela simples frase dita pela professora: “tu leva jeito!”. E assim eu sigo, sempre aprendendo e evoluindo como pessoa e como profissional.” conta Rodrigo.

Rodrigo hoje trabalha na NDTV em Chapecó. Imagens: arquivo pessoal.

O jornalismo tem sofrido bastante nos tempos atuais, apesar de ser essencial para a sociedade. Rodrigo Gonçalves comenta que a comunicação ajuda a salvar vidas, mas vivemos tempos complicados com as fake news e cabe ao profissional da comunicação divulgar para todos a verdade. “A apurar todos os fatos com credibilidade para informar o nosso telespectador e/ou ouvinte/leitor. Mesmo existindo uma onda de ódio contra determinadas emissoras/profissionais, temos um poder que ninguém vai nos tirar: a arte de comunicar.” relata o jornalista.  Afirmando que o público merece sempre a verdade, o repórter da NDTV ainda complementa que os jornalistas são os porta-vozes das minorias e é necessário mostrar a realidade, por mais difícil que seja. “Torço para que tudo isso passe logo. E que possamos trabalhar sem medo de um ataque de ódio, sem uma agressão verbal ou comentários ignorantes pelas redes sociais. O mundo precisa respirar, precisa de mais empatia.”

A maior paixão de Rodrigo é a comunicação, seja ela escrita, voz ou imagens, o egresso do Curso de Jornalismo da UFN é fascinado pelo mundo televisivo. “Adoro contar histórias. E a cada entrevista é um novo aprendizado de vida. Gosto de estar na rua buscando novas histórias para reportar. Gosto do frio na barriga na hora do ao vivo. Gosto desse mundo doido e corrido do jornalismo. Não consigo me ver exercendo outra profissão.” finaliza o jornalista.  

Santa Maria, além de ser conhecida como o “coração” do estado do Rio grande do Sul por sua localização geográfica, também é reconhecida por seus muitos artistas talentosos. Pensando nisso, dois jornalistas e ex-alunos do Curso de Jornalismo da Universidade Franciscana (UFN), Deivid Pazatto e Paola Saldanha, criaram um projeto para apoiar os artistas da cidade, chamado Maria Cult. 

A Maria Cult é um projeto jornalístico independente, focando na produção de conteúdo cultural da cidade de Santa Maria. “Foi apresentada, oficialmente, no dia oito de janeiro de 2020, quando criamos perfis nas redes sociais e realizamos a primeira publicação, mas já conversávamos sobre o desenvolvimento ainda na faculdade.”, contam os jornalistas. David Pazatto atua como repórter e social media no projeto e Paola Saldanha desempenha as funções de editora e repórter.  

Santa Maria, por ser uma cidade universitária recebe pessoas de diversos lugares, com diferentes histórias, costumes e também talentos. “Não víamos iniciativas que dessem espaço a essas diferentes manifestações. A partir dessa percepção do cenário de produção voltado ao jornalismo cultural, a Maria Cult busca trabalhar com foco na diversidade de conteúdos e linguagens, na coletividade, no protagonismo de múltiplas vozes, na valorização da cena santamariense.”, relatam os fundadores do projeto. 

A Maria Cult possui em seu Instagram @mariacult o foco nessa valorização da diversidade de vozes de Santa Maria, com mais de 1900 seguidores e 520 publicações. O balanço de 2020, apesar da pandemia, foi muito positivo, com aproximadamente 450 atividades culturais, contando com shows, espetáculos, exposições, lançamentos musicais e lives. Os jornalistas Deivid e Paola ressaltam também a importância de conhecer e estabelecer vínculos com artistas, produtores, grupos e pessoas que compartilham do mesmo pensamento, a essência da cultura na nossa sociedade. 

Com o crescimento e a repercussão positiva do projeto, a Maria Cult decidiu dar passos à frente na sua caminhada e nos seus objetivos, com o propósito de atingir mais pessoas e lugares e produzir com mais qualidade seus conteúdos. “Participamos do processo seletivo para o Ambiente de Inovação da Universidade Franciscana (ITEC/UFN) e passamos. Desde o final de abril, estamos instalados no prédio 8 da UFN e integramos o Ambiente Colaborativo da ITEC.”, comentam os jornalistas. Para eles esse espaço será de extrema importância, pois irá auxiliar no desenvolvimento da proposta, por meio das trocas com outros projetos e mentorias, também presentes na Universidade. 

Nesse mês de maio, a Maria Cult lançou uma campanha de financiamento coletivo, com o objetivo da criação de site próprio, além de melhorar a qualidade do conteúdo e desenvolver novas produções. A campanha de financiamento está na plataforma Apoia.se e a partir de R$5,00 as contribuições podem ser feitas. “Os participantes, além de colaborar com nosso trabalho de divulgação e valorização da criação independente, diversa, acessível e popular, ainda recebem recompensas – de acordo com o valor investido.”, comentam Deivid e Paola. Entre as recompensas estão um agradecimento no site do projeto, recebimento das notícias no Email ou WhatsApp, alguns conteúdos exclusivos, participação nas reuniões para sugestão de conteúdo, obra ou produto de um artista locas, entre outras. 

Pra apoiar basta clicar aqui. 

 

 

 

 

 

Rômulo D´Avila. Foto: arquivo pessoal

Nessa quarta-feira, 29, o jornalista Rômulo D’Avila estará conversando com os alunos do curso de Jornalismo da Universidade Franciscana, onde se formou no ano de 2013. Rômulo estagiou na UFN e no grupo RBS, antes de trabalhar por dois anos como repórter na RBS TV nas cidades de Bento Gonçalves e  Lajeado. No momento, atua como repórter na TV TEM, afiliada da Globo na cidade de São José do Rio Preto, interior de São Paulo. Há três anos na emissora, ele também teve uma passagem pela Rede Globo/SP para produção de matéria para o Fantástico.

Em férias, Rômulo veio a Santa Maria visitar a família e os amigos, e aceitou o convite para participar de um bate-papo com os alunos do curso de jornalismo da UFN. O encontro integra a preocupação e objetivo do curso em manter o vínculo com os seus  egressos, e acontece às 18:45, no Salão Acústico do prédio 14, no conjunto III da instituição.

O quê: bate-papo com o jornalista Rômulo D’Avila
Quando: quarta-feira, 29/05, às 18:45
Onde: Salão Acústico do prédio 14, conjunto III da UFN

A aposta da Agência Central Sul para 2019, além da produção semanal de conteúdo realizada por alunos do curso de Jornalismo da UFN, é contar com a colaboração de articulistas e cronistas egressos do curso e com professores colaboradores de outras áreas de atuação, como História e Letras.

As discussões propostas pelos colaboradores irão perpassar diversos temas do cotidiano, alguns mais espinhosos, outros mais leves – mas não menos importantes. Entre eles estão meio ambiente, a partir do olhar de Alice Balbé; feminismo e maternidade, abordado por Natália Librelotto; questões sobre LGBTQ+, evidenciadas por Deivid Pazatto; mulher e esporte, sob a ótica de Agnes Barilles; música e cinema, por Lucas Schneider; e comportamento, analisado por Arcéli Ramos; entre outros pontos de vista que permeiam as múltiplas vozes que englobam o ser e estar no mundo, vindas das percepções de Paola Saldanha, Najara Ferrari e Paula Bolzan.

Além dos artigos de opinião,  as crônicas também estarão entre as publicações. Reserve as quintas-feiras para ler Manuela Fantinel e Silvana Righi e refletir sobre as “fotocrônicas” de Julia Trombini e Laura Fabrício. Ainda, semanalmente traremos um reflexão em formato de imagem, pelas fotografias produzidas pelo LabFEM- laboratório de Fotografia e Memória do curso de Jornalismo.

Te convidamos para estar junto conosco neste período, porque o time se completa quando o que produzimos circula – repercute e retorna, isto é, quando chega até você, caro(a) leitor(a). Que possamos sensibilizar o cotidiano a partir do jornalismo de qualidade.

Equipe ACS