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literatura infantil

O relato dos sonhos em livro

Muito se ouve dizer que o incentivo à leitura vem de casa. Porém, a contribuição da escola na formação do aluno leitor é fundamental. Atento à importância de oportunizar este contato com o mundo mágico das

Livros sobre rodas no Centro Cultural Sesi

Sobre um eixo e quatro rodas, o Centro Cultural Sesi “Caminhão da cultura” – como é chamado pelas pessoas que o visitam – é uma unidade móvel com cerca de 70 metros quadrados. Ele está em

Atuações que comunicam e emocionam

A literatura infantil sempre esteve e está presente em nossas vidas muito antes da leitura e da escrita verbal, seja por meio de cantigas de ninar, brincadeiras ou das contações de histórias realizadas por familiares. Porém,

Dica do leitor: “Ninguém é de Ninguém”

De 25 de abril a 10 de maio, a Praça Saldanha Marinho recebe a 42° edição da Feira do Livro.Durante esse período, milhares de pessoas irão passar pelo Centro de Santa Maria, para desfrutar  das opções

Ler com as mãos

A banca  22, das Edições Paulinas, disponibiliza livros infantis em braile para que as crianças deficiente visuais também possam ter acesso à leitura.  A Irmã Jurema Andreolla destaca a importância de inserir toda e qualquer criança

O tatu que encantou o holandês

Na tarde desta terça-feira, 29, foi lançado o livro Marcelo, o Tatu-bola na Copa dos Animais, dos autores Mark Wever e Onilse Noal Pozzobon. O livro conta a história de um tatu que não tem a mesma

Feira do Livro: cada vez mais pequenos autores lançam suas obras

O público infantil integra uma parcela significativa dos visitantes da Feira do Livro de Santa Maria. Porém, existe outro aspecto que tem chamado atenção: as produções vindas dos pequenos. Na tarde desta quarta-feira, dia 08, os

Destaque para a literatura infanto-juvenil

A Feira do Livro de Santa Maria vem ganhando novos leitores. Cresceu a procura por livros infanto-juvenis, mostrando o interesse do público na faixa etária dos 10 aos 12 anos. Esse ano mais crianças estão mergulhando

Livros infantis à frente dos kits multimídia

A indústria da literatura infantil tem ido longe. Agora os livros de historinhas têm amigos mais modernos. Eles vêm da indústria tecnológica que há tempos atinge diferentes mercados. Na Feira do Livro de Santa Maria, as

Muito se ouve dizer que o incentivo à leitura vem de casa. Porém, a contribuição da escola na formação do aluno leitor é fundamental. Atento à importância de oportunizar este contato com o mundo mágico das letras e imagens, o Colégio Metodista Centenário proporciona esse vínculo aos seus estudantes, antes mesmo do processo oficial de alfabetização. Já na Educação Infantil os pequenos aprendem a ler e escrever algumas palavras. O processo é coroado com a publicação de um livro, construído durante o ano letivo do Nível 4. Nesta fase de transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental, os alunos têm em torno de cinco anos. Intitulada Nossos Sonhos, a obra é realizada anualmente, desde 2001. A essência é a mesma, porém mudam a temática e os autores. Todos os anos, o livro é lançado na Feira do Livro de Santa Maria.

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As crianças autoras mostraram aos visitantes da Feira as telas que fizeram para compor o livro

Em 2015, o livro Nossos Sonhos teve como temática Curiosidades. Os autores tiveram uma tarde de escritor durante a 43ª edição do evento, no dia 4 de maio, quando a obra foi apresentada para a comunidade em geral. Junto com os livros, também foram expostas as telas confeccionadas pelos alunos. O momento foi marcado por entusiasmo e alegria. As crianças estavam ansiosas pela participação no evento e os pais e familiares acompanharam a atividade, assim como os demais colegas do turno da tarde do Colégio.

A pequena Daniela Dutra, 6 anos, mostrou-se orgulhosa em fazer parte da construção do livro Nossos Sonhos. Sua tela retratou a amizade.

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A pequena Daniela teve uma tarde como escritora na Feira do Livro de Santa Maria

“Escolhi fazer sobre esse tema porque os amigos são muito importantes na vida da gente”, explica. A mãe de Daniela, Silvana Camillo, definiu a criação literária como uma iniciativa maravilhosa da escola. “O livro contribui para o desenvolvimento intelectual e serve de incentivo à leitura”, afirma. Esta é a segunda vez que Silvana vivencia este momento, tendo em vista que a primogênita Maria Clara, hoje com 12 anos, também participou da produção do livro, quando estava nesta fase do aprendizado.

“O que tem debaixo da terra” foi a curiosidade bordada pelo aluno Pedro, 6 anos. Conforme o pai do menino, Sandro Maboni, a ideia surgiu da criatividade do filho, que estava ansioso pela participação na Feira do Livro de Santa Maria. “Nos últimos dias, ele só falava disso. Era um momento muito esperado, por todos nós”, declara. Maboni acredita que a produção e publicação de um livro tem papel importante na construção do aprendizado. “É um incentivo à leitura e à criatividade. O Pedro nos surpreendeu com as ideias dele”, enfatiza o pai.

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Sandro Maboni registrou a participação do filho Pedro no lançamento do livro

Bordando conhecimento

Há 17 anos, a produção do livro Nossos Sonhos está inserida nas atividades pedagógicas do Nível 4. O projeto foi criado por iniciativa da professora Neiva Lobo, que desde então coordena a elaboração da obra. Anualmente, são construídos dois exemplares, pelas turmas A e B.

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A professora Neiva Lobo fez questão de registrar o momento com os alunos. Na foto, estão ela e o pequeno Pedro

De acordo com a professora, o objetivo é despertar a criatividade dos pequenos e envolvê-los numa atividade diferenciada ao longo de todo o ano letivo. “O livro é o produto final de um trabalho que começa já no mês de março e se estende até dezembro”, esclarece. O processo inicia com a escolha do tema e em seguida os alunos produzem dois desenhos. As ilustrações são apresentadas para a turma, que, em conjunto, define qual versão será utilizada para a tela de tapeçaria. A transposição é feita pela criança, com o auxílio da docente. Ao final, as peças são reunidas e a história do livro é construída com a participação de todos. “A satisfação e a alegria são elementos presentes ao longo deste trabalho”, enaltece Neiva.

O diretor do Colégio Centenário, professor Flávio Pereira, garante que o projeto vem sendo desenvolvido com sucesso e os resultados são positivos. “Vamos manter esse fazer pedagógico por ser fundamental no desenvolvimento integral das crianças”, frisa. Pereira entende que a construção literária é uma forma de valorizar a leitura e instigar a produção escrita, o pensar, o escrever e o sonhar nos alunos.

Antes do lançamento na Feira do Livro da cidade, Nossos Sonhos é apresentado dentro do Colégio, durante a Mostra de Artes, realizada no encerramento no ano escolar. Em 2016, a obra tem como tema “Jesus: Uma Confraternização para a Vida”. Os alunos já começaram a produção.

Texto e fotos: Dara Luiza Hamann para a disciplina de Jornalismo Especializado I

Centro Cultural SESI
O caminhão permanecerá na praça Saldanha Marinho até o encerramento da Feira do Livro, neste domingo, dia 8 (Foto: Roger Haeffner/Laboratório Fotografia e Memória)

Sobre um eixo e quatro rodas, o Centro Cultural Sesi “Caminhão da cultura” – como é chamado pelas pessoas que o visitam – é uma unidade móvel com cerca de 70 metros quadrados. Ele está em frente ao antigo prédio da SUCV, na Praça Saldanha Marinho e atende o público das 13h às 20h, disponibilizando um acervo com cerca de três mil exemplares, que proporciona acesso à leitura e à inclusão digital.

O veículo oferece acessibilidade total, com livros em braile, revistas, jornais e audiolivros. Rodrigo Oliveira que o diga, “sempre que posso venho aqui, pois acho esta iniciativa um máximo”, Oliveira que é cadeirante autentica o local como sendo um ambiente agradável e acessível a qualquer pessoa. O caminhão também conta com espaço/sala de leitura e sistema de TV para atender todas as demandas.

O Centro Cultural SESI-RS está na Feira do Livro há dez anos e atende a cerca de doze mil pessoas por edição. De acordo com Patrícia Marques, assistente cultural, “os livros estão aqui para leitura na Praça e é uma pequena amostra das 24 bibliotecas do SESI espalhadas pelo estado”. Ela também ressalta que “uma das bandeiras do projeto é levar ao público o lazer, a cultura, a informação e o entretenimento, proporcionando com isso melhoria da qualidade de vida”. Conforme Patrícia, o objetivo do caminhão é “o incentivo à leitura e a divulgação do acervo, que pode ser acessado por qualquer interessado. Basta agendar e ir até o local”.

As escolas que o digam! A professora Ana Paula, da Escola de educação infantil Santa Catarina, trouxe a turma 31, para visitar o espaço e, segundo Ana “é um local onde as crianças tem a possibilidade de se envolver com a literatura em um espaço diferente”. Para a professora, é uma oportunidade de incentivar a leitura, conclui.

Para a pequena Mariana Moraes, oito anos, o Centro Cultural é a oportunidade, na Feira, de ler livros gratuitos: “pedi para minha mãe me trazer aqui para conhecer o caminhão e ver como era o espaço”. Já João Paulo Dutra, 6 anos, que estava pela primeira vez na Feira do Livro confessa: “eu vim com a minha mãe para conhecer”. Um pouco tímido, mas dono de um sorriso cativante e largo, adentrou no caminhão como quem vai viajar.

É um projeto de caráter socioeducativo desenvolvido por meio de ações de lazer e cidadania que serão realizadas em empresas, escolas, clubes, associações, ruas e praças, envolvendo e mobilizando usuários do Sistema Fieg e a comunidade.

Roger Haeffner para a disciplina de Jornalismo Especializado I

A literatura infantil sempre esteve e está presente em nossas vidas muito antes da leitura e da escrita verbal, seja por meio de cantigas de ninar, brincadeiras ou das contações de histórias realizadas por familiares. Porém, de acordo com a psicopedagoga Inara Silva, é quando os pequenos chegam na escola que a literatura passa a ter o poder de construir uma ligação lúdica entre o mundo da imaginação, símbolos subjetivos, e o mundo da escrita, dos signos convencionais impostos pela cultura sistematizada.

A magia e o encantamento de histórias infantis seduzem a qualquer um, e é pensando desta forma que o Grupo Saca-Rolhas Teatro & Cia se faz presente, mais uma vez, na Feira do Livro de Santa Maria 2016. O Saca-Rolhas traz para a praça Saldanha Marinho um grupo com profissionais das artes cênicas que, há mais de dez anos, faz parte da história do entretenimento e da cultura de Santa Maria e região. O grupo foi criado em 1999, a partir da necessidade de profissionalizar a presença dos artistas cênicos no mercado de trabalho teatral da cidade. Fundando por Jader Guterres, na época ainda estudante de Artes Cênicas da Universidade Federal de Santa Maria, o Saca-Rolhas Teatro & Cia se fundamentou com a união de Denise Copetti, Luciano Gabbi e Camila Borges, preenchendo a demanda do mercado. Consequentemente, a partir daí, os artistas puderam trilhar suas próprias histórias no cenário cultural. Com o passar do tempo, a empresa se solidificou no mercado e começou a ser muito admirada por clientes e colegas das artes, tornando-se referência em teatro e prestação de serviços artísticos na região central do Estado.

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Apresentação do grupo Saca Rolhas (Foto: Roger Haeffner/Laboratório de Fotografia e Memória)

Jader destaca a recente presença de mais dois integrantes no grupo, Renata Quartiero e Régis D’Ávila. Para ele, o trabalho da companhia consiste em criar, encenar e contar histórias, a fim de entreter e levar alegria aos espectadores, sejam eles crianças, adultos ou idosos. “Cada pessoa tem uma reação e nós, que estamos no palco, sentimos a energia de cada um. É desta forma que, através das reações, podemos incrementar a história para prender mais a atenção do espectador”, ele comenta. Para o fundador da Companhia Saca-Rolhas, “em cada contação de histórias na Feira do Livro de Santa Maria, não há coisa melhor do que ver as expressões de cada um que está assistindo atentamente cada movimento do artista”. Ele acredita que esse é o melhor retorno que um artista pode ter de seu público.

Depois de assistir a uma das contações do Grupo Saca-Rolhas, a pequena Mariana Erbert, de 10 anos, disse ter entendido muito bem a história, que até a fez se encantar. “De uma forma divertida e engraçada, eles contam diversas histórias, e o mais legal é que eles expressam o que estão contando”, declarou a estudante, a propósito da riqueza visual da apresentação. A professora da Escola Estadual de Educação Básica João XXIII, de São João do Polêsine, Elaine Binoto Fagan, afirma que para as crianças que não tem o hábito de pegar um livro para ler, “esse contato com histórias diversas, que são contadas em forma de teatro, é algo que chama a atenção dos pequenos, os envolve, e isso é ótimo”, conclui.

O Grupo Saca-Rolhas Teatro & Cia transmite alegria em suas histórias e encenações e desperta sentimentos em qualquer pessoa que esteja assistindo. O teatro funciona como uma ferramenta educadora que auxilia na formação cultural, fazendo com que o espectador seja transportado para uma atmosfera lúdica, estimulando tanto o desenvolvimento pessoal, quanto a habilidade social.

Carolina Busatto Teixeira para a disciplina de Jornalismo Especializado I

"Ninguém é de ninguém" é a sugestão de (Foto: Natália Librelotto)
“Ninguém é de ninguém” é a sugestão de Angélica Preto (Foto: Natália Librelotto)

De 25 de abril a 10 de maio, a Praça Saldanha Marinho recebe a 42° edição da Feira do Livro.Durante esse período, milhares de pessoas irão passar pelo Centro de Santa Maria, para desfrutar  das opções e até levar para casa o seu livro preferido. Além da variedade de livros, o espaço conta com lançamento de livros, shows e praça de alimentação.

Angélica Preto, 29 anos, comenta que a feira é de grande importância para cidade. É um espaço onde as pessoas podem usufruir da leitura, e aproveitar para comprar seus livros prediletos. A pedagoga fala também que quer aproveitar a feira para aumentar sua coleção de livros.

Apesar de comprar o livro espírita “Ninguém é de Ninguém”, por se interessar por esse tipo de história, Angélica, que dá aula para Séries Iniciais, indica às pessoas livros infantis. Ela argumenta que é necessário fazer com que os pequenos peguem o gosto pela leitura desde cedo para ampliar seus conhecimentos.

Por Henrique Orlandi para a disciplina de Jornalismo Online

Foto : Julia Machado
Banca da Feira do Livro conta com livros infantis em Braile. Foto : Julia Machado

A banca  22, das Edições Paulinas, disponibiliza livros infantis em braile para que as crianças deficiente visuais também possam ter acesso à leitura.  A Irmã Jurema Andreolla destaca a importância de inserir toda e qualquer criança na literatura.  “A preocupação em dar condições de leitura às crianças deficientes visuais ainda é pouca perante o que se faz”, lamenta.

À disposição, livros como O menino que via com as mãos.  É a história sobre um garoto que vê o mundo pela perspectiva do tato, mostrando que existem outras formas de compreender o mundo.  Outros exemplares como Benquerer e bem amar Sarita menina também estão disponíveis em braile na banca.

 

Selo da Feira do Livro de Santa Maria. Foto: Reprodução.
Selo da Feira do Livro de Santa Maria. Foto: Reprodução.

Na tarde desta terça-feira, 29, foi lançado o livro Marcelo, o Tatu-bola na Copa dos Animais, dos autores Mark Wever e Onilse Noal Pozzobon. O livro conta a história de um tatu que não tem a mesma habilidade para jogar futebol como os outros de sua espécie, mas encontra uma maneira de brilhar. Conforme o escritor, o livro inspira a ultrapassar limites para realizar atividades e sonhos.

O holandês Mark Wever é co-autor da obra sobre o tatu-bola.(Foto: Eveline Grunspan)
O holandês Mark Wever é co-autor da obra sobre o tatu-bola.(Foto: Eveline Grunspan)

Mark Wever, natural da Holanda, veio para o Brasil em 2012 em nome de sua pesquisa na área de Administração. O escritor afirma que “a literatura infantil é muito importante, pois é na infância que se desenvolve o interesse pela literatura”. Ele explica sua escolha pelo Tatu-bola e a coincidência com o mascote da Copa do Mundo do Brasil. “Eu escolhi o tatu, pois quando vi o animal pela primeira vez em 2009, no Mato Grosso do Sul, me encantei. No meu país não existe animal assim”.

Lançar a obra em inglês e búlgaro está entre os planos do escritor, já que sua mãe é natural da Bulgária. Marcelo, o Tatu-bola na Copa dos Animais é dedicado ao seu pai, Jaap Lever

O público infantil integra uma parcela significativa dos visitantes da Feira do Livro de Santa Maria. Porém, existe outro aspecto que tem chamado atenção: as produções vindas dos pequenos. Na tarde desta quarta-feira, dia 08, os alunos da Educação Infantil do Colégio Metodista Centenário lançaram dois livros – Planeta Terra e suas Máquinas do Futuro e Como Será?

A criação das obras trabalha a coordenação motora e o lúdico das crianças.  Criado em 2001, pela professora Neiva Rosane Rodrigues Lobo, o projeto “Nossos Sonhos” ensina literatura através da tapeçaria e da introdução à produção textual. Após a definição do tema, os alunos confeccionam um desenho que será transferido para o tecido e através da composição, com linhas e retalhos, surge a história que será contada nas páginas. “No início eles tinham uma certa dificuldade, mas o jeito de ensinar acaba cativando os alunos,” comenta Neiva.

Em parceria com a professora Tatiana Teixeira dos Santos, ele é aplicado nas turmas da Educação Infantil – nível B. A faixa etária da garotada varia entre cinco e seis anos – fase na qual o aprendizado se dá de modo diferenciado e divertido. “Eles adoram, ficam tristes o dia em que não há bordado. Nós trabalhamos e ensinamos brincando”, afirma Tatiana.

O projeto tem como base uma extensa cartilha de autores. Seu objetivo é mostrar o valor da escrita, a noção do produzir e contar uma história. Para a publicação das obras as organizadoras contam com o auxílio de patrocinadores.

 Por Natalia Apoitia

A Feira do Livro de Santa Maria vem ganhando novos leitores. Cresceu a procura por livros infanto-juvenis, mostrando o interesse do público na faixa etária dos 10 aos 12 anos. Esse ano mais crianças estão mergulhando no universo dos livros. Entrou no cotidiano do evento a empolgação e interesse por parte dos pequenos.  As vendas no setor infantil aumentaram consideravelmente em relação à edição passada da feira, devido aos novos conhecimentos demonstrados pelo público infantil.

“As crianças chegam procurando pelos autores dos livros”, afirma a comerciária Thais Oliveira, 55 anos. Isso demonstra um grande incentivo literário, que muitas vezes vem das escolas. Para Lorenzo, oito anos, estudante da escola Medianeira o interesse veio a partir das trocas de livros com os colegas e visitas á biblioteca da escola. O pai do estudante, Fabio Pereira, 37 anos, funcionário público alega que raramente presenteia seu filho com obras literárias.  Fabio afirma também que o filho prefere fazer leituras pela internet. Porém, esse ano foi diferente, Lorenzo quis visitar a feira e adquirir um livro. “Quero muito ler Coração Criança”.

O evento também proporciona atividades infantis que estimulam a leitura das crianças, como lançamento de livros e peças teatrais.

  Por  Silvana Righi

Em diversas bancas, os formatos clássicos dos livros são os mais vendidos. Foto por Mark Braunstein. Laboratório Fotografia e Memória.

A indústria da literatura infantil tem ido longe. Agora os livros de historinhas têm amigos mais modernos. Eles vêm da indústria tecnológica que há tempos atinge diferentes mercados. Na Feira do Livro de Santa Maria, as cinco bancas que vendem prioritariamente livros infantis comercializam os chamados kits multimídia, com DVD’s e CD’s-ROOM que acompanham os títulos.

Para o comerciante, Marcos Corrêa, a mídia impulsionou as vendas: “Os kits saem 80% mais do que livros sem DVD, eles são completos”, relata o vendedor que acredita que o produto estimula outras habilidades nos pequenos leitores.

Na banca de Corrêa, existem produtos do tipo que oferecem 14 atividades diferentes. Além de oito livros de historinhas ilustradas, por meio do DVD, que pode ser usado tanto no aparelho como no computador, a criança tem acesso a jogos online, desenhos, videokê, entre outros.

No entanto, a preferência pela tecnologia e pelos livros infantis multimídia ainda perde para o formato clássico, ao menos nesta edição Feira. Os livros ainda são os mais vendidos em 75% das bancas. Em uma delas, que possuí os kits com DVD também, os livros vendem 95% mais do que os conjuntos: “Hoje, as crianças procuram por mais conteúdo mesmo, elas estão cada vez mais exigentes na sua leitura”, afirma a atendente, Thaís Oliveira.

 

Por Michelle Teixeira.