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Santa Maria Video e Cinema

Caminhos da cultura de Santa Maria durante pandemia

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Feminino substantivo: mulher, luta e resistência

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11º Santa Maria Vídeo e Cinema começa nesta segunda

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Foto: Assessoria de Comunicação PMSM / Programações como o Viva o Natal levam cultura a milhares de santa-marienses, evidenciam artistas locais e trazem nacionais ao Coração do Rio Grande

As programações culturais de Santa Maria envolvem muito mais profissionais, participantes, público, tempo e preparo do que se imagina. Em 2020, frente à pandemia da Covid-19, o grande desafio de organizar um festival de cultura se tornou ainda maior.

Neste momento, há dúvidas latentes por parte de quem encabeça estas ações. Se adaptar ao formato à distância, adiamento ou, o tão evitado mas às vezes inevitável, cancelamento da edição anual são algumas delas.

Os festivais culturais são parte importante da manutenção da cidade, envolvendo instituições, governo, população e organizações, visto que movem a economia, são planejados com larga antecedência, envolvem muitos profissionais e marcam tradição.

Entre estes festivais, está a, tão querida pelos tradicionalistas, Tertúlia Musical Nativista, pelos amantes de leitura, a Feira do Livro, pelos cinéfilos, o Santa Maria Vídeo e Cinema (SMVC), e pelos bailarinos, o Santa Maria em Dança (SMD).

Além destes, é impossível pensar em cultura local e não lembrar dos shows e demais atrações do Viva Santa Maria, programação cultural alusiva ao aniversário da cidade, e o Viva o Natal, que atraem tanta gente à Praça Saldanha Marinho, à Locomotiva da Gare, ao Theatro Treze de Maio, entre outros cantos da Cidade Cultura.

Só quem está à frente destas organizações tem a real dimensão do alcance e movimento que estes festivais provocam.

Como tudo muda rapidamente neste novo momento da humanidade, não há como prever acontecimentos, mas, para quem coordena projetos, é preciso arriscar e tomar decisões.

E quais são os destinos destas programações, até agora?

Santa Maria Vídeo e Cinema

Foto: Divulgação \ Facebook / O tema central da 14ª edição será Memória

O SMVC está indo para a 14ª edição. Cada festival tem, em  média, 250 espectadores por noite, assistindo aos filmes expostos. Pela Praça Saldanha Marinho, espiando e tendo a oportunidade de desfrutar de obras cinematográficas, são milhares incontáveis.

No ano passado, a competição teve mais de 50 diretores com obras inscritas, sem contar o restante das equipes.

O presidente Luiz Alberto Cassol coordena o SMVC ao lado de Alexandra Zanela, ambos residindo em Porto Alegre, e Luciano Ribas, em Santa Maria.

A competição de curtas e longas-metragens deste ano não foi cancelada. Por enquanto, os organizadores aguardam a regularidade da vida social.

Ao final do 13º SMVC, o tema Memória foi anunciado para 2020, dando um ano de antecedência aos candidatos.

“O tema não mudará, pois combina com este momento. Antes, falaríamos a respeito da história do Cinema de Santa Maria. Atualmente, a memória é discutida a todo tempo”, diz Cassol.

Em um período típico, o SMVC ocorre no mês de novembro. Nos dois primeiros meses deste ano, Luiz esteve em Santa Maria reservando datas do Centro de Convenções da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) para garantir o local de abertura da edição. Atualmente, as reuniões semanais entre os organizadores estão sendo realizadas pela internet.

“Neste momento, muitos detalhes já estariam prontos. Teríamos cartazes na rua, a praça reservada e as inscrições abertas, por exemplo”, conta o coordenador.

Para o cineasta, a edição será uma oportunidade de refletir a nova realidade, junto do audiovisual:

“O festival sempre foi muito ligado a questões atuais, aquilo que retumba… Então, neste ano, vamos refletir diante desta nova realidade, como as maneiras de apropriação”.

Segundo Cassol, transferir a programação para o ambiente virtual, como tantos outros do país e de fora, seria interessante, mas deixaria de lado o essencial ao SMVC. Há cerca de 10 anos, foi o primeiro festival de cinema do Brasil a realizar oficinas online, ele recorda:

“A praça e as o público, hoje, não o nosso diferencial, o contato humano. Não podemos abrir mão. Nossa singularidade é ir para a cidade, debater, promover seminários e oficinas presenciais, encontrar os pares… não encontrar as pessoas é o que mais me frustra. Só quando tivermos a praça, mesmo que só no ano que vem, é que promoveremos a próxima edição”.

O coordenador também supõe que, na próxima edição, serão vistos muitos filmes feitos durante a pandemia, refletindo acerca desta fase e, também, adaptando a produção audiovisual aos obstáculos do período de isolamento:

“Acredito que veremos produções a partir de recursos adaptáveis, como celular, câmera fotográfica, locação interna, de casa e equipes menores. O audiovisual não será mais o mesmo”.

A previsão dos organizadores é que a 14ª edição seja cancelada ou transferida para o início de 2021.

Tertúlia Musical Nativista

Foto: Assessoria de Comunicação PMSM / O público da 26 edição chegou a 3 mil espectadores

A Tertúlia Musical Nativista, que já havia tido a edição de 2019 transferida para junho este ano, foi adiada novamente.

Previsto para os dias 14 a 17 de maio, o festival já não tem prazo para ocorrer. O festival nativista já é consagrado no Estado e atrai artistas de todos os cantos do Rio Grande e de fora.

A 26 Tertúlia Musical, de 2018, teve mais de mil trabalhos inscritos. Destes, 44 foram apresentados no palco da Associação Tradicionalista Estância do Minuano. O público da edição chegou a 3 mil espectadores.

A equipe é constituída por 40 membros e conta com mais de 15 empresas prestadoras de serviços.

O festival deste ano já está pronto, organizado de maneira presencial e aguardando a possibilidade de estabelecer uma data.

Embora a dúvida sobre a data, a próxima edição do festival é garantida devido aos recursos públicos, já que o projeto ocorre através de Leis de Incentivo municipais, por meio de incentivos fiscais ou direto do governo.

Coordenador do festival há quatro anos, Carlinhos Lima afirma que a vontade é da equipe é de realizar a programação ainda neste ano, mas não há como garantir:

“A Tertúlia depende de recursos públicos. Como temos dificuldades para a área de Cultura desde o ano passado, as projeções são incertas”.

Por isso, os ingressos não são cobrados. Os CDs e DVDs produzidos a partir dos vencedores da competição são distribuídos gratuitamente. Lima explica que o objetivo não é gerar lucros.

Conforme o coordenador, a cada ano, no mínimo 20 novos trabalhos são divulgados e artistas se lançam:

“Nosso maior dano se resume ao prejuízo de quem é sustentado pela produção cultural, como artistas e prestadores de serviços. Esta situação nos frustra porque, desta forma, a cultura perde. Os objetivos do festival, de preservação da identidade cultural tradicionalista, são prejudicados”.

Santa Maria em Dança

Foto: Divulgação \ Facebook / As edições anuais do SMD são ininterruptas desde 1994

Um dos maiores festivais de dança do país, o SMD ocorre anualmente desde 1994, com edições ininterruptas. A média de inscritos, há mais de cinco anos, não baixa de 2.500. No ano passado, mais de 3 mil bailarinos subiram ao palco.

O festival é auto-suficiente através de patrocínios, parceiros culturais e cobrança de ingressos e inscrições. A comissão organizadora é composta por bailarinos e ex-bailarinos.

Paulo Xavier, idealizador e coordenador do festival, explica que o trabalho para alguns dias dura todo o ano e é mantido há 25 anos ininterruptamente.

A programação ocorre, tipicamente, no mês de setembro mas, neste ano, foi adiada para outubro.

A 26º edição tem os apoios culturais mantidos, ainda de acordo com Xavier. Mas os tantos inscritos do Brasil e de fora tem receio de participar da competição ainda neste ano, devido à pandemia provocada pela Covid-19.

“Para este ano, tínhamos mais de 350 inscritos da Argentina e Uruguai. O público de longe lota hotéis durante todos os dias do festival e contribui com a economia local”.

As inscrições desta edição foram abertas ainda em fevereiro e a primeira fase encerraria ainda em junho. O SMD ocorreria, tipicamente, em setembro. Hoje, a previsão é de 20 a 22 de novembro.

O coordenador explica que a organização do festival será retomada conforme os grupos e escolas de dança retomarem suas atividades. Por isso, a programação será formatada se adaptando à realidade atual, como a supressão de noites.

“Não terá o mesmo número de participantes, mas estamos cientes e tranquilos em relação a isto. Estamos bem organizados e podendo olhar para a situação com tranquilidade. Com tanta experiência, conseguimos valorizar as vitórias e enfrentar as dificuldades”.

Viva Santa Maria e Feira do Livro

162º aniversário da cidade foi comemorado à distância, do Theatro Treze de Maio

Maio é o mês da tradicional celebração pelo aniversário da Cidade Cultura. Para tal, não faltam shows e atrações diversas promovidas pela prefeitura municipal.

Viva Santa Maria é o nome da festa, que, em 2020, além de driblar os obstáculos, apoiou cerca de 150 artistas que foram contratados para agregar à programação a distância.

Para a secretária de Cultura de Santa Maria, Rose Carneiro, a ação foi uma grata surpresa:

“Passando da metade de março a cidade simplesmente “fechou”. Precisamos organizar o aniversário bem em cima da hora, mas a recepção foi muito boa. Em tudo isto, estamos reaprendendo a pensar fora dos padrões e a fazer produção cultural de forma inédita”.

Somando as visualizações das lives de toda a semana de festival, mais de meio milhão de espectadores puderam, de casa e protegidos, prestigiar, destaca a secretária.

Com os artistas direto do Palco da Cultura, o Theatro Treze de Maio, a produção cultural pôde ser movimentada.

“Conversando com os artistas, eles destacam a diferença entre um show com público presente e com plateia vazia. É meio estranho, principalmente para os do público infantil, porque as apresentações são repletas de interatividade. Assim, precisaram imaginar a reação dos espectadores”.

A secretária enxerga o presente com boa perspectiva e o futuro com otimismo:

“Penso que, daqui em diante, não voltemos aquele normal  de  mensurar os resultados de um festival pelo número de público, isso perde o sentido. Agora, pensamos  na sobrevivência do planeta, na sustentabilidade e na humanidade. Esta maneira não é melhor nem pior, é apenas diferente”, avalia Rose.

Feira do Livro

Foto: Assessoria de Imprensa da Feira do Livro \ Eduardo Camponogara LABFEM UFN / A maior programação cultural de Santa Maria não poderia deixar de acontecer. virtual, presencial ou híbrida, alcançará

A Feira do Livro, que ocorreria de 24 de abril a 9 de maio, ocorre de 1º a 10 de outubro. As reuniões e de planejamento estão sendo feitas há cerca de dois meses.

Embora por tempo limitado, a edição será, como de costume, repleta de atrações, novidades e convidados, é o que garante a secretária:

“Vamos propor, em breve, uma nova Feira do Livro, em novo formato, combinando com os tempos atuais”.

Por enquanto, o que pode ser revelado é que tudo será adaptado. Embora não possa ser igual, a programação de palco, cultural, os lançamentos de livros de escritores de Santa Maria e região e as tradicionais bancas de livros estão sendo pensadas para um novo formato. Ela garante que os propósitos da feira se manterão.

Rose, embora tenha adentrado à secretaria de cultura do município ainda neste ano, atua com  a feira desde 2011, com grande bagagem como produtora cultural. Para ela, o momento é uma oportunidade de inovar e pensar fora da caixa.

Por mais que ainda não tenha detalhes divulgados, já é possível perceber que o festival será bem conectado. A secretária mencionou lives e podcasts como fortes possibilidades de levar a cultura da feira ao público.

Uma forma de venda de livros ainda não foi definida, mas é cogitada e será melhor engendrada junto da Câmara do Livro.

Dentro do possível, parte da programação será presencial, com medidas de cautela bem planejadas, mas ainda é cedo para tantos detalhes. Como a secretária conclui: “tudo pode acontecer”.

Os festivais agora
Como estão programados os festivais, até o momento:

47ª Feira do Livro

  • Formato: on-line
  • Quando: previsão do final de setembro ao início de outubro
  • Situação: confirmada
  • Onde: plataformas ainda indefinidas
  • Informações: pelo site ou pela página

27ª Tertúlia Musical Nativista

  • Formato: indefinido
  • Quando: sem previsão
  • Situação: festival confirmado, data pendente
  • Onde: sem previsão
  • Inscrições: encerradas
  • Informações: pelo site da prefeitura municipal

14º Santa Maria Vídeo e Cinema

  • Formato: presencial
  • Quando: sem data definida
  • Situação: pendente
  • Onde: na Praça Saldanha Marinho
  • Inscrições: sem data definida
  • Informações: pela página

26º Santa Maria em Dança

  • Formato: presencial
  • Quando: de 20 a 22 de novembro
  • Situação: pendente
  • Onde: no Centro de Convenções Park Hotel Morotin
  • Inscrições: sem data definida
  • Informações: pela página

Por: Gabriele Bordin

Na noite do último sábado, 2, foram conhecidos os vencedores da 13ª edição do Santa Maria Vídeo e Cinema (SMVC). A cerimônia ocorreu no Salão Bianco Nero, anexo à Fadisma, onde dezenas de pessoas foram prestigiar os vencedores que levaram para casa o Troféu Vento Norte.

Nesta edição, 23 obras concorreram em 14 categorias na Mostra CredPago de Curtas-Metragens Brasileiros. Já na Mostra Bambino de Curtas-Metragens de Santa Maria e Região estiveram competindo 11 filmes em 12 categorias.

Durante três noites, a população pode assistir aos curtas que foram exibidos gratuitamente. O júri especializado desta edição, contava com Diorge Alceno Konrad, Fabiana Pereira, Marilice Daronco, Melina Guterres e Sirmar Antunes.

No encerramento do SMVC, a professora Neli Mombelli recebeu o troféu Vento Norte de Melhor Curta e de Júri Popular pelo filme Feminino Substantivo na mostra Santa Maria e Região. Já o diretor de arte, editor e cinegrafista Alexsandro Pedrollo de Oliveira recebeu o troféu de direção de fotografia pelo filme Existência. Neli e Alex trabalham nos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Universidade Franciscana.

Ganhadores da 13ª edição do SMVC. Foto: Pedro Piegas/Diário de Santa Maria.

Confira os demais ganhadores da 13ª edição do Santa Maria Vídeo e Cinema (SMVC):

Mostra CredPago de Curtas-Metragens Brasileiros

Melhor curta do festival
“Parabéns a Você”, de Andréia Kaláboa

Melhor curta de ficção
“Riscados pela memória”, de Alex Vidigal

Melhor curta de documentário
“Lauri e a subversão”, de Marco Escrivão e Pedro F. Russo

Melhor curta pelo júri popular
“Riscados pela memória”, de Alex Vidigal

Melhor direção
Andréia Kaláboa, por “Parabéns a Você”

Melhor atriz
Guenia Lemos, por “Julieta de bicicleta”

Melhor ator
Antonio Pitanga, por “Riscados pela memória”

Melhor roteiro
Boca Migotto, por “Dia de mudança”

Melhor direção de fotografia
João Castelo Branco, por “Parabéns a você”

Melhor montagem
Marco Escrivão, por “Lauri e a subversão”

Melhor trilha sonora original
Renan Franzen, “À sombra”

Melhor direção de arte
Isabelle Bittencourt, por “Parabéns a você”

Melhor desenho de som
Olivia Hernández, por Riscados pela Memória

Menções honrosas:
◦ Para “Meio filme de família. Meio filme de viagem.”, de Pedro Riera, pela ousadia da linguagem e pelo roteiro.
◦ Para “Veraneio”, Nelson Diniz, pelo roteiro e pela interpretação dos atores e atrizes.
◦ Para “À Sombra”, Felipe Iesbick – pelo argumento e pelas interpretações de João França e Áurea Batista.

Mostra Bambino de Curtas-Metragens de Santa Maria e Região

Melhor curta de Santa Maria
“Feminino Substantivo”, de Neli Mombelli

Melhor curta de Santa Maria e região pelo júri popular
“Feminino Substantivo”, de Neli Mombelli

Melhor direção
Fabrício Koltermann, por “Love do Amor”

Melhor atriz
Cândice Lorenzoni, por “2319”

Melhor ator
Senna Jr., por “Love do Amor”

Melhor roteiro
Matheus Fighera, por “Elena nunca esteve aqui”

Melhor direção de fotografia
Alexsandro Pedrollo, por “Existência”

Melhor montagem
Fabrício Koltemann, por “Love do amor”

Melhor trilha sonora original
Rodrigo Tranquilo, por “Feminino substantivo”

Melhor direção de arte
Camila Marques, por “Love do amor”

Melhor desenho de som
Gonzalo Miñan, por “T.R.I.M.M”

Menções honrosas:
◦ Para “Flipando ideias”, pela temática e pela direção coletiva
◦ Para “M”, pela temática e direção coletiva
◦ Para Joel Cambraia, pela interpretação em “Elena não esteve aqui”

OUTRAS PREMIAÇÕES:

Troféu Clayton Coelho de Direitos Humanos
“Polifeira do Agricultor – A produção”, de Thomás Townsend e Luana Giazzon

Troféu Cineclube Lanterninha Aurélio
“Existência”, de Paulo Tavares

Troféu Vento Norte Diário de Santa Maria
“Disforia”, de Gabriel Caon

Troféu Rede Sina
“#Procuram-se Mulheres”, de Rozzi Brasil

Mulheres, idades, etnias, raças, pensamentos, ideologias, todas com um mesmo foco: lutar e resistir.  A integrante da TV OVO e professora da UFN, doutora em Comunicação, Neli Mombelli assina a direção do documentário Feminino Substantivo, que será exibido na Praça Saldanha Marinho, hoje (01), a partir das 19h. As imagens foram gravadas numa das maiores manifestações de mulheres registradas na história do Brasil, denominada “Mulheres Unidas Contra Bolsonaro”. O dia em que elas saíram às ruas para lutar por seus direitos.

A manifestação de mulheres que tomou as ruas  de grande parte das cidades brasileiras, em  Santa Maria reuniu por mais de 3 horas, cerca de 7 mil pessoas concentradas na Praça Saldanha Marinho. Mulheres, crianças, bebês, idosas e homens entoaram gritos de ordem #ELENÃO e passaram pelas principais vias do centro da cidade em uma hora de caminhada.

O movimento foi organizado ainda via Facebook, após grupos  de quase 3 milhões de mulheres   nas redes sociais, sofrerem uma tentativa de silenciamento, ataques cibernéticos e agressões por parte da oposição.

Movida por tentar descrever o que é ser mulher, Neli realizou um documentário de quase 10 minutos, reunindo o depoimento de mulheres de todas as idades sobre o que é ser mulher. Beatriz, Olga, Janine, Lourdes, Liliane, Maria Clara e Paola, com a pequena Khloe nos braços, com suas vivências e experiências, foram unânimes em dizer que ser mulher é resistir e lutar.

Cena do curta Feminino Substantivo

Conforme Neli, o filme fala sobre ser mulher. Para ela, isso é muito complexo, porque a mulher sente todas as mudanças e violências na mente, mas principalmente no corpo.  “Se fala cada vez mais sobre o que é ser mulher na sociedade. Eu já pensava em fazer um documentário sobre o assunto porque circulo por diferentes locais, desde escolas urbanas até mesmo as rurais para dar aulas. Conheço diferentes mulheres com várias instruções escolares, pensamentos e formas de viver. O movimento #ELENÃO foi um estopim para a indignação de todas essas mulheres que se reuniram para exigir o respeito que elas (nós) merecem”, reflete ela.

O filme tem produção de Tayná Lopes e Bruna Mombelli, direção de fotografia e finalização de Marcos Borba, trilha sonora original de Rodrigo Tranquilo e roteiro, montagem, direção e desenho de som de Neli Mombelli.

Feminino Substantivo, título dado ao curta, está concorrendo como melhor filme na categoria Júri Popular.

 

 

Santa Maria Vídeo e Cinema acontece até o próximo domingo, 3 de novembro. Foto: Ariéli Ziegler.

O Santa Maria Vídeo e Cinema, que começou na última terça, 29, na Praça Saldanha Marinho, tem movimentado o centro da cidade e levado dezenas de pessoas para prestigiar as obras. Nesta sexta-feira, 1, a programação começou às 14h, na Praça Saldanha Marinho, com a mostra Cine Caramelo, “Peixonauta” o filme. Às 16h, foi exibido o documentário “Substantivo Feminino”, de Daniela Sallet e Juan Zapata. Às 19h, haverá a terceira noite de mostras competitivas de curtas-metragens. Até sábado, 2, a população santa mariense pode acompanhar a exibição de filmes e mostras competitivas.

SMVC movimenta Praça Saldanha Marinho. Foto: Ariéli Ziegler.

Neste ano, os homenageados do Santa Maria Vídeo e Cinema são: a crítica de cinema Bianca Zasso, a diretora de Arte Adriana Borba e o diretor Zeca Brito. Os jurados desta edição são Diorge Konrad, Fabiana Pereira, Marilice Daronco, Melina Guterres e Sirmar Antunes. O tema desta edição é “Cinema para todas”, oportunizando uma reflexão sobre o protagonismo da mulher no audiovisual. O encerramento do Santa Maria Vídeo e Cinema ocorre em 3 de novembro, no Brique da Vila Belga, com a exibição dos vencedores.

Fonte: Comunicação PMSM. 

Devido à forte chuva, parte da programação do Santa Maria Vídeo e Cinema desta quarta-feira, 30, será apresentada na Cooperativa dos Estudantes de Santa Maria (Cesma). A mudança de local é somente nesta quarta-feira. Na quinta-feira, caso o tempo colabore, as programações retornam à Praça Saldanha Marinho.

A programação desta quarta, que iniciou às 13h, apresentou “Yoñlu”, de Hique Montanari, e oficina com o diretor.  Às 18h, é a vez de “Sinprosm: 30 anos”. Já às 19h, começará a primeira noite das mostras competitivas de curta-metragens.

O documentário “Depois daquele dia” de Luciane Treulieb,  que estava marcado para  às 16h de hoje, será apresentado na quinta, na praça Saldanha Marinho, às 18h.

Neste ano, os homenageados do Santa Maria Vídeo e Cinema são: a crítica de cinema Bianca Zasso, a diretora de Arte Adriana Borba e o diretor Zeca Brito. Os jurados desta edição são Diorge Konrad, Fabiana Pereira, Marilice Daronco, Melina Guterres e Sirmar Antunes. O tema desta edição é “Cinema para todas”, oportunizando uma reflexão sobre o protagonismo da mulher no audiovisual. O encerramento do Santa Maria Vídeo e Cinema ocorre em 3 de novembro, no Brique da Vila Belga, com a exibição dos vencedores.

Fonte: Comunicação PMSM. 

Hoje é a abertura oficial do Festival Santa Maria Vídeo e Cinema com a exibição do filme Legalidade (2019), de Zeca Brito, no Centro de Convenções da UFSM, às 19h. A programação da 13² edição traz muito audiovisual e debate para a cidade. O curso de Jornalismo da Universidade Franciscana é um dos apoiadores do festival e os professores do curso irão mediar os debates dos filmes convidados que serão exibidos de quarta à sexta-feira, às 16h, na Praça Saldanha Marinho.

Amanhã, 30, será exibido o documentário Depois Daquele Dia (2018), de Luciane Treulieb, que reflete sobre os impactos e aprendizados que a tragédia da Kiss trouxe para si, irmã de vítima, e para Santa Maria. A mediação será da professora Rosana Zucolo, com a participação de Neli Mombelli, também professora do curso, orientadora e montadora do filme, Marcos Borba, diretor de fotografia, e familiares das vítimas da tragédia.

Na quinta, 31, será exibido Manhã Transfigurada (2009), de Sérgio Assis Brasil, em homenagem aos 10 anos de lançamento do filme, primeiro longa-metragem santa-mariense. O filme é baseado em um romance homônimo de Antonio de Assis Brasil e se passa no final do século XIX, período em que as oligarquias e a igreja dominam a sociedade e a mulher tem um papel de submissão. Na história, a jovem Camila (Manuela do Monte) é forçada a casar-se com um rico fazendeiro para resgatar a posição social de sua família. A mediação será do professor Carlos Alberto Badke e contará com a presença de parte do elenco do filme e da família do diretor.

Na sexta-feira, 01, será a vez do documentário de Daniela Sallet e Juan Zapata, Substantivo Feminino (2017). O filme retrata a história de Giselda Castro e Magda Renner, dua mulheres gaúchas militantes do movimento ambientalista que percorreram o mundo em conferências internacionais, na ONU e no Banco Mundial. O debate será mediado pela professora Glaíse Palma e terá a presença da diretora do filme e da família de Giselda Castro.

Além dos debates, o curta-metragem de ficção Post It, produzido no semestre passado na disciplina de Cinema II do curso de Jornalismo, concorre na mostra local e será exibido na quinta-feira, a partir das 19h, na Praça Saldanha Marinho. O filme é um suspense que narra o cotidiano de uma estudante universitária que, com o passar dos dias, encontra mensagens espelhadas pela sua casa em post its.

Outro concorrente na mostra local e nacional é o documentário Feminino Substantivo (2019), dirigido pela professora Neli Mombelli. As ambivalências de ser mulher e o dia em que elas reuniram na maior manifestação de mulheres na história do Brasil é o tema do filme. A exibição será na sexta-feira, 01, a partir das 19h, na Praça Saldanha Marinho.

Os filmes que concorrem nas mostras local e nacional estão com votação aberta para júri popular no site do Diário de Santa Maria, onde é possível assistir aos filmes. Também haverá votação presencial nos dias de exibição do festival.

A programação completa pode ser conferida no site do SMVC, pelo Facebook ou Instagram do festival.

Foto ilustrativa do SMVC. Foto: divulgação

O Santa Maria Vídeo e Cinema (SMVC), evento voltado à sétima arte, terá início nesta terça-feira, 29. A abertura ocorrerá no Centro de Convenções da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), com horário marcado para às 19h, ocasião em que será exibido o longa-metragem “Legalidade”, do diretor gaúcho Zeca Britto. O SMVC se estende até o dia 3 de novembro.

Esta edição, que contempla a 13º realização do SMVC, reforça a caraterística de relação com o espaço público, como já é tradicional, com exibições de filmes na Praça Saldanha Marinho. O SMVC é consolidada no calendário cinematográfico brasileiro e este ano apresenta uma programação preparada a partir do tema da edição “Cinema para todas”, que busca salientar o protagonismo feminino no cinema.

O processo para fazer com que a Praça Saldanha Marinho, que fica no coração de Santa Maria, se torne uma sala de cinema não é nada fácil. A proposta é que fique de um lado o silêncio causado pelo ambiente fechado que isola os ruídos e do outro lado, um espaço aberto exposto a todos os sons que a cidade pode emitir. O evento é uma realização do SMVC, com organização de Filmes de Junho, Padrinho Agência de Conteúdo e Ideiaação. Ainda conta com uma co-promoção da UFSM, Sinprosm, PMSM, Curso de Jornalismo da UFN, Diário de Santa Maria, e demais patrocinadores e apoiadores do evento que colaboram em conjunto para que o SMVC ocorra. Além disso, quem quiser ajudar pode fazer sua colaboração pelo site, até às 23h59min de hoje com qualquer valor.

Confira a programação:

Programação do 13º SMVC. Foto: divulgação
Divulgação do primeiro longa-metragem da cidade, "Os Abas Largas"

Na noite desta segunda-feira, às 19h, acontece a abertura do 11º Santa Maria Vídeo e Cinema, no auditório João Miguel de Souza, na CESMA – Cooperativa dos Estudantes de Santa Maria Ltda. Na cerimônia, será homenageado o cineclube Lanterninha Aurélio e exibido o longa-metragem gaúcho “Espia Só”, de Saturnino Rocha.

Primeiro longa de Santa Maria – Na programação desse ano, o destaque é a exibição do filme “Os Abas Largas”, de 1982,  com direção de Sanin Cherques. O longa é uma ficção inspirada nas atividades desenvolvidas pelo Regimento de Polícia Rural Montada da Brigada Militar de Santa Maria. Organizações santamarienses, como o Centro Histórico Coronel Pillar, a Casa de Memória Edmundo Cardoso e  o Santa Maria Vídeo e Cinema, trabalham há mais de 10 anos na manutenção e recuperação da única cópia do filme, de 35 milímetros, que não podia ser mexida sem autorização das filhas do cineasta.

A cópia está armazenada na Cinemateca Brasileira de São Paulo e agora, restaurada, será transformada em um bem cultural. Considerado o primeiro longa-metragem de Santa Maria,”Os Abas Largas” terá sessão especial no Santa Maria Vídeo e Cinema, na quarta-feira, dia 10, às 15h30.

O festival segue exibindo os filmes e videoclipes selecionados até sábado, dia 13, ocasião em que haverá uma homenagem a Hermano Figueiredo e entrega do Troféu Vento Norte aos vencedores.

As mostras competitivas – Nacional, Santa Maria e Região e Videoclipes -, que englobam curtas regionais e nacionais, julgados para mostras diferentes, terão a exibição dos selecionados ao longo da semana. A  Mostra de Santa Maria e Região é novidade nesta edição e ocorre juntamente com a Nacional.

Foto: Divulgação

Inscrições – Até o dia 12 de abril os interessados poderão se inscrever na Mostra SMVC somente na Internet, através do site do festival. Os vídeos devem ser enviados em qualquer formato, de qualquer lugar do mundo, com até 2 minutos de duração e postadas no youtube ou vimeo.  Quem se responsabiliza pelo trabalho inscrito é o diretor e não há limite para inscrição de obras. Além disso, a temática é livre e a inscrição gratuita no site www.smvc.org.br.