Santa Maria, RS (ver mais >>)

Santa Maria, RS, Brazil

TODAS AS PUBLICAÇÕES DE:

Victoria Debortoli

Victoria Debortoli

Foto: Júlia Trombini. Lab. Fotografia e Memória
Eduardo Costa, professor na UFSC. Foto: Júlia Trombini. Lab. Fotografia e Memória

O que pode ser considerado uma cidade inteligente? De acordo com o professor Eduardo Costa, é uma cidade construída nos pilares da Infraestrutura, Economia Criativa, Sustentabilidade e Colaboração. Esse foi o tema da conferência de abertura do 20º Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepe) da Unifra, que começou na manhã desta quarta-feira, 5 de outubro, e segue até 7 de outubro, com diversas atividades.

O professor da disciplina Cidades Inteligentes da Universidade Federal de Santa Catarina diz ainda buscar respostas para uma cidade sustentável em meio ao crescente processo de urbanização. “É preciso pensar em bairros onde você possa trabalhar, viver e se divertir”, afirma. Para essa urbanização inteligente, Costa apresenta três características de uma Cidade Mais Humana, Inteligente e Sustentável (CHIS) e faz uma crítica: “O carro não pode ser o rei da cidade”.
No âmbito de Santa Maria, Costa que também é doutor em Eletrônica, aponta três elementos para a cidade se tornar uma CHIS: implantar um bairro humano, inteligente e sustentável (BHIS) na cidade, investir no empreendedorismo dos jovens universitários e mudar a narrativa do município para uma perspectiva positiva. Para ele, toda a mudança é possível de ser feita e, em Santa Maria, não é diferente, já que ele aponta a cidade como a melhor para empreender no Sul do país.
Foto: Juliano Dutra
Reitora Irmã Irani Rupolo. Foto: Juliano Dutra

Na manhã de vestibular, a reitora, Irmã Iraní Rupolo, comentou o processo seletivo em coletiva de imprensa, avaliou as inovações dessa edição e a grande participação de alunos de diversos estados do Brasil.

“Naturalmente, o vestibular de inverno já se afirmou há bastante tempo. Penso que, progressivamente, essa diferenciação da prova única em uma manhã vai fazendo também essa atração aos estudantes, muitos que não conseguem a vaga no mês de dezembro e janeiro, estão aqui para um segundo momento e uma bela oportunidade de ingresso no ensino superior”, destaca.

A procura pelo vestibular da Instituição foi grande. Entre os 2.865 candidatos, apenas os estados do Acre, Amapá, Alagoas e Paraíba não estão entre os estados de origem dos vestibulandos. “Penso que este é um dado interessantíssimo para o Centro Universitário Franciscano, para a comunidade universitária e para nossa cidade de Santa Maria e o estado do Rio Grande do Sul que tem essa referência do ensino superior de qualidade que nossa instituição propõe e realiza”, completa.

Nos últimos dez anos da Unifra, a reitora ressalta a constante qualificação de novos cursos. “O Centro Universitário Franciscano iniciou oito cursos de pós-graduação stricto sensu: seis cursos de mestrado e dois cursos de doutorado. Portanto, é um avanço e estamos trabalhando também nessa qualificação da pesquisa e extensão”, aponta. A Irmã ainda comentou sobre o processo de transformação de centro universitário para universidade, que deve levar cerca de um ano.

Sobre as novidades dessa edição do processo seletivo, a reitora comentou a divulgação do listão de aprovados e o aplicativo Guia do Vestibulando. “O momento de divulgação é um momento comemorativo também e, o fato de reunir as pessoas para que primeiro elas percebam, leiam e vejam no próprio site institucional. É preciso sempre utilizar a tecnologia em favor de todos”, observa. O Guia do Vestibulando é resultado de uma discussão entre a comissão de vestibular e o centro de tecnologia da Unifra. “Penso que esse trabalho conjunto dessas diversas percepções é o que ajuda a criar o melhor, o inovador”, finaliza.

Pouco antes do início da prova, o movimento é intenso. Foto: Róger Haeffner
Pouco antes do início da prova, o movimento era intenso no Conjunto III. Foto: Róger Haeffner

 

O Vestibular de Inverno 2016 do Centro Universitário Franciscano, que ocorre nesta segunda-feira, 4, recebe 2.865 candidatos. Entre 440 vagas ofertadas, o curso de Medicina é o mais concorrido, com 49,8 vestibulandos por vaga.

Os portões, abertos às 6h30min, já contavam com o apoio de cursinhos pré-vestibulares e veteranos da Medicina da Unifra. “Nós viemos porque o pessoal sempre vem fazer o apoio para a Medicina, recepcionar nossos futuros bixos”, comenta o aluno da terceira turma de Medicina da instituição, Alexandre Simon, 22 anos.

Já os vestibulandos, que estão começando a prova, esperam encontrar seus nomes no listão de aprovados, que será divulgado na sexta-feira, 8. “A gente está querendo passar. Faz um ano e meio que estou fazendo cursinho, mas na hora da prova nem sempre a gente lembra de tudo”, conta o candidato Gerhardt Morales, 19 anos.

O tempo de prova, que tem duração de quatro horas, é motivo de preocupação dos alunos. “Eu espero que dê tempo de concluir toda a prova”, ressalta Larissa Schneider, 18 anos, que concorre pela primeira vez ao vestibular da instituição. A candidata, que se preparou através de dois anos de cursinho, aproveitou a última semana antes da prova para revisar o conteúdo e descansar.

A prova do Vestibular começou às 8h e deve ser aplicada até o meio-dia. Os candidatos só podem sair a partir das 11h30min.

DSC_0022
Curta foi exibido no pátio do conjunto III da Unifra. Foto: Paola Saldanha

Estádio Presidente Vargas. Um pai e um filho ligados pelo sentimento de acompanhar os jogos do time de coração. Essa é a narrativa que conduz o curta-metragem “De Pai para Filho”, que estreou na noite da última sexta-feira, 01, no pátio do conjunto III do Centro Universitário Franciscano.

A paixão de Rafael pelo futebol é transmitida para seu filho Diego. Em uma arquibancada, ambos dividem os sentimentos da vida passados de geração a geração em três épocas diferentes: na década de 1950, em 1980 e a partir dos anos 2000.

Em quase um mês de produção, o curta-metragem é resultado do trabalho de uma equipe composta por 13 acadêmicos dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda, da Unifra, na disciplina de Cinema II, orientados pela professora Neli Mombelli e com o suporte de Alexsandro Pedrollo na direção de fotografia. “Eu já sou meio carimbada com essas coisas de fazer lançamento de curta, mas toda vez que eu faço uma exibição dá um frio na barriga, porque a gente sempre fica na expectativa de como vai ser a reação do público e se o público está curtindo o trabalho que a gente fez, porque a galera se empenhou muito”, afirma Neli.

“Foi minha primeira experiência com vídeo e foi bem divertido. É estranho a gente se ver na tela, ver tu atuando é uma coisa diferente, mas eu gostei do resultado, ficou muito bom”, conta o estudante de Artes Cênicas Rodolfo Izaguirre, 26 anos, que participou das gravações.

Foto: Paola Saldanha
Integrante da equipe de produção Iuri Patias. Foto: Paola Saldanha

O acadêmico do curso de Jornalismo e também integrante da equipe de produção, Iuri Patias, 24 anos, ressalta a importância da experiência adquirida durante o processo de gravação do produto audiovisual. “O trabalho em equipe culminou na criação do “De Pai para Filho”, de modo que através das inúmeras filmagens, da pré-produção e de todo o trabalho que tivemos na criação desse curta. As experiências oriundas da produção desse curta e da disciplina sem dúvida alguma vão caminhar conosco lado a lado para o resto da vida”, completa.

De Pai para Filho contou com a participação de atores importantes no elenco, como Paulo Saldanha, dos filmes Manhã Transfigurada e Última Trincheira, e Jader Guterres, que participou dos filmes Quanto Mais Suicidas, Menos Suicidas e A História de Antemar Manuzo. Em breve, o curta será disponibilizado no canal do Laproa no Youtube.

06d109df-bd28-45c3-8045-c41a44cd9599

Veja. Ouça. Sinta. Com a proposta de promover a acessibilidade à sétima arte para as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, o Festival de Cinema Acessível chega em Santa Maria pela primeira vez no próximo dia 13 de julho. O filme exibido será O Tempo e o Vento, na Cesma (R. Professor Braga, 55).

O festival busca proporcionar novas experiências aos sentidos através de uma adaptação das obras a serem exibidas. Assim, o filme será composto de legendas explicativas, janelas de Língua Brasileira de Sinais (Libras) e audiodescrição.

A entrada é franca mediante inscrição prévia até o dia 08 de julho pelo site, com vagas limitadas. O evento é uma realização da Universidade Corporativa Banrisul, em parceria com a empresa Som da Luz, com a colaboração da Prefeitura de Santa Maria e entidades representativas das pessoas com deficiência.

Na próxima segunda-feira (04) acontece o Vestibular de Inverno 2016 do Centro Universitário Franciscano. Com mais de 2,8 mil inscritos, a prova ocorre das 8h ao meio dia no Conjunto III da instituição.

A abertura dos portões será às 6h30min, com entrada no Conjunto III pela rua Duque de Caxias, 789, e com a abertura das salas de aula às 7h30min. A prova será aplicada às 8h. Os números do prédio e da sala onde os candidatos irão realizar a prova podem ser consultados no link ou no aplicativo Guia do Vestibulando. É necessário estar portando documento de identificação com foto e caneta  preta ou azul de corpo transparente.

Contando com 65 questões de múltipla escolha e uma redação, a prova é a porta de entrada para 440 vagas nos cursos de Administração, Ciências Contábeis, Direito diurno e noturno, Enfermagem, Fisioterapia, Jornalismo, Medicina, Odontologia, Psicologia e Publicidade e Propaganda. Ao total, são 2.865 concorrentes.

Confira a relação candidato-vaga:

Administração – 1,63
Ciências Contábeis – 0,78
Direito diurno – 3,45
Direito noturno – 3,08
Enfermagem – 1,63
Fisioterapia – 2,17
Jornalismo – 0,90
Medicina – 49,80
Odontologia – 4,85
Psicologia – 1,93
Publicidade e Propaganda – 1,43

O listão dos aprovados no vestibular será divulgado na sexta-feira, 08 de julho, às 15h no hall do Prédio 15, no Conjunto III da Unifra e às 16h estará disponível no site da instituição. O edital do Extravestibular, que contempla as vagas remanescentes, será apresentado dia 11 de julho.

Aplicativo Guia do Vestibulando
Aplicativo Guia do Vestibulando

Novidade

A edição 2016 do processo seletivo traz uma inovação: o aplicativo para celular Guia do Vestibulando. Com o objetivo de proporcionar informações sobre o vestibular e acolher os candidatos, o aplicativo está disponível de forma gratuita nas lojas das plataformas Windows e Android.

Desenvolvido pela equipe da Unidade de Tecnologia da Informação da Unifra, o Guia do Vestibulando conta com o local de prova, gabarito, classificação, além de itinerários de ônibus, telefones de táxis e locais para a alimentação

Bairro Itararé, em Santa Maria (Foto: Diego Garlet/ Lab. Fotografia e Memória)
Bairro Itararé, em Santa Maria (Foto: Diego Garlet/ Lab. Fotografia e Memória)

“Tchau na estação quem ainda não deu, não entendeu quem lá vai quem já vem. Triste é sentir virar som de saudade quando vai longe o apito do trem”.  Na canção de Beto Pires é retratada a nostalgia de quem viveu com o som dos trens. A tamanha saudade é uma das características do Itararé – bairro localizado na região nordeste de Santa Maria -, e que possui uma história diferente das outras regiões da cidade: ele surgiu por conta da ferrovia, a VFRGS, Estação Férrea do Rio Grande do Sul.

A estação férrea de Santa Maria da Bocca do Monte, nome original, inaugurada em 1885, deu início ao desenvolvimento do bairro que, no seu começo, abrigou os ferroviários e seus familiares. Contudo, com o fechamento da empresa no ano de 1997, a realidade do local transformou-se, mas sem nunca perder as histórias e memórias de quem um dia já viajou de trem.

De acordo com o Censo de 2010, Itararé abriga mais de 7300 pessoas. Entre os habitantes, encontramos dona Véra, dona Terezinha e seu Selvino que nos ofereceram suas lembranças para reconstituir a história do bairro.

O nascimento

(Foto: Amanda Souza/ Lab. Fotografia e Memória)
Véra Terezinha conta sobre o desenvolvimento do bairro Itararé (Foto: Amanda Souza/ Lab. Fotografia e Memória)

“O Itararé sempre foi um bairro muito tranquilo, caracteristicamente ferroviário. A gente não tinha tanto recurso aqui, mas se dirigia daqui para o centro”, conta a aposentada Véra Terezinha Germani, 68 anos. A professora aposentada, que nasceu e viveu boa parte de sua vida no bairro, comenta que vivenciou de perto a época da ferrovia. “Meu pai não foi ferroviário, mas meu avô e todos os meus tios foram. Todos moravam no Itararé”, completa. Além disso, afirma que grande parte da população era imigrantes ou descendentes. “A vizinhança toda era de ferroviário e a maioria de origem italiana”, aponta.

“Quando eu me mudei para cá, eu não gostava. Hoje eu me enraizei, me sinto muito bem”, relembra Terezinha Borin, 74 anos. Moradora do bairro há mais de 50 anos, a também professora aposentada se mudou para o Itararé em 1964, quado casou com o empresário Nelson Borin. A família Borin possuía um dos principais armazéns da região e fornecia diversas mercadorias para os ferroviários.

(Foto: Amanda Souza/ Lab. Fotografia e Memória)
Terezinha Borin relembra as memórias do bairro (Foto: Amanda Souza/ Lab. Fotografia e Memória)

Dona Terezinha conta que seu marido morou no bairro desde seu nascimento até seu falecimento, em 2014. Borin foi presidente por diversos anos da Associação Amigos do Bairro Itararé, além de promover diversas melhorias na localidade e ser o responsável por trabalhos voluntários, como os papais noéis no período de Natal. “Quem fazia o trabalho de entrevistas e pesquisas sobre o Itararé era meu marido, então eu o acompanhava”, comenta a professora aposentada de educação física.

“Meu monumento estradas e trilhos”*

Vista do Monumento (Foto: Diego Garlet/ Lab. Fotografia e Memória)
Vista do Monumento (Foto: Diego Garlet/ Lab. Fotografia e Memória)

Em 1935, como uma homenagem do então governador à época, General José Antônio Flores da Cunha, aos trabalhadores das ferroviais, foi inaugurado o Monumento Ferroviário. Ele localiza-se na rua Antônio Dias e quem o visita pode ter uma vista panorâmica da cidade de Santa Maria – ou pelo menos podia, antes dele ser abandonado.

“Uma das coisas marcantes daqui do bairro é o Monumento Ferroviário. O Nelson fez uma campanha muito grande para a restauração do monumento, em 17 de maio de 1975. Até tinha uma escola aqui perto, dos filhos de ferroviários. Os alunos ajudaram na reconstrução”, relembra dona Terezinha.

Monumento dos Ferroviários (Foto: Diego Garlet/ Lab. Fotografia e Memória)
Monumento dos Ferroviários (Foto: Diego Garlet/ Lab. Fotografia e Memória)

Mais de 40 anos após a reinauguração, o Monumento se encontra abandonado. Com pichações e muita sujeira, até o percurso dos 130 degraus da escadaria foi comprometido. A vista panorâmica que o lugar proporciona foi tomado pelas vegetações. Os moradores da região reclamam do descaso com um patrimônio tão bonito. “Infelizmente, ele está completamente abandonado”, afirma Selvino Luiz Cogo, 70 anos.

A nostalgia 

Seu Selvino Luiz Cogo, morador do bairro há mais de trinta anos, lembra quando chegou no bairro a infraestrutura era diferente dos dias de hoje. “Não existia esgoto ou asfalto”, conta. Contudo, aponta que a ferrovia trouxe grande desenvolvimento e o seu fechamento, no final dos anos de 1990, desestruturou a realidade do Itararé.

“Eu vejo como um bom bairro. Nós temos mercados, farmácias, ambulatório médico”, completa Selvino. “O Itararé é um bairro que até teve uma época que foi chamado de bairro-cidade, porque tinha tudo, como tem até hoje”, sustenta Terezinha. Os moradores observam que antes a região era menos violenta.

Selvino conta que onde hoje é a avenida Assis Brasil, antigamente era onde o trem passava. “O trem subia a avenida Assis Brasil e subia a serra”, complementa. O trem que saia de Santa Maria percorria os trilhos até a cidade de Itararé, em São Paulo – de onde originou o nome do bairro.

Apesar dos moradores reconhecerem que as paisagens culturais do Itararé são únicas, a saudade de um tempo que não volta ainda bate à porta. “A gente sente muita falta dos trens de passageiros. A gente viajava nos trens. Viajava com meus tios, com minha vó, ia para Porto Alegre de trem, trem Húngaro, de Minuano. A gente viveu de perto toda essa realidade”, finaliza dona Véra.

*Música “Santa Maria”, de Beto Pires
(Foto: Pedro Gabriel Gonçalves/ Lab. Fotografia e Memória)
(Foto: Pedro Gabriel Gonçalves/ Lab. Fotografia e Memória)

Ações que causem impacto. Essa foi a proposta da oficina “Hack The City”, realizada na tarde de quinta-feira, 16, no último dia do 13° Fórum de Comunicação. Ministrada por Luciano Braga, o workshop propôs a criação de ações que solucionem problemas da cidade de Santa Maria.

“Um publicitário, artista urbano, ativista, cartunista, roteirista, palestrante, editor de vídeos e meio que professor”. É assim que Luciano se conceitua. O integrante do Estúdio Criativo de Comunicação Shoot The Shit, de Porto Alegre, conversou com os participantes da oficina sobre a ideia da empresa. “Para mim, tu tens que gerar valor para as pessoas com o que tu faz”, comenta. A Shoot The Shit, que nasceu em 2010 como um projeto paralelo, hoje trabalha com a comunicação para impacto social. “Nossos projetos não vendem produtos, mas sim geram impacto”, afirma.

Uma das ações realizadas pela Shoot The Shit foi em um tapume de obra vermelho, que estava intacto, sem pichações. O projeto se constituia de um estêncil onde dizia: “Porto Alegre precisa de mais” com uma lacuna a ser completada e caixas com giz de quadro negro para os pedestres escreverem o que estava faltando na cidade. No dia seguinte, os gizes tinham acabado e o espaço, também. “Tu pensas que, se der espaço às pessoas para que se manifestem, elas vão estragar a proposta. Felizmente, não foi o que aconteceu”, relata Braga. As carências da capital são inúmeras, de pessoas a heliportos.  Sim, heliportos. O dono de uma empresa de aluguel de helicópteros fez uso do espaço para tentar melhorar seu negócio.

Em outro projeto foi colocado um aparelho de ginástica próximo às paradas de ônibus, fazendo as pessoas repensarem em como gastam seu tempo livre. Dentre tantas ideias legais para conscientização, os gastos são inevitáveis, e o Shoot The Shit se mantém com doações contínuas por meio da plataforma de financiamento coletivo Recorrente. Os chamados “patronos” recebem, como recompensa, uma caixa com material para ações de impacto social.

Assim, com a ideia do engajamento social, os participantes do workshop desenvolveram ideias de projetos para solucionar problemas de Santa Maria. Através da apresentação de um cartaz, os alunos falaram sobre ações que melhorassem a segurança nas faculdades, a segurança após a saída de baladas, a cooperação entre motoristas e pedestres e até mesmo sobre felicidade.

Ao final, Luciano comentou sobre as ações propostas e ressaltou sobre a importância de um constante exercício criativo para a co-criação de ideias para um mundo melhor. “Criatividade é uma prática, ninguém é criativo do nada”, completa.

A próxima atividade do Fórum ocorre às 18h30min, com o bate-papo “Esporte Sul”, com Diogo Viedo e Bruno Tech. Luciano Braga encerra a noite com a palestra “Comunicação para impacto social”, a partir das 20h.

Por Victória Debortoli e Bibiana Campos

Foto: Maria Luísa Viana
Mariana Silveira ministra a oficina “Roteiros Híbridos” (Foto: Maria Luísa Viana/ Lab. Fotografia e Memória)

O que é um roteiro híbrido? Com a proposta de debater e responder esse questionamento, a roteirista Mariana Silveira ministrou a quarta oficina do 13º Fórum de Comunicação, que aconteceu na tarde de quarta-feira, 15, no sexto andar do prédio 14 do Centro Universitário Franciscano.

Mariana, aluna egressa do curso de Jornalismo da instituição, conta que durante seu período acadêmico descobriu que ser roteirista era o que ela realmente queria após dois projetos desenvolvidos na Unifra – “Valentina” e “Pra Quem Quiser Ouvir”. Hoje, ela atua como roteirista freelancer.

Após seis anos de formada, a ministrante da oficina comenta que é gratificante participar de mais um Fórum da Comunicação. “É ótimo porque é uma temática que eu trabalho e estudo há muito tempo. Vir aqui falar sobre isso é incrível porque, inclusive, faz com que eu estude mais sobre o tema, além de ser uma ótima oportunidade”, completa.

DSC_0004 2
Foto: Maria Luísa Viana/ Lab. Fotografia e Memória

A oficina se dividiu entre explicações, bate-papo e exibição de conteúdos audiovisuais, como trechos dos documentário “Olmo e Gaivota”, “Ilha das Flores” e “Pequenas Vozes”. Durante cerca de quatro horas, a ministrante explicou como é trabalhar entre documentário e ficção – o que chama de zona cinzenta -, ou seja, pensar no caminho do meio entre dois gêneros  para criar narrativas diferentes.

A roteirista deseja ter provocado aos participantes da oficina uma nova forma de pensar sobre a produção audiovisual.”Espero conseguir fazer pensar um pouco mais fora dos conceitos estabelecidos, pensar entre produzir conteúdos que misturem as linguagens e não ser tão inocente de imaginar que tudo seja separado”.

O 13º Fórum de Comunicação acontece até quinta-feira, 16. Acompanhe a programação pela página do evento.

10620613_524912464300388_7658882772476233137_nTransformar ideias em oportunidades. É esse o objetivo do 13º Fórum de Comunicação, que inicia na manhã dessa terça-feira, 14. Através de painéis, palestras, oficinas e bate-papos, o evento busca apresentar ao público as abordagens do campo da comunicação e a evolução do mercado nas áreas de Jornalismo e Publicidade e Propaganda.

O Fórum será realizado entre os dias 14 e 16 de junho. Ele contará com a presença dos palestrantes Diego Tafarel, Jair Giacomini, Luciano Braga, Marcelo Pimenta e Matt Montenegro. O credenciamento começa nessa terça-feira, 14, das 7h30min às 8h no conjunto III da Unifra.

Confira a programação completa do 13º Fórum de Comunicação.

Programação Publicidade e Propaganda

14/06/2016: Terça-feira
07h30min às 08h – Credenciamento
08h às 09h15min – Palestra: As verdades ocultas de se empreender
Palestrante: Matt Montenegro
Coordenação: Profª. Cristina Munarski Jobim Hollerbach
09h15min às 09h45min – Intervalo
09h45min às 11h30min – Painel: O que fazer com a minha ideia?
Painelistas: Matt Montenegro, Nilza Zampieri, Lissandro Dorneles Dalla Nora, Thales Berletto, Cássio Berger, André Bloos.
Coordenação: Profª. Claudia Buzatti Souto
Local: Salão de Atos – Prédio 13 – Conjunto III

13h às 17h – Oficina 1: Como validar uma ideia do jeito certo
Ministrante: Matt Montenegro
Coordenação: Profª. Michele Kapp Trevisan
Local: Sala de Aula – Prédio 14 – Conjunto III

14h às 18h – Oficina 2: (Des)Construindo narrativas audiovisuais
Ministrante: Matheus Toledo
Coordenação: Prof. Carlos Alberto Badke
Local: Sala de Aula – Prédio 14 – Conjunto III

15/06/2016: Quarta-feira
08h às 09h15min – Palestra: Novo marketing, startups e os desafios da Publicidade e da Propaganda
Palestrante: Marcelo Pimenta
Coordenação: Profª. Cristina Munarski Jobim Hollerbach
9h15min às 09h45min – Intervalo
9h45 às 11h30min – Painel: Como manter o negócio? Sustentabilidade? Perseverança?
Painelistas: Marcelo Pimenta, Alexandre Bolzan, Luciano Mai, Juliana Kraide
Coordenação: Profª. Tais Steffenello Ghisleni
Local: Salão de Atos – Prédio 13 – Conjunto III

14h às 18h – Oficina 3: Canvas: criando modelos de negócios inovadores
Ministrante: Marcelo Pimenta
Coordenação: Profª. Angélica Moreira Pereira
Local: Sala de Aula – Prédio 14 – Conjunto III

14h às 18h – Oficina 4: Roteiros Híbridos
Ministrante: Mariana Silveira
Coordenação: Prof. Carlos Alberto Badke
Local: Sala de Aula – Prédio 14 – Conjunto III

16/06/2016: Quinta-feira
08h às 09h15min – Palestra: Comunicação para Impacto Social
Palestrante: Luciano Braga
Coordenação: Profª. Cristina Munarski Jobim Hollerbach
09h15min às 09h45min – Intervalo
09h45min às 11h30 – Painel: Futurismo e tecnologia
Painelistas: Christian Ludtke, Orlando Fonseca Júnior, Solange Binotto Fagan
Coordenação: Profª. Caroline De Franceschi Brum
Local: Salão de Atos – Prédio 13 – Conjunto III

14h às 18h – Oficina 5: Hack The City
Ministrante: Luciano Braga
Coordenação: Prof. Carlos Alberto Badke

Programação Jornalismo

14/06/2016: Terça-feira
13h às 17h – Oficina 1: Como validar uma ideia do jeito certo
Ministrante: Matt Montenegro
Coordenação: Profª. Michele Kapp Trevisan
Local: Sala de Aula – Prédio 14 – Conjunto III

14h às 18h – Oficina 2: (Des)Construindo narrativas audiovisuais
Ministrante: Matheus Toledo
Coordenação: Prof. Carlos Alberto Badke
Local: Sala de Aula – Prédio 14 – Conjunto III

18h30min às 19h45min – Bate-Papo: Experiências em audiovisual
Convidado: Matheus Toledo
Coordenação: Prof. Carlos Alberto Badke
19h45min às 20h: Intervalo
20h às 22h – Palestra: Oportunidades inovadoras no jornalismo
Palestrante: Marcelo Pimenta
Coordenação: Profª. Morgana de Melo Machado
Local: Salão Acústico – Prédio 14 – Conjunto III

15/06/2016: Quarta-feira
14h às 18h – Oficina 3: Canvas: criando modelos de negócios inovadores
Ministrante: Marcelo Pimenta
Coordenação: Profª. Angélica Moreira Pereira
Local: Sala de Aula – Prédio 14 – Conjunto III

14h às 18h – Oficina 4: Roteiros Híbridos
Ministrante: Mariana Silveira
Coordenação: Prof. Carlos Alberto Badke
Local: Sala de Aula – Prédio 14 – Conjunto III

18h30min às 19h45min – Bate-Papo: Radioweb Armazém
Convidado: Edson Kah
Coordenação: Prof. Maicon Elias Kroth
19h45min às 20h: Intervalo
20h às 22h – Palestra: Produção coletiva de audiovisual
Palestrantes: Jair Giacomini e Diego Tafarel
Coordenação: Profª Rosana Cabral Zucolo
Local: Salão Acústico – Prédio 14 – Conjunto III

16/06/2016: Quinta-feira
14h às 18h – Oficina 5: Hack The City
Ministrante: Luciano Braga
Coordenação: Prof. Carlos Alberto Badke

18h30min às 19h45min – Bate-Papo: Esporte Sul
Convidados: Diogo Viedo e Bruno Tech
Coordenação: Prof. Gilson Luiz Piber da Silva
19h45min às 20h: Intervalo
20h às 22h – Palestra: Comunicação para Impacto Social
Palestrante: Luciano Braga
Coordenação: Profª. Fabiana da Costa Pereira
Local: Salão Acústico – Prédio 14 – Conjunto III